domingo, 24 de junho de 2012

Sargento da PM é morto em arrastão no Cachambi

Por Luiz Almeida

Rio - O sargento Cláudio Gomes Pereira, do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças da Polícia Militar (CRSP), foi morto a tiros por bandidos que realizaram um arrastão na Rua Degas, altura do número 400, no Cachambi, na Zona Norte, próximo ao Norte Shopping. De acordo com a polícia, o agente, de 41 anos, foi reconhecido pelos criminosos e executado na frente da esposa e da filha. O crime aconteceu por volta das 17h30 desde domingo.

Segundo policiais do 3º BPM (Méier), cinco bandidos a bordo de um veículo fecharam o Idea, placa KXS 2469, que estava na frente do carro do sargento, e iniciaram o arrastão. Ao perceber que seria assaltado, o policial chegou a esconder sua arma debaixo do banco e pediu para que a esposa, que dirigia o carro, e a filha saíssem do veículo.

Mas ao deixar o carro, os bandidos notaram o coldre na cintura e descobriram que o policial era sargento da PM. Cláudio Gomes Pereira foi baleado pelos assaltantes, mas ainda chegou a ser socorrido. Levado para o Hospital Salgado Filho, o sargento não resistiu aos ferimentos.

Moradores de um condomínio em frente ao local do arrastão contam que os assaltos na região são frequentes. De acordo com a artesã Regina Célia Duarte, de 49 anos, os assaltos costumam acontecer no início da manhã e no fim da tarde. “Já não é de hoje que pedimos a instalação de uma cabine da PM, mas, infelizmente, ainda não fomos atendidos”, desabafou.

O Dia Online

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Caso da Juiza Patrícia Acioli - A verdade !!!

Delator do caso irá responder também por ter desviado os projéteis que matou a juiza

O juiz Március da Costa Ferreira, da Auditoria da Justiça Militar, aceitou nova denúncia do Ministério Público do Rio contra o cabo Sérgio da Costa Júnior.

Ele, que é um dos onze denunciados por envolvimento na morte de Patrícia Acioli, em 2011, é acusado de desviar da Polícia Militar os projéteis usados na execução da juíza, conforme noticiou a coluna de Ancelmo Gois nesta segunda-feira (14).

Segundo o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Sérgio foi denunciado por peculato - quando um funcionário público usa o cargo para tirar qualquer tipo de vantagem. 

Comento:

Esse tipo de informação nos faz parar para pensar... Será que realmente houve um mandante para este crime? Aonde está a participação do restante do GAT neste crime?

Pensem...

A princípio as investigações chegaram em 03 pessoas, O tenente e dois cabos, o restante dos acusados, não apareceram em nada!!!

A família da Juiza Patrícia Acioli, queria que houvesse um mandante a todo custo...

Depois que o Cabo Sérgio Costa Júnior sob pressão, coação e constrangimento, optou por beneficiar-se da delação premiada...

Vejam bem... Um réu confesso em troca de redução de pena, envolveu todo o GAT, e olha que incrível!!! Acharam um mandante!!!

O crime foi cometido por este réu confesso e com ajuda, segundo ele, do tenente, em juízo ele disse:

“ estou muito arrependido, minutos depois eu já estava muito arrependido..”

Quando o Juiz perguntou a ele o motivo de tantos disparos, ele respondeu:

“ foi um momento de muita raiva, ódio... Eu estava me sentindo injustiçado...”

E vocês sabem por que ele estava se sentindo injustiçado??

Por que a Dr. Patrícia Acioli tinha acabado de decretar a prisão dele e do restante da guarnição. O único que ficou de fora nesta prisão foi o Soldado Junior Cezar de Medeiros.

Ele, Sérgio Costa Júnior, tinha ficado sabendo desta prisão horas antes de matar a juíza, quando sua advogada ligou informando que a juíza tinha decretado a prisão deles por causa de um auto de resistência. (auto de resistência, para quem não sabe, é quando alguém morre em confronto com a PM).

Ora, se eles já estavam tramando a morte da Juiza, por que não o fizeram antes? Por que eles esperaram ela decretar a prisão deles?

Simples de se responder:

Por que não houve planejamento, eles resolveram acabar com a vida da juiza por um impulso de raiva, ódio...

Naquele dia (11 de agosto de 2011) eles sabiam desde cedo que a juíza estava com o papel em sua mesa para assinar ou não a prisão deles, a advogada na época tinha avisado e estava tentando evitar, quando eles souberam que a juíza tinha assinado a prisão deles, eles resolveram a matar, por pura vingança...

Pergunto: Por que precisa de um mandante?

Agora o MP público denuncia este mesmo réu confesso delator, por ter desviado as munições que mataram a juíza, E ONDE ESTÁ A PARTICIPAÇÃO DOS OUTROS? Se os outros PMs ajudaram, planejaram, incentivaram... Poxa... Deixaram tudo nas mãos do réu confesso? Coitadinho... Não ajudaram nem a desviar as munições? Fizeram o quê, então eles???

A maioria estava em casa, não sabia de nada que estava para acontecer, mas hoje eles estão em BANGU 1, e vocês sabem onde está o réu confesso? É... aquele que matou a juíza com 21 tiros? Esta numa boa, recebendo visita da esposa a hora que quer, comendo bem... Dormindo bem... Vendo TV, ouvindo som...

Isto é justo Povo????

Vamos acordar BRASIL!

Caso da Juiza Patrícia Acioli

domingo, 17 de junho de 2012

Polícia Militar fará ‘bico’ para patrulhar as ruas

Rio

Prestes a instituir o 'bico' na polícia, o que pode aumentar o salário do soldado em até R$ 1.800 a mais por mês com horas extras, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame prepara um ‘choque’ de patrulhamento nas ruas do Rio.

Com entusiasmo, explica que o pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS) já é feito a policiais que trabalham para a corporação nas folgas da Rio+20. A novidade, que faz parte do decreto de redistribuição de agentes, será inaugurada oficialmente dia 1º para suprir o déficit do efetivo em duas cidades na Baixada.

Aos 56 anos e há cinco e meio no cargo que ganhou destaque com a criação das UPPs, ele cobra a execução de projetos sociais em áreas pacificadas e informações sobre o crescimento habitacional.

O DIA: O que está sendo feito sobre o decreto de redistribuição de policiais anunciado há alguns dias?

BELTRAME: – Fizemos levantamento das deficiências dos batalhões. O mapa indica que os índices de crimes vão diminuindo nas áreas onde há mais policiais. Para aumentar o efetivo, vamos pagar hora extra através da RAS pelo trabalho de policiais em dias de folga. O agente será pago para recomplementar o serviço onde é lotado ou em outro batalhão.

Quanto será pago?

Serão pagos R$ 150 por turno de oito horas extras ao soldado, que poderá fazer no máximo 96 horas extras no mês. A possibilidade é de ganho de até R$ 1.800 além do salário, que é de R$ 1.625. É o equivalente a 12 dias de trabalho durante as folgas a cada 30 dias.

É um “bico” oficial na corporação?

Sim. Este valor é competitivo em relação ao bico que alguns policiais fazem nas folgas. Além disso, é muito melhor para o policial trabalhar fardado, legalizado, com a viatura, com a arma dele, com proteção social.

Quais serão as áreas prioritárias?

Vamos começar pela Baixada Fluminense, entre outras áreas. Por exemplo: um batalhão com carência de 286 homens vai ter 286 por dia. Vamos ver o resultado.

Foto: Arte O Dia

Foto: Arte O Dia

Quando começará?

Oficialmente no dia 1º de julho, embora já tenha estreado na Rio+20.

O senhor acha que isso pode ajudar a reduzir a ação das milícias, que são integradas por muitos policiais nas horas de folga?

Claro. A gente espera que isso tenha efeito de redução de criminalidade. Sendo a milícia um crime, terá impacto. O que queremos é resolver o problema da falta de efetivo. Não há uma política de concurso público. Há anos, foram criados novos batalhões sem novos policiais. Eram só trocados. Qual o critério para fazer isso? Político. O centro da cidade tem cinco batalhões. Para quê?

Por que o Rio tem 22 UPPs em áreas antes dominadas pelo tráfico de drogas e apenas uma onde havia milícia, no Batan?

Porque não está na nossa rota. O combate à milícia tem a mesma lógica da UPP. O grande problema da milícia ocorria em Campo Grande. Fizemos grandes prisões de milicianos naquela área. E qual foi a ocupação social lá? Se tiramos o transporte clandestino e não é oferecido o transporte público para a população, se tiramos o 'gatonet' e a milícia da área, mas as distribuidoras legais não chegam com os serviços oficiais, estamos suscetíveis a ter os mesmos problemas. Vamos voltar lá.

Combater a milícia é mais complicado do que enfrentar o tráfico, já que o miliciano pode ser policial e tem ligações dentro do Estado?

Há uma série de requisitos que complicam a milícia. O primeiro deles é que existe há 20 anos no Rio. Nos primeiros 10 anos era considerada por alguns como possibilidade de ser positiva. O segundo requisito é que as instituições policiais não reagiram contra, não criaram métodos de investigação. O problema se avolumou. Foi preciso aprender a trabalhar com isso, que é diferente de tudo que se fez até agora. Envolve servidor público, servidor público de folga, armado e fazendo o que é do estado. Para estes quatro 'ingredientes' não existe um tipo penal como é o caso dos homicídios: quem mata alguém vai preso. Com milícia não havia isso, por inércia ou seja lá o que for.

Na sua opinião um dos grandes obstáculos da segurança pública é que suas ações não são seguidas pelos serviços públicos?

As ações sociais não têm a velocidade e a pontualidade que eu entendo que deveriam ter para dar resposta social após uma intervenção policial. Isso não me isenta de agir, quero deixar claro. Mas são funções absolutamente necessárias e complementares. Um exemplo claro é o que houve em Campo Grande. Fomos no foco dela, prendemos gente muito importante, mas a parte social não foi feita. O policial vai ter que ficar lá para fiscalizar os serviços de TV a cabo, gás, água, sinal de internet, ônibus? Eu digo isso, senão vão dizer que não combatemos a milícia, que o problema é de segurança. Da mesma forma, se a gente entra no Jacaré e fica só com a polícia lá, ficamos fadados ao insucesso.

Foto: Marcio Mercante / Agência O Dia

Beltrame apresentará a Cabral estudo com o impacto que crescimento da população provoca na segurança em áreas de grande desenvolvimento industrial | Foto: Marcio Mercante / Agência O Dia

Quais os serviços prioritários em comunidades pacificadas?

É preciso oferecer programa de empregabilidade, que mostre para as pessoas que depois do muro da favela tem um mundo inteiro. Mas tem que mostrar para eles. Eles não sabem.

O que o senhor pediria ao governador nessa área?

Tem que criar perspectiva nas comunidades, mostrar que há outro mundo depois do muro das favelas.

O senhor tem percorrido comunidades. A questão educacional, que é uma das mais importantes, tem sido desenvolvida nas áreas pacificadas?

Acho que a malha de ensino, tanto estadual como municipal, é muito boa. Está bem distribuída nas áreas. Não sei como funcionam, mas há escolas.

As ações de saúde também podem ajudar na percepção e no aumento da segurança de alguma forma?

Acho que sim. Tudo que valoriza a vida das pessoas em nome da dignidade é positivo, porque se mostra ao cidadão que é muito melhor estar do lado do estado, da prefeitura, do que do lado do tráfico, da milícia, da tirania.

Mesmo quando existem, os programas nem sempre atingem todos que necessitam. Na Cidade de Deus, por exemplo, há o Projeto Rio 2016 para a criançada, oferecido pela Secretaria de Esporte e Lazer. Há 400 crianças participando e mais de mil na fila para fazer esporte.

A gente é suspeito para falar, mas tem muita coisa virtuosa. O segredo, para mim, é integrar, diminuir o conceito de cidade partida. Uma aula de música de graça que começou a ser oferecida no Morro da Babilônia hoje beneficia pessoas no Alemão, Pavão e em outros quatro ou cinco morros.

As novas políticas de crescimento habitacional estão de acordo com a política de segurança?

Os programas habitacionais devem existir. Mas o que a gente precisa, como técnico, é saber a densidade demográfica dos lugares para planejar a segurança pública. Se a população crescer em determinadas áreas sem o nosso conhecimento, fatalmente vamos ter, depois de algum tempo, uma deficiência de policiais nestas regiões. Se tivermos cinco mil pessoas em um programa habitacional e não houver transporte adequado para elas, a possibilidade de criação de um serviço de transporte alternativo por milicianos ou outros grupos clandestinos é muito grande.

Mas o senhor não tem controle sobre este aumento populacional nas áreas?

Não. Tenho solicitado informações sobre como a prefeitura cuida disso. Busco e quero esta resposta. Preciso saber o número de moradores.

O senhor tem obtido resposta?

Não.

A presidenta Dilma Rousseff assinou repasse de verbas para turbinar projetos de desenvolvimento no estado. O Rio tem vários polos novos de desenvolvimento, como o Comperj e Porto do Açu. A secretaria está preparada para o impacto disso?

Vamos apresentar ao governador um estudo que fiz junto com o Instituto de Segurança Pública, contendo recomendações com visão prospectiva de aumento de população. Temos que ver aonde estas pessoas vão ser alocadas e a perspectiva de empregabilidade para mostrar ao governo em tempo para buscar soluções.

As UPPs aceleraram o processo de crescimento das favelas no Rio?

Acredito que sim. Isso acontece na medida em que as pessoas não precisam mais prestar contas para um desconhecido criminoso.

O senhor tem um levantamento que mostre que algumas comunidades aumentaram de tamanho ou de população?

Não tenho dados, mas percebo quando vou aos lugares. Vejo coisas que na visita anterior não existiam. Há movimento de material de construção. Pode ser para reforma, mas também pode ser para nova obra. Li que o Vidigal está aumentando. Precisamos ter controle disso. Se a população aumentar naquela área, vou ter que colocar mais 50, 60 policiais lá.

Foto: Arte O Dia

Foto: Arte O Dia

Isso é mais grave em alguma região da cidade, como a Zona Sul, por ser mais turística e valorizada?

Acho que o crescimento pode ser maior na Zona Sul, onde a possibilidade de empregabilidade também é maior. A minha preocupação principal é com o que pode acontecer no futuro. Quero ver daqui a 10, 15 anos. Não dá para esperar 10 anos para ter resultado de um Censo (do IBGE) para nos planejarmos.

Isso pode estar está influenciando no aumento de crimes como os de roubo a residência e assalto a motoristas na cidade?

Na Zona Sul tivemos pessoas presas, que eram do Jacaré. Em Niterói, de 400 pessoas presas, 30 eram do Rio. Não dá para dizer que não há migração, mas ela é pequena. A questão é a oportunidade, a facilidade que existe em determinadas áreas.

O que tem sido feito contra o crack?

É um problema de saúde pública. Muito crack é apreendido. Não é um produto de valor. Em áreas carentes se compra por R$ 1 ou R$ 2. À medida em que se combate o tráfico de drogas, se combate o crack. Isso porque a venda é feita casada. Os agentes são os mesmos e casam a venda do crack à da cocaína. Vejo isso como um mercado. É uma forma de tornar a venda mais rentável e com menos custo.

E o tráfico de armas e de munição?

Eu hoje focaria na criação de um mecanismo de investigação nacional sobre munição. Precisamos ter informações dos produtores sobre quem compra, sobre a origem. Mas não é feito. Se eu pego um fuzil Ruger aqui, não sei como chegou, onde foi fabricado e para onde foi vendido. Busquei a origem daquele monte de armas apreendidas no Alemão e as respostas vieram todas desencontradas.

Estamos em plena Rio+20, depois vem Copa do Mundo. O Brasil não tem tradição de enfrentar problemas decorrentes de embates ideológicos radicais no mundo, que motivam terrorismo. O senhor está preocupado com isso?

Temos que ser preventivos, mas a ação é da Polícia Federal. A gente tem que ficar atento.

Como secretário de Segurança, qual é a sua maior preocupação em relação à Rio+20?

É com o cidadão, com a sensação de segurança que a gente tem obrigação de dar ao cidadão carioca. Acho que os grandes eventos são importantíssimos para a cidade. O Exército está dando apoio. O Rio de Janeiro está bem preparado para este evento e também para os outros.

O Rio desperta a curiosidade natural dos turistas nacionais e estrangeiros. O senhor teria alguma recomendação especial para evitar alguma área?

Não. Acho que as pessoas podem buscar pontos turísticos no Rio de Janeiro, aproveitar a cidade. Só a PM está com sete mil homens na rua. Está contemplando estes lugares onde normalmente existe acesso de turistas maiores. Acho que tem que ser vida normal para todos nós.

Incluindo as favelas?

Entendo que as pessoas possivelmente vão a favelas pacificadas. A realidade das áreas que nós temos conflagradas é histórica. Não é na Rio+20 que tem favelas conflagradas. Na Rio 92 tinha muitos mais favelas conflagradas do que tem hoje.

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio encaminhou ao TSE pedido de reforço de tropas do Exército ao longo da campanha eleitoral. Como o senhor avalia a atitude?

Vi nos jornais a declaração do presidente do tribunal. Se ele acha que há necessidade, não vejo problema. O Exército já é parceiro nosso.

Vê necessidade?

Só não podemos fazer da Segurança Pública um palanque eleitoral. Mas, se esta é uma demanda do tribunal, a gente aceita, acata e ajuda.

O senhor acha que criou uma estrutura? Seu sucessor vai ter estrutura?

Sim. Se for trocado amanhã, já deixei tudo pronto. Como o prédio do Centro Integrado de Controle de Comando, a Cidade da Polícia, o Centro de Operações Especiais da Polícia Militar, novas instalações da Secretaria de Estado de Segurança, entre outros.

E a área de tecnologia?

A licitação está em fase final para a aquisição de câmeras para equipar cerca de dois mil carros das polícias.

Qual é a previsão para a instalação de UPPs fora da cidade do Rio?

Será preciso esperar um pouco. Pelos menos 40 UPPs estarão instaladas no Rio de Janeiro até o fim de 2014. Hoje já temos 23 UPPs e nos próximos meses serão inauguradas mais quatro no complexo da Penha e ainda tem a UPP da Rocinha.

Em que lugar da caminhada o senhor acha que está desde janeiro de 2003?

Em função do mundo ideal? Nem na metade.

Imagina em 2014 estar em qual ponto da caminhada?

Em 2014 eu pretendo estar na casa de 10, 12 homicídios por 100 mil habitantes. Hoje o número é em torno de 24. Conviviam aqui com 60. Quando assumi eram 40.

Qual é o índice atual de resolução de investigação de homicídios?

Estamos na casa dos 30% a 32% de resolução. A minha meta é buscar 100%. Vamos melhorar com polícia técnica científica. Quando assumi acho que era na faixa de 4% a 5%.

Candidatar-se a governador do Rio está entre os seus planos?

Não. É uma opção pessoal.

O senhor pensa na possibilidade de ser mantido no cargo de secretário de Segurança no novo governo?

Não. Já fiz o que tinha que fazer. Não sei para onde vou. Acho que vou me aposentar. Eu criei dois filhos, que hoje estão com 28 e 25 anos, mas não os acompanhei quando eram pequenos porque viajava muito pela Polícia Federal.

Me separei e o fato de ter criado meus filhos de longe ficou na minha cabeça. Agora tenho um filho de 2 anos. Quando a minha mulher ficou grávida, planejei me dedicar mais a ele. Mas está pior do que os outros dois. Ele começou a creche este ano e eu só o levei duas vezes. E ainda o deixei chorando.

E planeja ter outro filho?

Não. Deste mato não sai mais coelho.

Reportagem de Aziz Filho, Elaine Gaglianone e Joana Costa

O Dia Online

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Policiais pousam de helicóptero na Praia de Copacabana e detêm dois

Eles estavam em treinamento prático e pousaram na areia.
Segundo polícia, menores armados com facas assaltavam turistas na orla.

Do G1 RJ

Policiais civis que faziam um treinamento prático do curso de piloto de helicóptero perto da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, detiveram dois suspeitos na manhã desta quarta-feira (6), após pousarem a aeronave na areia da praia.

Segundo o piloto da Polícia Civil, Adonis Lopes de Oliveira, os agentes avistaram menores armados com facas assaltando pessoas, entre elas turistas, na orla de Copacabana.

Ainda de acordo com o piloto, os agentes e prenderam os suspeitos na altura do Hotel Porto Bay.

Em nota, a Polícia Civil informou que os helicópteros desceram, fizeram a abordagem e conduziram os menores para a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT) onde será realizado o flagrante.

G1 - Rio de Janeiro

PM que assaltou posto de gasolina fardado é preso na Zona Norte do Rio

Ana Carolina Torres

Policiais da 58ª DP (Posse) prenderam, nesta terça-feira, o sargento da Polícia Militar reformado Edson Germano Silva. Ele é acusado de ter assaltado, fardado, um posto de gasolina na Estrada de Adrianópolis, no bairro Botafogo, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O crime aconteceu na última sexta-feira. A informação sobre a prisão do acusado foi confirmada pelo delegado Luís Jorge Rodrigues, adjunto da 58ª DP.

- Ele foi reconhecido no mesmo dia do assalto e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça - disse o delegado.

Segundo ele, Edson foi preso em casa, no bairro da Penha, na Zona Norte do Rio. As vítimas estão seguindo para a delegacia para fazerem o reconhecimento formal do suspeito.

Extra Online

Acusado de participar da execução da juíza Patrícia Acioli é excluído da PM por oferecer empregos falsos

Herculano Barreto Filho

O cabo Alexandre Quintanilha dos Santos, um dos policiais acusados de participar da execução da juíza Patricia Acioli, foi excluído da corporação por envolvimento num esquema de falso cadastramento para empregos temporários.

Os envolvidos pediam R$ 10 às vítimas pelo atestado de saúde para uma vaga de trabalho inexistente. Entre as vítimas, constavam até familiares de PMs.

O cabo, que responde a pelo menos três processos, já estava preso por homicídio, acusado de participar de autos de resistência forjados (mortes de suspeitos em tiroteios), quando atuava no 7º BPM (São Gonçalo).

Juíza Patrícia Acioli foi assassinada a tiros quando chegava em casa, em Niterói Juíza Patrícia Acioli foi assassinada a tiros quando chegava em casa, em Niterói Foto: Extra / Divulgação

Crime na igreja

Além dele, o sargento Dinarte Bezerra da Silva e o cabo Renato Anjos da Costa também foram excluídos, conforme publicação do boletim interno da PM desta segunda-feira. Uma mulher foi identificada como dona da falsa agência.

O episódio veio à tona em setembro de 2008, quando Dinarte foi detido por policiais da 72ª DP (São Gonçalo), enquanto distribuía falsos atestados médicos numa igreja. O caso foi registrado como estelionato.

Em depoimento, registrado na sede da antiga 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) em novembro de 2008, Quintanilha confirmou que providenciou a documentação de 20 garotas, selecionadas para fazer distribuição de brindes em postos de combustível. E admitiu que cada uma delas pagou R$ 10, para os exames admissionais. Ele reconheceu, ainda, que esteve em três residências da dona da agência, para levar fichas de adesões preenchidas.

Advogado vai apelar

O advogado Marcos Barros Espinola, que representa o cabo Quintanilha, antecipou que irá entrar com recurso junto à Polícia Militar, para anular o ato administrativo de exclusão. O advogado argumentou que o PM responde a processos criminais, mas ainda não foi condenado.

— Ele tem o direito de permanecer na corporação até o julgamento da sentença. Ele só pode ser excluído se for condenado — explica.

O cabo Quintanilha responde a dois processos por homicídio da 4ª Vara de São Gonçalo, um processo na 3ª Vara Criminal de São Gonçalo e outro junto à Auditoria Militar, por crime cometido em ato de serviço.

OS FATOS

Patrícia Acioli - O cabo Alexandre Quintanilha dos Santos, que respondia a processos por autos de resistência forjados analisados pela juíza Patricia Acioli, na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi acusado de envolvimento no assassinato da magistrada. Ela foi morta a tiros na noite de 11 de agosto do ano passado, quando chegava na casa onde morava, em Niterói.

Crime no batalhão - O sargento Paulo César Rocha também foi excluído da corporação, de acordo com o boletim interno publicado nesta segunda-feira. Ele é acusado de negociar a venda de munição para uma quadrilha de traficantes com ligações feitas dentro do 35º BPM, em 2009. As interceptações telefônicas foram autorizadas pela Justiça, numa investigação feita pela Polícia Federal.

Para uso particular - O cabo Cristiano Alves Rosa, do 2º BPM, ficará aquartelado por 30 dias, acusado de desrespeito a superior e lesões leves, ao resistir a autuação em flagrante por usar o reboque do batalhão para levar o próprio carro à oficina, em junho de 2008.

Extra Online

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Subcomandante de batalhão mata dono de padaria no Cachambi após discussão

POR Ricardo Albuquerque

Rio - O subcomandante do 19º BPM (Copacabana), tenente-coronel Anderson de Albuquerque, matou o dono de uma padaria após uma discussão no estabelecimento, localizado na Rua do Cachambi, altura da Rua São Gabriel, no Cachambi, Zona Norte do Rio. José Luis dos Santos Lima, de aproximadamente 40 anos, foi atingido por cinco tiros e morreu no local.

O balconista Renan Ferreira Gomes, de 19 anos, foi atingido por estilhaços e ficou ferido nas costas e na perna. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.

Após o crime, Anderson, que ficou ferido em um dos braços, foi espontaneamente à 23ª DP (Méier) se entregar. Em depoimento, ele contou que o desentendimento se deu por José provocar constantemente sua esposa em diversas ocasiões.

Os agentes comunicaram o fato à Delegacia de Homicídios. que cuida do caso (DH). Policiais da especializada seguiram com o subcomandante para o Hospital Salgado Filho. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde e do balconista ferido.

O Dia Online

PMs expulsos da corporação em Volta Redonda são reintegrados pela Justiça

Em Volta Redonda, Sul do Estado do Rio de Janeiro, o juiz Flávio Pimentel de Lemos Filho, da 1ª Vara Cível, concedeu na tarde desta quinta-feira (31/05), uma antecipação da tutela tornando sem efeitos a exclusão de três dos 11 policiais militares que foram expulsos da corporação em 20 de março. Na avaliação do Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro os policiais teriam participado do movimento grevista no dia 10 de fevereiro desde ano.

Os soldados Leandro Azevedo Magalhães, Carlos Albertro Campos de Oliveira e Marcos Vinícius da Cruz Silva foram beneficiados com a decisão judicial. A advogada Daniela Côrrea Grégio Leite, que representa os três PMs, informou que impetrou um mandado de segurança, junto à Vara Civil, com a finalidade de restituir aos seus clientes a reintegração imediata junto as suas respectivas unidades policiais.

“O Estado poderá recorrer da decisão judicial. Os advogados dos outros 8 policiais militares expulsos podem entrar na Justiça, solicitando a extensão do mesmo benefício que foi concedido aos meus clientes”, declarou Daniela Côrrea Grégio Leite.
A decisão do Juízo de Volta Redonda poderá abrir um precedente também para os de outros municípios fluminenses que também poderão receber pedido de antecipação de tutela pelos mesmos motivos.

Sentença na íntegra

Processo: 0017557-74.2012.8.19.0066

Tendo em vista que a Comissão de Revisão Disciplinar da Corporação, do 28º Batalhão, que tem a legitimidade inicial de verificar a conduta disciplinar dos Impetrantes, julgou pela manutenção dos policiais, aplicando, apenas, suspensão de 30 dias, a determinação de exclusão se mostra, em princípio, desproporcional, devendo ser suspensa até o julgamento da análise do presente mandamus. 3. Assim, DEFIRO A LIMINAR REQUERIDA para determinar a suspensão dos efeitos da exclusão dos Impetrantes até julgamento da análise do presente mandamus. Intimem-se. Notifiquem-se na forma do artigo 7º, incisos I e II, da Lei nº 12.016/09. Ciência ao Ministério Público.

COTURNO CARIOCA

Polícia Militar começa a substituir o Exército no Complexo da Penha

Athos Moura - O Globo

Policias do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChq) começaram, na manhã desta quinta-feira, a substituir os homens do Exército que patrulhavam as comunidades do Complexo da Penha. Os PMs ocupam quatro favelas do complexo desde as 5h. A entrada da Polícia Militar nesses locais é uma das fases finais para a instalação de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no local. O mesmo procedimento foi feito em março no Complexo do Alemão.

Os PMs do Bope chegam à Vila Cruzeiro Os PMs do Bope chegam à Vila Cruzeiro Foto: Fernando Quevedo / O Globo

Segundo o porta-voz do Bope, Major Ivan Blaz, as comunidades ocupadas são Chatuba, Fé, Caixa D'Água e Sereno. Os policiais do Bope estão atuando nas favelas e os do BPChq, no entorno. Os militares recebem o apoio de homens do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromarítimo (GAM). Ao todos são 300 PMs participando da operação.

Ainda de acordo com Blaz, os policiais do Bope farão uma busca por bandidos remanescentes, armas e drogas. O segundo passo da ocupação será o estreitamento dos laços com os moradores das comunidades. O comandante do Bope, Coronel René Simões, fará uma reunião com a população local, em data ainda a ser definida, para explicar como será o processo de pacificação.

- Ontem (quarta-feira) nosso trabalho no Complexo do Alemão foi concluído com a inauguração das últimas duas UPPs. E hoje entramos aqui no Complexo da Penha. Primeiro vamos atuar nessas quatro comunidades e depois vamos entrar na Vila Cruzeiro. Nós do Bope é quem damos a luz verde para a implantação das UPPs - disse Blaz.

Toda a ação é acompanhada pelas Ouvidorias de Polícia e pela Corregedoria da Polícia Militar. A corporação pede a colaboração dos moradores com informações sobre foragidos, armas e drogas. As denúncias podem ser passadas através dos telefones 2332-8486 (BPChoque) e 2334-3983 (Bope).

A Polícia Militar solicita que todos os moradores andem com documentos de identificação, inclusive motoristas e motociclistas que, além de estar com a Carteira Nacional de Habilitação em dia, terão que mostrar os documentos de propriedade de seus veículos. No caso das motos, também é exigido o uso de capacete.

Extra Online

PMs e bombeiros levam até R$ 9 mil em ação na Justiça

Ações vitoriosas contra desconto para fundo de saúde animam a tropa

POR PRISCILA BELMONTE

Rio -  Bombeiros e policiais militares podem reaver o dinheiro descontado em contracheque referente ao fundo de saúde dos últimos cinco anos. Ações que pedem a devolução dos valores aos servidores têm sido julgadas procedentes pelos Juizados Fazendários, que seguem orientação do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ). Os descontos de 10% sobre os soldos começaram no ano 2000, quando foi criada a Lei nº 3.465. Os valores ressarcidos podem chegar a R$ 9 mil, dependendo da patente do militar.

Segundo o órgão pleno do TJ-RJ, a Lei 3.465 é inconstitucional no que se refere a essa cobrança. O argumento se baseia na Constituição Federal (Artigo 149, Parágrafo primeiro), que viabiliza aos estados e municípios instituírem contribuições apenas para o custeio de regime previdenciário. Já os descontos para a saúde não são autorizados, uma vez que o acesso aos programas de saúde pública deve ser gratuito.

“Um segundo tenente, que tem um soldo em torno de R$900, paga R$ 90 por mês de fundo de saúde em contracheque (10% sobre o soldo). A ação tem por objetivo suspender essas cobranças e reintegrar os valores descontados indevidamente nos últimos cinco anos”, explica Carlos Henrique Jund, do escritório Jund Advogados Associados.

Para pedir o ressarcimento, é preciso apresentar carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e o último contracheque. A ação dura, em média, de um ano a dois anos e meio nos Juizados Especiais fazendários.

“Atualmente, o bombeiro ou o policial militar só consegue obter resultados por meio da Justiça. A ação pode ter curso em um dos Juizados Especiais Fazendários do Rio de Janeiro”, orienta o advogado Carlos Henrique Jund.

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