sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mulher de Nem é autuada por associação ao tráfico de drogas

POR VANIA CUNHA

Rio - Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi autuada por associação ao tráfico na noite desta sexta-feira, na 15ª DP (Gávea), na Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Discreta e bem diferente da forma com que costumava circular na Rocinha, Danúbia foi levada à 15ª DP | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A mulher do traficante se negou a prestar depoimento depois de ter sido detida durante a tarde, na Rocinha. Os policiais iriam começar a ouvir Danúbia por volta de 19h40, quando o delegado da Polinter Rafael Willis, chegou ao local com diversos inquéritos para basear o interrogatório.

Danúbia foi localizada por volta das 16h desta sexta-feira no interior da favela da Zona Sul do Rio. Chamada de ‘primeira-dama’ ou ‘xerifa’ da comunidade, ela estava em uma casa em cima do salão de beleza da sua cabelereira de confiança, depois de voltar nesta sexta-feira a Rocinha. A ação foi realizada pelo Bope e foi conduzida com a irmã Telma para a 15ª DP.

Mais discreta

Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi localizada por volta das 16h desta sexta-feira no interior da favela da Zona Sul do Rio.

Chamada de ‘primeira-dama’ ou ‘xerifa’ da comunidade, ela estava em uma casa em cima do salão de beleza da sua cabelereira de confiança, depois de voltar nesta sexta-feira a Rocinha. A ação foi realizada pelo Bope e foi conduzida com a irmã Telma para a 15ª DP (Gávea) para prestar depoimento.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A mulher de Nem foi encontrada em uma casa na favela da Zona Sul | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Ela aceitou de imediato ir para a delegacia prestar depoimento e telefonou para um de seus advogados. O defensor afirmou a Danúbia que ela poderia ir à DP, pois não havia nenhuma acusação contra ela.

A mulher de Nem confirmou a informação de que estava escondida em Pilares, na Zona Norte do Rio. Antes de chegar a 15ª DP, Danúbia foi encaminhada a sede do Bope, onde foi checada sua identidade e verificados os seus antecedentes criminais.

Por volta de 19h40, a mulher do chefe do tráfico da Rocinha começou a ser ouvida na 15ª DP. A demora se deu para que chegasse a unidade policial o delegado da Polinter Rafael Willys, que chegou ao local com diversos inquéritos para basear o interrogatório.

Suspeitas de lavagem de dinheiro

Danúbia já foi investigada devido a suspeitas de lavagem de dinheiro em inquérito da Polinter, na Polícia Civil. Chegou a ser expedido um mandado de prisão contra ela, mas, este acabou sendo revogado. Segundo os policiais, ela usufruía do dinheiro arrecadado com a venda de drogas para ostentar luxo na favela.

Durante investigação da Polinter, conforme o portal iG publicou nesta a duas semanas, escutas revelaram que Nem tinha muitos ciúmes dela. Em 19 de outubro, Danúbia relatou agressão a uma mulher identificada como Gisele:

“Fiquei toda roxa, com olho roxo e tudo”, contou, após admitir que estava de ‘vestido curtinho’ e tinha ficado ‘ruim’ e ‘bêbada’ numa festa. Em outra escuta, feita em 20 de janeiro, Danúbia conta a amiga que brigou com Nem e apanhou dele.

O DIA ONLINE

PMs recebiam até R$ 30 mil para liberar traficantes, diz PF

Rio - A Operação Martelo de Ferro, realizada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), revelou um esquema de propina cobrada por PMs para a liberação de traficantes presos que já chegou a R$ 30 mil.

O esquema envolvia policiais do 7º BPM (São Gonçalo), que usavam até uma tabela de preços que variavam entre R$ 500 e R$ 30 mil. O "pagamento" tinha como objetivo evitar as operações policiais no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e facilitar a venda de drogas na região.

Até o momento, cinco pessoas já foram presas nesta sexta-feira durante a operação, realizada nas regiões Metropolitana e dos Lagos. Entre os presos estão dois traficantes, dois policiais militares e uma advogada. Participam da ação 410 policiais, sendo 330 federais, por terra, ar e mar, cumprindo 46 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão.

Segundo a PF, dos 46 mandados de prisão expedidos, 22 eram contra PMs. Desses, 18 já estão presos, um morreu e outro está foragido. Entre os envolvidos no esquema de proprina estão dois suspeitos de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, que estão presos. Treze traficantes já estavam presos. A operação foi realizada pelas polícias Civil e Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.

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domingo, 20 de novembro de 2011

Ex-PM morto era acusado de participar de atentado na Região dos Lagos

Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, foi assassinado na noite deste sábado ao ser fuzilado

POR ROBERTA TRINDADE

Rio - O ex-cabo da Polícia Militar, Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, assassinado na noite deste sábado, é acusado de participação no atentado ao também ex-PM Francisco César Silva de Oliveira, o Chico Bala, de 41 anos, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em agosto de 2007. Na ocasião, a mulher e o enteado de Chico Bala foram mortos. O outro acusado de envolvimento no crime, José Carlos da Silva, o Tropeço, 42, - que foi expulso da PM em 1999 - fugiu junto com Vaz, que é citado na CPI das milícias como integrante da  Liga da Justiça.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Carro de ex-PM apresenta dezenas de marcas de tiros de fuzil | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Wellington foi executado dentro de seu veículo - o Gol preto placa KOM 8476 - em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na noite do último sábado. O crime ocorreu na Rua Maria Lorosa, pouco após Vaz ter saído de uma churrascaria. Ele foi surpreendido por três homens que desceram de uma Kombi e efetuaram cerca de 50 disparos contra seu automóvel.

O chefe do Setor de Inteligência da especializada, comissário José Carlos Guimarães, afirmou que diligências já estão sendo realizadas e que as equipes vão tentar localizar estabelecimentos próximos ao local do crime que possuam sistema de câmeras de vigilância para solicitar as imagens. Familiares da vítima devem prestar depoimento nos próximos dias. Ainda não há suspeitos.

O ex-PM estava foragido da Unidade Prisional (UP) - antigo Batalhão Especial Prisional (BEP) -, em Benfica, na Zona Norte do Rio, há um ano e dois meses. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) estão responsáveis pelas investigações.Os dois, que respondiam a um processo por homicídio qualificado, participavam de uma obra para aumentar o muro do presídio e o desaparecimento só foi notado na contagem de presos feita à noite.

Atentado contra Chico Bala

O atentado contra Chico Bala ocorreu no dia 27 de agosto de 2007, quando ele ainda era lotado no 25º BPM (Cabo Frio). O então PM estava no banco do carona, acompanhado pela mulher, que estava ao volante, Maria Cláudia Silva de Oliveira, 31, pelo enteado Yan Coutinho da Silva, 13, e pelo sobrinho, Luan Santos Braga, 19.

Todos estavam dentro do carro passando pela Rua 23, perto do Campo do Cancela, no bairro Balneário. O então sargento foi atingido nas costas, na mão, no ombro e duas vezes no braço. Seu enteado, baleado na cabeça e no braço, não resistiu e morreu ainda no local. Sua mulher, atingida na nuca e na barriga, morreu dois dias depois, no hospital.

Horas após o atentado, o então cabo Vaz foi preso, em companhia do ex-sargento da PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, 40 (expulso em 1992), do ex-PM José Carlos da Silva, o Tropeço, e do inspetor da Polícia Civil André Luiz da Silva Malvar, que era lotado no Instituto Félix Pacheco (IFP) e genro do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, 63. Os quatro - todos indiciados no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias - estavam no interior de um Ford Focus, na altura do KM 30 da Via Lagos, em Araruama.

Com eles havia três fuzis - um AR 15 Colt, calibre 223, um Parafal calibre 7,62 de fabricação argentina, com numeração suprimida, e um Windhan calibre 556, com numeração suprimida e lanterna acoplada ao cano -, cinco pistolas - sendo uma Glock calibre 45, uma Glock .40, uma Taurus 9mm, uma Taurus .40 e uma Taurus PT 92, calibre 9mm -, 44 carregadores, cinco rádios Nextel, três rádio-transmissores, quatro celulares, dois binóculos, quatro toucas ninja, duas lunetas e duas granadas M-9, além de R$ 1.900.

O ex-policial civil também responde pela morte do inspetor da Polícia Civil Félix dos Santos Tostes, em fevereiro de 2007, juntamente com o ex-veredor Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras. Este último foi assassinado em junho de 2009, aos 42 anos. Ao ser preso, minutos após o atentado ao ex-PM Chico Bala, Malvar estava de posse de uma arma que, após perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), constatou-se ser a mesma utilizada no homicídio de Félix.

Colaboraram Bruno Guedes e Helvio Lessa

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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Chefão do tráfico montou verdadeiro 'bunker' na mata

Rio - A mata que cerca a Favela da Rocinha era o grande refúgio do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Além de matar e ocultar corpos de desafetos, aquele foi o local escolhido pelo chefão do pó para esconder seu arsenal e drogas. Há informes de que o traficante também tenha enterrado dinheiro dias antes da ocupação.

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Policiais do Bope apresentam armas, munição e drogas apreendidas na Rocinha | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Desde que entrou na Rocinha, domingo, a polícia já encontrou 174 armas, boa parte delas enterrada no alto da favela. A certeza de que reconstruiria seu ‘império do crime’ era tanta, que o criminoso montou um verdadeiro ‘bunker’ embaixo da favela: uma cisterna foi especialmente construída para abrigar o material.

Durante dois dias, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) vasculharam a mata em busca de armas deixadas para trás pelos bandidos. E, ontem, trocaram os fuzis por pás e picaretas até encontrarem, na localidade Dionéia, um paiol do tráfico: 24 fuzis, uma metralhadora antiaérea ponto 30, sete pistolas, duas granadas, dois lança-rojões e 25 quilos de cocaína, além de cerca de 3 mil projéteis de diversos calibres. Os policiais saíram da mata, carregando o material sobre os ombros, e aos gritos de: ‘caveira’’.

Por volta das 17h, agentes da 39ª DP (Pavuna) localizaram um dos mais bem estruturados esconderijos da quadrilha, na localidade Vila Verde, atrás da UPA da Rocinha. Uma cisterna foi construída com estrutura de concreto, onde estavam escondidos 4 fuzis — um com mira telescópica — 5 pistolas, 14 granadas, munição, 2 placas de cerâmicas para coletes que suportam tiro de fuzil, cocaína e 42 carregadores.

O abrigo tinha cerca de um metro de concreto de espessura e, para apreender o material, policiais precisaram de britadeira da prefeitura para perfurar o cimento. O material estava embalado com plásticos e fitas adesivas.

Além de abrigar o material bélico da quadrilha, a mata era o local usado pelo ‘Bonde Picota’, grupo comandado pelo traficante Miro, braço direito do chefão Nem, que tinha a missão de esquartejar e ocultar os corpos dos inimigos. Eles são apontados pela polícia como os responsáveis pela execução da modelo Luana Rodrigues Souza, 24 anos, e de uma amiga dela. Domingo, a polícia encontrou as armas: dois machados com a inscrição ‘Bonde do Picota’.

Camisas semelhantes à da Polícia Civil em refinaria de pó

Equipes do Bope apreenderam na favela 150 camisas semelhantes às usadas pela Polícia Civil, além de roupas camufladas. Policiais do Bope também recolheram 16 caça-níqueis na Estrada da Gávea.

À tarde, uma moradora avisou ao Bope que uma casa na Rua 2 era usada pelo tráfico como refinaria de cocaína. Lá os policiais apreenderam 90 litros de ácido sulfúrico, 50 litros de éter e 30kg de pó branco que pode ser cocaína ou produto para misturar à droga.

O Bope também chegou a uma casa no Largo do 199 que seria de gerente do Nem conhecido como Xexéo. A polícia apreendeu touca ninja e anotações do tráfico, inclusive escala de plantões de ‘soldados’.

Também morador da Rocinha, Aroldo dos Santos, 31, se entregou nesta segunda-feira à polícia. Condenado por associação para o tráfico, ele estava foragido há 13 anos e foi convencido a se render pela mãe. Ao todo, 8 suspeitos já foram presos desde a ocupação, no domingo.

O DIA ONLINE

Estratégia para fazer Nem delatar maus policiais

Informações em troca de redução da pena, a delação premiada pode ser oferecida ao traficante que comandou a Rocinha

POR ADRIANA CRUZ

Rio - A cúpula da Segurança Pública monta estratégia para convencer o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, a denunciar policiais corruptos. A delação premiada, informações em troca de redução de pena nos processos, é uma das hipóteses que está sendo estudada para ser oferecida ao bandido. Na madrugada de quinta-feira, após ser preso pela Polícia Federal, Nem garantiu aos agentes que boa parte do seus lucros era destinada ao pagamento de propina a maus policiais.

Nem está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó | Foto: Divulgação

“Seria uma oportunidade importante o oferecimento de uma medida judicial para que o Nem contribua com a Justiça e com a polícia. Qualquer tipo de palavra ou assunto que esteja no depoimento será minuciosamente estudado”, declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Para discutir a melhor forma de trazer Nem para o lado dos bons policiais, irão se reunir ainda esta semana os corregedores das Polícias Civil e Militar, além da Geral Unificada, e membros do Ministério Público estadual, como o promotor Homero das Neves Freitas Filho. “Temos policiais que prestavam ajuda ao Nem fora da favela e outros dentro. Ele contava com algum serviço de segurança fora do morro”, afirmou Beltrame.

Nesta segunda-feira, os delegados Marcelo Fernandes e Jayme Berbat, da Corregedoria-Geral Unificada (CGU), foram ouvir o depoimento de Nem no presídio de segurança máxima Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Porém, o criminoso se recusou a prestar declarações.

Na quinta-feira, agentes da Corregedoria da Polícia Civil tentaram ouvi-lo, em vão. Na véspera, três policiais civis foram presos escoltando bandidos da quadrilha de Nem.

Bandido mais procurado do Rio é preso

Nem foi preso durante operação do Batalhão de Choque, em frente ao Clube Piraquê, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. O cerco aconteceu quando policiais, nas proximidades de um dos acessos a Rocinha, na Estrada da Gávea, desconfiaram de um veículo.

Após abordagem, os ocupantes do carro afirmaram que eram de um consulado e, diante da insistência dos policiais em revistar o veículo, ofereceram dinheiro aos agentes. Após recusa por parte dos policiais militares, a busca no carro foi feita e Nem foi encontrado dentro do porta-malas de um Corolla preto.

Poucas horas antes, um "bonde" com traficantes, escoltado por três policiais civil, um policial militar reformado e um ex-PM, foi detido próximo ao Jóquei da Gávea, também Zona Sul da cidade. A ação foi conduzida por homens Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Os traficantes presos na ação são: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio; Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade; Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho; Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

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domingo, 13 de novembro de 2011

Balanço final de apreensões na Rocinha tem 15 fuzis e 15 mil munições

Policiais recolheram 60 kg de pasta base de cocaína e acharam 20 pistolas no primeiro dia de ocupação nas duas favelas

Rio - A Secretaria de Segurança Pública divulgou, no início da noite deste domingo, o balanço final do primeiro dia de ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul do Rio.

De acordo com a pasta, foram apreendidos ao longo do dia 20 pistolas, 15 fuzis, três granadas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, cerca de 15 mil munições de diversos calibres (fuzis 762 e 556, pistolas 9 mm e 40, e metralhadora ponto 40), sete lunetas, 61 bombas artesanais, 102 carregadores para fuzil e outros 56 de calibres diversos.

Foto: Divulgação

Fuzis foram encontrados na mata da Rocinha | Foto: João Laet / Agência O Dia

Em relação às drogas, foram recolhidas 112 kg de maconha e outros 80 tabletes e 145 trouxinhas do mesmo entorpecente, 60 kg de pasta base de cocaína e outros 14 tabletes da mesma droga.

Como a totalização do material recolhido só foi concluída no fim da tarde, o número de apreensões foi diferente do que o divulgado durante o dia.

Os policiais recolheram também 75 motos e um Toyota Hilux, 17 máquinas caça-níqueis, uma pistola desmontada, uma réplica da mesma arma, um notebook, um Ipod, uma câmera digital, dois rádiotransmissores, uma barraca de camping, uma capa de colete, uma farda do Exército, uma camisa da Polícia Civil, duas centrais clandestinas de TV a cabo, além de material hospitalar que servia para tratar de bandidos baleados.

O DIA ONLINE

Vou apresentar a polícia de verdade ao meu fillho, diz moradora da Rocinha

Paulo Toledo Piza Do G1 RJ

Mototaxis rocinha (Foto: Paulo Pizza/G1)

Prédio do PAC na Rocinha  (Foto: Paulo Piza/G1)

Toda vez que o filho da dona de casa Mirabel dos Santos, de 56 anos, via um traficante armado na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o garoto de 4 anos apontava e gritava:"Olha a polícia".

Na tarde deste domingo (13), com a favela dominada pelas forças de segurança, o pequeno David enfim descobrirá quem são os verdadeiros policiais.

"Vou esperar ele acordar, dar um banho nele e trazer para apresentar para a polícia de verdade", afirmou. "Quero que ele se acostume desde já com a presença da polícia."

Moradora de um dos apartamentos do conjunto do PAC, ela diz esperar agora que o Estado faça a sua parte na manutenção da ordem da favela. "Aqui sempre foi tranquilo, inclusive com o tráfico. Quero mais é que continue assim", completou.

G1 - Rio de Janeiro

Mais motos e uma Hilux são apreendidas na Rocinha

Rio - No começo da tarde deste domingo, a polícia apreendeu na operação Choque de Paz, na Rocinha, uma caminhonete Toyota Hilux que havia sido roubada e 35 motos abandonadas por traficantes. Os veículos foram encaminhados para o Pátio Legal da Polícia Civil, em Deodoro.

No alto da Rocinha, um pouco mais cedo, foram encontrados 35 carregadores de armas, sendo 19 de G3, 10 de ak47, três de Falcom e um de pistola Glock 45. Além disso, os policiais encontraram 60 tabletes de 1 kg e 26 tabletes de 2 kg de maconha enterrados no mesmo local.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Dezenas de motos são apreendidas durante a ação | Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Já a Tropa de Choque da Polícia Militar encontrou uma mochila enterrada na mata do Arfão, alto do morro do Vidigal, contendo um fuzil 556 com a descrição Bonde do Mestre, sendo que a polícia acredita que o texto se refere traficante Nem, uma pistola 40 milímetros, duas pistolas 9 milímetros, um simulacro de pistola, uma luneta, 14 carregadores, sendo 12 simples e dois alongados, uma granada, um rádio transmissor, uma máquina caça-níquel e uma grande quantidade de munição.

No fim do dia, esse material apreendido será contabilizado. A polícia continua na busca por mais drogas, armas e munição.

O DIA ONLINE

Na Rocinha, polícia encontra casa do traficante Nem

Traficante foi preso no dia 10, tentando fugir da comunidade.
Ele está preso em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

Do G1 RJ

Fachada da casa de Nem, na Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)Fachada da casa de Nem, na Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Casa do traficante tem piscina e churrasqueira (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Da varanda, traficante conseguia observar toda a favela (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Vista do alto da favela (Foto: Alexandre Durão/G1)

O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como o chefe do tráfico na Rocinha, foi preso no dia 10 de novembro. Ele está em Bangu 1 e deve ser transferido para um presídio federal, fora do Rio, em breve.

G1 - Rio de Janeiro

Polícia apreende mais de 100 kg de maconha na Rocinha

Mylène Neno Do G1 RJ

Bope apreende mais de 100 kg de maconha escondidos na Rocinha (Foto: Mylène Neno/G1)Mais de 100 quilos da droga estavam enterrados na Rocinha, segundo a polícia (Foto: Mylène Neno/G1)

Cento e doze quilos de maconha foram encontrados por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), neste domingo (13), na Favela da Rocinha. A droga estava dividida em dezenas de tabletes, que estavam enterrados em uma localidade conhecida como Laborioux, no alto do morro.

Além da maconha, os policiais apreenderam 35 carregadores de diferentes armas, que também estavam enterradas.

Ainda na Rocinha, os policiais apreenderam dez morteiros, sendo que quatro estavam carregados e prontos para ser utilizados. A equipe antibomba foi chamada para analisar o material e constatou que os morteiros que não possuíam alto poder de destruição.

Já na Favela do Vidigal, policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) apreenderam diversas armas por volta das 11h30 deste domingo, no alto do morro, na localidade conhecida como Mata do Arvrão. O material foi apresentado no 23º BPM (Leblon), que serve de quartel-general da operação de ocupação da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu.

Foram apreendidos um fuzil 556 M16; três pistolas; doze carregadores simples; dois carregadores alongados; uma granada; uma luneta; um radiotransmissor; um coldre; uma máquina de caça-níquel; e uma mochila com farta munição.

G1 - Rio de Janeiro

Rocinha: Governador Sérgio Cabral agradece a Dilma por apoio na ocupação

O governador Sérgio Cabral cumprimenta o secretário de Segurança José Mariano Beltrame Foto: Marcos Tristão / O Globo

Talita Melo

Assim que chegou ao QG da Ocupação da Rocinha, no 23º BPM (Leblon), o governador Sérgio Cabral ligou para a presidente Dilma Rousseff.

Num telefonema que durou cerca de meia hora, ele comemorou a operação e agradeceu a ela pelo apoio do Ministério da Defesa ao Rio de Janeiro.

 

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Objetivo conquistado, Bandeira hasteada

Cléber Júnior

O Bope acaba de hastear a Bandeira Nacional e a do Estado do Rio de Janeiro, simbolizando a tomada da Favela da Rocinha. O mesmo será feito às 14h na Favela do Vidigal.

Missão cumprida, Bandeira hasteada no alto da Favela da Rocinha. Foto: Cléber Júnior

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Moradores comemoram ocupação

Talita Melo

Moradores da Favela da Rocinha realizam neste momento uma manifestação a favor dos policiais.

O grupo confeccionou camisas e faixas em agradecimento pela ocupação militar.

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Helicópteros da PM lançam panfletos

Cíntia Cruz

Após a ocupação da Rocinha, helicópteros da Polícia Militar sobrevoam a favela lançando panfletos para os moradores. De acordo com a PM, a ação é comum em todas as comunidades que são pacificadas.

Foto: Cléber Júnior

No panfleto, constam telefones úteis para a população, como o Disque-Denúncia e a Ouvidora da PM.

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Bope descobre casa de traficante com piscina, hidromassagem e academia de ginástica

Bruno Gonzalez

Agentes do Bope acabam de descobrir a casa onde vivia o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, na Favela da Rocinha.

No local, havia uma piscina, uma banheira de hidromassagem, equipamentos de ginástica, uma cozinha americana e um imenso aquário na sala.

O traficante estava no grupo de bandidos presos na quarta-feira à tarde, quando tentavam fugir escoltados por policiais.

A policia descobriu a casa de luxo onde o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, morava na Rocinha

O lugar tinha um imenso aquário

O traficante tinha uma academia em casa

Havia também uma banheira de hidromassagem

A casa tem três andares

Peixe estava no grupo de bandidos presos na quarta-feira à tarde

Os traficantes tentava fugir da polícia

A policia descobriu a casa de luxo onde o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, morava na RocinhaFoto: Bruno Gonzalez / Extra

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Bope apreende fuzis de traficantes

Cléber Júnior

Enquanto buscam traficantes, os agentes do Bope vão apreendendo fuzis, metralhadoras e escopetas deixados por traficantes na Favela da Rocinha. Até o momento, apenas um ladrão foi preso pelas forças de ocupação.

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam armas durante ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam armas durante ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da RocinhaFoto: Extra / Fabiano Rocha

Casos de Polícia - Extra Online

sábado, 12 de novembro de 2011

PM que ajudou a prender traficante Nem doa sangue no Rio

Tenente recusou oferta de R$ 1 mihão para liberar traficante.

Oficial e mais 45 PMs foram ao Hemorio fazer doação nesta manhã.

Do RJTV

O tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, que atuou na prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, chefe do tráfico da favela da Rocinha, recusando uma oferta de propina de R$ 1 milhão, fez um gesto de solidariedade na manhã deste sábado (12). Ele foi ao Hemorio, no Centro do Rio, onde os estoques estão muito baixos, para doar sangue.

O oficial do Batalhão de Choque (BPChoque) estava de folga e aproveitou para ir ao Hemorio com uma turma de mais 45 colegas de farda. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca.

Além do tenente, outros voluntários foram doar sangue neste sábado. A doação ajudou a salvar a vida de um rapaz que está internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

A cirurgia foi desmarcada quatro vezes por falta de bolsa de sangue. Mas na sexta-feira (11), depois de doações, ele foi operado e passa bem.

Na sexta-feira (11), o tenente e outros policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) foram homenageados em uma solenidade com a presença do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

G1 - Rio de Janeiro

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PM que recusou R$ 1 milhão de Nem diz que não fez nada de 'anormal'

Ele tem salário de R$ 3 mil por mês.

Traficante foi encontrado em porta-malas de carro na quinta-feira (10).

Rosanne D'Agostino Do G1 RJ

Policial contou que filhos gostaram de o ver na televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Policial contou que filhos gostaram de o ver na
televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Pouco mais de R$ 3 mil é o salário do 1º tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, 35 anos, policial militar do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro que recusou suborno de R$ 1 milhão ao prender o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha. “Não tive nenhuma atitude anormal”, afirmou nesta sexta-feira (11) o PM.

Segundo o tenente, o salário não é o que deve mover um policial. “Caráter, valores formam um policial honesto”, disse.

O traficante Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10), enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro, em consequência da ação de homens do Batalhão de Choque, que faziam revistas nos acessos à comunidade da Rocinha. Antes da prisão, os homens que o ajudavam chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno em troca da liberdade de Nem, segundo a polícia.

“Só fiz o meu trabalho, aquilo que sou treinado para fazer, o que acreditava, os valores que meu pai e minha mãe me colocavam desde criança. Acredito que sejam os valores que a maioria da sociedade tem, então não fiz nada demais, não tive nenhuma atitude anormal”, disse o 1º tenente em entrevista no batalhão.

Segundo Gomes, seus três filhos acompanharam tudo pela televisão e tentavam protegê-lo. “Meus filhos fizeram muita brincadeira por conta de ver o pai dentro da televisão, dando tchau, tentando interação, que todo mundo sabe que é impossível, mas no mundo imaginário de uma criança, tudo é possível”, contou.

PM não se considera herói

O PM também diz que não se considera um herói. “Quando aparece um exemplo positivo, o policial fica grato de ter essa oportunidade de mostrar para a sociedade de que a minoria não vence”, disse.

Ao longo de 10 anos e seis meses de corporação, e há dois anos e seis meses no Batalhão de Choque, o PM disse ainda que não pretende ser lembrado apenas por este fato. “Espero que até lá eu não precise lembrar de um gesto de dez anos passados. Espero ter gestos tamanhos para mostrar para eles”, afirmou ele, que apenas que espera que isso sirva de lição no futuro. “Lição de honestidade, honra, de integridade moral.”

Traficante aparece careca e de uniforme em foto tirada em Bangu 1

Na noite de quinta-feira, a Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou a foto de Nem já na penitenciária de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste. Segundo a Seap, ele teve o cabelo raspado e terá que usar uniforme.

Em nota, a Seap informou que o traficante não tem direito a receber visitas e nem a tomar banho de sol, por enquanto. A Seap informou, ainda, que o criminoso está preso em uma cela individual.

G1 - Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prisão de Nem da Rocinha é comemorada por policiais - Casos de Polícia

Extra Online

Policiais do Batalhão de Choque ainda comemoram a prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Eles conversavam animados enquanto esperavam pela transferência do preso na superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá.

Os policiais comemoram a prisão de Nem Foto: Márcia Foletto / O Globo

A prisão de Nem foi resultado de dez dias de trabalho, nos quais a Favela da Rocinha era monitorada 24 horas por dia. O traficante foi encontrado dentro da mala de um carro, em uma tentativa de fuga, e ainda tentou subornar os policias do Batalhão de Choque que o encontraram.

Casos de Polícia - Extra Online

‘Dinheiro não mexe’, diz coronel sobre como PMs perceberam que Nem da Rocinha estava escondido em carro

Extra

Escondido na mala de um carro importado, o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, cometeu um erro fatal no momento em que o veículo era revistado por homens do Batalhão de Choque (BPChq) da Polícia Militar: se mexeu. Foi aí que os PMs perceberam que havia alguém no compartimento.

- Dinheiro não se mexe - disse o chefe do Estado Maior da corporação, coronel Alberto Pinheiro Neto, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira.

O carro onde Nem estava escondido

O carro onde Nem estava escondido Foto: O Globo / Fernando Quevedo

Depois de capturado, Nem foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, onde prestou depoimento. Ele foi levado, num veículo blindado, para o presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó. O governador Sérgio Cabral, em entrevista à Rádio CBN, disse que o traficante será transferido para um presídio de segurança máxima fora do estado.

Na manhã desta quinta, o patrulhamento seguiu reforçado no entorno da Rocinha.

Casos de Polícia - Extra Online

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Policiais e traficantes presos perto da Rocinha são identificados

Extra

A Secretaria de Segurança divulgou nota a respeito da prisão de policiais e traficantes, na noite desta quarta-feira, na Gávea. O bando estava fugindo da Rocinha e contava com a escolta dos policiais. Todos já foram identificados. Segue a nota da Secretaria:

“A Polícia Federal, com apoio da Secretaria de Estado de Segurança, da Subsecretaria de Inteligência e da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário, desencadeou nesta quarta-feira importante operação que resultou na apreensão de armas e drogas nas imediações da Rocinha e na prisão de 10 pessoas, sendo quatro policiais e um ex-PM.

As prisões são fruto do trabalho de Inteligência da PF, que desde a semana passada conta com equipes que se revezam 24h por dia no acompanhamento da movimentação da quadrilha de traficantes que age no morro da Rocinha.

Polícia Federal prende traficantes que fugiam da Rocinha com escolta de policiais Foto: Domingos Peixoto / O Globo

Ao longo do dia de hoje, uma equipe formada por cerca de quarenta policiais federais, com o apoio da SESEG, foi distribuída em vários pontos da cidade, com o objetivo de investigar a possível fuga de traficantes.

As informações recolhidas ao longo do dia pela área de inteligência sugeriam um possível envolvimento de policiais civis e militares num plano de fuga dos bandidos. Os custodiados estavam distribuídos em quatro carros e foram interceptados quando saíam da Rocinha, próximo a um shopping na Gávea.

Os presos são:

1) Anderson Rosa Mendonça, conhecido como “Coelho”, que era chefe do tráfico no morro de São Carlos;

2) Sandro Luis de Paula Amorim, conhecido como “Peixe”, que era um dos líderes do tráfego no Morro de São Carlos;

3) Paulo Roberto Lima da Luz, conhecido como “Paulinho”;

4) Varquia Garcia dos Santos, conhecido como “Carré”;

5) Sandro Oliveira;

6) Carlos Daniel Ferreira Dias, Policial Civil lotado na Secretaria de Saúde Pública;

7) Carlos Renato Rodrigues Tenório, Policial Civil lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas;

8) Wagner de Souza Neves, Policial Civil lotado na Delegacia de Roubo e Furtos de Cargas;

9) José Faustino Silva, Policial Militar Reformado;

10) Flávio Melo dos Santos, ex-Policial Militar.

Também foram aprendidos granadas, pistolas, fuzis e drogas”.

Casos de Polícia - Extra Online

Polícia Federal prende traficantes fugidos da Rocinha

Policiais civis e militares estão no bando preso

Rio - Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal prenderam, pouco depois das 18h desta quarta-feira, um bonde com traficantes supostamente fugitivos da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio.

Segundo as primeiras informações, o bando preso é de 15 pessoas, entre traficantes, policiais civis e militares. Os policiais estariam escoltando os bandidos que tentavam deixar a comunidade.

O bandido Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, está entre os presos. Em um carro foram encontrados os traficantes, enquanto em outro veículo, estavam fuzis e munições.

Durante a fuga, dois homens em uma moto que fazia parte do comboio roubaram outra moto, rendendo o motociclista e fugindo para o Túnel Rebouças, no sentido Zona Sul. Os dois motociclistas fugiram. 

Foto: Reprodução

Traficante era procurado pela Polícia | Foto: Reprodução

A ação da PF teria começado cerca das 9h desta quarta-feira. Os detidos estão sendo encaminhados para a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, no Centro do Rio.

Corregedoria fez varredura na Rocinha

Policiais da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), estiveram, nesta quarta-feira, na Rocinha, em São Conrado, para checar informações de que policiais estariam planejando uma operação para retirar o traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, da favela. A ação que aconteceria na favela foi suspensa após a Corregedoria receber uma denúncia sobre o suposto plano.

Nesta manhã, o clima na Rocinha era de aparente tranquilidade. Uma grande operação da Civil estaria prestes a ser deflagrada na favela nos próximos dias. O objetivo é promover um verdadeiro 'choque de ordem' com várias delegacias especializadas e centenas de agentes, com o intutito de reprimir o comércio de produtos piratas e a exploração clandestina de sinais de TV e Internet. Em seguida, o Bope ocuparia a comunidade para a instalação da UPP.

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Agentes da Core deram apoio à ação da Coinpol na Favela Rocinha | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Reportagem de Gabriela Moreira, Maria Inez Magalhães e Vania Cunha

O DIA ONLINE

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

‘Só paro quando o bandido que atingiu o Gelson for preso’, diz repórter que acompanhava cinegrafista morto

Paolla Serra

Muito emocionado, o repórter Ernani Alves chegou, no início da tarde desta segunda-feira, ao Cemitério Memorial do Carmo, no Caju. Ele acompanhava o cinegrafista Gelson Domingos, na operação na Favela de Antares, em Santa Cruz, bairro da Zona Oeste do Rio. Os dois trabalhavam juntos diariamente há dois meses, na Band.

O repórter Ernani Alvez Foto: Paolla Serra / Extra

- Foi um início de plantão normal, como todos os outros. Estávamos indo cobrir uma operação policial. A única coisa diferente foi que, em vez de fazer a oração que ele fazia sempre quando saía da emissora, ele fez a oração durante o trajeto até a Zona Oeste.

Não vou parar de trabalhar. A emissora me deixou tirar alguns dias de folga, mas não quis. Só paro quando o bandido que atingiu o Gelson for preso. Isso pode acontecer ainda hoje.

Gelson foi morto com um tiro de fuzil no peito neste domingo. A bala atravessou o colete à prova de balas que o cinegrafista usava.

Casos de Polícia - Extra Online

‘Ele cumpriu seu dever aqui na terra muito bem’, diz irmão de cinegrafista morto

Paolla Serra

“Ele cumpriu seu dever aqui na terra muito bem”, disse, emocionado, o vigilante Ricardo Domingos, irmão do cinegrafista da Band Gelson Domingos.

O corpo do jornalista foi enterrado no início da tarde desta segunda-feira no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju. Na saída de Ricardo, parentes o abraçaram e juntos bateram palmas, numa espécie de homenagem a Gelson.

                   

Parentes se abraçam na despedida a Gelson Foto: Pedro Kirilos / O Globo

Muitos jornalistas estiveram no cemitério para prestar as últimas homenagens ao colega morto na Favela de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, durante uma operação da PM, na manhã deste domingo.

Casos de Polícia - Extra Online

PF prende último suspeito do assassinato de agente federal em Niterói

Rio - A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira, o último suspeito de participar da morte do Policial Federal Carlos Henrique Ramos Cerqueira. O crime acontece no último dia 26 na Favela do Jacaré, em Piratininga, Região Oceânica de Niterói. O foragido teve sua prisão temporária decretada e está sendo levado para a Delegacia da PF em Niterói.

Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

A moto Yamaha XT-670, cor azul, placa LMS-8806, usada por Carlos Henrique Cerqueira, de 44 anos | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

O agente foi morto com um tiro no peito na Estrada Frei Orlando, um dos acessos à Favela do Jacaré. Segundo a PF, a arma do agente e um revólver 38, que teria sido usado no crime, foram encontradas na casa da namorada do menor apreedido acusado de participação no crime. A polícia espera resultado do exame de balística.

Dois suspeitos já haviam sido capturados pela polícia. Um menor, de 17 anos, foi apreendido no Morro do Bumba, no Cubango, na última semana. Na última terça-feira, um segundo acusado foi se entregou, mas negou participação no crime.

O DIA ONLINE

domingo, 6 de novembro de 2011

‘Ele filmou quem o matou’, diz colega de cinegrafista morto

Rio - O repórter Ernani Alves, da Bandeirantes, acompanhou o cinegrafista Gelson Domingos da Silva na cobertura da operação policial que aconteceu nesta manhã na Favela de Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.

                   Foto: Alexandre brum / Agência O Dia

                                 Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Segundo Alves, a equipe soube da grande operação da Polícia Militar por volta de 5h. Por volta das 6h30 manhã veio a informação de que o comboio de policiais do Bope e do choque estavam acessando a Avenida Brasil na altura do Caju. “Partimos imediatamente em alta velocidade para a Avenida Brasil e conseguimos encontrar o comboio na entrada para a Zona Oeste. Fomos a primeira equipe a entrar na Favela de Antares com o batalhão de operações especiais e choque.”

Alves afirmou que ele e Domingos avistaram um valão e, do outro lado, bandidos fortemente armados que começaram a exibir os armamentos para a equipe e para os policiais. O cinegrafista Gelson Domingos fez imagens desse grupo. Minutos depois, eles começaram a atirar contra a equipe e os policiais.

“Foi muito rápido. Ele foi atingido pelos disparos e caiu imediatamente. Não deu nem para tirar ele da viela. Homens do Batalhão de Operações Especiais começaram a atirar contra o grupo e fiquei no meio do fogo cruzado, e deitei no chão. Gelson em nenhum momento parou de filmar. Ele filmou quem o matou”, disse o repórter.

“Hoje é o dia mais triste da minha vida porque saí com um amigo para trabalhar e não retorno para a emissora com ele.”
Ernani Alves já prestou depoimento na delegacia de Santa Cruz. As imagens feitas por Domingos foram encaminhadas para a Polícia Civil para serem analisadas e comparadas com os presos na operação. Segundo Alves, quem matou Domingos foi provavelmente uma das pessoas presas.

Cinegrafista morre em cobertura

O cinegrafista Gelson Domingos, da Rede Bandeirantes, morreu após ser baleado durante um tiroteio entre policiais e traficantes. Ele, que estava fazendo a cobertura da ação, chegou a ser levado para a UPA do Cesarão, em Santa Cruz, em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos.

                   Foto: Arquivo pessoal

                                                 Foto: Arquivo pessoal

A Secretaria de Estado de Saúde informou que Gelson chegou à unidade às 7h40  já morto, por perfuração de bala na região do tórax.

Ainda assim foram feitas tentativas de reanimação, sem sucesso. O secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes, foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família. E o corpo já foi transferido ao IML.

Agentes da Divisão de Homicidios pegarão depoimentos dos cinegrafistas que estavam próximos à vítima.

Operação tem mortos e presos

Subiu para oito o número de presos na operação realizada na Favela de Antares, desde o início da manhã deste domingo. Entre os presos, estão o gerente do tráfico local, conhecido como "BBC" e seu braço-direito "China". No confronto com policiais militares, quatro marginais foram mortos.

Até o momento, foram apreendidos: um fuzil AR 15 ; três pistolas, quatro carregadores de fuzil; três carregadores de pistola, cinco rádios transmissores, 1 kg de maconha, 574 trouxinhas de maconha, 522 pedras de crack, 100 papelotes de cocaína, 13 frascos de “cheirinho da loló”, nove motos,  R$ 3.154,00 e um celular.

Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) estão reforçando o patrulhamento na região. As operações da Polícia Militar continuarão por tempo indeterminado. Todos os presos e o material apreendido estão sendo encaminhados para a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na Barra da Tijuca.

Cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Choque, com apoio da Companhia de cães, estão no local para uma operação desde às 6h30. Houve um intenso tiroteio por cerca de uma hora.

Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

De acordo com a PM, o objetivo da ação é checar informações da área de Inteligência do BOPE e do Choque de que líderes do tráfico fortemente armados se reuniam no local.
Policiais fazem uma blitz na Avenida Antares em busca de criminosos.

Emissora lamenta perda

A Band divulgou uma nota oficial, em que o diretor de jornalismo da emissora lamenta a morte do funcionário, que deixa três filhos, dois netos e esposa. Leia o comunicado:

O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

O funcionário estava de colete à prova de balas – modelo permitido pelas Forças Armadas, sempre usados por profissionais da Band em situações como esta. Ele foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante."

Com informações são do IG

O DIA ONLINE

Sobe para oito número de presos em operação em Antares

Cinegrafista da Band morreu durante confronto entre PMs e bandidos

Rio - Subiu para oito o número de presos na operação realizada na Favela de Antares, desde o início da manhã deste domingo. Entre os presos, estão o gerente do tráfico local, conhecido como "BBC" e seu braço-direito "China". No confronto com policiais militares, quatro marginais foram mortos.

Até o momento, foram apreendidos: um fuzil AR 15 ; três pistolas, quatro carregadores de fuzil; três carregadores de pistola, cinco rádios transmissores, 1 kg de maconha, 574 trouxinhas de maconha, 522 pedras de crack, 100 papelotes de cocaína, 13 frascos de “cheirinho da loló”, nove motos,  R$ 3.154,00 e um celular.

Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) estão reforçando o patrulhamento na região. As operações da Polícia Militar continuarão por tempo indeterminado. Todos os presos e o material apreendido estão sendo encaminhados para a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, na Barra da Tijuca.

O DIA ONLINE

PM confirma 4 mortos e 6 presos em ação do Bope em favela do Rio

Cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado na manhã deste domingo.
Ação na Favela de Antares contou com cerca de 100 policiais, segundo PM.

Do G1 RJ

A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou neste domingo (4) que quatro criminosos morreram e outros seis foram presos durante operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Na ação, um cinegrafista da TV Bandeirantes morreu baleado, na localidade conhecida como rua do Valão.

Em nota, a PM afirma que entre os presos estão o gerente do tráfico da comunidade e seu braço-direito. Ainda segundo a PM, cerca de 100 policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque, sob o comando do 1º tenente Leonardo Novo Oliveira Araújo, com apoio do Batalhão de Ações com Cães, participaram da ação, que também apreendeu armas e drogas, mas o montante ainda não foi contabilizado pela polícia. 

De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, "Gelson Domingos da Silva chegou à UPA de Santa Cruz às 7h40 desta manhã de domingo, 6 de novembro, já morto, por perfuração de bala na região do tórax".  Ainda segundo a nota, "ainda assim foram feitas tentativas de reanimação, sem sucesso". O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, foi à unidade de saúde para prestar todo apoio à família da vítima.

De acordo com o Bope, a operação conta com o apoio dos agentes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq).

Cinegrafista é morto durante ação do Bope na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio (Foto: Reprodução TV Globo)

Cinegrafista filmava ação do Bope momentos antes de ser baleado na Favela de Antares, na Zona Oeste do Rio, na manhã deste domingo (Foto: Reprodução TV Globo)

O Grupo Bandeirantes divulgou nota lamentando a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. "O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio", informou a nota.

Leia a nota na íntegra:

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

A Bandeirantes toma todas as precauções para garantir a segurança de seus jornalistas nas coberturas diárias no Estado do Rio, mas infelizmente, Gelson foi vítima da violência que atinge inocentes todos os dias no Brasil.

O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas - no momento em que foi baleado, mas foi atingido por um tiro de fuzil provavelmente disparado por um traficante. A bala atravessou o colete.

Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia.

O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência."

G1 - Rio de Janeiro