quarta-feira, 28 de março de 2012

Major vai comandar policiamento na Rocinha, diz PM

Major Edson Raimundo foi nomeado pelo comandante da corporação.
Tropa recebeu reforços depois de assassinatos ocorridos na comunidade.

Do G1 RJ

O policiamento da Favela da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio, terá agora um comando. O major Edson Raimundo dos Santos foi nomeado, nesta quarta-feira (28), pelo comandante da PM, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, para coordenar 350 policiais de várias unidades que estão ocupando a comunidade para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Quarenta policiais começaram a reforçar a partir desta quarta-feira o patrulhamento na Rocinha, que vem vivendo clima de tensão nas últimas semanas com a disputa pelos pontos de venda de drogas na região.

Na manhã de sexta-feira (23), a Rocinha já havia recebido o reforço de 130 policiais militares que concluíram o curso de Polícia de Pacificação e lá farão estágio, especialmente no policiamento a pé. O patrulhamento já estava reforçado desde segunda-feira (19), quando três homens morreram num tiroteio.

Morte de líder comunitário

O delegado Rivaldo Barbosa, da Divisão de Homicídios, já ouviu mais de dez testemunhas no caso do assassinato de Vanderlan Barros de Oliveira, o Feijão, presidente da Associação de Moradores do Bairro Barcelos, na Rocinha, Zona Sul do Rio. Ele foi morto a tiros na segunda-feira (26) perto da sede da própria associação.

Operação Choque de Paz

A comunidade da Rocinha, além do Vidigal e da Chácara do Céu, foi ocupada pacificamente pelas autoridades policiais no dia 13 de novembro de 2011, na Operação Choque de Paz. Segundo o governo do Rio, a ocupação havia sido planejada há meses pelo serviço de inteligência das forças de segurança.

G1 - Rio de Janeiro

Cabo da PM é morto em hospital no Engenho de Dentro

Athos Moura - O Globo

Um cabo da Polícia Militar foi assassinado a tiros durante um assalto, no final da noite desta terça-feira, num hospital particular no Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio.

Por volta das 23h30m, Luiz Cláudio de Souza Menezes, de 42 anos, foi atingido por tiros de pistola - um deles acertou sua cabeça - após um bandido o ter rendido e pedido o seu cordão.

O criminoso viu a arma do policial e, apesar de ele ter entregado a joia e não ter reagido, o bandido atirou contra o militar. Em seguida fugiu de moto com um cúmplice.

Agentes da Divisão de Homicídios em frente ao hospital

Agentes da Divisão de Homicídios em frente ao hospital Foto: O Globo / Fernando Quevedo

O PM, que há um mês estava lotado no 27º BPM (Santa Cruz), tinha ido ao Hospital Memorial, na Rua José dos Reis, buscar sua sócia. Ambos possuíam uma loja de doces no Centro. O hospital possui uma entrada gradeada e um jardim, só em seguida o paciente tem acesso ao saguão.

Luiz Cláudio estacionou seu carro um pouco distante da entrada do hospital e seguiu a pé. O bandido o rendeu bem na porta que dá acesso ao saguão. Segundo testemunhas, quando o criminoso fez o PM levantar os braços para entregar o cordão, a arma do policial fez volume sobre a camisa e parte dela apareceu. O ladrão disparou diversas vezes.

A vítima chegou a ser levada com vida para a emergência da própria unidade de saúde, mas não resistiu. Há 16 anos na Polícia Militar, o cabo Menezes, como era conhecido, seria promovido a sargento em abril.

A investigação será conduzida pela Divisão de Homicídios. Funcionários do Hospital Memorial contaram que a unidade possui câmeras de seguranças, e que as imagens serão entregues à polícia.

Extra Online

domingo, 25 de março de 2012

OAB está muito preocupada com crise que envolve policiais e bombeiros

Brasília

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou hoje (20) após receber uma comissão de parlamentares e representantes de policiais e bombeiros, que a crise nessas forças, em função da baixa remuneração e das más condições de trabalho, está longe de ser solucionada no País, o que só acontecerá com uma política nacional de Segurança Pública coordenada envolvendo União e Estados.

"Ela (a crise) pode voltar a eclodir a qualquer momento, pois a situação hoje, como se apresenta, é como uma tampa de plástico numa panela de pressão", alertou ele durante entrevista.

Comissão de parlamentares denuncia ao presidente da OAB ilegalidades contra policiais e bombeiros

Comissão de parlamentares denuncia ao presidente da OAB ilegalidades contra policiais e bombeiros (Foto: Eugenio Novaes).

Ophir Cavalcante afirmou também que "preocupa muito à OAB" casos de ilegalidades denunciados pelos visitantes, que estariam sendo cometidos nas apurações sobre os recentes movimentos de policiais e bombeiros, como os da Bahia e Rio de Janeiro."A Ordem exige que essas apurações sejam feitas dentro do princípio da legalidade, sob pena de macularem a própria lógica do Estado democrático de Direito", cobrou o presidente nacional da OAB, destacando que há denúncias de que advogados não estão tendo acesso aos processos e de que Defensorias Públicas estão alegando falta de condições para defender os acusados - quando estão obrigadas por lei a fazê-lo se eles não têm como pagar advogado.

Participaram da reunião com Ophir Cavalcante, na Presidência do Conselho Federal da OAB, os deputados federais do PSOL Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ) e Jean Wyllys (RJ); a deputada estadual do PSOL do Rio de Janeiro, Janira Rocha; o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Mendonça Prado (DEM-SE), e o sargento Walace, do Corpo de Bombeiros-RJ. Também o diretor tesoureiro do Conselho Federal da OAB, Miguel Cançado, participou do encontro.

Seguem as declarações do presidente nacional da OAB,durante entrevista, após a reunião com parlamentares:

"A Ordem dos Advogados do Brasil, após essa visita, mantém o seu estado de vigilância e de alerta a respeito dessa questão. A cries nas polícias militares em corpos de bombeiros, em função da baixa remuneração de seus integrantes, não está resolvida ou solucionada no Brasil. Ela pode voltar a eclodir, a qualquer momento, pois a situação hoje, como se apresenta, é como uma tampa de plástico numa panela de pressão. Esse sentimento de descontentamento pelas condições de trabalho e condições remuneratórias pode levar a outras crises, em diversos estados da Federação. É necessário que os governos comecem a pensar nessa questão de uma forma maior e não de uma forma superficial como pensada hoje.

A cada crise, busca-se solucioná-la com paliativos ou mesmo com a criminalização dos movimentos sociais daqueles que defendem melhores condições de trabalho e de remuneração dos policiais e bombeiros do País. Portanto, é necessário que a União e os Estados se unam em torno de uma solução que passa, certamente, por uma coordenação nacional dessa situação e por uma solução que envolva a Segurança Pública como uma política de Estado em todo o País - e nisto está incluída a questão remuneratória.

Preocupa muito também à OAB as ilegalidades que vem sendo cometidas nas apurações sobre envolvimento de militares e bombeiros nesses movimentos. Tivemos noticiais de que os advogados, em muitos Estados, não estão tendo acesso aos autos para poder defender seus clientes, além de outros obstáculos. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro, por exemplo, declarou que não tem condições de defender os policiais militares, quando é obrigação do Estado proceder à defesa de quem não tem condições de pagar advogado.

Preocupa à OAB todas essas denúncias referindo a casos que não observam o devido processo legal. Até para os militares, há uma legislação. Em que pese haver uma legislação específica para os militares muito mais dura do aquela em relação aos civis, mas o fato é que há todo um procedimento que tem que ser obedecido.

Mas a denúncias que nos chegam é de que tais procedimentos não estão sendo observados. Por isso, a Ordem exige que essas apurações sejam feitas dentro do princípio da legalidade, sob pena de macularem sob pena de macularem a própria lógica do Estado democrático de Direito".

OAB

sábado, 17 de março de 2012

Eles não pediram para sair

Herculano Barreto Filho

Missão dada é missão cumprida. Essa certeza é tatuada na pele de dezenas de policiais com a faca na caveira, símbolo da tropa de elite da Polícia Militar. É uma marca que não pode ser apagada.

Mas o orgulho de ser caveira sofreu um forte abalo para 51 policiais que tiveram os seus nomes publicados no Boletim Interno da corporação nas últimas três semanas, após a greve das polícias. Lá, constavam transferências sistemáticas para batalhões distantes, no interior do estado, como o 8 BPM (Campos dos Goytacazes), a 274 quilômetros da capital.

A farda preta, conquistada com suor e determinação nos cursos de treinamento em ações de combate, tiro de precisão e resgate de reféns, voltou para o guarda-roupas de um cabo, transferido para um batalhão comum.

Policiais do Bope mostram a caveira, símbolo da corporação

Policiais do Bope mostram a caveira, símbolo da corporação Foto: Pedro Teixeira / EXTRA

— Ele vai ficar ali, guardado como uma relíquia, porque ainda vou voltar para o Bope. Uma vez caveira, sempre caveira — diz o cabo, que pertence a um grupo de ex-policiais da unidade entrevistado pelo EXTRA. Todos preferem não se identificar por medo de represálias.

A presença do Bope está em cada canto da sua casa. Fotos espalhadas pela sala e uma boina pendurada na parede compõem a decoração, apesar da recente saída da tropa. Abalado, ele se emociona ao lembrar da conversa que teve com a filha, de apenas 4 anos:

— Ela me perguntou: "Pai, você não está mais no Bope?". Eu disse: "Não, filha". Mas sei que, daqui a 30 anos, vou poder dizer a ela que eu participei da ocupação no Alemão.

A PM voltou a dizer que as saídas são administrativas.

— Isso é um insulto à nossa inteligência — rebate o cabo.

‘Nós fomos testados pela cúpula’

Eram 20h de 9 de fevereiro quando a equipe Bravo do Bope foi acionada para se apresentar no QG da PM. O problema é que a categoria estava em meio a um encontro na Cinelândia, para definir a adesão ou não à greve.

Enquanto se preparavam, surgia um boato de que a tropa iria coibir o manifesto. O fantasma da intervenção à greve dos bombeiros, em junho do ano passado, começava a assombrar os caveiras. Na ocasião, o Bope invadiu o quartel para acabar com a manifestação. O episódio deixou uma ferida aberta na tropa.

— Foi um erro. E não queríamos repetir o erro e bater de frente com os colegas — explica um PM transferido.

A tropa de elite levou 30 minutos para chegar ao batalhão. Um atraso, para os padrões do Bope. Os caveiras que estavam lá contam que o coronel René Alonso, comandante do batalhão, foi chamado para uma conversa, na sala do coronel Pinheiro Neto, chefe do Estado-Maior da PM. A conversa durou cerca de 20 minutos. O conteúdo não foi revelado.

— Nós fomos testados pela cúpula — diz um PM.

O comandante do Bope não foi localizado para falar sobre o fato. Procurada pelo EXTRA, a Polícia Militar não comentou o episódio.

Orgulho dá lugar à tristeza

A farda preta sempre foi motivo de orgulho. Depois da transferência, o orgulho deu lugar à frustração. Para eles, é difícil explicar a transferência até para a família.

— Estou frustrado. Vou trabalhar num batalhão para correr atrás de um cara com duas trouxinhas de maconha. Mas vou seguir com a cabeça erguida — diz um sargento, obrigado a deixar o Bope depois de mais de dez anos de participação em operações de $ao tráfico nas favelas mais perigosas do Rio.

Segundo o grupo de ex-policiais do Bope ouvidos pelo EXTRA, além de deixar o Bope alguns dos colegas perderam até o porte de arma, porque estão sendo submetidos a Conselho de Disciplina.

— A cúpula diz que as transferências são administrativas. É normal isso? É normal eles nos tirarem do Bope e nos mandarem para um batalhão longe de casa? $ão testando a inteligência do cidadão — reclama um dos caveiras.

Os ex-policiais do Bope acreditam que a cúpula da PM quer acabar com a equipe Bravo, que estava de serviço em 9 de fevereiro.

— Eles querem dizimar a equipe. O nosso erro foi estar no lugar errado e na hora errada. Tivemos um atraso, mas não descumprimos uma ordem do comando. Porque missão dada é missão cumprida.

Extra Online

Treinamento básico do Bope dura até 20 semanas

Herculano Barreto

Quando três policiais passam, de carro, pelo portão do Bope, gritam alto: “caveira!”. É o cumprimento entre os integrantes da tropa de elite da PM que vestem farda preta. Os colegas, de plantão na guarita do quartel, retribuem, erguendo os fuzis acima da altura dos ombros.

Para entrar na elite da PM, é preciso ter o Curso de Operações Especiais (CAT), com seis semanas de duração, ou o Curso de Ações Táticas (Coesp), que só é concluído depois de 20 semanas. Há também outras especializações, como cursos de negociação, tiro de pre$ão e uso de explosivos.

— Nem a gente sabe o que está acontecendo. De repente, até o meu nome pode aparecer no próximo boletim — disse um policial do Bope, que preferiu não se identificar.

Essa sensação de instabilidade motivou o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) $reunir material para entrar com uma representação, no Ministério Público Militar, pedindo que as transferências dos policiais do Bope sejam fiscalizadas. O pedido deve ser protocolado ainda hoje.

— É preciso investigar a legalidade dessas transferências — disse o deputado.

Extra Online

Bope: depois da greve, um ano de transferências em um só dia

Herculano Barreto Filho

Em um único dia de transferências de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para outras unidades, a Polícia Militar atingiu a mesma quantidade de remanejamentos feitos durante todo o ano de 2011.

As saídas em massa ocorreram em 6 de março, quando foram publicados no boletim interno da PM os nomes de 32 caveiras — 22 deles transferidos para batalhões no interior, a até 300 quilômetros da capital.

Policiais do Bope comemoram a apreensão de fuzis na Rocinha, após a ocupação da favela

Policiais do Bope comemoram a apreensão de fuzis na Rocinha, após a ocupação da favela Foto: Marcelo Carnaval / 14.11.2011

O aumento sistemático de transferências ocorreu entre 14 de fevereiro e a última quinta-feira. Nesse intervalo, 69 policiais com cursos em ações de combate, tiro de precisão e resgate de reféns deixaram a tropa de elite para trabalhar em batalhões comuns.

As saídas se intensificaram cinco dias após a manifestação na Cinelândia, no Centro do Rio, que deu início à greve das polícias. Na ocasião, a equipe Bravo foi chamada pelo comando-geral da PM para reprimir a manifestação. Mas os caveiras se negaram a cumprir a ordem. De lá para cá, os policiais que estavam de plantão começaram a deixar o Bope.

Mudanças para longe

A equipe Bravo começou a ser dizimada. E os seus integrantes, mandados para batalhões distantes. É a chamada "punição geográfica", feita com transferências distantes como forma de penalizar servidores que participam de movimentos favoráveis a greves.

Em 2011, todos os policiais que deixaram o Bope se dividiram entre batalhões na região metropolitana e unidades administrativas. Apenas dois foram para a Baixada.

Este ano, do total de transferidos após a greve, 38 foram obrigados a deixar o Rio. Dezesseis foram para batalhões na Baixada e dois foram para o 35º BPM (Itaboraí). No boletim de 6 de março, 22 policiais foram remanejados para batalhões distantes, como o 8º BPM (Campos dos Goytacazes) e o 32º BPM (Macaé).

Sem a gratificação de R$ 1,5 mil paga a PMs do Bope, alguns transferidos foram obrigados a dividir os gastos com gasolina, para economizar em passagens de ônibus.

— Se não fizermos isso, vamos trabalhar apenas para pagar passagem — disse um policial, que não se identificou.

PM diz que saídas são normais

Apesar do aumento significativo de saída de policiais do Bope, o comando da PM continua afirmando que as transferências são apenas "medidas administrativas". Procurado pelo EXTRA, o coronel René Alonso, comandante do Bope, disse que não iria comentar o assunto. Mas os números mostram que há um aumento significativo numa comparação entre 2011 e este ano, após a greve.

Com 69 transferências em apenas 30 dias, registradas até a última quinta-feira, foram mais de dois policiais do Bope remanejados por dia no período. Por dia, a média é mais de 25 vezes maior frente ao ano passado.

As transferências repentinas deixaram um buraco na tropa, composta por cerca de 400 homens, de acordo com o site da PM. Com as transferências, o Bope perdeu 17,25% do efetivo.

O aumento de transferências na tropa de elite motivou o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP) a entrar com uma representação junto ao Ministério Público, pedindo que o caso seja investigado.

— Vou pedir para que se veja a legalidade dessas transferências — disse.

A relação de entrada e saída de caveiras se inverteu do ano passado para cá. Em 2011, 32 saíram e 210 chegaram ao Bope. Nos últimos 30 dias, apenas um tenente-coronel chegou ao batalhão, de acordo com o boletim interno publicado em 15 de fevereiro.

Extra Online

PM vai convocar mais 4 mil aprovados em concursos

Djalma Oliveira

A Polícia Militar vai iniciar, em maio, uma série de convocações de candidatos aprovados no concurso de soldado, realizado em 2010. Até o fim do ano, a corporação vai ganhar o reforço de quatro mil futuros soldados, que vão passar pelo curso de formação antes de ir para as ruas. Entre maio e dezembro, serão chamados 500 concursados, todos os meses. Do total de quatro mil, 3.500 serão homens e 500, mulheres.

Parte dos novos policiais militares será lotada nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), mas a PM ainda não sabe quantos nem que unidades vão receber o novo efetivo. A formação, feita no Centro de Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP), em Sulacap, dura cerca de seis meses. Dessa forma, quem estiver na primeira leva de convocados, que sairá em maio, deverá se formar em novembro deste ano.

Formatura de PMs: curso de preparação dura cerca de seis meses

Formatura de PMs: curso de preparação dura cerca de seis meses Foto: Mario Campagnani / Extra

Enquanto estiverem fazendo o curso de formação, os alunos da PM ganharão um salário de R$ 1.122,28. Ao se tornarem soldados, os vencimentos passarão a R$ 1.669,33 e eles terão direito ao auxílio-transporte de R$ 100. Também será possível receber gratificações. Um soldado lotado numa UPP, por exemplo, receberá um adicional de R$ 500 mensais. Quem trabalhar nos batalhões poderá aderir ao programa de qualificação, que pagará R$ 350 aos que fizerem cursos de capacitação.

Outra fonte de bonificação é a premiação por desempenho, paga duas vezes por ano aos policiais que atuam em áreas onde houver reduções nos índices de criminalidade. Quem atingir as metas traçadas pode ganhar até R$ 9 mil, a cada seis meses.

Há, ainda, outros dois aumentos programados para janeiro e fevereiro de 2013. Em fevereiro de 2014, o estado dará o correspondente ao dobro da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

Efetivo 10% maior

A convocação dos quatro mil concursados de 2010 vai representar um aumento de quase 10% no atual efetivo, que hoje é de 43.175 policiais. Em dezembro deste ano, o reforço de pessoal terá sido de 24%, em cinco anos. A meta do governo do estado é ter 60 mil policiais militares até 2016.

O impacto na folha de pagamento do governo estadual será de R$ 26 milhões este ano, R$ 112 milhões em 2013 e R$ 152 milhões em 2014.

Extra Online

quinta-feira, 8 de março de 2012

Conselho considera 10 bombeiros do RJ culpados por movimento grevista

Ainda não foi divulgado o tipo de punição que os militares podem receber.

O Conselho de Disciplina do Corpo de Bombeiros considerou culpados por incitamento e aliciamento a motim os dez militares que participaram, junto com o cabo Benevenuto Daciolo, do movimento grevista de fevereiro. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Defesa Civil, a audiência foi realizada na quarta-feira (7).

Não foi divulgado o tipo de punição que os militares irão receber: que pode ir de advertência a expulsão da corporação. A decisão caberá ao comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, que tem até cinco dias para decidir se acata ou não a indicação do conselho. Simões poderá, inclusive, extinguir a punição.

Apontados como organizadores do movimento grevista, os dez bombeiros ficaram presos em Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, junto com o cabo Daciolo.

Julgamento do cabo Benevenuto Daciolo será retomado nesta sexta (9).

Por causa da anexação de novos documentos ao processo, a decisão do Conselho de Disciplina sobre o caso do cabo Daciolo foi adiada. O julgamento será retomado nesta sexta-feira (9).

G1 - Rio de Janeiro

Concurso de seleção para oficiais da PM é suspenso

Rio -  A Polícia Militar do Rio suspendeu o concurso para seleção de oficiais em 2012, alegando "necessidade de realização de estudos referentes à forma de ingresso nas fileiras da corporação".

A informação foi confirmada em nota emitida pela PM nesta quinta-feira.

Com isso, o vestibular para a Academia de Polícia Militar Dom João VI, que é aplicado pela UERJ, não irá ocorrer este ano.

Ainda não foi divulgada como será a nova forma de ingresso.

Com informações do IG

O Dia Online

Após greve da PM, 13% dos policiais do Bope foram transferidos para outros batalhões

Herculano Barreto Filho

Em apenas 22 dias, o efetivo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, emagreceu quase 13%. Na ressaca após a greve das polícias, pelo menos 51 caveiras — que passam por vários cursos de treinamento em ações de combate, tiro de precisão, escalada e resgate de reféns — foram transferidos. Vinte e dois deles, para batalhões comuns, no interior do estado. O Bope tem cerca de 400 homens, segundo o site da PM.

Policial do Bope em treinamento no Cristo Redentor: parte da tropa, preparada para ações de alta complexidade, foi mandada para batalhões comuns

Policial do Bope em treinamento no Cristo Redentor: parte da tropa, preparada para ações de alta complexidade, foi mandada para batalhões comuns Foto: Wania Corredo / Extra / 28.9.2006

As transferências de quatro subtenentes, 18 sargentos, 17 cabos e 12 soldados começaram a ser publicadas no Boletim Interno da corporação cinco dias após a manifestação feita por 5 mil PMs, policiais civis e bombeiros na Cinelândia,em 10 de fevereiro, iniciando a greve da polícia.

Na ocasião, o Bope foi chamado, pelo comando-geral da Polícia Militar, para reprimir a manifestação. Mas os policiais militares que estavam de plantão se negaram a cumprir a ordem.

— O Bope descumpriu a ordem porque não iria reprimir os colegas de farda. Agora, toda a equipe está sendo transferida, como forma de represália. Até o sargento mais antigo do Bope foi mandado embora — disse um PM, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

A Polícia Militar nega que exista qualquer tipo de relação entre o episódio e a greve. Segundo a corporação, foram transferências de rotina.

As transferências foram publicadas em três boletins. Em 14 de fevereiro, 11 homens que estavam em serviço no dia da greve foram transferidos — nove deles para batalhões comuns e dois para UPPs. Dois dias depois, outros oito policiais militares deixaram a elite da corporação para trabalhar em batalhões comuns.

Transferência em massa

No boletim interno 43, de anteontem, o golpe foi ainda mais duro. Uma transferência em massa, com a publicação de 32 nomes, enviou parte da elite da corporação para unidades no interior do estado.

Ao todo, 11 policiais militares vão se deslocar 183 quilômetros para chegar ao 32 BPM (Macaé). Outros 11 homens farão um trajeto ainda maior: se afastarão 274 quilômetros da capital, para prestar serviço no 8 BPM (Campos dos Goytacazes).

Quatro caveiras foram transferidos para o BPTur, batalhão de atendimento a turistas. O Batalhão de Ação com Cães, a Diretoria Geral de Saúde e o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças também terão um caveira, cada, em seu efetivo.

Casos de Polícia - Extra Online