sexta-feira, 29 de abril de 2011

Justiça mantém condenação de Núbia Cozzolino

Rio - O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro negou, por unanimidade, um recurso da defesa da ex-prefeita de Magé Núbia Cozzolino (PMDB), mantendo assim a condenação por improbidade administrativa. Ela foi condenada em ação civil pública por atos de promoção pessoal, perdendo a função pública de prefeita e ficando com os direitos políticos suspensos por 10 anos.

Porém, o MP constatou em fevereiro deste ano que "mesmo afastada, a ex-prefeita continua com total ingerência, de fato, na administração municipal de Magé. Principalmente agora que seu irmão Anderson Cozzolino, réu em ação civil pública por improbidade ajuizada pelo MP, está em exercício no cargo de prefeito de Magé".

O TJ decidiu que Núbia deverá pagar uma multa civil no valor de 50 vezes o de seus subsídios, está proibida de contratar com o poder público, pessoalmente, ou por interposta pessoa, e de receber benefícios ou incentivos, fiscais ou creditícios, por cinco anos. Ela ficou ainda obrigada a ressarcir integralmente o dano causado ao município de Magé.

Na ação civil pública, o MP pediu a condenação de Núbia Cozzolino por violação do princípio da impessoalidade no exercício da função pública, sustentando que ela utilizou recursos públicos para custear propaganda, por meio de outdoors. Em 21 de março deste ano, outra decisão do TJ manteve a condenação da ex-prefeita por descumprimento de decisão judicial.

O DIA ONLINE

terça-feira, 12 de abril de 2011

Massacre em Realengo: 'A PM tem bons exemplos', diz sargento

POR ISABEL BOECHAT

Rio - Durante a cerimônia de assinatura das Promoções por Ato de Bravura dos Policiais Militares do Batalhão de Polícia Rodoviária que socorreram os alunos da escola Tasso da Silveira nesta terça-feira, o sargento Márcio Alexandre Alves lembrou da tragédia e falou sobre o reconhecimento após ter evitado que Wellington fizesse mais vítimas.

Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Segundo-sargento Márcio Alexandre Alves recebe a insígnia do presidente da República em exercício, Michel Temer | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

"Tem sido gratificante, embora a cena (das crianças baleadas) volte à cabeça a toda hora. Pretendo continuar com o meu trabalho e agradeço o reforço oferecido ao batalhão. A PM tem bons exemplos. Mas eu preferia não receber a homenagem e que todas as crianças estivessem salvas", disse Alves.

O responsável por entregar a insígnia foi o presidente da República em exercício, Michel Temer, que mandou uma mensagem de Dilma Rousseff. "O Governo (Federal) está com muita tristeza e dor no coração. Esta tragédia abalou a vida de todos os brasileiros. Esses atos tresloucados trazem à luz uma violência oculta, difícil de explicar", declarou Temer.

Alves contou que, até o dia da tragédia na escola, havia entre seis e sete anos que ele não disparava nenhum tiro. "Foi o primeiro disparo que fiz após muitos anos. Quando vi a primeira criança baleada, tomei um susto e ouvi os tiros vindo da sala

O DIA ONLINE

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Presos dois suspeitos de vender arma para autor de massacre em escola

Denise Ribeiro - Extra

Dois homens foram presos e encaminhados para a Divisão de Homicídios (DH), na noite desta sexta-feira, suspeitos de terem intermediado a venda da arma usada por Wellington Menezes de Oliveira no massacre na Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo.

Armas e munição apreendidas pela polícia com o atirador da escola de Realengo. Dois suspeitos de vender o revólver calibre 38 (esquerda) para Wellington fora presos / Foto: Paulo Carvalho

O chaveiro Charleston Souza de Lucena, de 38 anos, e o desempregado Isaías de Souza, de 48, foram detidos por policiais do 27º BPM.

De acordo com a polícia, a arma, de calibre 38, havia custado a Wellington R$ 250. O assassino havia, ainda, pagado R$ 30 a cada um dos dois intermediadores, pelo negócio.

Casos de Polícia - Extra Online

Sargento Alves se emociona ao ler bilhete de Jady, uma das sobreviventes

Thamyres Dias

Policial, muito obrigada por me salvar. Quero te agradecer por me dar uma chance de vida. Beijos e abraços.

O bilhetinho escrito pela pequena Jady Ramos de Araújo, de 13 anos, para o homem que salvou a sua vida chegou ao seu destino. O sargento Márcio Alves - que conseguiu evitar que a tragédia da Escola Municipal Tasso da Silveira fosse ainda maior - se emocionou ao ler o agradecimento da menina, que tem quase a mesma idade de seu filho mais velho.

O sargento Márcio Alves recebe a cartinha de Jady. Reconhecimento pelo trabalho do policial / Foto: Marcelo Theobald / Extra

- São essas coisas que gratificam a gente. É um grande reconhecimento - afirmou o sargento.

O reconhecimento também chegou em Campo Grande, bairro onde o herói da Polícia Militar mora. Ele contou que tem recebido telefonemas de agradecimento, mas que ainda não teve tempo de se encontrar com os amigos e vizinhos.

- Cheguei em casa por volta de 3h de hoje e saí também muito cedo. Não vi ninguém, só a minha família. Minha mulher me deu um abraço forte, não queria me soltar. DIsse que está muito orgulhosa de mim - contou.

O sargento Alves recebeu homenagens da PM por ter interrompido o atirador do massacre de Realengo

O sargento Alves recebeu homenagens da PM por ter interrompido o atirador do massacre de Realengo / Foto: Marcelo Theobald / Extra

No Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, o sargento Alves recebeu homenagens da corporação. Segurando as lágrimas, o tenente coronel Djalma Beltrame, primeiro oficial a chegar ao colégio na manhã de ontem, disse que o trabalho do colega foi perfeito.

- Fui chefe dele logo quando ele entrou para a PM. É um orgulho ver que, em uma situação limite como essa, ele teve uma conduta exemplar. Como oficial, admiro o trabalho do sargento. Como cidadão, vejo nele um herói - disse.

Casos de Polícia - Extra Online

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Polícia divulga lista parcial de vítimas do tiroteio em escola do Rio

11 crianças morreram em ataque na manhã desta quinta-feira.
Atirador se matou após ser alvejado por policial em escola da Zona Oeste.

Do G1 RJ

Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso de Oliveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou
contra escola municipal Tasso da Silveira,
em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Polícia Civil divulgou na tarde desta quinta-feira (7) o nome de oito vítimas do ataque à escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.

Veja a lista parcial de vítimas:

1- Karine Chagas de Oliveira, 14 anos
2- Rafael Pereira da Silva, 14 anos
3- Milena dos Santos Nascimento, 14 anos
4- Mariana Rocha de Souza, 12 anos
5-
Larissa dos Santos Atanázio, (aguardando documento)
6- Bianca Rocha Tavares, 13 anos
7- Luiza Paula da Silveira, 14 anos
8- Laryssa Silva Martins, 13 anos

Ainda falta a identificação de três corpos por parte do IML.

Wellington é ex-aluno da escola onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.

A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.

Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola (Presenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).

O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial (veja abaixo a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).

A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.

Sobrevivente conta como foi

Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.

“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.

“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.

Info sobre como ocorreu a tragédia em Realengo (Foto: Editoria de Arte/G1)

G1 - notícias em Tragédia em Realengo

Duas crianças são feridas por bombas em escola no Rio, diz PM

Segundo polícia, artefatos teriam sido jogados dentro da unidade escolar.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde das crianças.

Do G1 RJ

Duas crianças ficaram feridas, na tarde desta quinta-feira (7), após duas bombas serem jogadas dentro da Escola Municipal Mafalda Teixeira Alvarenga, no bairro Arnaldo Eugênio, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. As informações foram confirmadas pelo 40º BPM (Campo Grande). Ninguém foi preso.

De acordo com a polícia, as vítimas foram levadas para o Hospital estadual Rocha Faria, também em Campo Grande. Ainda não há informações sobre o estado de saúde das crianças.

Procurada pelo G1, a Secretaria municipal de Educação informou que está apurando o caso.

G1 - notícias do Rio de Janeiro

PM envolvido em tentativa de homicídio no Alto da Boa Vista é condenado

Rio - O policial militar Rodrigo Nogueira Batista foi codenado a 12 anos e oito meses por tentativa de homicídio triplamente qualificado da vendedora de roupas Helena Moreira. Ele é o autor do disparo de fuzil que atingiu o rosto da jovem, de 24 anos, na madrugada do dia 28 de novembro, do último ano, no Alto da Boa Vista.

Durante o julgamento, iniciado na tarde desta quarta-feira, a vítima e principal testemunha do processo não teve dúvidas em reconhecer o PM no plenário. Franzina, com cerca de 50 quilos, Helena Moreira contou que foi abordada por Rodrigo Nogueira e pelo PM Marcelo Machado Carneiro na descida da comunidade de São Carlos, onde morava, por volta das 22h40.

Ela se dirigia à estação de metrô no Estácio e levava na bolsa R$ 1.750, dinheiro obtido com a venda de roupas. Os policiais a revistaram e, ao encontrarem a quantia, subtraíram o dinheiro e passaram a acusá-la de ser mulher de traficante. Mediante violência e ameaças, eles exigiram que a vítima providenciasse R$ 20 mil de seu suposto companheiro para que fosse liberada.

Por cerca de quatro horas, os PMs a mantiveram em seu poder, inicialmente na viatura policial e a seguir em um veículo de cor branca, no qual ela foi agredida por Rodrigo e constrangida a praticar atos libidinosos. Ainda de acordo com ela, antes do disparo, o policial Rodrigo Nogueira, alto, forte e praticante de artes marciais, a submeteu a intenso sofrimento físico e moral, agredindo-a com tapas no rosto e tentativas de estrangulamento.

Ao chegarem no Alto da Boa Vista, eles a colocaram na mureta e, de acordo com a vendedora, Rodrigo disparou, fazendo com que ela caísse na mata, de uma altura de cerca de nove metros. Ela fingiu estar morta e, após perceber que eles haviam ido embora, arrastou-se na vegetação até chegar à pista, sendo socorrida por um ciclista.

Ofícios serão encaminhados à Corregedoria Geral Unificada, à Corregedoria da Polícia Militar e à Auditoria da Justiça Militar deste Estado, informando o teor da sentença. O outro acusado, o PM Marcelo Machado Carneiro, teve o processo desmembrado e será julgado em data a ser marcada.

O DIA ONLINE

Kiko Alves, colunista do Meia Hora, faz relato da tragédia em Realengo

Relato de Kiko Alves, colunista do MEIA HORA e morador da rua onde fica a escola. Ele chegou à porta do colégio antes dos bombeiros e viu os moradores tentando prestar os primeiros socorros.

"Eu estava na padaria na esquina e vi umas crianças correndo, chorando, uniformizadas. Eram muitas crianças uniformizadas saindo da rua da escola Tasso da Silveira. Parei uma das crianças e perguntei o que houve, e ela, chorando, disse que entrou um louco armado e saiu dando tiros em todo mundo dentro da sala de aula.

Essa criança tinha levado um tiro no braço, mas se jogou no chão. Eu fui em direção ao colégio, porque minha irmã já foi diretora de lá até cerca de dois anos atrás e de vez em quando ela vai lá fazer alguma atividade. Cheguei na porta da escola e vi crianças chorando, várias ensanguentadas. Nessa hora, vi um vizinho meu saindo lá de dentro com uma criança morta nos braços, e outro morador botou o corpo numa Kombi.

Estava havendo uma blitz aqui na Rua Piraquara, bem em frente a minha casa, e avisaram os policiais do que estava acontecendo. A cena que eu vi jamais me esquecerei, corpos sendo tirados ensanguentados, crianças chorando sujas de sangue...

A filha da minha prima foi uma das mortas. Ela levou dois tiros na cabeça. A cena do pai entrando na escola e saindo desesperado porque a filha estava morta foi chocante. Depois, os carros dos Bombeiros foram chegando e tirando as crianças, mas não dava para a gente identificar se estavam com vida ou não."

Bombeiros retiram corpos da escola após massacre | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia

Cenas de horror em Realengo

Na manhã desta quinta-feira, 7 de abril, um jovem de 24 anos entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade, dizendo ter sido convidado para dar uma palestra aos alunos.

Ele subiu três andares do prédio e entrou numa sala onde 40 alunos da nona série assistiam a uma aula de Português, abrindo fogo contra os estudantes com idades entre 12 e 14 anos.

Testemunhas relatam um verdadeiro massacre. Wellington Menezes de Oliveira teria mirado contra a cabeça dos estudantes, com a clara intenção de matá-las. Quase trinta alunos foram baleados e mais de 10 morreram.

Após o ataque, o assassino deixou uma carta de de teor fundamentalista no local. O texto continha frases desconexas e incompreensíveis, com menções ao Islamismo e até mesmo práticas terroristas. Em seguida, ele se matou dando um tiro na própria cabeça.

Alunos, professores e funcionários da escola acreditam que mais de cem disparos foram efetuados. Wellington, um ex-aluno do colégio, estava armado com dois revólveres e recarregou a arma durante a ação.

O imenso barulho também assustou a vizinhança, que ainda ouviu os gritos de horror das crianças que, ensanguentadas, correram às ruas em busca de socorro.

Rapidamente uma multidão se formou em frente à escola. Em desespero, familiares e amigos tentavam ajudar as crianças e identificar as vítimas, ao mesmo tempo que tentavam entender os motivos do massacre.

O ministro da Educação, José Haddad, considerou este um dia de luto para a educação brasileira. Com a voz embargada, a presidente Dilma Roussef se disse chocada e consternada com o episódio e, com lágrimas nos olhos, pediu um minuto de silêncio pelos "brasileirinhos que foram retirados tão cedo de suas vidas e de seus futuros".

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Bombeiros que ajudaram as vítimas do massacre | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O DIA ONLINE

Assassino de Realengo usava roupa parecida com farda e cinturão para munição

Rio - A polícia ainda investiga o que teria levado Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, a invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira e matar 11 crianças barbaramente, nesta quinta-feira, em Realengo.

Usando uma roupa azul, que lembrava uma farda militar com uma espécie de cinturão para munição e arma, o assassino também estava com luvas pretas.

Após cometer os crimes, Wellington, que era ex-aluno na escola, acabou sendo alvejado na perna pelo policial Márcio Alexandre Alves. Ao cair ensanguentado na escada deu um tiro na própria cabeça e morreu.

Foto: Reprodução

Foto: Agência O Dia

O criminoso deixou uma carta onde revela indícios de insanidade. A polícia investiga se as referências feitas na carta a "pessoas impuras" seriam referência a mulheres.

Dez das vítimas fatais do massacre eram meninas. Na carta, Wellington diz ser um homem puro e que sabia que não sairia vivo da escola. Ele levou um lençol branco no qual pediu para ser carregado.

No texto ele diz que não deixará que pessoas impuras toquem nele. Wellington pede na carta para ser enterrado junto de sua mãe adotiva, falecida há um ano, e que morava a 3 quadras da escola onde ocorreu o massacre.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Muito abalado, o governador Sérgio Cabral lamentou a tragédia e chamou o assassino de "animal" e "psicopata".

"Temos que aguardar as investigações da polícia, mas é preciso saber de onde veio todo essa experiência de tiros do matador", disse, salientando que Wellington estava 'muito armado'.

Ele tinha duas armas nas mãos, um cinto com armanento e equipamentos profissionais. No momento do massacre, cerca de 400 alunos estavam na escola.

Trecho final da carta que mostra a assinatura do assassino | Foto: Reprodução

Cabral aproveitou a oportunidade para a agradecer ao terceiro-sargento Alves, que estava a dois quarteirões da escola junto com Batalhão de Polícia Rodoviária, o primeiro a chegar ao local do atentado. Ele foi avisado para ir à escola por dois alunos feridos e uma professora que, em pânico, corriam pela rua pedindo socorro.

Ao chegar ao local, o terceiro-sargento atingiu a perna do atirador quando ele estava acessando o terceiro andar do prédio (as vítimas eram de duas salas no primeiro andar). Ao cair no chão, o atirador se matou. Segundo Cabral, o assassino 'estava se preparando para fazer mais disparos".

Ele lembrou ainda que há pouco tempo, o psicopata foi ao local pedir seu histórico escolar. Na ocasião, ele foi reconhecido por uma funcionária da sala de leitura.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Parentes e amigos dos alunos cercaram a escola à procura de informações | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Tragédia na Zona Oeste

Na manhã desta quinta-feira, 7 de abril, um jovem de 24 anos entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade, dizendo ter sido convidado para dar uma palestra aos alunos. Ele subiu três andares do prédio e entrou numa sala onde 40 alunos da nona série assistiam a uma aula de Português, abrindo fogo contra os estudantes com idades entre 12 e 14 anos.

Testemunhas relatam um verdadeiro massacre. Wellington Menezes de Oliveira teria mirado contra a cabeça dos estudantes, com a clara intenção de matá-las. Quase trinta alunos foram baleados e mais de 10 morreram.

Após o ataque, o assassino deixou uma carta de de teor fundamentalista no local. O texto continha frases desconexas e incompreensíveis, com menções ao Islamismo e até mesmo práticas terroristas. Em seguida, ele se matou dando um tiro na própria cabeça.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Parentes e amigos de vítimas se desesperam com tragédia em Realengo | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Alunos, professores e funcionários da escola acreditam que mais de cem disparos foram efetuados. Wellington, um ex-aluno do colégio, estava armado com dois revólveres e recarregou a arma durante a ação.

O imenso barulho também assustou a vizinhança, que ainda ouviu os gritos de horror das crianças que, ensanguentadas, correram às ruas em busca de socorro.

Rapidamente uma multidão se formou em frente à escola. Em desespero, familiares e amigos tentavam ajudar as crianças e identificar as vítimas, ao mesmo tempo que tentavam entender os motivos do massacre.

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Crianças atingidas são levadas para hospitais da região | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O ministro da Educação, José Haddad, considerou este um dia de luto para a educação brasileira. Com a voz embargada, a presidente Dilma Roussef se disse chocada e consternada com o episódio e, com lágrimas nos olhos, pediu um minuto de silêncio pelos "brasileirinhos que foram retirados tão cedo de suas vidas e de seus futuros".

O DIA ONLINE

Vídeo: Imagens exclusivas mostram momento que atirador dispara contra crianças

 

Vídeo exclusivo conseguido pelo repórter Leslie Leitão

O DIA ONLINE

Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo

Extra

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.

Filho adotivo, ele saiu da casa onde morava com a irmã há oito meses e se mudou para Sepetiba. Em entrevista à rádio BandNews, a irmã Rosilane, de 49 anos, disse que Wellington era uma pessoa reservada e que não tinha amigos.

Wellington Menezes de Oliveira, que matou as crianças, e multidão na frente da escola onde houve o ataque. / Foto: Reprodução/TV Globo / O Globo

- Na época da eleição, ele veio aqui. Chamei para almoçar, ele não queria. Falava muita besteira. Ele só ficava na internet, não tinha amigos, era muito estranho e reservado. Só falava de negócio de muçulmano... Essas coisas assim.

Quando viu o irmão adotivo pela última vez (os pais já são falecidos), no fim do ano passado, Rosilane disse que ele estava com a barba grande. Segundo ela, o irmão estudava práticas terroristas pela internet.

Wellington teria entrado no colégio como palestrante e começou a atirar, segundo testemunhas. Bem vestido, ele não despertou suspeitas de professores e funcionários. O assassino estava com dois revólveres calibre 38 e uma carta suicida. Segundo a polícia, ele atirou na própria cabeça depois de balear as crianças dentro da escola.

Segundo Claudia Costin, secretária municipal de Educação, Wellington visitou a Escola Tasso da Silveira há um ano. Ela acredita que a invasão da manhã desta quinta-feira foi planejada. Costin está nos Estados Unidos, suspendeu sua programação e está voltando ao Rio.

Casos de Polícia - Extra Online

IMAGEM FORTE: Foto do atirador morto na escadaria da escola

Foto: Reprodução

Foto: Agência O Dia

O DIA ONLINE

Realengo: vídeo mostra a fuga dos alunos no ataque à escola Tasso da Silveira

Extra

Um vídeo postado no YouTube mostra a polícia chegando no momento em que Wellington Menezes de Oliveira provocava um massacre na Escola Tasso da Silveira, em Realengo.

Os alunos fogem correndo, alguns ensanguentados. O ataque deixou pelo menos 11 estudantes mortos na manhã desta quinta-feira.

Casos de Polícia - Extra Online

Secretaria de Saúde confirma mais de 10 mortes no ataque à escola em Realengo

Ex-aluno invade local e dispara contra crianças. Tragédia na Zona Oeste deixa o país inteiro chocado.

Foto: Divulgação

Wellington Menezes de Oliveira, o atirador de Realengo | Foto: Divulgação

Rio - O secretário Estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, deu uma entrevista coletiva confirmando que onze alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste da cidade, morreram no atentado da manhã desta quinta-feira. Nove deles já chegaram mortos ao hospital.

De acordo com Côrtes, 28 crianças entre 12 e 14 anos foram baleadas pelo atirador. Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, entrou no colégio e abriu fogo contra 40 alunos de uma turma da nona série que assistiam a uma aula de Português. A morte do atirador também foi confirmada. Ele teria se matado com um tiro na cabeça e deixado uma carta explicando as razões do crime.

Das vítimas fatais, dez eram meninas. Os  feridos foram encaminhados para os Hospitais Pedro Ernesto, da Polícia Militar, Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia, Albert Schweitzer e Adão Pereira Nunes (Saracuruna). Informações dão conta que quatro estudantes se encontram em estado gravíssimo, um deles em coma. Dois prescisaram passar por uma cirurgia de reconstrução óssea.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Parentes e amigos dos alunos cercaram a escola à procura de informações | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Uma multidão de pessoas se aglomera em frente à Escola Municipal Tasso Silveira, localizada na Rua General Bernardino de Matos, em busca de informações. Um cordão de isolamento precisou ser montado pela PM para facilitar o trabalho de socorro às vítimas.

Responsáveis pelos alunos afirmaram que o criminoso teria invadido uma sala do nono ano e disparado mais de cem vezes contra os estudantes. "As crianças disseram que foi um grande banho de sangue. Uma cena horrível", disse um pai de aluno.

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Mais de 20 crianças são atingidas pelo atirador | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

De acordo com o 14º BPM (Bangu), Wellington seria aluno da escola, já que teria sido identificado por uma carteirinha. Ele teria entrado no colégio dizendo que era um palestrante e aberto fogo contra os estudantes. Uma versão inicial dizia que o assasino seria o pai de uma aluna que sofria de bullying (violência por parte de alunos), mas a informação foi desmentida pela polícia.

Disfarçardo, ele foi a uma sala localizada no terceiro andar do prédio onde cerca de 40 alunos assistiam a uma aula de Português e efetuou os disparos com dois revólveres calibre 38. Após balear as crianças, ele teria atirado contra a própria cabeça.

Os feridos foram levados inicialmente ao Hospital Albert Schweitzer. De acordo com a equipe médica, Wellington atirou diretamente contra a cabeça das crianças, com a clara intenção de matá-las.

Helicópteros do Corpo de Bombeiros levaram os feridos a um campo de futebol localizado nas redondezas para receber os primeiros socorros. Muitas macas estão espalhadas pelo chão para receber os baleados.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Moradores de Realengo cercaram o local da tragédia | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O DIA ONLINE

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Julgamento de liberdade de Bruno é adiado para a próxima semana

Extra

O julgamento do pedido de habeas corpus da defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes, que ocorreria nesta quarta-feira, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Belo Horizonte, foi adiado para a próxima quinta-feira, às 13h30m. A audiência foi transferida porque o desembargador Dorgaal Andrada pediu vistas do processo que apura o desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

O pedido foi feito após a sustentação oral do advogado de Bruno, Claudio Dalledone, que alegou que o cliente é réu primário, tem bons antecedentes, residência fixa e tem vínculo profissional com o Flamengo, clube que defendia até a sua prisão.

Preso desde julho do ano passado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Bruno poderá responder em liberdade a acusação do homicídio de sua ex-namorada, vista pela última vez no sítio de Bruno em Esmeraldas, em junho de 2010. A jovem tentava provar na Justiça a paternidade de seu filho, que tinha cinco meses na época. O corpo de Eliza ainda não foi localizado pela polícia.

Casos de Polícia - Extra Online

PM da UPP do Morro do São João é preso com fuzil em casa

Militar pode estar envolvido nas mortes de dois outros policiais

POR DIOGO DIAS

Rio - Um soldado da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro São João, no Engenho Novo, foi preso em flagrante na noite de terça-feira. Um fuzil foi encontrado na casa onde ele mora com a mãe, no município de Magé, na Baixada Fluminense.

De acordo com as investigações, o policial pode estar envolvido em homicídios de outros PMs. O caso foi registrado na 65ª DP (Magé). A arma foi localizada por policiais militares do 34º BPM (Magé), que cumpriam mandado de busca e apreensão na casa do policial. O soldado, que ainda não teve o nome revelado, está preso administrativamente no 3º BPM (Méier).

O fuzil encontrado pode vincular o suspeito às mortes do cabo Fábio Marcelo da Silva Cardoso, baleado pelas costas na manhã de terça-feira, e do ex-policial militar Rogério Werlick, morto no último sábado. A assessoria da UPP informou que o comando de pacificação vai acompanhar o caso de perto.

O DIA ONLINE

terça-feira, 5 de abril de 2011

Identificado PM morto em tiroteio em Nova Iguaçu

Herculano Barreto Filho

O PM reformado Sebastião da Silva Carvalho, de 33 anos, que trabalhava como segurança de um supermercado, morreu na manhã de segunda-feira ao reagir a uma tentativa de assalto numa agência dos Correios em Nova Iguaçu. Ele levou cinco tiros no peito e um na coxa esquerda depois de abordar um dos criminosos.

O tiroteio, ocorrido na Estrada João Venâncio Figueiredo, na Posse, deixou quatro feridos. Três deles estão internados no Hospital Geral de Nova Iguaçu, em estado regular. Um dos bandidos foi atingido na perna. Depois de tentar fugir do local numa moto estacionada na rua, ele entrou num Santana conduzido por um dos comparsas.

Pelo menos três bandidos foram ao local para assaltar a agência dos Correios, mas foram abordados pelo segurança morto. O PM reformado Admar dos Santos Moura, de 48 anos, que trabalhava com a vítima, se feriu na boca, na face e no braço esquerdo.

O motorista Renato de Souza Oliveira, de 45 anos, foi atingido por um tiro no fêmur esquerdo. O aposentado João Bosco Araújo, de 72 anos, levou um tiro na perna esquerda. O caso será investigado pela 58 DP.

Casos de Polícia - Extra Online

Polícia Militar dá parecer favorável a horas extras, mas falta decisão de Cabral

Antero Gomes

O governo do estado conseguiu abafar o movimento dos Barbonos (grupo criado na PM, no começo da gestão Cabral, para reivindicar benefícios), mas, nos bastidores, os oficiais e praças continuam tentando melhorar a vida da tropa.

É só ver os pareceres da cúpula da corporação a duas indicações legislativas aprovadas, no fim de 2010, na Assembleia Legislativa do Rio.

Trecho do parecer da Polícia Militar / Foto: Reprodução / Reprodução

Uma das indicações autoriza o Executivo a criar residências estaduais funcionais para integrantes da Polícia Civil, bombeiros e PMs. O benefício já é dado a militares das Forças Armadas. A ideia era estendê-lo a militares das Forças Auxiliares. Embora a indicação não seja de cumprimento obrigatório pelo governo do estado, o projeto recebeu um parecer favorável da chefia de gabinete da Polícia Militar, com a condição de que os recursos não saíam do orçamento da corporação. O parecer da Polícia Civil foi desfavorável.

Entretanto, é na segunda indicação legislativa que os comandantes da PM se mostraram mais entusiastas. No parecer ao qual o EXTRA teve acesso, todos os oficiais da cúpula que analisaram a proposta de alteração do Artigo 92 da Constituição estadual, “adicionando direitos e garantias aos servidores militares”, foram favoráveis à mudança, que possibilitaria, por exemplo, o pagamento de horas extras aos PMs e bombeiros. Um dos que deram o parecer favorável foi nada menos do que o comandante geral da PM, o coronel Mário Sérgio.

Mário Sérgio informou que, após análise criteriosa de toda a documentação, “verificou-se que a presente medida é possível, contudo carece de abordagem específica, ou seja, legislação especial quanto à sua aplicação”.

Opinaram ainda o então chefe do Estado-Maior Operacional, tenente coronel Carlos Alberto Cardoso Fragoso; e os responsáveis pela Seção Jurídica da PM.

“Tal mudança mostraria o reconhecimento do legislador a uma categoria profissional que presta serviços relevantes e essenciais à sociedade fluminense (...) a valorização do profissional de segurança poderia refletir na qualidade da prestação do serviço público”, diz Carlos Alberto Cardoso no seu parecer.

Casos de Polícia - Extra Online

Policial é executado em Caxias

Paolla Serra

Um policial militar, identificado apenas como Ximenes, foi executado, na manhã desta terça-feira, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

De acordo com policiais do 15º BPM (Duque de Caxias), o PM foi morto à tiros próximo a Prefeitura do município, em Jardim Primavera.

A Divisão de Homicídios irá investigar o caso.

Casos de Polícia - Extra Online

Jovem é preso por ameaçar tio de morte em Mesquita

POR DIOGO DIAS

Rio - Um homem foi preso, na manhã desta terça-feira, na Favela da Chatuba, em Mesquita, por ameaçar seu tio de morte. Luciano Dias Landim, 20 anos, foi localizado em casa por policiais militares do 20º BPM (Mesquita).

Com Luciano foram encontrados um revolver calibre 38 e munições. O tio de Luciano procurou a polícia depois que teve uma arma apontada par a sua cabeça.

O jovem vai responder por ameaça e porte ilegal de arma. O caso foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo).

O DIA ONLINE

Idoso é baleado no confronto entre traficantes e PMs em Niterói

Um suspeito morreu atingido com uma bala na cabeça

POR DIOGO DIAS

Rio - Um idoso de 76 anos foi atingido por uma bala perdida no confronto da manhã desta segunda-feira entre criminosos e policiais que matou um suspeito no Morro do Serrão, no bairro Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana do estado.

Ele levou um tiro no abdômen e foi levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima, onde passou por cirurgia. O estado dele é estável. Policiais do 12º BPM (Niterói) ainda ocupam a favela em busca de traficantes.

Durante a troca de tiros, um suspeito foi morto e um outro foi preso.

Márcio Luiz do Sacramento, 33 anos foi atingido na cabeça e morreu no local. Com ele os militares disseram ter apreendido uma metralhadora.

Carlos Bandeira de Souza, 23 anos, foi preso com 240 sacolés de cocaína e 40 trouxinhas de maconha. O caso foi registrado na 78º DP (Fonseca).

O DIA ONLINE

Vizinho de menino morto com pistola tem pedido de prisão negado pela Justiça

Rio - A Justiça negou nesta terça-feira o pedido de prisão do suspeito de disparar uma pistola para fixar placas de concreto, que teria causado a morte do menino Vinícius Maurício dos Santos Botelho, de 6 anos, na noite de sábado, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

A prisão temporária de Nicodemo Estevão dos Santos foi decretada pelo delegado da 32ª DP (Taquara) na noite de segunda-feira.  A Justiça, no entanto, negou o pedido alegando que a morte de Vinícius foi um acidente, e que por isso o operário não deveria ser preso.

Foto: Reprodução

Vinícius não resistiu à hemorragia e morreu ao dar entrada no hospital | Foto: Reprodução de Paulo Alvadia

A juíza Márcia da Silva Ribeiro, responsável pelo plantão judiciário, relatou em sua decisão que não ficou demonstrada a intenção de Nicodemo em cometer o homicídio.

De acordo com a nota divulgada no site do Tribunal de Justiça, "diante dos depoimentos colhidos e da tentativa do mesmo de socorrer a criança e de ter acionado a PM, ficaram demonstradas atitudes que destoam de quem tentou lesionar ou matar alguém.

O acusado somente interrompeu o socorro por medo de ser linchado por um grupo de moradores da comunidade que surgiram com essa intenção". Ainda de acordo com a juíza, é "certo que foi o acusado que fez o disparo, mas não ficou comprovado de que ele o fez propositalmente".

Com o pedido negado, Nicodemo vai responder por homicídio culposo em liberdade. Vizinhos e a família da vítima, no entanto, afirmam que o suspeito já havia ameaçado a criança em outras ocasiões e que o disparo foi feito com a intenção de matá-la.

A defesa de Nicodemo alega que ele estava limpando o equipamento quando a pistola disparou por acidente. Vinícius estava brincando com mais quatro crianças perto do homem e foi atingido por um prego, que acertou sua veia femural. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu à hemorragia causada pelo ferimento e morreu.

José Eduardo Lima Gomes, primo do menino, em depoimento à polícia afirmou que o disparo foi feito sem a intenção de acertar o menor. Outros parentes de Vinícius, no entanto, alegam que Nicodemo de fato quis acertá-lo, revoltado com a algazarra provocada pelas crianças na vizinhança. Eles dizem, inclusive, que em outras oportunidades o operário já as teria ameaçado.

Com base em relatos de testemunhas, os agentes já descobriram que o disparo do prego que atingiu a veia do menino foi feito a uma distância de cerca de dois metros. Embora especialistas tenham afirmado que a ferramenta só pode ser acionada se estiver apoiada em superfícies planas, policiais fizeram dois testes e conseguiram usar a pistola, que funciona como uma arma de fogo.

Para efetuar o disparo, o prego é acoplado num cartucho de munição calibre 22 e puxa-se uma espécie de cano. É preciso usar força para atirar, o que reduz a possibilidade de o tiro ter sido acidental.

Nicodemo bebia com quatro amigos e teria se irritado com seis crianças que brincavam no beco onde fica a casa dele. Vinícius estava ao lado de cilindro de gás. As dúvidas dos policiais são: se o menino estava sentado ou em pé; e se o prego teria ou não batido no chão antes de acertar a perna direita dele, que caiu sangrando.

A cena de Nicodemo com Vinícius no colo, narrada por vários moradores vizinhos, teria ocorrido após o disparo, quando ele levou o menino para a rua, antes de fugir.

O DIA ONLINE

domingo, 3 de abril de 2011

Sobe para três o número de mortos em confronto entre traficantes em Realengo

POR LÚCIO NATALÍCIO

Rio - Subiu para três o número de mortos na disputa entre traficantes rivais na Favela do Fumacê, em Realengo, Zona Oeste da cidade. Moradores da comunidade afirmam que um intenso tiroteio que durou por toda a madrugada deste domingo teria feito ainda outras cinco vítimas, o que não foi confirmado pela polícia.

De acordo com policiais da Divisão de Homicídios, responsável pelas investigações, as mortes teriam sido em decorrência da guerra travada por criminosos pelo domínio dos pontos de venda de drogas na favela. 

Os corpos de Everton dos Santos de Souza, 22 anos, e Peterson Pecati da Silva, 25 anos, foram encontrados com marcas de tiros na Rua Princesa Ideal, às margens de um rio que corta a região. O cadáver de uma outra vítima ainda não identificada foi encontrado boiando nas águas do canal, na altura da Rua Temístocles Savio.

Policiais do 14º Batalhão (Bangu) receberam informações de que a invasão foi feita por traficantes da Vila Vintém, em Padre Miguel, também na Zona Oeste.

Moradores contaram aos PMs que outros cinco criminosos foram mortos e jogados no rio, sendo arrastados do local pela correnteza. Diante da denúncia, bombeiros foram chamados e realizaram buscas que se encerraram no fim da tarde sem que nada tivesse sido encontrado.

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Filho de vereadora é sequestrado em Duque de Caxias

Rio - Um homem foi vítima de um sequestro-relâmpago no fim da noite de sábado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Heliomar Pereira, filho da vereadora Fátima Pereira(foto), foi levado por criminosos na porta de casa, no bairro Jardim Primavera, e roubaram dinheiro, joias, celulares e cartões de crédito do rapaz.

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Foto: caxias digital

A vítima foi abordada por quatro homens quando entrava com o carro na garagem da residência. Os bandidos chegaram em um outro veículo e, armados com pistolas, renderam Heliomar, que estava acompanhado da mulher e da filha recém-nascida.

Os bandidos trancaram as duas no carro do casal e entraram na residência da família, levando os pertences. Aos policiais da 60ª DP (Campos Elíseos), Heliomar contou que o bando não sabia o caminho para fugir e por isso o levaram junto após o roubo.

Os criminosos seguiram então em direção ao Rio de Janeiro e, no trajeto, teriam agredido Heliomar com um soco e uma coronhada. Ele foi deixado em Barros Filho, na Zona Norte da cidade, já de madrugada.

Como mora numa rua tranquila, de pouco movimento, o filho da vereadora não soube dizer se os suspeitos o estavam seguindo ou se estavam aguardando a primeira vítima que passasse pelo local.

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Menino de seis anos morre em acidente com pistola para prender gesso

Rio - Um menino de seis anos morreu na noite de sábado atingido por uma pistola de pressão para colocação de placas de gesso na comunidade dos Dois Irmãos, em Curicica, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.

Foto: Reprodução

Vinícius não resistiu ao sangramento da veia femural | Foto: Reprodução de Paulo Alvadia

De acordo com informações da polícia, um vizinho do menor limpava o equipamento quando a pistola disparou acidentalmente. Vinícius Maurício Botelho estava brincando com mais quatro crianças perto do homem e foi atingido por um prego, que acertou sua veia femural. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu à hemorragia causada pelo ferimento.

Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Inconsolável, o pai do menino, Mario Botelho Junior, tenta a liberação do corpo no Instituto Médico Legal | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia

Os moradores ficaram revoltados com o acidente e tentaram linchar o vizinho, que está desaparecido. Eles alegam que o homem não gostava da criança e teria feito o disparo propositadamente.

O caso foi registrado na 32ª DP (Taquara) como homicídio culposo (sem intenção de matar). O enterro de Vinícius será realizado nesta tarde, às 16h, no Cemitério de Pechincha.

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PM prende irmão do traficante Marcelo PQD

Rio - A Polícia Civil investiga se um homem preso na madrugada de sábado em Itaperuna, no Norte Fluminense, é mesmo o irmão do traficante Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD.

De acordo com informações do 29º BPM (Itaperuna) Antônio Carlos Correia estava foragido do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, desde a ocupação da favela pelas forças de segurança, em novembro do ano passado. Ele foi encontrado escondido numa casa no distrito de Boa Ventura.

Marcelo Cavalcanti, o Marcelo PQD, é tido como um dos maiores traficantes de drogas e armas do Rio. O apelido PQD de para-quedas ou para-quedista, devido ao fato do criminoso ter sido membro da Divisão de Para-Quedistas do Exército antes de entrar para o crime. Ele serviu no 27º Batalhão de Infantaria Pára-Quedista entre 1992 e 1997, quando foi dispensado.

Tido como membro do Terceiro Comando, grande inimigo do Comando Vermelho liderado por Luiz Fernando da Costa, o "Fernandinho Beira-Mar", Marcelo PQD comandava o tráfico nas favelas da região do Morro do Dendê, até ser preso em 2006.

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sábado, 2 de abril de 2011

Crueldade sem limites

Matador da Liga da Justiça, soldado PM não poupava vida nem dos milicianos aliados

POR ADRIANA CRUZ

Rio - Apontado pela polícia como um dos principais matadores da milícia Liga da Justiça, que atua na Zona Oeste, o soldado PM Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, de 34 anos, não poupava nem a vida dos aliados. Preso em junho e denunciado por uma série de homicídios, o paramilitar foi flagrado tramando contra seus comparsas em escutas autorizadas pela Justiça.

Numa delas, de 13 de maio, Carlão marcou encontro com Jadir Jeronymo Júnior, o Gorilão, às 20h51 — ambos já haviam sido denunciados por tentar matar um PM. Uma hora depois, Carlão, numa só emboscada, matou a tiros, além de Gorilão, Denilson Santos, o Bochechudo, e Leandro Soares Matias, o Léo, num campo de futebol na Zona Oeste.

Lancha de Carlão, no valor de R$ 90 mil, foi apreendida pela polícia no dia da prisão do miliciano, em junho | Foto: Agência O Dia

Carlão também é acusado de ter matado, horas antes, Uilder Eduardo Espírito Santo, em Campo Grande. Segundo as investigações, para atrair Gorilão até a morte, por suposta traição à cúpula da Liga da Justiça, o miliciano alegou a venda de uma pistola e pediu para avisar a Bochechudo que ‘ele não se arrependeria’ do negócio. Para esconder o crime, Carlão queimou os corpos em um Siena, em Cosmos. As famílias só conseguiram identificar as vítimas após ceder material genético para exame de DNA.

Carlão foi denunciado por seis homicídios à Justiça, por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. “Falar de Carlão na Zona Oeste era um Deus nos acuda. Ele era um dos matadores mais atuantes da Liga da Justiça”, afirmou o promotor Marcus Vinicius Leite.

Para o promotor, a prisão do paramilitar foi fundamental para esclarecer outros crimes. À época, a polícia apreendeu com ele pistola 45, carros de luxo, motos e até lancha no valor de R$ 90 mil. “Com isso, foi possível fazer o confronto balístico e comprovar o envolvimento dele em homicídios que foram denunciados à Justiça. Esperamos que outros casos também possam ser descobertos”, avaliou Marcus.

Acusado de pelo menos mais dez assassinatos, Carlão já foi condenado na 42ª Vara Criminal por porte ilegal de arma e receptação a 7 anos e 1 mês de prisão. Na sentença, a juíza Alessandra de Araújo Bilac determinou a perda do cargo de soldado da PM e não concedeu o direito de ele recorrer da decisão em liberdade.

Marcus Vinícius Leite, promotor de Justiça: 'Frio e agindo como psicopata, matava seus aliados'

“A prisão do Carlão representou um alívio para os moradores da Zona Oeste. Ele é um dos principais assassinos da milícia Liga da Justiça. Foi preso no ano passado por porte ilegal de arma e receptação de produto de roubo. Frio e com comportamento psicopata, matava seus aliados. Em janeiro, Carlão e Jadir Jeronymo tentaram matar um PM, em Campo Grande. O motivo seria o fato de o militar ter colaborado para que ele fosse preso”.

Expulsão da polícia pode sair esta semana

A Corregedoria da PM deve encaminhar, esta semana, para o comandante-geral, coronel Mário Sérgio Duarte, o resultado do Conselho de Revisão de Disciplina (CRD) de Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, que está preso no Batalhão Especial Prisional (BEP).

A palavra final para a exclusão do soldado é sempre dada pelo comandante. Exames de balística na pistola 45 de Carlão permitiram que a polícia identificasse que foi daquela arma que partiram os tiros contra Evando Rodrigues Santos e Márcio dos Santos Rangel, presidente da Associação de Moradores de Jardim Olívia. Eles foram mortos no dia 27 de abril.

Em 2007, três PMs, entre eles Carlão, foram acusados pelo funkeiro Mr. Catra de agressão na saída da boate Cat Walk, na Barra. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra). Na Liga da Justiça, Carlão era um dos homens de confiança do ex-PM Ricardo Teixeira, o Batman.

A organização criminosa era comandada por dois irmãos: o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães e o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, presos. Atualmente, segundo as investigações, quem comandaria a Liga da Justiça seria Toni Ângelo, foragido da Justiça e expulso da PM em 2009.

Escutas autorizadas pela Justiça

O encontro marcado por Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, para negociar arma com os aliados Gorilão, Bochechudo e Léo, era apenas uma isca para a emboscada. Todos foram mortos e os corpos, queimados. O trio era considerado aliado da milícia Liga da Justiça.

Para identificá-lo, as famílias tiveram que ceder material genético para o exame de DNA.

Gorilão: Fala, irmão.
Carlão : Fala, macaco.
Gorilão: O Bochechudo tá longe pra c., mas tem um amigo aqui perto.
Carlão: Mas escuta só: vamos marcar às 11 horas lá no campinho. Onze horas, não. Dez horas.
Gorilão: Dez horas. Onde?
Carlão: No campinho, no campinho. Aquele campinho lá no meu bairro.
Gorilão: Aquele campinho que a gente jogou futebol naquele dia ?
Carlão: É, que você só fez m...
Gorilão: Show!
Carlão: Vê se consegue fazer contato com o Bochecha aí também, entendeu? Aí vai eu, você e o Bochecha (sic). Aí, o amigo está olhando lá.
Gorilão: Tá, mas sendo que o Bochecha tá a pé e tá longe pra c. Ele falou que tá vindo pra área, mas tá a pé.
Carlão: Fala pra ele que não vai se arrepender, não, hein. É 4.0 (pistola ponto 40) que tem lá, fora aquilo.
Gorilão: Tá show! Tá show!
Carlão: Tá. Dez horas hein, macaco.
Gorilão: Fechou.
Carlão: Valeu.

O DIA ONLINE

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Martha Rocha substitui delegado e afasta cinco policias da 10ª DP

Rio - A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, substituiu, nesta sexta-feira o delegado-titular da 10ª DP (Botafogo) José Alberto Pires Lage, e afastou cinco dos seis policiais envolvidos no suposto crime de tortura contra um funcionário de um ferro-velho.

No dia 24 de março, ele teria sido humilhado, espancado e torturado dentro da delegacia pelos agentes de plantão. A Corregedoria de Polícia Civil (Coinpol) investiga a conduta dos envolvidos. 

Martha Rocha indicou o delegado Rodrigo de Oliveira para o lugar de José Alberto Pires Lage, que irá para a Delegacia Supervisora de Dia. Rodrigo de Oliveira era subchefe de Polícia Civil do setor operacional na gestão de Allan Turnowski.

Os cinco policiais afastados foram para a Seção de Pessoal em Situações Diversas, conhecida como 'geladeira', por conveniência disciplinar.

O Caso

Seis policiais da 10ª DP (Botafogo) estão sob investigação da Corregedoria Interna de Polícia Civil (Coinpol) por crimes de tortura e de abuso de autoridade, que teriam sido praticados na delegacia, na semana passada.

Segundo a denúncia, os agentes obrigaram um homem a tirar a roupa e, durante três horas, deram socos na barriga e no rosto dele e usaram um alicate para ferir seu órgão sexual.

Eles teriam pressionado a vítima, que trabalha em um ferro-velho em Araruama, Região dos Lagos, para que ela identificasse dois suspeitos como fornecedores de peças de carros roubados. “Gritaram: ‘Fica pelado! Aí começaram a me agredir”, disse X. à TV Globo.

Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Martha Rocha, ao lado do delegado Gilson Emiliano:  A Polícia Civil trabalhará com transparência e comprometimento no caso | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

O corregedor Gilson Emiliano, que prometeu concluir o inquérito em 15 dias, contou que a vítima fez exame de corpo de delito na sexta-feira, quando procurou a corregedoria para fazer a denúncia.

Agentes da Corregedoria acharam três alicates na 10ª DP e levaram ao Instituto Médico-Legal para detectar vestígios de tecido humano. Um deles foi identificado pela vítima como tendo sido usado na tortura. Ontem, os seis policiais prestaram depoimento na corregedoria.

A vítima já identificou cinco dos seis policiais que estavam na delegacia no dia do crime. Três deles teriam usado o alicate e participado diretamente da tortura.

A Coinpol informou que um dos agentes não estava de plantão e foi chamado a depor para verificar o possível envolvimento.

Em seu depoimento, a vítima revelou que um dos policiais, que entrou e saiu da sala várias vezes, ofereceu água, mas não pegou o alicate nem o espancou.

“Eles terão a arma, a carteira e o distintivo recolhidos”, garantiu Emiliano. A Polícia Civil também abriu um inquérito administrativo disciplinar que poderá decidir pela expulsão dos envolvidos.

Pena pode aumentar em até quatro anos

A chefe de Policia Civil, delegada Martha Rocha, classificou como lamentável a denúncia. “Precisamos ser rápidos, eficientes e transparentes”, disse ela, que elogiou o desprendimento da vítima.

Os policiais envolvidos poderão pegar de dois a oito de prisão por crimes de tortura e abuso de autoridade.

Como eles são funcionários públicos e representam a lei, os agentes poderão ser enquadrados também por ameaça, constrangimento ilegal, maus tratos e lesão corporal, o que poderá aumentar a pena em mais quatro anos.

O DIA ONLINE

PMs são acusados de retirarem pertences de médico morto em boate gay

Rio - A Polícia Militar divulgou nota na tarde desta sexta-feira informando que o comando do 2º BPM (Botafogo) instaurou inquérito para apurar o comportamento de dois policiais acusados de retirar objetos pessoais de um médico morto numa boate gay na Glória,  Zona Sul do Rio.

Os militares teriam sido flagrados pelas câmeras de circuito interno pegando um cordão e um relógio da vítima em um armário no vestiário do clube Glória, no sábado.  Os objetos e a carteira de documentos do cirurgião plástico Eduardo Ramalho, de 55 anos, contendo cartões bancários e a quantia de R$ 300, só foi entregue na 9ª DP (Catete) na terça-feira, após os PMs serem questionados pelo delegado Pedro Paulo Pontes Pinho, titular da distrital.

O comandante do batalhão, tenente-coronel Antonio Henrique Oliveira, teve conhecimento das imagens através do delegado Pedro Paulo.

De acordo com a nota divulgada pela corporação, os PMs foram afastados do serviço de rua e suas armas e documentos foram recolhidos.

A PM informa que conforme o andamento do inquérito, os policiais podem ser presos por apropriação indébita.

Morte natural

O cirurgião plástico Eduardo Ramalho morreu no último sábado no interior de uma boate gay, na Glória, Zona Sul do Rio. As investigações revelaram que o médico morreu de causas naturais, devido a um edema agudo dos pulmões, conforme o laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML).

Segundo o delegado Pedro Paulo, a morte ficou evidenciada pelo laudo e os depoimentos de amigos, parentes do cirurgião plástico, do garoto de programa que estava em companhia dele e de funcionários da boate.  Ainda segundo o delegado, os documentos também comprovam que o médico, natural de Belém do Pará e morador no Rio de Janeiro há mais de 30 anos, sofria de uma cardiopatia.

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Polícia prende suspeito de matar milionária a pedradas em Niterói

Rio - A Polícia Civil apresentou, nesta sexta-feira, Róbson Conceição, 19 anos, suspeito de matar a pedradas a designer de interiores Amaly Olímpia de Vasconcelos Tauil, de 59 anos. A mulher foi morta na própria residência, localizada em Piratininga, área nobre da Região Oceânica de Niterói.

Agentes da 81ª DP (Itaipu) informaram que Robson da Conceição foi localizado e preso em uma obra em Pendotiba. Ainda não há informações sobre as causas do crime.

O corpo de Amaly foi encontrado em 23 de março deitado na cama, já em avançado estado de decomposição pela filha da vítima. A jovem tentava sem sucesso localizar a mãe e pulou o muro e abriu a porta de vidro do quarto da designer, que não retornava ligações nem atendia a campainha da casa.

Foto: Arquivo pessoal

A designer Amaly Olympia: corpo da milionária foi encontrado em avançado estado de decomposição | Foto: Arquivo pessoal

A polícia acredita que a vítima foi assassinada três dias antes. A perícia encontrou uma pedra, com marcas de sangue, no jardim da casa. No interior do imóvel, os policiais acharam garrafas de cerveja em uma mesa localizada no quintal, além de algumas cadeiras fora do lugar.

A designer de interiores morava sozinha há quase dois anos na residência localizada na Estrada Frei Orlando. O local se situa numa área bucólica e nobre da cidade, cercada de verde e com muitas chácaras e sítios nos arredores.

A polícia acredita na hipótese de vingança para o crime, já que nada foi roubado da residência.

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