sábado, 31 de outubro de 2009

Mulher é baleada dentro de carro ao passar por falsa blitz na Zona Norte

Criminosos atiraram sete vezes contra o carro da vítima. Dois tiros atingiram os braços e o ombro da motorista. Uma senhora de 76 anos estava no banco carona e conseguiu sair ilesa

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio- Uma festa em família quase termina em tragédia para a dona de casa Rosângela Francesca Ciancio Menezes, de 48 anos. Rosângela foi baleada ao passar por uma falsa blitz, no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, no fim da noite de sexta-feira.

Foto: Reprodução do site 'Daily Mail'

Bandidos dispararam sete tiros contra o carro da dona de casa, que estava acompanhada da tia de 76 anos. Foto: Osvaldo Prado / Agência O Dia

O carro da vítima, um Corsa, foi atingido por sete disparos de pistola, segundo a perícia. Dois tiros atingiram os braços e o ombro de Rosângela. De acordo com familiares, ela retornava do aniversário de uma cunhada,  em Quintino, e seguia para o Méier, onde deixaria uma tia em casa.

O carro da dona de casa foi abordado por cerca de seis criminosos, quando ela passava na esquina das Ruas Daniel Carneiro com Monsenhor Jerônimo. Testemunhas disseram que os bandidos estavam em dois veículos, um Gol e um Bora.

A tia da vítima, a idosa Amélia Gentile Tarcitano, de 76 anos, estava no banco carona do carro , mas não foi atingida pelos disparos.

Segundo policiais do 3º BPM (Méier), há indícios de que os mesmos criminosos tenham praticado, algumas horas antes, um roubo de carro, em Cascadura. Após o incidente, foi realizado um cerco pela região, mas os bandidos não foram encontrados. O caso foi registrado na 26ª DP (Todos os santos).

Mesmo baleada, a dona de casa conseguiu dirigir o carro por cerca de 200 metros          

Mesmo baleada, Rosângela ainda conseguiu dirigir o carro e parar em um posto de gasolina, a cerca de 200 metros de distância. Ela estacionou o veículo no pátio do posto,  na Avenida Amaro Cavalcanti, onde pediu socorro.

Quatro estudantes, que passavam pelo local, retiraram a dona de casa do carro e fizeram os primeiros socorros. Um homem que abastecia o carro levou a dona de casa e a idosa para o Hospital Salgado Filho, no Méier.

Casada e mãe de dois filhos, Rosângela passará por uma cirurgia nos braços, na manhã deste sábado. Em estado de choque, a idosa também foi internada. Segundo os médicos, elas não correm risco de vida.

"Estamos vivendo um período de completo descontrole no Rio de Janeiro. A violência tomou conta das ruas. Estamos todos com medo. Até os policiais têm medo de sair às ruas", disse o tio da vítima, Humberto Cairo, 68, que é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Méier.   

O DIA ONLINE - RIO

Assaltante já teria matado policiais

Bandido que foi flagrado por equipe de ‘O DIA’ fazendo arrastão na Via Dutra foi identificado e é suspeito de atirar em PM e inspetor

Rio - A polícia identificou o bandido armado com uma pistola, flagrado por O DIA durante assalto a três motoristas na Rodovia Presidente Dutra, altura de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quarta-feira à noite. George Rodrigues de Carvalho, o Cajá, de 25 anos, é suspeito ainda de ter assassinado um policial militar na Rodovia Washington Luiz, há dois meses, e um policial civil, há 12 dias, na Linha Vermelha.

De acordo com policiais da 38ª DP (Brás de Pina) e do 16º BPM (Olaria), que já investigam o bandido, Cajá pertence ao bando da Favela de Furquim Mendes, no Jardim América, e cumpriu pena de cinco anos por assalto. Atualmente, ele responde por receptação de mercadoria roubada na área da 22ª DP (Penha).

Segundo os investigadores, há pelos menos seis meses a quadrilha ataca motoristas que passam pela Dutra e outras vias expressas que cortam a Baixada Fluminense. Cajá estaria envolvido na tentativa de assalto ao inspetor Walker Araújo Tavares, que acabou morto com sete tiros, dia 19, na Linha Vermelha, próximo ao acesso a Duque de Caxias. O policial passava em uma moto BMW quando foi fechado por um Astra prata ocupado por quatro homens armados. Os bandidos perceberem que se tratava de agente da Polícia Civil, dispararam e fugiram sem levar nada.

Um mês antes, o sargento Anderson Correia da Silva, 52 anos, foi executado na Rodovia Washington Luís, nas mesmas circunstâncias. Ele vinha de um evento do Clube de Motos Alligator, em Teresópolis, quando foi abordado pelo bando que fazia arrastão e reconheceu Anderson como PM.

O ataque de quarta-feira ocorreu às 21h50 e durou menos de cinco minutos. Os criminosos estavam em um Astra prata e atravessaram o carro na pista em direção ao Rio. Cinco homens armados com pistolas saíram do veículo e renderam os motoristas de um Kia Sorento preto, um Peugeot preto e um Siena prata. Cajá foi flagrado quando rendia estudante de 21 anos e um amigo, que estavam no Siena. Apavorados, os rapazes saíram com os braços para o alto pedindo para ele não atirar, enquanto Cajá ameaçou disparar várias vezes. Antes de liberar o estudante, ele ainda fez o rapaz entregar a camisa que usava.

O DIA ONLINE - RIO

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Após prender irmã e mulher de traficante, polícia procura por mais 13 suspeitos

Cerca de 200 homens de várias delegacias foram ao Morro do Borel.
Mãe do traficante Robocop morava em apartamento que foi confiscado.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

A Polícia Civil informou, na noite desta sexta-feira (30), que ainda procura por 13 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas no Morro do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Pela manhã, dez pessoas foram presas, entre elas a irmã e a esposa do traficante Isaías do Borel, durante Operação Família S/A na comunidade.

Cerca de 200 policiais civis, com apoio de dois helicópteros, participaram da operação contra um esquema de lavagem de dinheiro de integrantes do tráfico de drogas. A ação visava cumprir 36 mandados de prisão e outros de busca e apreensão no Morro do Borel. Segundo a polícia, do total, 26 foram cumpridos nesta sexta.

“Esse tipo de medida vai gerar o efeito que nós queremos. É que vai gerar o efeito da perda financeira que essas pessoas vão passar a ter", disse o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.

A polícia ainda procura por 13 suspeitos, entre eles Moisés Timóteo Lisboa, apontado como chefe do tráfico do Morro do Borel. Segundo a polícia, ele assumiu o ponto de venda de drogas da comunidade após a prisão de Isaías do Borel, que cumpre pena num presídio de segurança máxima. De acordo com as investigações, mesmo preso há 17 anos, Isaías ainda dava ordens à quadrilha.

Segundo o delegado Ronaldo Oliveira, do Departamento de Polícia da Capital, um apartamento foi confiscado na operação. Foram apreendidos documentos e três carros.

A operação

Ao todo, foram expedidos 36 mandados de prisão, sendo que 13 pessoas já estavam presas. Logo no início da operação, policiais confiscaram uma apartamento na Rua Conde de Bonfim, onde estava morando a mãe do traficante Robocop, que seria parente do traficante Isaías do Borel, preso desde 2007, e que cumpre pena no presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.

O detido, segundo a polícia, é o motorista da família de Isaías. Entre os presos estão ainda a mulher e uma irmã do traficante. Não houve troca de tiros na chegada da polícia no Morro do Borel.

Em outro endereço, os agentes prenderam Sílvia Rosário Rodrigues, mulher de Isaías, que, de acordo com as investigações, é o contato entre os presos e os integrantes do bando que atua do lado de fora. As ordens seriam passadas durante as visitas.

G1 > Edição Rio de Janeiro

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Morre agente penitenciário baleado na Tijuca

Ele teria reagido à 'saidinha de banco'.
Idoso e outra vítima também foram baleados.

Do G1, no Rio

Morreu no fim da tarde desta quinta-feira (29) o agente penitenciário baleado numa tentativa de assalto na Tijuca, Zona Norte do Rio. Um idoso também foi baleado e continua internado no Hospital Marcilio Dias.

A Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) confirmou a informação com o hospital Santa Terezinha, onde ele estava internado. Segundo a família da vítima, o agente foi atingido no peito, no braço e na cintura.

De acordo com informações do 6º BPM (Tijuca), o agente do Desipe teria reagido a uma 'saidinha de banco' (quando uma vítima é assaltada ao sair de uma agência bancária). Ele e o idoso foram baleados durante uma troca de tiros. 

Uma terceira pessoa também teria sido baleada, mas a informação não é confirmada pela Polícia Militar.  

G1 > Edição Rio de Janeiro

PMs do caso AfroReggae serão indiciados por latrocínio

Policiais foram chamados para tentar reconhecer segundo preso.
Os dois suspeitos presos também serão indiciados pelo mesmo crime.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Os policiais militares presos preventivamente sob suspeita de omissão de socorro ao coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva vão responder à Justiça Militar pelo crime de latrocínio. Evandro foi morto no dia 18 de outubro, na Rua do Carmo, Centro do Rio.

Imagens mostram os dois PMs passando pelo local do crime pouco depois do disparo que matou Evandro ser feito. Em seguida, os dois aparecem guardando a jaqueta e os tênis roubados de Evandro.

Além da libertação dos assaltantes, o capitão Dennys Bizarro e o cabo Marcos Oliveira Sales também serão investigados por terem ficado com os pertences roubados e por uma possível omissão de socorro.

O delegado da 1ª DP (Praça Mauá), Luis Duarte, disse que a Justiça Militar pode ainda denunciar o cabo Marcelo por falsa comunicação de crime, porque, supostamente teria feito um retrato falado de Reginaldo da Silva, um dos presos pelo crime, bem diferente da realidade.

Reconhecimento

No início da tarde desta quinta (29), o preso Reginaldo foi reconhecido pelos PMs como um dos homens que eles abordaram na noite do crime. Na quarta, os policiais já haviam reconhecido o outro suspeito preso, Rui Mário, o Romarinho. Em depoimento, os PMs alegaram que liberaram Rui porque ele parecia apenas um morador de rua.

Rui já estava preso desde segunda-feira (26). Reginaldo foi preso na quarta (28), em Itaguaí, Região Metropolitana. O depoimento dos dois é incoerente na questão de quem seria o autor do disparo que matou Evandro. Um acusa o outro.

Segundo a policia, serão feitas novas perícias que podem esclarecer quem atirou. Mas independente do resultado, os dois serão indiciados por latrocínio.

“Desde o momento que os dois estejam de comum acordo para praticar o latrocínio, independente de quem atirou, os dois vão responder pelas penas de 20 a 30 anos, que é o crime de latrocínio”, informou José Luis Duarte.

Além da divergência sobre a autoria do disparo, os suspeitos deram depoimentos diferentes sobre outro ponto. Na terça-feira (27), Rui Mário disse que na madrugada do crime, os policiais pegaram da mão dele os pertences de Evandro.

Na quarta (28), Reginaldo declarou que ele é que jogou no chão a jaqueta e os tênis e que por isso foi liberado pelos policiais.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Conheça o layout e os recursos do novo Orkut

Rede de relacionamentos mais importante do Brasil fica com jeito de Facebook

POR RENATO COZTA, RIO DE JANEIRO

Rio - Parece que ascensão do microblogging Twitter e o crescimento do Facebook, influenciaram as mudanças que foram anunciadas para o orkut na manhã desta quinta-feira (27), em São Paulo pelo Google. As páginas da rede de relacionamento mais influente no Brasil passaram por uma reformulação no layout e ficaram mais limpas. Além disso, os usuários ganharam novos recursos para se comunicar com seus amigos.

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Layout já com as mudanças. Crédito: divulgação

A primeira grande mudança está na diminuição do número de páginas usadas para interagir com os seus contatos. Agora, funções como comentários,  bate-papo,  visualização de vídeos e pesquisa nas listas de amigos e comunidades serão concentradas em apenas em uma página. O código usado pelo Orkut foi reescrito para diminuir o consumo da máquina do usuário e dos servidores do Google. Além disso, a rede de relacionamentos não vai funcionar mais no Internet Explorer 6.

>> FOTOGALERIA: Veja as fotos da nova interface

Na página inicial do serviço ganhou o recurso 'contar algo para os seus amigos', na qual você pode escrever uma frase que fica visível para quem está na sua lista.  Um pouco mais abaixo, será possível ver e comentar as atualizações enviadas por seus contatos, sejam fotos vídeos ou textos. A nova função é bem parecida com que já existe no Facebook, provando que a rede de relacionamento do Google está absorvendo algumas funcionalidades da concorrência.

Com a nova interface, as fotos da comunidades e dos contatos ficaram um pouco maiores, facilitando a visualização. A cor dos perfis pode ser trocada  e na seção 'sobre mim' o usuário vai poder colocar um vídeo ou aplicativos Open Social. O função 'indicar amigos', que já existia, ganhou mais visibilidade para que os internautas possam sugerir novos seus perfis para os seus amigos.

Para conhecer o novo orkut, os usuários receberam um convite, como era feito logo quando o serviço foi criado. Se quiser saber se alguns de seus contatos já tem acesso às mudanças, basta procurar o ícone  ao lado do nome dele.

O DIA ONLINE

Polícia Civil estoura paiol do tráfico na Favela de Acari

Armas, munições, fardas e outros materiais pertenceriam ao traficante conhecido como Praxedes

POR BARTOLOMEU BRITO, RIO DE JANEIRO

Rio - Em operação na Favela de Acari, na Zona Norte do Rio, 50 agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) estouraram, nesta quinta-feira, um paiol do traficante conhecido como Praxedes.

Foto: Fábio Gonçalves / Agência O dia

Material apreendido pela polícia Civil na Favela de Acari | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia

Os policiais foram à favela para checar uma denúncia de que o paiol de armas estaria localizado no terreno de uma antiga fábrica da Parmalat. Sem tiroteio, os agentes apreenderam quatro fuzis, duas submetralhadoras, um lança rojões, 15 granadas, cinco pistolas, nove caixas de fogos de artifício, 15 pares de botas pretas usadas por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), dezenas de coletes pretos, cintos usados em fardas da PM, cinco rádios transmissores, vários carregadores para diversos calibres, cinco mil munições, fardamento preto completo, além de um casaco camuflado do Exército Brasileiro e gandolas (correias usadas para pendurar fuzis ao corpo).
Ninguém ficou ferido. Três homens foram detidos para averiguação.

O DIA ONLINE - RIO

Primeira mulher à frente do 4º BPM, coronel Solange é exonerada

Troca de comando

A tenente-coronel Solange Helena do Nascimento Vieira, comandante do 4º BPM, foi transferida para a subdiretoria da Diretoria Geral de Saúde da corporação. Lá, ela trabalhará com o coronel James Strougo. Primeira mulher no comando do 4º BPM, a oficial passou apenas três meses no posto. O fato foi noticiado, esta manhã, pelo "Quero Notícia", no Twitter.

Solange afirma que, como boa soldado, não questiona a ordem, apenas a cumpre. Entre os trabalhos desenvolvidos por ela, estão a assistência social à comunidade, em parceria com a Promotoria da Infância e da Juventude, conselhos tutelares e outros órgãos. Solange acredita na continuidade desta integração.

A tenente-coronel Solange passará o comando do 4º BPM a seu sucessor no próximo dia 4. Foto: Marco Antônio Cavalcanti / Agência O Globo

— O tempo foi curto parta implantar todas as mudanças necessárias, mas Deus tem propósito para tudo e eu, como serva Dele, cumpro — diz ela.
A troca do comando deverá ser feita no dia 4 de novembro, às 10h. Assumirá o tenente-coronel Weber Guttemberg Collyer. O tenente-coronel havia sido afastado, em junho deste ano, do comando do Regimento de Polícia Montada (RPMont), após a divulgação de um documento confidencial, assinado pelo então chefe do 2 º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Paulo Cesar Lopes, dizendo que a atuação de Weber no combate às milícias na região era "ineficiente".

O porta-voz da PM, capitão Ivan Blaz, confirmou a exoneração, mas não deu outros detalhes sobre a medida.

Caso de Polícia - Extra Online

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Advogado diz que PMs não pegaram pertences do coordenador do AfroReggae

Eles teriam abordado suspeitos, mas acharam que eram moradores de rua.
Um suspeito, preso na segunda (26), prestou depoimento nesta terça (27).

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

O advogado José Haroldo dos Anjos, que representa o capitão Dênis Bizarro, negou nesta terça-feira (27) que os policiais tenham ficado com o tênis e o casaco do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, após o crime.

Evandro foi morto no último dia 18 no Centro do Rio.
De acordo com o advogado, os suspeitos, conhecidos como "Romarinho" e "Renge", não estavam com os pertences da vítima quando foram abordados pelos policiais. Os dois foram liberados após afirmarem que eram moradores de rua.

O advogado ressaltou ainda que os policiais encontraram o tênis e o casaco a três metros do local onde os suspeitos foram abordados. Em seguida, eles teriam jogado fora os pertences porque pensaram que eram dos supostos moradores de rua. 

Avisados do crime

José Haroldo dos Anjos disse ainda que, ao serem informados de que uma pessoa havia sido baleada, eles retornaram ao local mas não conseguiram localizar a vítima.

Os policiais já haviam informado que não viram a vítima durante buscas realizadas na região.

O advogado ressaltou ainda que vai arrolar como testemunhas o coordenador do AfroReggae, José Júnior, assim como o suspeito preso na segunda.

Suspeito admite crime

O suspeito de matar o coordenador do AfroReggae admitiu, em depoimento prestado nesta terça-feira que participou do crime, mas não foi responsável pelo disparo.

No depoimento, o suspeito admitiu ter sido o primeiro a abordar a vítima, mas disse que o disparo foi feito pelo cúmplice, que ainda está foragido.

O suspeito também contou que entregou a jaqueta roubada nas mãos de um policial e que a arma do crime foi jogada em uma lixeira.

A polícia já convocou os dois PMs que abordaram os assaltantes depois do crime para fazer o reconhecimento do preso.  

Prisão do suspeito

O suspeito foi preso na noite de segunda-feira (26). Em nota oficial, a PM informou que o homem, identificado apenas como Rui Mário, conhecido como “Romarinho”, foi localizado por uma equipe do Serviço de Inteligência da corporação, próximo ao local do crime. Ele foi levado para a 1ª DP (Praça Mauá), onde o caso está sendo investigado.

A Polícia agora concentra as buscas no segundo suspeito que teria participado do crime, como mostram as imagens das câmeras de segurança. O retrato falado dele já foi divulgado.

O assalto

O assalto aconteceu na madrugada do dia 18, na Rua do Carmo, no Centro do Rio. Imagens feitas por câmeras de segurança registraram a ação dos criminosos. Na última sexta-feira (23), a juíza Yedda Christina Ching-San Filizzola Assunção, da Auditoria da Justiça Militar do Rio decretou a prisão preventiva de dois PMs acusados de ter omitido socorro à vítima.

O capitão Dênis Bizarro e o cabo Marcos Salles foram levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, no subúrbio, onde devem ficar por pelo menos 25 dias. De acordo com a polícia, eles são acusados, ainda, de ficar com a jaqueta e o tênis roubados da vítima e de permitir a fuga dos assaltantes.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Polícia encontra 10 kg de crack em Manguinhos

Droga foi encontrada em tabletes.
Apreensão ocorreu em uma casa abandonada na entrada da favela.

Do G1, no Rio

A Polícia Civil apreendeu nesta terça-feira (27) dez quilos de crack em Manguinhos, no subúrbio do Rio. Segundo a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), a droga estava em tabletes. O total apreendido daria para produzir cerca de 50 mil pedras da droga, de acordo com a polícia. 

O delegado Marcus Vinicius, titular da delegacia, informou que os tabletes foram encontrados em uma casa na entrada da comunidade. Quatro equipes da delegacia foram até o local. Quando as equipes chegaram, houve uma rápida troca de tiros, que, segundo ele, não comprometeu a ação policial.

De acordo com Marcus, a delegacia chegou até o local depois de um trabalho de investigação da delegacia. Ninguém foi preso.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Jornal francês chama polícia do Rio de "criminosa"

O Le Monde lembra a morte do líder do AfroReggae, que teve o tênis roubado por policiais

Do R7

O jornal francês Le Monde fez duras críticas nesta terça-feira (27) à Polícia Militar do Rio de Janeiro. Num artigo com o título "No Rio de Janeiro, uma polícia com comportamento criminoso", o jornal destacou o episódio que envolveu o assassinato do coordenador do grupo AfroReggae, Evandro João da Silva, e o roubo de sua jaqueta e seu tênis por policiais no último dia 18.

Para o jornal francês, o caso é um sinal da "gangrena" sofrida pela polícia do Rio. O artigo diz ainda que a corporação é  "frequentemente corrompida e brutal" e "goza de má reputação".

le monde

"O caso é ainda mais comovente porque a vítima, nascida em um favela do norte do Rio e respeitada por sua coragem e obstinação, havia se tornado um 'mediador de conflitos', principalmente entre as gangues de narcotraficantes", afirmou o jornal.

O Le Monde lembra que o trabalho de Silva era o de "tentar converter os mais jovens a uma cultura de paz".

"O caso chama atenção pela gangrena que ronda a instituição (da Polícia Militar): nos últimos dois anos, mais de 1.700 policiais foram excluídos da corporação."

r7.com

Preso por envolvimento na morte de coordenador tem ficha extensa

Marcos Nunes 

afroreggae

Romarinho (ao centro, de camisa listrada), chega à delegacia. Foto: Fernando Quevedo / O Globo

O delegado José Luís Duarte, titular da 1ª DP (Praça Mauá), deu há pouco detalhes sobre o histórico de Rui Mário Maurício de Macedo, o Romarinho — preso ontem sob a acusação de participar do assalto que terminou com a morte de Evandro João Silva, coordenador do grupo AfroReggae.

Segundo o delegado, Romarinho é catador de papel, morador de rua, casado, tem uma filha, estudou até a 5ª série (atual 6º ano) do ensino fundamental e tem uma ficha criminal extensa: já teve passagens por porte ilegal de arma, tráfico de drogas, furto, corrupção de menores e porte de drogas.

Romarinho, preso ontem à noite na Zona Portuária, está com a prisão temporária de 30 dias decretada. Segundo policiais, ele teria confessado o crime no trajeto entre a Rua do Carmo, onde foi preso, e a delegacia.

De acordo com Duarte, o acusado contou que, na noite do crime, Evandro passava pela calçada da Rua do Carmo. O comparsa do preso — que seria guardador de carros na Lapa — ficou escondido na banca de jornais enquanto Romarinho, desarmado, anunciava o assalto.

Evandro reagiu, o comparsa entrou na luta e deu o tiro. Nesta segunda-feira, Romarinho voltou ao local do crime para encontrar uma namorada e acabou preso. Nesta terça-feira, os policiais foram à casa do Romarinho pegar as roupas que ele usava no dia do crime.

O produto do roubo — a jaqueta e o tênis usados por Evandro e pegos pelos policiais — segundo o delegado, os PMs jogaram fora.

Caso de Polícia - Extra Online

Bandido preso confirma a morte de Cagado

Camilo Coelho

Um ladrão de residencias preso na última sexta-feira pela Polícia Militar confirmou na tarde desta segunda, em depoimento informal na Delegacia de Roubo e Furtos (DRF), a morte do traficante José Ricardo Ribeiro Rosa, o Cagado, no último sábado, como antecipou o blog Casos de Polícia e Segurança (Clique para ler).

Segundo os policiais civis, Paulo Roberto da Silva Taveira, conhecido como Cara Preta, é do Morro da Serrinha, mas integra a quadrilha de Cagado e costuma frequentar a Favela da Rocinha.

Ele teria confirmado que a ordem foi dada pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e disse que o chefe do tráfico na maior favela da Zona Sul já estaria insatisfeito com Cagado há alguns meses. Cara Preta será apresentado nesta terça-feira, às 11h, na DRF. Ele foi reconhecido no roubo de um apartamento em Ipanema, que estava sendo investigado pela delegacia.

A Polícia Militar informou no domingo que recebeu informações sobre a morte de Cagado, mas que elas não foram confirmadas porque não localizaram o corpo. Segundo os moradores, três bandidos teriam sido baleados e morreram na madrugada de sábado, às 3h, perto da quadra da Favela do Vidigal. Entre os mortos estaria Cagado, que é apontado pela polícia como um dos maiores ladrões da Zona Sul.

Caso de Polícia - Extra Online

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Polícia apreende mais de 6 mil pedras de crack em Realengo

Droga foi encontrada durante operação na Favela 77.
Segundo a polícia, um homem foi preso.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense apreenderam 6.656 pedras de crack durante operação nesta segunda-feira (26), na Favela 77, em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A droga estava escondida dentro de uma casa. Segundo a Polícia Civil, houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido.

O delegado Ricardo de Souza, titular da especializada, contou que a operação policial visava prender traficantes que estariam vendendo drogas para comunidades da Baixada Fluminense. Um homem, identificado como Carlos Alberto de Melo, foi preso sob suspeita de envolvimento com o tráfico.

Além das pedras de crack, a polícia encontrou papelotes de cocaína e anotações com a contabilidade da venda de drogas. O material apreendido e o preso foram levados para a sede da Delegacia de Homicídios, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

G1 > Edição Rio de Janeiro

domingo, 25 de outubro de 2009

Preso traficante suspeito de comandar invasão do Morro dos Macacos

Binho da Matriz tentou subornar policiais para fugir da prisão

Rio - Binho da Matriz, um dos principais traficantes do Morro da Matriz e suspeito de estar à frente da invasão do Morro dos Macacos, foi preso neste domingo.

Policiais do 3°Batalhao (Méier) prenderam o criminoso, que estava passando de moto na rua  Marechal Rondon, uma das imediações do Morro da Matriz, e apreenderam com ele uma munição 9 mm.

O traficante, que já cumpriu pena por tárfico de drogas, foi levado para a 23ª DP.

Segundo o comissário Jaime da Silva, Binho da Matriz ainda tentou subornar os policias para evitar a prisão.

A guerra no Rio

No último sábado, bandidos do Morro de São João tentaram invadir o Morro dos Macacos para tentar tomar os pontos de venda de drogas da comunidade. Houve intenso tiroteio durante toda a madrugada. Moradores ficaram apavorados com a guerra. A Polícia Militar estava no entorno da favela, em Vila Isabel, Zona Norte da cidade.

Pela manhã, a PM interveio e foi para cima do confronto. Os criminosos atiraram contra um helicóptero da Polícia Militar e conseguiram derrubá-lo. Três militares morreram na queda da aeronave.

O piloto, considerado um herói, conseguiu escapar. No Jacarezinho e na Mangueira, traficantes atearam fogo em oito ônibus. De acordo com o último balanço da Polícia Militar, 36 pessoas já morreram em eventos relacionados à guerra do tráfico desde o último fim de semana.

O DIA ONLINE - RIO

Piloto do helicóptero da PM refaz trajeto sobre Morro dos Macacos

Capitão Vaz conta que missão era resgate de policiais encurralados.
Segundo ele, aeronave teria sido atingida por mais de oito tiros.

Do G1, no Rio, com informações do Fantástico

 

Uma semana depois de conseguir pousar um helicóptero em chamas depois de confronto armado no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, o piloto Marcelo Vaz refez o trajeto da aeronave e lembrou em detalhes a operação, que acabou com três policiais, companheiros de tripulação, mortos.
Visite o site do Fantástico

Na manhã de sábado (17), os helicópteros Fênix 2 e 3, da Polícia Militar, saíram para dar apoio aos policiais cercados por traficantes na favela. Na noite anterior e durante a madrugada, segundo a polícia, mais de cem bandidos do morro São João tinham invadido o morro dos Macacos para tomar os pontos de tráfico. Os policiais encontraram fogo pesado em todas as frentes.

“Quando estávamos subindo também encontramos ali cerca de 30 a 40 bandidos que estavam descendo já da comunidade para uma fuga”, relembra o capitão, que chegou a resgatar dois policiais feridos e estava voltando para dar reforço à operação quando o helicóptero foi atingido.

“Estávamos contornando a pedra. Era o momento em que eu tinha decisão de sair, só que infelizmente eu já saí alvejado”, conta Marcelo Vaz.

Helicóptero teria levado mais de 8 tiros, diz piloto

De acordo com ele, toda a tripulação sentiu o impacto dos tiros na aeronave e é difícil precisar quantas vezes ela foi atingida. “Difícil mensurar, mas acredito que tenha sido de seis a oito tiros ou mais”, diz.

Com o helicóptero em chamas e seis vidas a bordo, ele resume como estava o clima da equipe: “Desesperador”. “Meu copiloto, eu sabia que estava baleado, mas quem estava atrás, a tripulação, eu não sabia quem propriamente estava baleado. Eu ouvia ‘fogo, tô baleado’”, lembra o piloto.

Sangue frio

Para Marcelo, o ato de heroísmo ficou por conta do treinamento que recebeu e o ensinou a manter o sangue frio. “Gritando fogo, gente ferida, o outro helicóptero chamando pelo rádio, como é possível manter o sangue frio?

Eu procurei me desligar daquilo e levar a máquina para o pouso”, conta o capitão, que fez operações de salvamento nas enchentes de Santa Catarina, ano passado, e, há três semanas, refez o curso de emergência em voo.

Num primeiro momento, conta ele, a ideia era pousar em uma empresa de ônibus próximo ao local. “Só que no caminho esse ponto vislumbrou. Eu falei: é ali que eu vou pousar”, lembra, afirmando que isso deve ter durado apenas cerca de 90 segundos.

Se não tivesse conseguido seria uma tragédia, famílias que não tinham nada a ver com aquele confronto, era um sábado com muita gente em casa. Dormindo ainda, 9 horas da manhã”, diz Marcelo Vaz.

Combustível cortado

De acordo com o piloto, o motor do helicóptero teria sido atingido pelo fogo já próximo ao campo em que pousou. “Estava na final, a minha luz, as luzes se acenderam, foi o momento que cortei o combustível e fui pra autorrotação”, afirma o piloto.

Na autorrotação, o helicóptero conta apenas com o movimento que continua nas pás, para se sustentar. Para controlá-lo o piloto levanta o bico, e vem descendo até ajeitar e pousar.

“Senti calor no pouso, porque em deslocamento a labareda estava para trás.Quando eu fui pousar, redução de velocidade, o fogo veio para frente também.

O Marcelo Mendes, meu copiloto, estava com o macacão pegando fogo nas pernas. Ajudei-o a apagar, falei pra ele retirar o macacão, ele tirou e foi apagar o incêndio do Patrício. Fui com ele, foi nesse momento que queimei a mão.

O cabo Anderson Fernandes estava me chamando para tirá-lo de perto da aeronave. Fui lá e consegui puxá-lo. Ele estava com um tiro na perna”, relembra Marcelo Vaz.

Colegas mortos

O cabo Izo Patrício, socorrido pelo outro helicóptero, não resistiu às queimaduras em 80% do corpo e morreu dois dias depois. Os soldados Edney Canazaro e Marcos Stadler não conseguiram deixar o helicóptero e morreram no local.

“A memória que eu tenho de cada um deles, é uma memória muito agradável: o Patrício era uma pessoa muito brincalhona, familiar; o Canazaro, uma pessoa muito séria, gostava de esportes, amigo. O Standler, uma pessoa muito culta, fala pouco, um cara bem respeitador, íntegro. É isso que eu levo deles”, diz Marcelo Vaz, que fala da memória mais forte do episódio:

“A dor dos familiares. A gente não considera a perda de um policial. A gente considera a perda de um companheiro, um pai de família, um amigo”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Denuncia feita ao Blog PRAÇAS DA PMERJ

Com a palavra um tripulante do GAM:

AMIGO ESSE ASSUNTO DE MACACÃO É MUITO SÉRIO. SOU TRIPULANTE DO GAM E NO INÍCIO TODOS USAVAM MACACÃO. PORÉM OS OFICIAIS POR SEREM PILOTOS E SEREM OFICIAIS, SE ACHARAM NO DIREITO DE SÓ ELES USAREM O MACACÃO E OS PRAÇAS QUE SÃO TRIPULANTES USAREM A FARDA NORMAL DA PM.

TUDO ISSO POR QUE QUERIAM SER DIFERENTES NA IMAGEM, APRESENTAÇÃO. E ESQUECERAM DA SEGURANÇA DOS COMPANHEIROS NO CASO DOS COLEGAS FALECIDOS.

NA MARINHA DO BRASIL TODA A TRIPULAÇÃO É OBRIGADA A USAR O MACACÃO. TODA INDEPENDENTE DE HIERARQUIA, SEJA OFICIAL OU PRAÇA. ATIVIDADE AÉREA É COISA SÉRIA. ELES TEM QUE PARAR COM ESSA FALTA DE PROFISSIONALISMO E DAREM O TRATAMENTO AOS PRAÇAS IGUAL AO DELES.

PELO MENOS NA ATIVIDADE AÉREA, E DEIXAR DE LADO O FOLCLORE DA HIERARQUIA E LEMBRAR QUE NADA MAIS É QUE UM TRIPULANTE DE UMA AERONAVE. DEUS ESTEJA COM NOSSOS COLEGAS QUE SE FORAM, E QUE AINDA IRÃO POR CAUSA DE OFICIAIS COM ESSES PENSAMENTOS

Mário Sérgio fala sobre as dificuldades da polícia

Camilo Coelho – Extra Online

Em entrevista ao reporte Camilo Coelho do Extra Online o Cel Mário Sérgio falou sobre os ultimos acontecimentos.

Para superar o momento difícil, só mesmo muito trabalho. É exatamente isso que o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, está fazendo.

Desde sábado, o coronel passa 20h do dia trabalhando. Sobram apenas 4h para descansar. O dia começa cedo, às 7h30m, e as últimas ligações se encerram apenas às 3h30m.

Em uma entrevista exclusiva concedida ao EXTRA na última quarta-feira, Mário Sérgio seguiu a linha adotada pelo secretario de Segurança, José Mariano Beltrame, criticou muito a participação da União no combate ao crime organizado, pediu mudanças na lei, como o fim de benefícios para traficantes que forem presos utilizando fuzis, e também classificou o último sábado como o 11 de setembro do Rio.

Procurado na sexta-feira para falar sobre o envolvimento de policiais no caso da morte do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, e a exoneração do relações públicas da corporação, o coronel disse, através da assessoria de imprensa, que estava sem tempo.

Como o senhor analisa o que está acontecendo desde sábado?

Eu concordo plenamente quando o secretario de Segurança diz que esse evento, de certa forma, acaba nos remetendo ao 11 de setembro. Até hoje nós não tínhamos tido uma ação do narcotráfico que tivesse causado um impacto tão violento na sociedade. As ações do narcotráfico no enfrentamento com as forças policiais, que muitas vezes causam baixas nos nossos homens e em pessoas inocentes, ainda não havia despertado a sociedade para o fato de que essas forças, que vem se dedicando ao comércio das drogas, do enfrentamento entre si e do enfrentamento das forças policiais, exercem todo o tipo de despotismo possível e submissão das populações nas áreas onde elas se estabeleceram. Mas dessa vez a população do Rio, de todo o Brasil, a mídia, os formadores de opinião, todos puderam ver com clareza que os criminosos não respeitam nenhum tipo de regra. Eles foram capazes de atirar em uma aeronave que estava sobrevoando casas e escolas. Esse helicóptero poderia ter caído em cima de uma escola, poderia ter causado dezenas de mortes de pessoas inocentes.

Então seria a hora de uma mudança?

Acho que esse é um fato que deve definitivamente trazer para as discussões questões o que há muito tempo nós estamos falando. Da necessidade de um endurecimento da lei quanto aos criminosos. Não podemos conceber que traficantes que portam fuzis possam ser beneficiados com a progressão da pena. São armas de guerra que eles importam para enfrentamento dos seus inimigos de facção, mas, principalmente, das forças policiais, para atacar o estado sem nenhum respeito a qualquer regra. Então, nós temos que discutir essas questões com outros agentes, outros atores, que tenham responsabilidade sobre mudanças na legislação, para entender que não dá para ser assim. Não é possível considerar um criminoso que tira a vida de policiais, que tira a vida de pessoas inocentes, como destinatário dos benefícios da lei. É preciso endurecer isso. Ele não pode ter o mesmo direito de visita íntima que tenha um outro criminoso, aquele que cometeu crimes que qualquer outro ser humano poderia cometer, crimes muitas vezes levados pelas emoções. Esses não, eles são frios na maldade, eles são perspicazes em tudo, na submissão do outro, das populações, eles estão imersos em uma ideologia de ódio, uma subcultura de ódio, nessa identidade coletiva que faz com que eles se unam em lugares diferentes para atacar os seus ou apenas amedrontar a população, como eles fizeram agora, amedrontando a população do morro São João.

Aconteceram mesmo as ameaças de traficante na madrugada de terça-feira?

Eles não estavam nem amedrontando o traficante inimigo, mas sim a população, fazendo as pessoas descerem apavoradas. A sociedade precisa acordar para o mau que é o narcotráfico, a sociedade precisa acordar para o fato de que o narcotraficante está imerso em uma subcultura em que se destaca a ideologia de facção, essa identidade abstrata, mas plasmada no ódio, na destruição. Isso tudo tem que ser discutido, é preciso se desfraudar bandeiras, pedidos de paz, mas para cobrar do poder legislativo, no mais alto nível da nação, uma mudança na legislação.

O senhor fala então de mudar as leis em Brasília, é isso?

A população quer e os políticos que não entenderem isso vão acabar perdendo seu espaço. Não se trata de revanche ou vingança, mas de despertamento enquanto é tempo. Os órgão de segurança do Rio vêm realizando um trabalho brilhante, o problema é que estamos fazendo isso sozinhos. Temos feito isso trabalhando na ponta, mas é preciso interditar a chegada dos problemas. E quem vai interditar a chegada dos problemas é a União. Os problemas que passarem nós cuidamos aqui. Temos a política de redução do delito e do crime de rua, que estamos conseguindo no asfalto. Temos a política de recuperação do território outrora na mão do narcotráfico, com as unidades de polícia pacificadora. Mas a solução tem sido nossa e só.

O que mais precisa mudar?

Está na hora de a União entrar pesado nas fronteiras, mas pesado mesmo, interditando de todas as maneiras possíveis. Está na hora do próprio Governo Federal cobrar mudanças do poder legislativo, mudanças na lei, dizendo que aquele que porta o fuzil não terá progressão na sua pena, não terá direito à visita íntima. Porque esse, ele está disposto a cometer o mau no seu maior grau. Esse é um homem que não se dispõe a recuperação, salvo excessões, mas muito pequenas verdadeiramente. Ele encontrou gozo no mau. Não me incomodo em momento algum de pensar que estou trazendo a questão para um ponto de vista maniqueísta. Nessa hora, é absolutamente fácil identificar bem e mau. O que nós temos é um mau terrível feito pelas facções que se espalharam. Do outro lado estão as forças do Estado e a polícia. Porque a sociedade compreendeu agora, neste 11 de setembro, o inferno que é o problema das drogas e as guerras que ela vem promovendo ao longo desses anos.

Existe esperança de mudança?

Vamos reverter tudo isso, vamos sozinhos ou com a União cumprindo o seu papel, mas nós vamos reverter tudo isso. Já estávamos revertendo, essa foi uma questão muito pontual, em um espaço restrito da cidade, mas emblemática pela queda do helicóptero e a exibição deles de que não estão nem aí. Não se preocuparam se o helicóptero caísse na cabeça de crianças, de velhos, de pessoas inocentes. Eles não estão nem aí se vão amedrontar trabalhadores que estavam chegando em suas casas, obrigando-os a descer o morro e atravessar a rua com carros em alta velocidade. Eles são muito cruéis.

Como foi para o senhor ver aquela imagem do helicóptero caindo em chamas?

Essa é uma imagem que está se repetindo na minha cabeça o tempo inteiro, não consigo parar de pensar. Hoje (quarta-feira) eu estive no GAM (Grupamento Aéreo Marítimo), fui conversar com os policiais. Pensei que encontraria eles de cabeça baixa. Ao contrário, estão com uma moral altíssima, prontos para continuar realizando os seus serviços mais difíceis. Claro que estão muito tristes, com uma profunda dor, carregando uma dor que se transforma em vontade de luta, que se potencializa como uma vontade de luta. Eles não estão de moral baixa, pelo contrário estão motivados para seguir em frente. Alguns inclusive se dispuseram a na folga compor frações a pé para incursionar nos locais onde possamos ter informações da localização de traficantes ligados a essa facção que invadiu.

O que esperar daqui pra frente?

Todo o nosso foco agora é pegar os traficantes do grupo invasor, aqueles que derrubaram o helicóptero. É claro que isso não minimiza, em momento algum, o papel cruel e tiranico das outras facções. Elas também são alvos das nossas ações policiais. Mas neste momento temos que priorizar aqueles que tiveram essa ação tão nefasta e causaram um mau à sociedade tão grande. É uma cena que causa uma dor na sociedade. Nós estamos há muito tempo sangrando e suando nas ruas do Rio, mas nada até hoje foi tão impactante. Vi pessoas abraçando policiais nas ruas, pedindo que a gente vá atrás dos traficantes. Não sei quanto tempo vai demorar, mas é isso que estamos fazendo.

Caso de Polícia - Extra Online

Chefões do tráfico vão para presídio federal

Camilo Coelho – Extra Online

Segurança Máxima

A secretaria de Segurança anunciou na noite desta sexta-feira uma lista com os nomes de 10 traficantes que serão transferidos na manhã de sábado para o presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A lista foi encaminhada para o Tribunal de Justiça e ao Ministério Público, que aceitaram a transferência. Na lista aparecem nomes como o do traficantes Nei da Conceição Cruz, o Nei Facão, que foi recapturado no começo do mês após deixar o sistema no regime semi-aberto e não retornar.

Também será transferido o traficante Fábio Pinto dos Santos, o Fabinho São João, que é chefe da venda de drogas no Morro do São João, de onde teria partido o disparo que derrubou o helicóptero da Polícia Militar.

Veja a lista:

1) NEI DA CONCEIÇÃO CRUZ (“NEI FACÃO”)
2) CASSIO MONTEIRO DAS NEVES ("CASSIO DA MANGUEIRA")
3) MARCIO SILVA MATOS (“MARCINHO MULETA”)
4) ROBERTO FERREIRA VIEIRA (“ROBERTINHO DO JACARÉ”)
5) JORGE ALEXANDRE CANDIDO MARIA (“SOMBRA”)
6) MARCELO SOARES DE MEDEIROS (“MARCELO PQD”)
7) FÁBIO PINTO DOS SANTOS (“FABINHO SÃO JOÃO”)
8) OCIMAR NUNES ROBERT (“BARBOSINHA”)
9) CLAUDECYR DE OLIVEIRA ("NOQUINHA")
10) EDGAR ALVES ANDRADE (“DOCA”)

Caso de Polícia - Extra Online

Traficantes do RJ chegam a penitenciária federal em Campo Grande

G1 > Edição Rio de Janeiro

Dez suspeitos de comandar guerra de facções foram transferidos.
Presídio está 'à disposição' do RJ, diz diretor do Sistema Penitenciário.

Do G1, em São Paulo

 

Os dez traficantes suspeitos de comandar a guerra de facções em favelas no Rio de Janeiro chegaram à penitenciária federal de Campo Grande por volta das 14h30 deste sábado (24), segundo informações do diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Damásio. Eles ficarão isolados por 20 dias.

Sobe para 41 o número de mortos em confrontos no Rio

Três corpos são encontrados no Morro do Vidigal

A transferência foi autorizada após pedido da Secretaria estadual de Segurança Pública do Rio ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.

Damásio disse que a penitenciária está "à disposição" do governo do Rio de Janeiro para receber mais detentos, se for necessário. "O Beltrame (secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro) já sabe. Estamos à disposição dele. Temos 37 presos do Rio [na penitenciária de Campo Grande], mas podemos ampliar esse número", afirmou.

As invasões de favelas provocaram guerra entre facções e confrontos com a polícia na última semana. Balanço da Polícia Militar aponta que 39 pessoas foram mortas em confrontos e outras 58 foram presas desde sábado (17), em operações para capturar criminosos envolvidos na invasão ao Morro dos Macacos.

Os presos foram levados em um avião da Polícia Federal que partiu por volta das 11h da base aérea do Galeão, no subúrbio do Rio. O avião pousou em Campo Grande por volta das 13h30 (horário de Brasília). De lá, os traficantes foram levados em comboios ao presídio, que fica a cerca de 12 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul.

Damásio explicou que, de acordo com a legislação, as penitenciárias federais podem abrigar presos por até um ano. No entanto, segundo ele, esse prazo pode ser estendido.

"As penitenciárias federais foram construídas para socorrer os estados quando estão em crise. Não é um local para um preso cumprir 10, 15 anos de pena. (...) [mas] se houver necessidade, o prazo pode ser prorrogado indefinidamente, que é o caso do Fernandinho Beira-Mar", afirma o diretor.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dez presos e dois menores detidos em operação da PM em Duque de Caxias

Criminosos estavam em uma casa, usada como ponto de venda de drogas na Favela Trevo das Missões. No local foram apreendidos grande quantidade de drogas e material para endolação

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio- Dez homens foram presos e dois menores detidos em uma operação da PM, na Favela das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação policial ocorreu, durante a madrugada desta sexta-feira, após uma denúncia anônima.

Segundo policais do 15º BPM (Duque de Caxias), os acusados estavam em uma casa, usada como ponto de venda de drogas.

Antes de chegar ao local, os PMs teriam sido recebidos a tiros por um grupos de criminosos, que conseguiram fugir.     
Dentro da residência, foram apreendidos cerca de dois quilos de maconha, diversos sacolés de cocaína, aproximadamente cinco mil embalagens plásticas para cocaína e crack, além de farto material para endolação.

Os presos e o material apreendido foram encaminhados à 62ª DP (Imbariê), onde o caso foi registrado. 

O DIA ONLINE - RIO

Cabo da PM é baleado na cabeça durante confronto armado na Zona Oeste

Suposto traficante morreu após trocar de tiros com a polícia. Criminosos teriam tentado se esconder em conjunto residencial. Área foi cercada pela PM. Moradores temeram serem vítimas de balas perdidas

POR CHARLES RODRIGUES, RIO DE JANEIRO

Rio - O cabo da PM João Marcelo Cardoso Caldeira, de 32 anos, foi baleado na cabeça, durante uma troca de tiros com criminosos, no Conjunto Residencial Cardeal Dom Jaime Câmara, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, no fim da noite de quinta-feira.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Carro que estava o policial fica com o vidro destruído | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Acusado de ser o autor do disparo que atingiu o policial, o suposto traficante, identificado pela PM como Douglas Franco Pituba, de 19 anos, o Reggae, morreu, no confronto, com um tiro no peito, após tentar se esconder em um dos prédios do Bloco B, na Rua Arari.

O cabo Caldeira foi levado para o Hospital da Polícia Militar, onde foi operado. O estado de saúde do PM ainda é considerado grave.    

De acordo com comandante do 14º BPM (Bangu), tenente-coronel José Macedo, dois policiais militares faziam o patrulhamento de rotina na região, quando, por volta das 22h, avistaram criminosos armados, na Rua Arari, antiga Rua I, apontada como ponto de venda de drogas e "filial" do tráfico da Favela Vila Vintém, localizada a poucos metros do conjunto residencial.

"Durante a abordagem, houve troca de tiros. Os traficantes se esconderam em um dos prédios. Durante a perseguição, o cabo PM Caldeira foi baleado. Foi solicitado reforço policial. Cerca de 30 policiais cercaram o conjunto residencial. Após uma tentativa de negociação, que durou cerca de 20 minutos, um dos bandidos reagiu. E na troca de tiros, acabou sendo baleado e veio a morrer", disse Macedo, que ordenou o reforço no policiamento da região.

Segundo a polícia, Douglas Pituba é acusado de ser o chefe do tráfico de drogas na região. O suposto traficante, que seria filho de um policial civil, morreu ao dar entrada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.

Após uma revista no local, os policiais apreenderam uma pistola taurus, 61 sacolés de cocaína e R$143, em espécie, proveniente da venda de drogas.

Os outros criminosos conseguiram fugir. Uma das viaturas da unidade foi alvejada pelos bandidos. O caso foi registrado na 34ª DP (Bangu).

Moradores temeram serem vítimas de balas perdidas

Alguns moradores do Conjunto Residencial Cardeal Dom Jaime Câmara disseram ter ficado no meio do fogo cruzado. Eles teriam se escondido em apartamentos vizinhos, temendo serem alvos de balas perdidas.

"Foi tudo muito rápido. Quando os policiais chegaram, ouvimos o tiroteio. Quem estava na rua, correu para onde podia. Quem estava no Bloco B, onde houve a perseguição, passou por momentos de tensão", contou uma moradora, que preferiu não se identificar.

"Não sabemos quem atirou primeiro. Só deu tempo de entrar em um bar e esperar acabar o tiroteio. Estava chegando da escola", disse um jovem, de 18 anos.

O comandante do 14º BPM , tenente-coronel José Macedo, no entanto, negou que os moradores de tenham ficado reféns, durante a negociação.

O DIA ONLINE - RIO

Tiroteio foi causado por criminosos que tentavam salvar traficante, diz PM

Policial que estava na UPA reagiu e chamou reforços.
Houve tumulto na unidade de saúde da região.

Daniella Clark Do G1, no Rio

Foto: Daniella Clark / G1

Tiroteio provocou tumulto na UPA da Penha nesta sexta (23) (Foto: Daniella Clark / G1)

O confronto registrado na tarde desta sexta-feira (23) na Penha, subúrbio do Rio, foi provocado por um grupo de criminosos que tentava socorrer um traficante ferido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região. As informações são do tenente Márcio Martins, do 16º BPM (Olaria).

De acordo com a PM, um policial que fazia a segurança da unidade de saúde viu um grupo de oito criminosos se aproximando da UPA pelo Parque Ary Barroso, que fica atrás da unidade.

O policial reagiu e pediu reforço. Equipes do 16º BPM e do Batalhão de Choque foram ao local e houve um intenso tiroteio. A troca de tiros começou por volta das 15h e durou cerca de 40 minutos, deixando apreensivos moradores e pacientes que aguardavam atendimento. Os criminosos, em seguida, retornaram para a favela pelo parque.

Muro serviu de proteção

A dona de casa Neide Maria dos Santos, de 54 anos, estava a caminho do Hospital Getúlio Vargas para visitar um parente quando começou o tiroteio no Parque Ary Barroso. Chorando, ela se refugiou dos tiros no muro próximo à UPA.

Foto: Daniella Clark/G1

Neide Maria dos Santos se protege dos tiros atrás de um muro próximo à UPA (Foto: Daniella Clark/G1)

"A gente vê na TV e não sabe como é passar por isso. É como se estivesse vivendo um pesadelo. Você se sente um nada, totalmente indefesa", disse Neide.

Tumulto e queixas de pacientes

Houve ainda um tumulto na unidade de saúde porque, segundo pacientes, os médicos teriam parado de prestar atendimento no momento do confronto.

“Os médicos alegaram que não podiam ficar na sala, por causa do tiroteio aqui fora”, disse Maria da Penha da Silva, que buscava atendimento para o marido.

Pacientes protestaram e um homem chegou a ser detido por ter quebrado um vidro da unidade. O detido, identificado como Wilton Luiz da Silva, contou que sua esposa aguardava atendimento desde as 9h. Exaltado, ele teria batido a porta da unidade com força, quebrando o vidro.

Policiamento reforçado

Foto: Daniella Clark/G1

O policiamento foi reforçado em frente à UPA da Penha (Foto: Daniella Clark/G1)

A Secretaria estadual de Saúde confirmou que houve tiroteios nas proximidades da UPA da Penha, mas alegou que a unidade não foi fechada e que os pacientes estavam sendo atendidos normalmente.

O atendimento no local, no entanto, só foi normalizado por volta das 17h50. Pouco depois dois peritos da Polícia Civil estiveram na unidade de saúde para verificar os danos causados durante o tumulto. O policiamento continuava reforçado em frente à unidade, inclusive com um veículo blindado da Polícia Militar.

Apartamento pega fogo

Também na Penha, uma moradora afirmou que seu apartamento, que fica no último andar de um prédio próximo à Vila Cruzeiro, foi atingido por algum tipo de munição que provocou um incêndio. O imóvel fica na Rua José Rucas com São Camilo. Não houve feridos.

Foto: JADSON MARQUES/AE/AE

Brunio de Barros, 86 anos, foi baleado nos confrontos desta manhã (Foto: Jadson Marques / AE)

Segundo a moradora Maria José Santos Queiroz, de 50 anos,  a cortina, uma TV e um sofá foram atingidos pelo fogo, que foi controlado pelos bombeiros. Ela disse ainda que estava na cozinha lavando louça e ouvindo a TV, que fica na sala, quando escutou um barulho.

"Nunca vi isso na vida. Escutei o estrondo de bala e fui ver o que era. Minha janela estava toda arrebentada. Vi muita fumaça preta, um pedaço de bala no chão e saí correndo", contou ela.
Maria José afirma que essa foi a segunda vez que uma bala entrou em seu apartamento. "Moro aqui há 35 anos. Agora não fico mais aqui mesmo", desabafou.

Intenso tiroteio

Mais cedo, um intenso tiroteio na região deixou três pessoas feridas a bala. Moradores assustados tiveram que se esconder atrás de um carro e alunos de uma escola pública não puderam sair das salas de aula.

A Rua Paranapanema, uma das mais movimentadas da área, foi interditada ao trânsito pela Polícia Militar. A orientação para os motoristas é evitar as imediações da Vila Cruzeiro.

Um militar da reserva do Exército, de 86 anos, foi baleado.  Ele teria sido socorrido pelo carro blindado da polícia e levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

Foto: Cláudia Loureiro/G1

Fumaça saindo do prédio atingido (Foto: Cláudia Loureiro/G1)

Segundo a Secretaria de Saúde, Brunio de Barros, 86 anos deu entrada no hospital por volta das 11 horas, com um tiro de raspão no tórax. Ele está lúcido e deve, de acordo com a secretaria, ser liberado em breve.

Além do ex-militar, Severino Marcelino dos Santos, de 51 anos, foi atingido no rosto e foi levado para o mesmo hospital.

Mais cedo Expedito José Rodrigues, de 57 anos, também foi atendido depois de ser baleado no conjunto de favelas. Ainda segundo a secretaria, ele tomou um tiro de raspão na perna direita e já foi liberado.

G1 > Edição Rio de Janeiro

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Três policiais fazem parto de mulher dentro de carro da PM

por Antero Gomes

O OUTRO LADO DA CORPORAÇÃO

A mesma polícia que mata é a que dá a vida. Ontem, três policiais ajudaram Elisângela Mariana dos Santos Gomes, de 25 anos, dar à luz uma menina no mesmo banco de um dos carros da PM onde, quatro dias atrás, foi colocado um traficante preso no Morro do Chapadão.

O parteiro foi o sargento do 14 BPM (Bangu) Jorge Luis Araújo, de 44 anos. Ele disse que se orgulha de estar há 14 anos sem uma punição na PM. Ontem, Araújo foi além.

Depois de fazer o parto de Elisângela, usando os conhecimentos de pronto-socorros que adquiriu 24 anos atrás, o sargento recebeu o reconhecimento dos moradores da comunidade Vila de São Sebastião, em Anchieta.

— Eles foram maravilhosos. Entraram na comunidade de forma respeitosa e fizeram o parto — disse a manicure Luzinete de Jesus, de 49 anos, referindo-se a Araújo e aos outros dois policiais que o ajudaram, o sargento Rodrigo de Oliveira Alves, de 29 anos, e o soldado Wesley dos Santos Gonçalves de Almeida, de 23.

Fábio Guimarães

Os três policiais estavam trafegando por ruas de Ricardo de Albuquerque, quando receberam o chamado. Era um código 854. No controle interno da PM, essa numeração significa que alguém está prestes a ter um filho e precisa de ajuda.

O que os dois sargentos e o soldado não poderiam adivinhar é que, ao chegarem à Rua Araújo Rozzo, onde Elisângela estava numa casa de uma amiga, ela entraria em trabalho de parto.

— Fazer uma criança nascer é mais difícil do que caçar bandidos, mas é mais prazeroso — disse Araújo.

Elisângela foi levada para o Hospital Maternidade Alexandre Fleming. Mamãe e filha, cujo nome não foi divulgado, passam bem. Elisângela terá alta hoje.

Caso de Polícia - Extra Online

Conversa entre traficantes é captada por rádio na Vila Cruzeiro

Criminosos monitoravam movimentação da polícia.
Equipes das polícias civil e militar fizeram operações em oito favelas.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

Uma conversa entre traficantes foi registrada por repórteres do RJTV nesta quinta-feira (22), numa das entradas da Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio. O diálogo foi captado por um rádio de comunicação.

“Monitora aí, "2-D", monitora aí, "2-D". É uma Blazer (carro da PM) só, com "dois polícia" só. não dá pra entrar não”, diz um dos criminosos.
"Tranquilão a visão. Primeira escada, segunda escada. Tudo monitorado, bandido. Tudo "palmeado", ponta a ponta. Se tentar "embicar" é tiro”, responde o outro.

Não houve operações na favela nesta quinta. Este foi o quinto dia de cerco aos criminosos. Equipes das polícias civil e militar fizeram operações em oito favelas. Todas da mesma facção responsável pelos ataques na Zona Norte, no sábado (17).

Estratégia é desarticular venda de drogas

Segundo os agentes, a estratégia é desarticular a venda de drogas, sufocar o inimigo até que Fabiano Atanázio, que teria ordenado a guerra, seja preso. Há suspeita também de que um dos integrantes da quadrilha do traficante tenha dado o tiro que derrubou o helicóptero da PM.

O Disque-Denúncia oferece R$ 5 mil de recompensa por informações que levem ao criminoso. Homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil estiveram na favela do Jacaré, no subúrbio do Rio, e depois seguiram para o Morro da Mangueira, na Zona Norte. Dois helicópteros sobrevoaram a região. A operação ocorreu no horário em que muitas crianças estavam saindo da escola e assustou moradores.

O medo de balas perdidas fez a direção da Escola Estadual Professor Ernesto Faria tomar a decisão de não permitir que nenhum aluno deixasse a unidade. O mesmo ocorreu na escola técnica estadual Adolfo Bloch.

“A gente fica com medo, né? Medo tanto de vir pra escola quanto de ir embora”, disse uma aluna.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Novo balanço da PM registra 41 prisões desde sábado

De acordo com a polícia, 33 pessoas morreram durante os confrontos.
Foram apreendidas 31 armas, cinco granadas e cinco carros roubados.

Do G1, no Rio

Foto: Daniella Clark/G1

Depois do Jacaré, agentes da Core foram ao Morro da Manguera (Foto: Daniella Clark/G1)

A Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (22) um novo balanço das operações realizadas para capturar criminosos envolvidos na invasão ao Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio, no último sábado (17).

Segundo o novo balanço, 41 pessoas foram presas desde o início das operações.

De acordo com a PM, 33 pessoas morreram durante os confrontos dede sábado. Os dois corpos abandonados nesta manhã no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio, não entraram no balanço divulgado pela corporação na noite desta quinta.

Até agora foram apreendidas 31 armas e cinco granadas. Cinco carros roubados foram recuperados. Segundo a nota, as operações devem continuar.

Operações do dia

Após realizarem uma incursão na Favela do Jacaré, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) seguiram em direção a Mangueira, na Zona Norte do Rio.

Trinta homens participaram da ação. Na Favela do Jacaré, os agentes foram recebidos a tiros. Foram usados dois helicópteros e dois blindados da Polícia Civil. No entanto, não há informação de feridos.

Duas mil munições encontradas

Dois homens foram presos suspeitos de pertencerem ao tráfego de drogas em Parada de Lucas, no subúrbio do Rio, durante operação realizada nesta quinta-feira. Policiais encontraram barricadas em vias da região durante a ação. Cerca de 60 agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) participaram da operação. De acordo com o delegado titular, Márcio Mendonça, mais de duas mil munições foram encontradas debaixo da calçada de uma casa utilizada por traficantes.

Já a Polícia Militar realizou operações nos morros da Fallet e Fogueteiro, no Catumbi, no Centro, feita pelo 1º BPM (Estácio); no conjunto de favelas do Lins de Vasconcelos, no subúrbio, feita pelo 3º BPM (Méier); na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul, sendo feita pelos batalhões de Copacabana (19º BPM) e Botafogo (2º BPM); nas favelas Kelson’s e Cidade Alta, no subúrbio, feita pelo 16º BPM (Olaria); em Manguinhos, Mandela e Maré, no subúrbio, feitas pelo 22º BPM (Maré); e na Barreira do Vasco, em São Cristóvão, feita pelo 4º BPM (São Cristóvão).

Feridos seguem internados

Já os feridos durante o conflito na favela na quarta-feira seguem internados em situação estável. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, Marcelo Luiz da Cruz, de 30 anos, que deu entrada com tiro na cabeça, passou por cirurgia para tratar de um hematoma. A bala não chegou a atingir o cérebro, mas provocou o hematoma. O paciente está estável.

José Carlos Guimarães Júnior, de 18 anos, levou um tiro no abdômen. A bala atingiu fígado, onde ficou alojada. A secretaria informa que ele passou por uma cirurgia. Ele está consciente e conversando. O paciente vai começar a se alimentar normalmente.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Polícia divulga retrato falado de suspeito de matar coordenador do AfroReggae

Evandro foi morto na madrugada de domingo (18).
PMs não teriam prendido assassinos logo após o crime.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

                  Foto: Divulgação

Polícia Civil divulgou o retrato falado de suspeito nesta quinta (Foto: Divulgação)

A polícia divulgou nesta quinta-feira (22) um retrato falado de um dos suspeitos de matar o coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva, no domingo (18).

Segundo a Polícia Civil, a imagem foi confeccionada com base em informações passadas pelos Policiais Militares.

O crime aconteceu na Rua do Carmo, esquina com Rua do Ouvidor, no Centro e está sendo investigado por agentes da 1ª DP (Praça Mauá). 

Imagens feitas por câmeras de segurança de estabelecimentos do Centro do Rio registraram o crime. 

Comandante pediu desculpas

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, pediu desculpa à família das vítimas. 

O coordenador executivo do grupo AfroReggae, José Junior, disse que ficou chocado com a omissão de policiais durante a morte do coordenador

“O Evandro tomou um tiro, e 20 segundos depois passa a viatura. Não tem como passar ali em alta velocidade e os policiais viram o corpo do Evandro. Omitiram socorro! O lugar é claro, iluminado, é uma agência bancária”, revelou o músico.

José Júnior informou que tem estado em contato com a Polícia Civil para se atualizar sobre as investigações do crime. "A nossa relação toda está sendo com a Polícia Civil. A Polícia Militar oficialmente não nos procurou ainda e, se nos procurar, nos vamos dialogar”, concluiu o coordenador do AfroReggae.

Crime

Um inquérito militar foi aberto para investigar a conduta dos militares na omissão de socorro ao coordenador do grupo AfroReggae, que foi assassinado no Centro do Rio, no último domingo (18). Câmeras de segurança registraram a ação.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Mais de duas mil munições são apreendidas em Parada de Lucas

Dois homens foram presos durante operação no subúrbio.
Um fuzil, uma metralhadora e uma pistola também foram apreendidos.

Do G1, no Rio

Foto: Foto de Márcia Foletto / Agência O Globo

Policiais encontraram barricadas durante a ação em Parada de Lucas (Foto: Foto de Márcia Foletto / Agência O Globo)

Dois homens foram presos suspeitos de pertencerem ao tráfego de drogas em Parada de Lucas, no subúrbio do Rio, durante operação realizada nesta quinta-feira (22). Policiais encontraram barricadas em vias da região durante a ação.

Cerca de 60 agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) participaram da operação. De acordo com o delegado titular, Márcio Mendonça, mais de duas mil munições foram encontradas debaixo da calçada de uma casa utilizada por traficantes.

Além das munições, foram apreendidos um fuzil, uma metralhadora, uma pistola e oito carros roubados. O caso foi registrado na DRFA.

Também nesta quinta, agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma operação na Favela do Jacaré. Após a ação, os policiais seguiram para a Mangueira, na Zona Norte.

G1 > Edição Rio de Janeiro

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Resposta ao Sr Jonas Santana

Sr Jonas Santana e com repudio que venho aqui neste espaço contestar seu comentário sobre a PMERJ.

Em sua Coluna no Jornal CORREIO FLUMINENSE (período de 10 a 16 de Outubro, pag 10), Que tem circulação em alguns municípios do grande Rio e Baixada Fluminense o Sr atacou a Polícia Militar de forma gratuita.

Saiba o Sr que a PMERJ e uma instituição bicentenaria e que tem serviços relevantes prestados a população do Rio de Janeiro, As atitudes desastrosas a qual o Sr diz ser única e exclusiva da PMERJ nos da uma noção de uma desinformação total a respeito dos serviços prestado a população pela corporação.

Acho que o Sr não precisa atacar a Polícia Militar para ter um fácil acesso as comunidades que visita, As abordagens Truculentas , Mal sucedidas e com episódios trágicos a qual o Sr menciona em seu comentário está mais parecendo um inicio de campanha política (pois e notório que no próximo ano o Sr será um dos postulantes a uma cadeira de deputado).

Nos que fazemos parte da família Policial Militar esperamos que o Sr venha se retratar, Pois seu comentário não reflete bem o que e ser um policial, Também acho que o Sr não esteja muito feliz com os últimos acontecimentos, esperamos que tenha sido apenas um infeliz comentário.

A todos vocês que me acompanham no dia a dia logo estarei postando aqui a matéria em questão para que saibam o real motivo de indignação com o Sr Jonas Santana.

Assuntos de Polícia.

Bope apreende 18 mil pedras de crack na Baixada Fluminense

Um homem foi morto em operação do Bope na Favela da Mangueirinha.
Ao todo, quatro pessoas morreram nesta quarta (21).

Do G1, no Rio

Foto: AP/Eduardo Naddar

Policial durante operação na Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio (Foto: AP/Eduardo Naddar)

Durante a operação feita pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) na Favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (21), foram apreendidas 18 mil pedras de crack, além de sete mil papelotes de cocaína e 5,6 trouxinhas de maconha.

De acordo com o capitão Ivan Blaz, essa é uma das maiores apreensões de crack da Polícia Militar e a maior feita pelo Bope.
O batalhão fez operação na tarde desta quarta-feira. Houve troca de tiros e um homem morreu. Dois homens foram presos. A ação fez parte ao cerco que a Polícia Militar está fazendo em diversas comunidades, depois da tentativa de invasão de traficantes ao Morro dos Macacos, na Vila Isabel, Zona Norte do Rio.

Até esta quarta-feira 33 pessoa morreram, entre elas, três jovens inocentes e três policiais militares que estavam no helicóptero abatido por criminosos.

O material foi levado para a 59ª DP (Caxias).

G1 > Edição Rio de Janeiro

Troca-troca em delegacias da Polícia Civil

por Camilo Coelho

O Boletim Interno da Polícia Civil anunciou ontem uma série de mudanças, muitas delas importantes porque atingem delegacias da Zona Norte, região que está sendo alvo de guerras do tráfico, algumas delegacias especializadas e até a delegacia de Campo Grande, responsável pelo combate às milícias.

Segundo informações da cúpula da segurança, as mudanças foram um pedido do próprio secretario, José Mariano Beltrame, depois da onda de crime na Zona Sul.

Quatro delegacias da região mudaram a titularidade. O comando da Polícia Civil também levou em conta o resultado apresentado até agora pelos delegados e mudou de acordo com o perfil de cada um. Veja quem são os novos titulares:

6ª DP (Cidade Nova) - Fernando César Reis

7ª DP (Santa Teresa) - Tércia Amoêdo

9ª. DP (Catete) - Carlos Augusto N. Pinto

13ª. DP (Ipanema) - Monique Vidal

14ª DP (Leblon) - Fernando da Silva Veloso

18ª DP (Praça da Bandeira) - Márcio Franco

19ª DP (Tijuca) - Luís Cláudio Cruz

20ª DP (Vila Isabel) - Leila Goulart

22ª DP (Penha) - Jader Machado Amaral

25ª DP (Rocha) - Carlos Henrique Machado

28ª DP (Campinho) - Adriana Belém

35ª DP (Campo Grande) - Fábio Barucke

37ª DP (Ilha do Governador) - Renata Teixeira de Assis

Polinter - Roberta Carvalho

Homicídios - Felipe Ettore

DPCA - Marcos Cipriano

Caso de Polícia - Extra Online

Estudante está entre feridos por bala perdida na Vila Cruzeiro, diz Secretaria

Ele tem 18 anos e cursa o 3° ano do Ensino Médio.
Baleado no abdômen, já foi operado e está consciente.

Do G1, no Rio

 

 

 

            Um estudante de 18 anos está entre os feridos por bala perdida durante uma operação do 16º BPM (Olaria) na Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio, nesta quarta-feira (21). Segundo a Secretaria estadual de Educação, José Carlos Guimarães Junior é aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade, na Penha, também no subúrbio.

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o jovem levou um tiro no abdômen. A bala atingiu o fígado, onde ficou alojada. Ainda segundo a secretaria, José Carlos já deixou o centro cirúrgico do Hospital Getúlio Vargas e está consciente e conversando.

Foto: AP/Eduardo Naddar

Policial durante operação na Vila Cruzeiro, no subúrbio do Rio (Foto: AP/Eduardo Naddar)

Marcelo Luiz da Cruz, de 30 anos, também ferido na Vila Cruzeiro, foi atingido por um tiro na cabeça. Por volta das 17h50, ele continuava no centro cirúrgico do hospital. Segundo informações do 16ª BPM (Olaria), os dois feridos seriam moradores da comunidade.

Número chega a 33 mortos

A Polícia Militar registrou até o fim da tarde desta quarta-feira (21) 33 mortos desde o sábado (17), quando traficantes rivais entraram em confronto no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Entre as vítimas estão três policiais militares.

Na Vila Cruzeiro, dois homens foram presos. Foram apreendidas ainda uma granada, uma bomba de fabricação artesanal e drogas. Cerca de 70 homens participaram da ação.

G1 > Edição Rio de Janeiro

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tiroteio assusta moradores no Rio Comprido

Segundo as primeiras informações, guerra seria entre traficantes rivais.
PM foi encaminhada para o local.

Do G1, no Rio

Uma troca de tiros no Rio Comprido, na Zona Norte, assusta os moradores da região no fim da tarde desta terça-feira (20).

Segundo a Polícia Militar, policiais do 1º BPM (Estácio) foram até o local checar o tiroteio. De acordo com as primeiras informações, a troca de tiros seria nos morros do Fogueteiro e Fallet, entre criminosos de duas facções rivais.

Não há informações de feridos até o momento.

Desde o último final de semana, os confrontos entre traficantes rivais e policiais na Zona Norte do Rio já provocaram a morte de 24 pessoas.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Tripulação do helicóptero não recebia adicional de risco, dizem colegas

Clube da PM confirma e acrescenta que só pilotos têm o bônus.
Corporação diz que todos ganham; salário base de cabo é R$ 1.424,00.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

Cabos e soldados da Polícia Militar do Rio têm salário base de, no máximo, R$ 1.424,00 e R$ 1.182,00, respectivamente. Um tripulante de helicóptero do Grupamento Aéreo-Marítimo (GAM) informa que os seus colegas mortos ou feridos gravemente no sábado (17), no Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio, não recebiam gratificação de risco pelo serviço e não usavam fardamento adequado, o macacão antichamas. A informação sobre o salário é confirmada pelo presidente do Clube da PM.

Os dois capitães – piloto e copiloto – ganham o adicional, diferentemente de soldados, cabos e sargentos. A assessoria da PM informa que todo seu pessoal do serviço aéreo recebe treinamento e bonificação.

O ex-corregedor da PM do Rio, coronel Paulo Ricardo Paúl, diz ter dúvidas de que toda a tripulação do helicóptero que pegou fogo recebesse gratificação por risco. Três militares lotados no GAM, e ouvidos pelo G1, garantiram que nem eles e nem os seus colegas mortos recebiam o adicional de risco.

Morreram no campo de futebol da Vila Olímpica de Sampaio, também na Zona Norte, os soldados Ediney Canazaro e Marcos Standler. Na segunda-feira, o cabo Izo Gomes Patrício, que tinha 80% do corpo queimado, morreu no Hospital da Força Aérea, na Ilha do Governador, no subúrbio, enquanto o Cabo Anderson Fernandes dos Santos permanece internado.

“As gratificações são apenas para pilotos e copilotos. Um copiloto recebe uns R$ 2.500 e a gratificação do piloto fica entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. Isso varia de acordo com as horas de voo dele”, explica o tripulante que integra o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM)

O presidente do Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio (o Clube da PM), Jorge Lobão, também afirma que soldados e cabos que voam em combate não recebem nenhum tipo de bônus pelo risco e garante que o salário de um dos soldados que morreu na explosão após a queda era de R$ 980,00.   

Só oficiais recebem, diz policial

A assessoria da Polícia Militar informou que toda a tripulação de helicóptero recebe gratificação e treinamento específico para a função. Os detalhes sobre os valores das gratificações não foram informados por causa do enterro do cabo Izo Gomes Patrício.

“No momento a corporação está enlutada pela morte do terceiro policial militar que morreu na ação criminosa de bandidos. Assim que pudermos, daremos maiores informações”, informou, por e-mail, a corporação.

Um dos militares que conversou com o G1 é terceiro sargento, está há 8 anos na PM e tem salário bruto de R$ 1.800. Segundo ele, desde dezembro de 2007 pilotos e copilotos recebem gratificação pelos voos, mas até hoje soldados e cabos não foram contemplados.

“Eles (os oficiais) recebem compensação orgânica pela atividade aérea por causa do desgaste que sofrem, mas o restante da tripulação, que também se arrisca, não tem”. 

Faltou macacão antichamas, diz tripulante

O policial do Gam afirma que, quando o helicóptero fez o pouso de emergência na Vila Olímpica do Sampaio, apenas o piloto e o copiloto vestiam macacões antichamas.

“Eles (os traficantes) acertaram o tanque de combustível, por isso o helicóptero pegou fogo. Como a munição era traçante, ou seja, quente, o helicóptero pegou fogo. O vento foi jogando o fogo para trás. No momento que pousou, não tinha mais vento. Então, o fogo tomou conta de tudo e incendiou a aeronave.

Os soldados e cabos estavam sem o macacão antichamas. Eles usavam apenas farda normal, um procedimento errado para quem voa”.

Um colega do cabo Izo, durante o enterro no cemitério da PM, em Sulacap, na Zona Oeste, criticou o fato de apenas os oficiais terem os macacões antichamas.

O coronel e ex-corregedor da PM Paulo Ricardo Paúl critica o governo estadual pela política de salários e benefícios na corporação.

“Certamente os pilotos do GAM recebem e sei que a gratificação é boa, mas os outros pode ser que não recebam mesmo. O que o governador Sérgio Cabral está fazendo é um absurdo, ele está criando uma série de salários diferenciados na polícia. Se um tenente for piloto de helicóptero e ganhar R$ 7 mil de gratificação, ele ganha mais que um coronel da PM com 30 anos de carreira. Para você ter uma ideia, em alguns batalhões os policiais recebem o Riocard, em outros não. Uma bagunça”, critica o ex-corregedor.

Pilotos privados e na PM de São Paulo

Em São Paulo, um piloto de helicóptero da Polícia Militar recebe aproximadamente R$ 7.000, segundo a sala de imprensa da corporação. É preciso ser capitão e ter o curso de pilotagem. A assessoria acrescenta que é provável que alguns profissionais tenham salários maiores do que esse.

Segundo a Associação Brasileira de Pilotos de Helicópteros (Abraphe), o salário varia de acordo com a aeronave e a experiência. O salário de um piloto particular de helicóptero do mesmo porte do da PM (o AS 350, conhecido como esquilo), é de R$ 12 mil a R$ 16 mil, disse o presidente da entidade, comandante Cleber Mansur.

Outros salários de pilotos privados: pilotos de helicópteros Robison 44 (mais simples, com motor a pistão, inferior ao do AS350, que é turbina): R$ 5.500, em média. Pilotos de helicópteros biturbina (aeronave para voo noturno, dentro de nuvens): de R$ 20.000 a R$ 35.000.

* Colaborou Gabriela Gasparin

G1 > Edição Rio de Janeiro

Irmão de cabo, que também é PM, diz que ele morreu como herói

Militar foi enterrado com honras militares.
Cerca de mil pessoas acompanharam sepultamento.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

Foto: FÁBIO MOTTA/AGÊNCIA ESTADO/AE

Foto: FÁBIO MOTTA/AGÊNCIA ESTADO/AE

Sepultamento ocorreu nesta terça (20) na Zona Oeste (Foto: Fábio Motta/ Agência Estado)

Em clima de muita emoção, pelo menos mil pessoas participaram do sepultamento do cabo Izo Gomes Patrício, nesta terça-feira (20), no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.

Alguns parentes chegaram a passar mal e foram socorridos em ambulâncias que estavam no local.Izo era um dos tripulantes do helicóptero atacado por traficantes no Morro dos Macacos, na Zona Norte, no último sábado (17).

Um dos irmãos da vítima, Robson Gomes Patrício, que também é policial militar, destacou a dedicação do cabo Izo. “Meu irmão foi um herói. Basta ver quantas pessoas estão aqui prestando essa homenagem a ele, a essa família que até então ninguém conhecia”, afirmou.

 

Como militar, Robson não quis apontar culpados, mas fez algumas ponderações. “Apontar erros não vai trazer meu irmão de volta. Não quero responsabilizar ninguém. Mas vamos tentar acertar com o que aconteceu de errado. Foi uma situação inesperada, senão teria alguém aguardando para dar socorro aos feridos”, disse.

“No caso, foi uma coisa improvisada. Em uma missão, às vezes, não dá para trazer todos. Há sempre baixas. Meu irmão foi uma estatística dessa baixa. Esperamos que outros policiais não sejam vitimados desta forma”, completou.

Robson lembrou que o irmão estava empolgado com a proposta de integração entre o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

“Ele era um policial que gostava do que fazia e queria sempre fazer melhor”.

Mãe teve que ser amparada

Logo depois do sepultamento, Regina Gomes, mãe de Izo, foi amparada pelos filhos e amigos da família. Durante a solenidade com honras militares, que contou com a presença do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, um policial discursou, em tom de desabafo:

“É a terceira vez, em menos de um mês, que enterro amigos de farda aqui. Peço a Deus que proteja o tripulante operacional para socorrer quem estiver em apuros. Não pedimos vida eterna, pois já somos imortais”, disse, sob aplausos e choro de vários militares.

Um outro colega de corporação lamentou que os tripulantes de helicópteros não usem roupas de proteção, chamadas “corta-fogo”, em operações realizadas em áreas de conflitos. Segundo ele, a vestimenta só é liberada para oficiais.

G1 > Edição Rio de Janeiro