sábado, 26 de janeiro de 2013

Policiais da Core, grupo de elite da Polícia Civil do Rio, vão usar pistolas de choque

Wilson Mendes

A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil passou a contar com pistolas elétricas na sua lista de armamentos não-letais.

Na última quarta e quinta-feira, 40 instrutores da coordenadoria foram capacitados para utilizar as 137 dispositivos elétricos incapacitantes comprados pela instituição.

A partir de fevereiro, o grupo deve começar a replicar este conhecimento para que todos os agentes saibam como utilizar a nova arma.

O inspetor da Core Eduardo Herdy com uma das pistolas: arma não letal passará a ser usada pelo grupo de elite da CivilO inspetor da Core Eduardo Herdy com uma das pistolas: arma não letal passará a ser usada pelo grupo de elite da Civil Foto: Luiz Ackermann / Extra

Cercados de polêmica, os dispositivos elétricos sempre geram muitas dúvidas quanto à sua letalidade. O modelo que será utilizado pela Core, porém, é um dos mais inofensivos do mercado. Segundo a fabricante do equipamento, a Condor, que participou do treinamento, a arma — um projeto nacional — é incapaz de levar um indivíduo à morte, pois trabalha com a menor amperagem do mercado. O efeito do dispositivo é sentido apenas durante a aplicação do choque.

— Isto é parte de um princípio que está norteando a segurança e a Core, que é o uso diferenciado da força. A pistola se junta ao spray de pimenta e a outros equipamentos que garantem a menor letalidade possível nas ações da polícia. Com essa nova aquisição, a Core está confortável para agir nesta nova circunstância — avalia o inspetor Wagner Franco.

Disparo da pistola: menor risco de morteDisparo da pistola: menor risco de morte Foto: Luiz Ackermann / Extra

A compra das pistolas, segundo a Core, é apenas um dos passos rumo “ao futuro” da coordenadoria.

— Em 2010, começamos a modernização da Core, um projeto que depois foi abraçado pela chefe de Polícia Civil, Marta Rocha. Começamos a nos preparar para o futuro, e ele está em 2016 — explica Wagner Franco.

Mas ainda faltam muitos passos até lá. O plano da Core é que as pistolas cheguem à toda a Polícia Civil. Para tanto, será preciso multiplicar o número de instrutores. Até lá, muita energia vai precisar passar pelos policiais.

Na última quinta-feira, os agentes testaram o potencial das armas neles mesmos, aplicando os choques diretamente, sem a necessidade do disparo que crava na vítima dois eletrodos em forma de arpão, com cerca de nove milímetros.

— É importante que todos saibam com o que estão lidando — resumiu Wagner.

Policiais da Core com as pistolas: armas usadas pela primeira vez na Polícia CivilPoliciais da Core com as pistolas: armas usadas pela primeira vez na Polícia Civil Foto: Luiz Ackermann / Extra

Curta distância

O dispositivo elétrico é capaz de atingir pessoas a cerca de três metros do agente de segurança. A curta distância evita que outras pessoas sejam atingidas por engano.

Dardos na pele

Depois do disparo, dois dardos são cravados na pele e, através dele, flui uma carga de alta voltagem, mas com pequena amperagem. A remoção dos dardos só deve ser feita por um profissional de saúde, para evitar lesões.

Derrubada

Para que a pessoa sofra a ação da corrente elétrica, que contrai os músculos e a derruba, os dois dardos têm de atingir a pele. Não há choque se um dos dardos atingir outra pessoa.

Primeira vez

É a primeira vez que a pistola elétrica é usada por policiais civis no Rio.

Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/policiais-da-core-grupo-de-elite-da-policia-civil-do-rio-vao-usar-pistolas-de-choque-7403632.html#ixzz2J7QDoxNA

Extra Online

Praças da Polícia Militar do Rio terão cota de 20% em concurso para oficial

Carolina Heringer

No próximo concurso para oficiais da Polícia Militar do Rio, marcado para o fim deste ano, a corporação fará uma alteração inédita na forma de ingresso: será estabelecida uma cota, provavelmente de 20% das vagas, para os praças da PM.

O objetivo da iniciativa, garantida pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, é, no futuro, estabelecer uma entrada única na corporação. Hoje, há duas formas de ingresso: uma para praças (começando em soldado, e depois cabo, sargento e subtenente) e outra para oficiais (começando como tenente, e em seguida capitão, major, tenente-coronel e coronel).

Beltrame: o maior patrimônio da Polícia Militar é o policialBeltrame: o maior patrimônio da Polícia Militar é o policial Foto: Fabiano Rocha / Extra / 11.5.2012

 

Para Beltrame, a novidade de destinar parte das vagas para os praças é fundamental para estimular os PMs.

— A Polícia Militar sabe que seu maior patrimônio são os policiais, seus recursos humanos, e está sempre buscando novas formas de valorizar esses profissionais — afirma o secretário.

Um grupo de trabalho ainda estuda os detalhes dos critérios de seleção do curso de formação para oficiais nesse novo modelo. Certo, por enquanto, é que os candidatos cotistas precisarão, claro, ser praças da PM e ter o ensino médio completo.

— Esse sistema misto de ingresso é uma das estratégias pensadas para preparar a instituição para esse ingresso único. Hoje, são duas carreiras distintas. A ideia é que um policial que entre como soldado possa chegar a coronel, passando por todos os estágios da carreira — explica Juliana Barroso, subsecretária de Educação, Valorização e Prevenção (SSEVP) da Secretaria de Segurança.

Ainda estão sendo definidas também as alterações que serão feitas no curso que já existe. Quem criou o grupo de estudos foi o coronel Robson Rodrigues, que foi comandante das UPPs e hoje é chefe do Estado Maior Administrativo da PM.

Graduação em Segurança Pública

Os praças da PM que não conseguirem — ou não quiserem — prestar concurso para oficial, terão ainda a possibilidade de fazer uma graduação em Tecnologia em Segurança Pública, de graça, na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Por meio de um convênio fechado entre a Secretaria de Segurança, a UFF e a Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), 80% das vagas abertas no próximo vestibular para o curso serão destinadas não só a policiais militares, mas também para os policiais civis.

As inscrições da primeira turma começam em abril e serão feitas pela Cecierj. O vestibular será em julho, e as aulas do curso, que tem duração de dois anos e meio, começam em agosto.

Para se adequar à rotina dos policiais, as aulas são quase todas a distância. Os encontros são apenas para provas e dúvidas.

As disciplinas estudadas no curso são fundamentadas nos “princípios da cidadania, dos direitos humanos e da cultura da paz”: a noção de comunidade e modelos de polícia, estatística aplicada à Segurança Pública e Sociologia do crime e da violência são algumas delas.

— Queremos contribuir para a formação desses policiais e estimular uma reflexão crítica e a criação de políticas de segurança. O objetivo é aproximar o policial da ética, estimulá-lo a ter uma referência, mostrando inclusive os limites de sua atuação — explica Melissa Pongeluppi, Superintendente de Educação da subsecretaria.

Entrevista - José Mariano Beltrame

Qual é a importância de dar a possibilidade para que praças tornem-se oficiais?

É a abertura de mais uma possibilidade de crescimento na carreira para os policiais. Hoje, estamos com um número cada vez maior de praças que já chegam com curso superior, completo ou ainda cursando, e percebemos que aumentou o número de soldados que querem mais oportunidades para ascender profissionalmente na própria PM.

Essa nova possibilidade ajuda a evitar casos de corrupção na corporação?

Uma das coisas que costumam levar jovens e adultos para o mau caminho é justamente a falta de perspectivas. Eu acredito que, quando aumentamos as perspectivas de crescimento na carreira policial, estamos contribuindo para reduzir o apelo das “facilidades” para se ter uma oportunidade mais fácil de vida, embora de forma ilegal.

O senhor acha que haverá uma resistência dos oficiais à essa novidade?

Acho que não. E, se houver, logo eles verão o valor dos novos colegas. Foi assim também quando as mulheres começaram a ocupar cargos de comando. Rapidamente, elas conquistaram o respeito e a admiração dos oficiais homens. Hoje, é impensável uma PM sem mulheres, sejam elas praças ou oficiais.

Extra Online

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dois feridos em operação do Bope em Vigário Geral e Parada de Lucas

Extra

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazem uma operação nas favelas Vigário Geral e Parada de Lucas, na Zona Norte do Rio, desde as 3h desta sexta-feira. Participam da ação equipes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento Aero-Marítimo (GAM).

O material apreendido pelo BopeO material apreendido pelo Bope Foto: Bope / Divulgação

Houve troca de tiros e um homem e um menor de 17 anos foram feridos. Ambos foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, no Penha, também na Zona Norte.

O adolescente, segundo o Bope, foi ferido no braço e está internado sob custódia. Foram apreendidos com os dois, segundo o Bope, um radiotransmissor, uma pistola 9mm e fuzil 5.56.

Houve apreensão, também, de 2.132 papelotes de cocaína, 1.159 sacolés de maconha, um tablete da droga pesando 500g, 27 lança-perfumes, uma placa usada em coletes à prova de balas, um coquetel molotov, um morteiro, uma caixa de fogos, munição, dois carregadores de fuzil de 5.56, uma mochila preta, um carregador de rádio e uma prensa. Cinco carros roubados foram recuperados.

O caso será registrado na 38ª DP (Brás de Pina).

Extra Online

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Rio compra 8 supercaveirões

Blindados começarão a circular até junho, quando Papa estará na cidade para Jornada

Por Christina Nascimento

Rio - O Estado vai comprar oito supercaveirões que começarão a circular na cidade até junho, quando ocorre a Jornada Mundial da Juventude, com a visita do Papa Bento 16. No edital de licitação, o governo justifica a aquisição dizendo que os equipamentos, armamentos e, sobretudo os blindados, das polícias Civil e Militar são “obsoletos e defasados”, o que tem comprometido, inclusive, as ações voltadas para pacificação de territórios dominados pelo tráfico.

“(...) o agente profissional de polícia, seja civil ou militar, que em decorrência da lei tem o dever de agir, por vezes não o faz, ao contrário, faz sem segurança, o que gera número de lesionados e feridos mortalmente, por falta das condições mínimas de trabalho que lhes garantam segurança e salubridade”, diz outro trecho da justificativa da licitação.

Veículo blindado sul-africano conhecido como ‘Maverique’ é uma das opções já testadas pelo Bope | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Veículo blindado sul-africano conhecido como ‘Maverique’ é uma das opções já testadas pelo Bope | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Os novos caveirões terão tecnologia dos EUA, Israel e da África do Sul. Serão quatro para o Bope, dois para o Batalhão de Choque e dois para Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) .

O valor estimado do investimento é de R$ 11 milhões. A concorrência pública para a compra será internacional. O edital deve ser publicado no final deste mês. Quem ganhar a licitação também será responsável pela manutenção dos veículos durante cinco anos.

Os superblindados impedem perfuração na carroceria até de metralhadora .50, são capazes de operar sem perder desempenho em temperaturas de 0°C a 45°C, o sistema de ar-condicionado funciona com o motor desligado.

Menos poluição

O diesel utilizado será o S10, que é menos poluente. Além disso, os caveirões são mais leves e velozes, facilitando o seu deslocamento.

Atualmente, a Polícia Militar tem 16 blindados, sendo que dois estão em manutenção. A Polícia Civil tem quatro, e um deles não está funcionando hoje. Segundo a própria assessoria de imprensa do órgão, são carros-fortes adaptados para o uso policial.

Preparados para ataques terroristas

Uma das finalidades dos novos caveirões será atuar em possíveis ações contra atentados terroristas durante a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por isso, a preocupação do Estado é colocar os veículos dentro de um padrão internacional de segurança.

Uma das exigências no edital, por exemplo, é que as rodas suportem não apenas disparos de armas, mas também granadas e fogo. E também que tenham capacidade de rodar por 20 km em caso de pequenos furos nos pneus.

O caveirão também deverá ter sistema automático no compartimento do motor, para detectar em segundos um incêndio, mesmo de pequena proporção.

O Dia Online

Bandido morre após tentativa de assalto na Rodovia Washington Luiz

Rio - Uma tentativa de assalto acabou com um bandido morto na Rodovia Washinton Luiz, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na manhã desta terça-feira. O criminoso estava na garupa de uma moto quando abordou e agrediu o ocupante de outra moto que seguia no sentido Petrópolis.

Douglas de Jesus, de 24 anos, que é policial militar, reagiu ao assalto e atirou contra o assaltante, que morreu no local. O outro bandido fugiu. Na abordagem, o PM quebrou o pé ao cair da moto. Ele foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar e medicado.

Douglas é soldado há dois anos e, atualmente, é lotado na UPP da Baiana e Adeus, no complexo de favelas do Alemão. O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias). A Polícia Rodoviária Federal também esteve no local.

Bandido morreu após tentar assaltar policial | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Bandido morreu após tentar assaltar policial | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O Dia Online