domingo, 30 de outubro de 2011

Polícia acha fuzil roubado em fuga da carceragem da Polinter no RJ

Sete presos conseguiram fugir do local no Grajaú, na sexta-feira (28).

Também foram levados seis carregadores e um revólver.

Do G1 RJ

Polinter do Grajaú (Foto: Reprodução/TV Globo)

Preso fugiram da Polinter do Grajaú
(Foto: Reprodução/TV Globo)

A Polícia Civil conseguiu localizar um fuzil que tinha sido roubado durante a fuga de sete presos da carceragem da Polinter do Grajaú, na Zona Norte do Rio, na noite de sexta-feira (28). A arma foi encontrada neste domingo (30) numa lata de lixo no Morro do Fubá, entre Campinho e Cascadura, no subúrbio do Rio. As informações são da assessoria da Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes chegaram ao local após investigações. Várias diligências já estavam sendo feitas desde sábado (29). A arma foi levada para 20ª DP (Vila Isabel), onde o caso foi registrado. Também foram roubados, durante a fuga, seis carregadores e um revólver da Polinter.

A fuga aconteceu por volta das 23h, quando presos armados com dois revólveres renderam os policiais de plantão. O Núcleo de Controle de Presos abriu sindicância para apurar se houve negligência dos policiais e como os presos conseguiram as armas.

G1 - Rio de Janeiro

Mãe de bebê de cinco meses morto é presa

Antero Gomes

A manicure Roberta da Silva Salvador, de 28 anos, foi presa em flagrante neste domingo por causa da morte da filha dela de cinco meses. A manicure é acusada de abandono de incapaz. A bebê foi encontrada morto em casa pela própria mãe, que se ausentou da casa para comprar comida.

Segundo a delegada da 30ª DP (Marechal Hermes) Maria Madalena Carnevale, a manicure teria consumido drogas e álcool durante a madrugada de sábado para domingo. Roberta contou, na delegacia, que teria deixado a filha sozinha dentro de casa, em Rocha Miranda, enquanto conversava com um homem que ela conhecia de vista na varanda. O homem ainda não foi identificado.

No meio da conversa, a manicure saiu para comprar algo para ela e para o homem comerem. O conhecido teria ficado na varanda. Quando voltou, Roberta encontrou o “amigo” no mesmo local que o deixara. Segundo a delegada, Roberta ainda teria entrado na casa para pegar mais bebida para os dois.

Ainda segundo a delegada, a manicure teria dito na polícia que, ao entrar uma segunda vez em casa, teria encontrado a filha - que sofria de hidrocefalia (acúmulo de líquido no crânio) - morta. Logo depois, ela quebrou a casa toda, chamando a atenção dos vizinhos, que chamaram a polícia. O homem que bebia com ela desapareceu. Roberta não soube identificá-lo.

Roberta foi presa por abandono de incapaz seguido de morte. Ela pode pegar até 12 anos de prisão. Ela foi levada para a carceragem da Polinter, em Magé, na Baixada Fluminense.

Segundo vizinhos, Maria Madalena era uma boa mãe quando estava sóbria. Roberta tinha outros quatro filhos que moravam com os pais. A delegada contou que, na casa, foram encontrados papelotes de cocaína, que teriam sido usados.

A perícia do local já foi feita, mas a causa mortis do bebê ainda não foi indetificada. Segundo a delegada, o bebê estava com uma marca de sangue na cabeça e espumava bastante.

-A criança deveria estar passando mal. Devido ao estado da mãe, esta não teve um cuidado adequado com a filha. Não deve ter percebido. Não podemos dizer que o homem com que ela bebia foi culpado. Ainda estamos tentando identificá-lo- disse a delegada.

Casos de Polícia - Extra Online

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Militares revistam moradores do Complexo do Alemão

Rio - Homens do Exército realizam na manhã desta quinta-feira revista a moradores do Complexo do Alemão na Zona Norte. Carros, comércios e pedestres são parados pelos militares. A imprensa não foi autorizada a acompanhar o trabalho dos soldados.

De acordo com o major Bouças, porta-voz da Força de Pacificação, toda a ação é filmada e fotografada. O objetivo é resguardar os militares em caso de possíveis reclamações de moradores. Cerca de 150 homens das polícias militar, civil e Exército participam da operação, que visa cumprir mandado de busca e apreensão na comunidade.

A Defensoria Pública é esperada nesta quinta na comunidade para garantir os direitos dos moradores da região.

Como O DIA publicou com exclusividade, a juíza do plantão judiciário de sábado, Renata Palheiro Mendes de Almeida, expediu mandados de busca e apreensão genéricos que autorizavam os militares a vasculharem casas em 29 pontos da comunidade em busca de armas e drogas até domingo. A operação do Exército na terça-feira assustou moradores com mensagem em carro de som, orientando a população a agir com educação. “Qualquer ação contrária será considerada como ato hostil e receberá a resposta necessária”, dizia.

          Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

Operação do Exército na terça-feira na Pedra do Sapo| Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

“A decisão fere as garantias constitucionais. Vou aos locais amanhã (quinta-feira), pois só posso entrar com um mandado de segurança baseado na reclamação de moradores”, afirmou Luís Felipe Drummond, assessor criminal da Defensoria. O defensor pretende pedir acesso às duas decisões na Justiça que autorizaram a ação dos militares.

O juiz João Batista Damasceno, integrante da Associação Juízes para a Democracia, condenou a ação do militares e o Judiciário. “Essa medida é inconstitucional e os militares estão agindo como marginais, porque estão à margem da lei. O Código de Processo Penal diz que o mandado deve indicar com a maior precisão possível a casa em que a diligência será feita e com o nome do morador”.

Na avaliação do magistrado, o Exército e o Judiciário cometeram arbitrariedade. “O Judiciário foi criado para garantir os direitos dos cidadãos e a polícia, a segurança. Se o Judiciário está com a polícia, quem vai garantir os direitos desses moradores?”, questionou. “Coisa pior só vi quando os juízes expediam mandados de prisão em branco na época da ditadura para que a Polícia do Exército os preenchessem com as informações de quem encontrassem”, contou.

Para o criminalista Antônio Gonçalves, nenhuma decisão judicial pode ferir a Constituição Federal. “Não se pode violar as garantias fundamentais por mera suspeitas”, criticou.

'Me senti ameaçada'

Nesta quarta-feira, dia seguinte à operação na Pedra do Sapo, a mensagem do Exército pelo alto-falante impondo regras de comportamento à população na terça-feira ainda repercutia no complexo. “Eu acho um absurdo. Um abuso. Sou trabalhadora e não quero ser tratada como suspeita”, indignou-se a doméstica Carla Gomes Silva. Uma dona de casa que preferiu não se identificar também fez críticas. “Foi assustador. Nunca tinha ouvido uma coisa daquelas. Me senti ameaçada”.

Na ação, drogas e armas foram apreendidas. Responsável pela Força de Pacificação do Complexo do Alemão, o general-de-brigada Cesar Leme Justo, da 9ª Brigada de Infantaria Motorizada do Rio de Janeiro, considera a mensagem incisiva, e não hostil. Ainda na avaliação do oficial, o texto não se refere ao toque de recolher.

“Convidamos a população ao recolhimento para que a proteção dela seja garantida em caso de confrontos. Estamos privilegiando ações de inteligência e nossa maior preocupação é preservar a integridade dos moradores”, ressaltou o oficial.

Mapeamento do tráfico

Fotos e filmagens da ação do tráfico delimitaram a área a ser vasculhada pelo Exército. Foi o que informou ontem a juíza Renata Palheiro Mendes de Almeida. Para expedir os dois mandados de busca e apreensão genéricos, a juíza alegou que foram mapeados 29 pontos no Complexo do Alemão.

Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

Jipe com alto-falante orientando população sobre como agir deixou a maioria das ruas vazia no complexo | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

Para a juíza, é impossível expedir os mandados dando endereço, pois as ruas são indefinidas e não há numeração nas casas. “A ação visou combater o crime organizado para livrar a população de uma possível retomada do crime. E o modo como foi executada não foi apreciado pela Justiça”, disse a magistrada.

Reportagem de Adriana Cruz, Angélica Fernandes e Maria Inez Magalhães

O DIA ONLINE

Operação de combate à agiotagem tem pelo menos 11 presos

POR MARCELLO VICTOR

Rio - A Polícia Civil realiza nesta quinta-feira operação para reprimir a agiotagem em vários pontos do estado e cumprir 18 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão. A ação, batizada de Shylock, está sendo realizada em casas de criminosos e escritórios nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense. Onze pessoas foram presas até o momento.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Policiais prenderam duas pessoas no bairro Trindade, em são Gonçalo | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Um casal foi preso na Rua Baltasar Pessoa, no bairro Trindade, em São Gonçalo. Saulo José dos Santos Júnior e Glícia de Almeida Ribeiro foram detidos numa casa de dois andares. Dois veículos foram apreendidos. Um Montana blindado e um Corolla com duas cestas básicas no porta-malas.

Segundo informações da polícia, o lucro mensal dos agiotas é estimado em R$ 700 mil a R$ 800 mil. Os presos irão responder por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e extorsão. As investigações levaram oito meses. Participam da ação, 31 delegacias, além de duas equipes da Corregedoria Geral Unificada (CGU).

O DIA ONLINE

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Justiça nega habeas corpus a acusado de matar juíza Patrícia Acioli

Rio - A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio negou, por unanimidade, o habeas corpus impetrado em favor do policial militar Daniel Santos Benitez Lopes, um dos acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli em 11 de agosto deste ano. A magistrada foi executada com 21 tiros na porta de casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.

A defesa do tenente alegou que Benitez estaria suportando constrangimento ilegal decorrente da decisão que ordenou sua transferência do Batalhão Especial Prisional (BEP) para presídio comum de Bangu VIII, sem observar o devido processo legal porque a defesa não teria sido ouvida. Além disso, sustentou ainda que não haveria risco concreto de fuga do PM.

No entanto, segundo o desembargador Valmir de Oliveira Silva, relator do processo, a transferência teria ocorrido ante o risco concreto de fuga porque teria sido evidenciada a fragilidade da unidade prisional, conforme constatado por meio de conversa telefônica interceptada em que Benitez dizia que fugir do Bep era algo fácil. O magistrado lembrou ainda que, recentemente, um ex-PM de altíssima periculosidade, chefe de milícia na Zona Oeste, teria fugido do local, chamado de “pousada prisional militar”, onde até promovia festa de aniversário com bebida alcoólica.

Ainda de acordo com o magistrado, neste caso, em que a periculosidade é evidente, prevalece o interesse público sobre o particular. “Descabe falar em constrangimento ilegal na transferência do paciente para a unidade prisional Bangu VIII, por isso que ficará acautelado em cela separada de outros presos comuns e sob a responsabilidade do Secretário de Administração Penitenciária, com todas as garantias constitucionais observadas”, destacou o desembargador.

Familiares ameçados

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, determinou que seja fornecida segurança à família da juíza Patrícia Acioli. A ordem vale “até que se possa realizar uma análise exaustiva sobre o efetivo risco de vida dos membros da família”, segundo o ofício do delegado Luiz Zettermann, chefe de gabinete da delegada Martha Rocha, chefe de Polícia Civil. Os acusados pela morte da magistrada são 11 PMs.

Foto: Lucas Figueiredo / São Gonçalo

Os policiais suspeitos de matar a juíza se apresentaram com uniformes de detentos em audiência sexta-feira | Foto: Lucas Figueiredo / São Gonçalo

O documento foi enviado dia 4 ao advogado da família, Técio Lins e Silva, a quem Zettermann pede que diga quais pessoas necessitam de proteção. Ex-marido de Patrícia, Wilson Júnior afirma esperar contato da polícia para entender o que motivou a determinação quase dois meses após o crime. Ele é pai das duas filhas de Patrícia e também de um enteado da magistrada, a quem o jovem chamava de mãe.

"Houve algum Disque-Denúncia ou avaliação de risco, ou é apenas medida preventiva em função da exposição na mídia?”, questionou, informando que ficou surpreso. “Temo, sim, pela integridade dos meus filhos, mas não há condições de avaliar se escolta ostensiva, nesse momento, é melhor ou pior do que escolta nenhuma. Meus filhos ainda se encontram abalados e a presença de homens armados no cotidiano poderia causar transtornos psicológicos às duas menores”.

Ele contou ainda que pouco tempo após o crime, houve contato verbal da Polícia Civil com Lins e Silva sobre a necessidade de escolta. “Na ocasião, diante da incerteza de quem estaria envolvido, Técio aconselhou aguardar posição oficial ou necessidade real da segurança por entender que cabe à polícia, assim como cabia ao Tribunal de Justiça e não à família, dimensionar o tamanho do risco”, disse ele.

Primo de Patrícia, o jornalista Humberto Nascimento, que já foi ameaçado e até seguido, considera a medida válida, apesar da demora. “Não tenho motivo para me sentir seguro. Se até alguns amigos se afastaram com medo de que minha presença possa representar ameaça a eles, por que eu deveria achar que está tudo normal?”, desabafou Humberto.

Oficial da PM sem uniforme de detento

Preso em Bangu 1 acusado de ser o mandante da morte da juíza, o tenente-coronel PM Claudio Luiz da Silva Oliveira esteve em audiência em São Gonçalo, sexta-feira, sem o uniforme obrigatório a todos os detentos do complexo penitenciário. A mesma regalia não foi dada a outros seis PMs presos, acusados do mesmo crime, que também estiveram no fórum.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informa que determinou o uso de uniforme pelo oficial. E que ele foi entregue à escolta — do Batalhão de Choque — uniformizado e retornou da audiência da mesma forma.

O documento diz também que a presença de presos militares é atípica no sistema, por isso acredita que a escolta tenha autorizado a troca de roupa no trajeto. Para a Seap, isso ocorreu porque a escolta não foi feita por inspetores da secretaria, já que os presos estão sob custódia da PM.

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Operação da Polícia Federal termina com 11 suspeitos presos

Rio - A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira a "Operação Cairuçu" no Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Dos 12 mandados expedidos, sete foram cumpridos durante as buscas desta terça. Quatro pessoas já estavam presas antes do início da operação. O objetivo da ação é combater o tráfico de drogas.

Entre as prisões, três foram realizadas no Rio – um na Tijuca, na Zona Norte, e outros dois no Leme e em Copacabana, na Zona Sul –, uma em Itatiba, em São Paulo, duas nas cidades de Paraty e Angra dos Reis, no Costa Verde, e uma Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul.

Também foram cumpridos 19 mandados de busca em apreensão. Uma quantidade de drogas foi apreendida na Capital Fluminense. As investigações da PF começaram há sete meses na Área de Proteção Ambiental (APA) do Cairuçu, na cidade de Paraty, no Sul Fluminense.

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Juiz ordena que 29 acusados de envolvimento em fraudes no Detran sejam libertados

POR ADRIANA CRUZ

Rio - As 29 pessoas presas acusadas de envolvimento no esquema fraudulento de emissão de carteiras de habilitação do Detran receberam o direito à liberdade no fim da tarde desta terça-feira. A decisão foi do juiz da 43ª Vara Criminal, Rubens Casara. O Ministério Público havia solicitado a prorrogação da prisão temporária por mais cinco dias, mas o magistrado preferiu ordenar a soltura.

Os acusados ainda não foram denunciados pelo MP, pois o inquérito ainda é analisado pela Justiça. Um dos argumentos que fudamentam a decisão é de que os advogados de defesa não tiveram acesso ao inquérito policial.

De acordo com a polícia, a quadrilha facilitava a retirada de carteiras de habilitação em troca de pagamento. O bando cobrava de R$ 800 a 2 mil pelo documento. Em média, 200 pessoas por mês se beneficiavam dos serviços dos fraudadores. Vários objetos apreendidos na ação, batizada de Contra Mão II, são levados para a Academia de Polícia Sylvio Terra (Acadepol), que funciona como base da operação.

Foto: Fabio Gonçalves / Agencia O Dia

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Pelo menos três pessoas foram presas em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Entre elas está Angela Maria Azevedo do Vale, apontada pela polícia como uma das cabeças da quadrilha. Ela foi detida em casa, no bairro Santa Catarina. Agentes também fazem buscas em Niterói e no Rio.

Em 2008, a acusada havia sido presa no posto do Detran em Petrópolis, na Região Serrana, acusada de fraudar documentos para fazer a prova eletrônica no lugar de outros. Na época, ela foi detida com carteiras de trabalho e de identidades falsas.

As investigações contra o grupo começaram em 2009, a partir de irregularidades constatadas pela corregedoria do Detran, que passou as informações à Delegacia de Defraudações (DDEF). A ação é coordenada pela DDEF e conta com 200 agentes de diversas especializadas e distritais do estado, 52 funcionários do Detran e 75 agentes do Ministério Público (MP).

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