segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ministério Público não denuncia ex-chefe de Polícia Civil

POR ADRIANA CRUZ

Rio - Apesar de indiciado pela Polícia Federal por ter vazado informações a um policial civil sobre a operação Guilhotina, deflagrada mês passado, o ex-chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, não foi denunciado pelo Ministério Público por violação de sigilo profissional devido à falta de provas.

O órgão retirou ainda a qualificadora do crime, que aumentaria para mais de dois anos a pena para o delito. Como a pena continua de seis meses a dois anos o caso será julgado pelo 2º Juizado Especial Criminal (Jecrim) da Capital e não mais pelo Ministério Público.

O agente para quem Turnowski ligou é Christiano Gaspar Fernandes. Ele e outros policiais civis e militares foram presos pela Guilhotinha acusados de envolvimento com criminosos. Entre os presos está o ex-subsecretário operacional e ex-braço direito de Turnowski, o delegado Carlos Oliveira.

“Não ficou comprovado que o Allan vazou a operação”, explicou o coordenador da Primeira Central de Inquéritos, promotor Homero das Neves. Ele relata que “as ligações telefônicas, que resultaram no seu indiciamento ocorreram em novembro do ano de 2010... e a deflagração da referida operação ocorreu quase quatro meses após, mais precisamente em 11 de fevereiro”.

O relatório da PF diz que, em razão de divulgação da operação a Christiano, que teria sido obtida por Turnowski na Secretaria de Segurança Pública, Christiano e seu pai, também investigado na operação, fugiram um dia antes do inicio da “Guilhotina”.

Mas, segundo o Ministério Público, “ não se encontra demonstrado o dano causado à administração pública, quando da conversa entre Christiano e Allan Turnowsky no dia 27/11/2010, gravada com autorização judicial”.

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-chefe de polícia disse que não sabia da Guilhotina e que ligou para Christiano a pedido do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para checar informações recebidas por ele de que havia um preso na 22ª DP (Penha) levado para a unidade durante a operação de tomada do Complexo do Alemão em novembro.

O fato foi confirmado por Beltrame em depoimento à PF.  Em depoimento à Polícia Federal o secretário disse ter recebido informações oficiais da Polícia Federal, que estavam sendo praticadas ilegalidades por Policiais Civis no “Complexo do Alemão”.

Tendo imediatamente ligado para o indiciado para que este tomasse as providências cabíveis, que não nominou a pessoa para quem deveria ser realizada a comunicação ou repressão ou mesmo determinado qualquer outro tipo de atitude senão a de repressão a possível ilícito que estaria ocorrendo.

O DIA ONLINE

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PM morre em Realengo

Marcos Nunes

O Policial militar Euclides Vieira da Costa foi assassinado com um tiro no coração, nesta sexta-feira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

O PM passava pela Rua Dufles de Andrade, quando um homem que estava em uma motocicleta e usava terno, gravata e capacete, disparou vários tiros.

Euclides ainda foi levado com vida para o Hospital Albert Schwaizer, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

O caso vai ser investigado pela Delegacia de Homicídios.

Casos de Polícia - Extra Online

Polícia Federal prende tenente da PM e apreende caça-níqueis na Pavuna

Priscilla Souza

A Polícia Federal apreendeu ontem 146 máquinas caça-níqueis na rodoviária da Pavuna e no entorno, na Zona Norte, numa operação conjunta com o setor de Inteligência da Polícia Militar.

Cinco pessoas foram presas, entre elas, o subtenente da PM, Norman Braz Ramos, lotado no 9º BPM (Rocha Miranda). De acordo com o chefe de operações da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, tenente Daniel Neves, o policial teria avisado um comerciante sobre a operação.

 Parte dos caça-níqueis apreendidos na Pavuna, sendo colocados em um caminhão / Foto: Pablo Jacob / Extra

— O subtenente foi preso por ter alertado um comerciante, dizendo para que ele fechasse as portas — afirmou o tenente.

Os outros presos são donos de estabelecimentos comerciais onde foram localizadas máquinas caça-níqueis. Eles serão indiciados pelo crime de contrabando. Os responsáveis que não estavam presentes já foram identificados e serão intimados.

Depósito de máquinas

Os agentes estiveram em 20 locais na Pavuna. Na rodoviária do bairro, foi localizado um depósito com 81 máquinas caça-níqueis.

Durante a ação, a polícia localizou também um depósito de CDs e DVDs piratas, com cerca de 100 mil cópias ilegalmente produzidas. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial.

Essa foi a segunda fase da operação Estrangulamento. Ao todo, 60 policiais federais, 20 policiais militares e quatro agentes da subsecretaria de Inteligência participaram da ação.

Na semana passada, dez pessoas foram presas e 131 máquinas apreendidas em Cascadura, também na Zona Norte, durante a primeira fase da operação. De acordo com o delegado federal, Marcelo Daemon, as investigações em parceria com a PM continuam:

— Eu considero que a operação foi um sucesso. Daremos prosseguimento às investigações e entendemos que o trabalho com a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar rendeu frutos.

Casos de Polícia - Extra Online

Delegada Márcia Becker é indiciada

Extra

A ex-delegada titular da 22ª DP (Penha), Márcia Becker, foi indiciada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal, pelo crime de prevaricação.

O relatório da Polícia Federal afirma que ela manteve contato telefônico com o policial Christiano, no dia da Operação Guilhotina, no momento em que policiais federais tentavam prendê-lo.

No contato gravado pela PF, a delegada ao invés de determinar a apresentação do inspetor, concorda com a ideia do policial de dizer que ele estaria de férias, para permitir sua fuga.

Casos de Polícia - Extra Online

Vítimas mudam versão e acusados são absolvidos

Extra

Após darem um depoimento em plenário diferente dos prestados às autoridades policiais e na fase de instrução da ação penal, o segurança Carlos Eduardo Marinho dos Santos e o ex-PM Marcelo Gouveia Bezerra fizeram com que um grupo de supostos milicianos fosse absolvido.

O 4º Tribunal do Júri da capital absolveu, nesta quinta-feira, Luciano Guinâncio Guimarães, Fábio Pereira de Oliveira, Moisés Pereira Maia Júnior, Júlio César Ferraz de Oliveira, Ivilson Umbelino de Lima e Silvio Pacheco Fontes.

Acusados de integrar a milícia Liga da Justiça, com atuação em Campo Grande, eles foram denunciados pelas tentativas de homicídio qualificado de Carlos Eduardo Marinho dos Santos e de Marcelo Gouveia Bezerra. Porém, os dois afirmaram no julgamento que foram vítimas de um assalto cometido por integrantes de uma facção de traficantes de droga.

O julgamento durou mais de 13 horas e foi presidido pela juíza Elizabeth Machado Louro. A absolvição foi pedida pelo próprio Ministério Público estadual, autor da denúncia, uma vez que os dois sobreviventes do atentado, principais testemunhas de acusação no processo, negaram a participação do grupo no crime.

Segundo denúncia do MP, a picape em que Carlos Eduardo e Marcelo Gouveia estavam foi alvejada por 35 tiros, no dia 28 de maio de 2008, no sinal de trânsito da Rua Aricuri, em Campo Grande. O motivo do crime seria disputa entre milícias e vingança porque Carlos Eduardo, que estava ao volante do veículo, resistiu à ocupação de parte de um terreno dentro do condomínio em que era segurança a fim de que milicianos instalassem um centro social para atividades políticas e eleitorais.

Os alvarás de soltura já foram expedidos em nome de Luciano, Fábio, Moisés (presos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul), Ivilson e Silvio. Júlio Pacheco Fontes é o único que já está solto.

Casos de Polícia - Extra Online

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Policial é preso por porte ilegal de arma em Piabetá

Rio - Agentes do Grupo Operacional de Inteligência da Polícia Militar prenderam, na tarde desta quinta-feira, o policial civil, Guilherme Correa Soares, portando uma arma com numeração raspada e alguns recibos de 'gatonet', na região de Piabetá.

Após pesquisa no banco de dados, verificou-se que o policial já havia sido preso anteriormente e estava afastado disciplinarmente. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma, com o agravante de já ser ex-presidiário.

A prisão ocorreu durante a Operação Martelo de Thor realizada pela corregedoria para coleta de dados e busca de envolvimento de policiais com atividades de milicianos na área.

O caso foi levado para a 66ª DP (Piabetá).

O DIA ONLINE

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Mais duas UPPs na próxima sexta-feira

Paolla Serra

O Governo do Estado entrega, na próxima sexta-feira, dia 25/02, duas das três Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) que estão previstas para comunidades do Catumbi e Santa Teresa.

Cerca de 20 mil moradores dos complexos do São Carlos e de Santa Teresa, dominados há decadas pelo poder do tráfico, agora vivem com mais tranquilidade no local.

O processo de pacificação começou no último dia 6 e será consolidado na sexta-feira, com a inauguração das UPPs, que atenderão os morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, no Catumbi, e Escondidinho e Prazeres, em Santa Teresa.

Os cerca de 350 policiais que atuarão nas duas UPPs participam, até quinta-feira, do estágio de adaptação no Quartel da Central da PM, que inclui visita a comunidades pacificadas e às regiões que irão abrigar as novas sedes das unidades.

– Depois do Carnaval, o Estado entregará a última UPP da região, que vai policiar os morros de São Carlos, Mineira, Zinco e Querosene – explica o coronel Robson Rodrigues, coordenador das UPPs.

Capitães prontos para enfrentar a nova missão

Muito mais do que implantar um modelo de policiamento, os comandantes das UPPs da Coroa/Fallet/Fogueteiro e Escondidinho/Prazeres, os capitães Elton Costa Gomes e Jeferson Odilon, respectivamente, estão ansiosos para as novas funções.

– Depois de me formar na academia, atuei no Grupo Tático de Ações Motociclísitcas e no Batalhão de Choque. Será um desafio comandar a UPP da Coroa/Fallet/ Fogueteiro. É um projeto novo para quem vem de uma realidade de repressão e enfrentamento. Estamos mostrando que o policial é amigo da comunidade – afirmou o capitão Elton, de 28 anos.

O capitão Odilon, de 29 anos, completou:

– Somos oficiais jovens. Eu servi quatro anos no batalhão do Leblon e estou indo para um terceiro momento da minha carreira, onde vou lidar com realidades completamente diversas.

Casos de Polícia - Extra Online

Coronel do Exército é morto em tentativa de assalto no Méier

Extra

O coronel de Artilharia do Exército Alexandre Cardoso Rodrigues, de 48 anos, morreu durante uma tentativa de assalto na Rua Hermengarda, no Méier, na noite desta terça-feira.

Pelo menos três homens teriam rendido o oficial e, ao descobrir que ele era do Exército, o teriam arrancado do carro, um Astra, e atirado.

Os criminosos fugiram no veículo, mas o abandonaram cerca de 500 metros depois porque o dispositivo de segurança cortou o combustível.

O caso será investigado pela Divisão de Homicídios.

Casos de Polícia - Extra Online

Policial de UPP é morto a tiros

Bruno Rohde

Um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro São João, no Engenho Novo, foi morto a tiros, na noite desta terça-feira.

O soldado Diego da Silva Fernandes seguia sozinho em sua moto quando foi abordado por dois criminosos, na Avenida 24 de Maio, nas proximidades da Rua Lins de Vasconcelos.

Os bandidos estavam numa outra moto. O PM reagiu ao assalto e acabou levando seis tiros: quatro no tórax, um num dos braços e outro numa das pernas.

Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos.

Policiais do 3º BPM (Méier) tentam localizar os dois criminosos, que conseguiram fugir e teriam ficado feridos no confronto com o soldado.

Casos de Polícia - Extra Online

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MP-RJ denuncia 17 por tráfico de drogas, além de três PMs por extorsão

PMs teriam sequestrado três suspeitos para conseguir dinheiro.
Traficantes estariam envolvidos em tentativa de invasão da Serrinha.

Do G1 RJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou à Justiça, nesta terça-feira (22), 17 traficantes de drogas que atuavam nas favelas de Antares e do Rola, ambas em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O MP também denunciou três policiais militares que sequestraram suspeitos dessa mesma quadrilha, durante 10h, e cobraram propina de R$ 20 mil para libertá-los. Essa segunda denúncia foi feita no início de fevereiro.

A assessoria de imprensa da Polícia MIlitar informou que os policiais denunciados estão presos na Unidade Prisional da PM. Ainda de acordo com a corporação, se comprovado a denúncia, eles podem ser expulsos da PM.

Segundo o MP, as ações resultaram de um trabalho conjunto realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 1ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar.

Os 17 traficantes, de acordo com informações do MP, estão envolvidos na tentativa de invasão da comunidade da Serrinha, em Madureira, em outubro de 2010.

A Justiça decretou as prisões preventivas dos três PMs, que já foram realizadas.

PMs denunciados

De acordo com a denúncia – recebida pela Auditoria da Justiça Militar –, no dia 21 de julho de 2010, por volta de 11h, os três policiais apreenderam drogas com três traficantes, sendo que um deles era menor de idade. Por meio de quatro conversas telefônicas gravadas nesse dia com autorização judicial, foi descoberto que os suspeitos foram mantidos em poder dos PMs durante toda a tarde, enquanto o pagamento era negociado, para a liberação apenas dos dois traficantes maiores de idade.

Um deles foi solto no início da noite em troca de R$ 10 mil. Como o valor total (R$ 20 mil) não foi pago, o outro suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia, junto com o adolescente. Os três policiais foram denunciados por sequestro (em relação ao menor de idade) e por extorsão mediante sequestro (duas vezes, referentes aos maiores de idade), com as agravantes de os crimes terem sido cometidos por abuso de poder e durante o serviço.

Invasão da Serrinha

Já a denúncia do Gaeco contra os 17 traficantes foi oferecida à 2ª Vara Criminal Regional de Santa Cruz. Se for recebida pela Justiça, os réus responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, com o agravante de terem sido cometidos com o uso de armas de fogo.

Com base em interceptações telefônicas judicialmente autorizadas, realizadas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), e também dados de Inteligência, a ação descreveu a divisão de tarefas para o domínio das comunidades de Antares e do Rola, em ligação com suspeitos de favelas do Complexo de Manguinhos e do Alemão.

Um dos denunciados é apontado como o gerente-geral das bocas de fumo nas duas favelas e na comunidade do Juramento. Segundo o MP, ele foi responsável pela compra de grande quantidade de armas e pela ordem de invasão da comunidade da Serrinha, em outubro de 2010, em represália ao ataque da facção rival à favela do Rola.

Para que policiais militares não interviessem no conflito pelo domínio do Rola, um subgerente-geral determinou o pagamento de propinas aos PMs.

Denunciados

O MP informou ainda que o ex-gerente-geral da favela de Antares, que comandou uma fracassada tentativa de tomada da milícia da favela das Pedrinhas, em Santa Cruz, também foi denunciado, assim como o gerente-geral da favela do Mandela, em Manguinhos, e que o gerente-geral da favela do Rola.

Além deles, e dos dois criminosos maiores de idade sequestrados pelos PMs em julho, foram denunciados outros dez criminosos com funções diversas dentro da quadrilha.

G1 - Rio de Janeiro

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bope quer trocar uniforme preto por ser 'alvo fácil' e para evitar calor

Proposta é usar farda esverdeada, inspirada em americanos no Iraque.
A cor preta, no entanto, poderá ser usada em operações noturnas.

Alícia Uchôa Do G1 RJ

Soldado americano passa por pastor afegão durante patrulha na província de Kandahar nesta quarta-feira (21). (Foto: AP)

Bope propõe uso de uniforme semelhante aos dos
soldados americanos no Afeganistão (Foto: AP)

Com termômetros marcando até 40º C neste verão, os homens de preto do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio podem ganhar uniformes mais leves e de cores mais claras. O projeto, ao qual o G1 teve acesso, é do subcomandante da unidade, tenente-coronel Fábio Souza.

Uma pesquisa realizada com policiais do Bope mostrou que 65,79% dos agentes acham o uniforme atual inadequado para ações em favelas cariocas. Destes, 48% reclamaram do calor da roupa de trabalho e 28% ressaltaram que a farda preta torna os agentes "alvos fáceis".

Preto é identificado 2 vezes mais rápido

Pensando nisso, foram feitos testes na Favela Tavares Bastos, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, onde fica a sede do batalhão. Neles, foi possível comprovar a reclamação dos agentes. Em comparação com o uniforme camuflado proposto, os policiais de vestimentas pretas foram identificados duas vezes mais rápido do que os de roupas claras.

A ideia é usar o padrão digitalizado, inspirado no modelo norte-americano, que é mais leve, feito de algodão e poliamida, semelhante aos usados no Iraque e no Afeganistão. O tecido, segundo a polícia, é ainda resistente a chamas e seca mais rápido.

Policiais durante operação do Bope na Vila Cruzeiro nesta sexta-feira (26) (Foto: Felipe Dana/AP)

Policiais durante a megaoperação na Vila Cruzeiro
em novembro (Foto: Felipe Dana/AP)

Calor vira sacrifício para policiais

O uso do uniforme preto, diz o documento, “se torna um sacrifício extra com possíveis casos reais de desidratação e intermação" e, "em indivíduos com condições de estresse máximo por calor, o mecanismo de transpiração torna-se ineficiente”.

O relatório do tenente-coronel lembra ainda que, o estado do Rio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), fica exposto ao sol, em média, 173 horas por mês. “A cor preta absorve a luz solar, não a refletindo completamente e, com isso, retém calor”, diz o documento.

Preto continua para ação noturna

O projeto, ainda sem data certa para entrar em vigor, propõe a mudança apenas para operações policiais em morros e favelas durante o dia.

A pesquisa apresentada no relatório afirma, no entanto, que 96,05% dos policiais acham que o uniforme preto é eficiente para operações de resgate e retomada de reféns. Por isso e pelos testes, a unidade propõe que o uso do preto seja mantido em ações noturnas e de resgate.

Policial do Bope durante operação na Vila Cruzeiro nesta quinta-feira (25) (Foto: Felipe Dana/AP)

Policial do Bope em frente a blindado da Marinha,
durante operação na Vila Cruzeiro
(Foto: Felipe Dana/AP)

Policiais em ação carregam 25 kg

Segundo a polícia, o uniforme atual usado pelas equipes que atuam nas ocupações em favelas pesa cerca de 25 kg. A farda inclui colete tático preto (com local para colocar carregador de armas, rádio e kit de primeiros socorros), colete balístico, joelheiras, cotoveleiras, cantil, coturno, capacete, cinto de guarnição e coldre, todos pretos, além de uma pistola como segunda arma, e um fuzil como armamento principal.

Desde a criação do Bope, os agentes da unidade usavam farda azul marinho, sem coletes balísticos nem capacetes, apenas com um suspensório, cinto de guarnição, um boné e par de coturnos. A cor preta foi implantada em 1992, inspirada na tropa inglesa conhecida como SAS (Special Air Service), mas, na época, não foi realizado nenhum tipo de validação científica.

A cor preta era vista como arma psicológica e tinha por objetivo principal intimidar o inimigo.

G1 - Rio de Janeiro

Cabo da Marinha é presa acusada de roubo em São João de Meriti

Mulher é bicampeã mundial militar de futebol feminino

POR MARCELLO VICTOR

Rio - A cabo da Marinha e bicampeã mundial militar de futebol feminino pela seleção braisleira, Rayanne Simões Lopes Monteiro, de 20 anos, foi presa em flagrante acusada de participar do roubo a um casal de adolescentes, na noite deste domingo, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Segundo a polícia, ela é lotada no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), na Penha, dirigia o veículo usado para abordar as vítimas, exigiu dinheiro e xingou os jovens.

Rayanne Monteiro, de 20 anos, foi presa em flagrante | Foto de Paulo Araújo / Agência O Dia

De acordo com o Serviço Reservado (P-2) do 21º BPM (São João de Meriti), Rayanne e Carlos Eduardo dos Santos Silva, de 25 anos, estavam no Fox preto placa LCA-0937, dirigido pela militar. Eles abordaram um rapaz de 16 anos e uma adolescente de 13 anos, na Rua Elizário de Souza, no bairro Vila Norma, em São João de Meriti, por volta das 21h. Simulando estar armado, Carlos anunciou o assalto, levando pertences das vítimas.

Após o crime, os jovens comunicaram o assalto a uma patrulha do 21º BPM que passava pelo local. Os PMs avistaram o veículo em fuga e iniciaram a perseguição. Na Via Light, na altura de Nilópolis, na saída para o município de Mesquita, Rayanne perdeu o controle do carro e bateu na mureta de proteção. Ambos foram presos. No interior do carro, os policiais encontraram quatro telefones celulares, um relógio e dois vidros de perfume.

Na 54ª DP (Belford Roxo), central de flagrantes da região, as vítimas reconheceram um telefone celular e um relógio que foram roubados. Elas contaram ainda que a cabo exigiu dinheiro e as xingou. Segundo o delegado adjunto, André Almada, Rayanne disse ser militar há três anos. Ela e Carlos Eduardo foram autuados por roubo. A pena pode variar entre quatro e 10 anos de prisão.

Cabo disputaria V Jogos Mundiais Militares no Rio

Bicampeã mundial militar de futebol feminino pela seleção brasileira, a cabo Rayanne Simões Lopes Monteiro participaria dos V Jogos Mundiais Militares, que serão realizados em julho, no Rio de Janeiro. Lateral-direito da equipe, ela participou das conquistas da seleção canarinho em 2009 e 2010, nos torneios disputados em Keesler, no Mississipi, EUA, e em Cherbourg, na França, respectivamente.

"Agora não sei como vai ser ", respondeu a militar na delegacia, confirmando que tinha sido convocada para integrar a seleção brasileira feminina de futebol na competição.

Rayanne também á atleta de futebol de salão no Rio de Janeiro. Boletins da Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ) informam as transferências delas por vários clubes.

A cabo também foi convocada para a seleção carioca feminina Sub-20, em setembro do ano passado.

O DIA ONLINE

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Bope fará evento de vale-tudo dois dias antes do UFC Brasil

José Maurício Costa

André Pederneiras, presidente do Shooto, explica que evento no Bope contará com pelo menos dois militares entre os lutadores / Foto: Divulgação / Marcelo Alonso

José Maurício Costa

O quartel general do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Rio) será palco do “Fight for the Bope”. Trata-se de um evento de artes marciais mistas (MMA) com a participação de policiais da tropa especial entre os lutadores.

O evento está programado para o próximo dia 25 de agosto, dois dias antes da edição nacional do Ultimate Fighting Championship (UFC), que também acontece no Rio de Janeiro no segundo semestre de 2011.

O evento no Bope nasce inspirado no similar americano “Fight for the troops” criado em 2008 pelo UFC americano. A idéia é montar um ringue no quartel e promover lutas nas regras do MMA para um pequeno grupo de convidados, que doam mantimentos para alguma comunidade carente.

A versão nacional deve reunir cerca de 300 convidados na platéia, que assistirão a oito combates. Pelo menos dois militares do Bope serão selecionados para integrarem a relação de lutadores.

- Há vários integrantes do Bope que são lutadores e a idéia nasceu em conversa com o comandante René. Vamos aproveitar que teríamos uma edição do Shooto Brasil em agosto (edição nacional de um evento de MMA japonês) e a promoveremos dentro do quartel general do Bope.

Será dois dias antes do UFC Brasil e em um momento em que a cidade vai estar respirando lutas - explica André Pederneiras, presidente do Shooto na América

Extra Online

MP denuncia quatro quadrilhas formada por policiais civis e PMs

Atividades ilícitas de milicianos que atuavam na Favela Roquete Pinto eram facilitadas pelo delegado Carlos Oliveira

Rio - Uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Guilhotina, o Ministério Público do Estado Rio de Janeiro, por intermédio da 23ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos Policiais, denunciou, nesta sexta-feira, ao Juízo da 32ª Vara Criminal da Comarca do Rio, Policiais Civis e Militares, além de informantes, que se apropriaram de bens e pertences apreendidos em diligências e operações.

Atuando em delegacias ou em posições estratégicas da Segurança Pública, esses policiais formavam quatro grupos criminosos que atuavam independentemente, utilizando-se das facilidades proporcionadas pelos cargos que exerciam.

Foto: Marcelo Hollanda / Agência O Dia

O delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira em foto tirada em 2006 | Foto: Marcelo Hollanda / Agência O Dia

De acordo com o MP, as acusações enquadraram-se nos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e/ou ativa, peculato e violação de sigilo funcional, entre outros, que variam de acordo com a conduta individual de cada acusado.

Assinaram as denúncias os Promotores de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, Alexandre Murilo Graça, Márcio José Nobre de Almeida e Luis Otávio Figueira Lopes.
Carlos Oliveira
Em uma das denúncias, os Promotores de Justiça sustentam que as atividades ilícitas do grupo de milicianos que atuava na Favela Roquete Pinto, em Ramos, na Zona Norte do Rio, eram facilitadas pelo ex-Subchefe Operacional de Polícia Civil Carlos Antonio Luiz de Oliveira.

Segundo o MPRJ, Oliveira “atuava controlando as autoridades policiais das delegacias nas quais os milicianos exerciam suas funções, de modo a permitir as empreitadas delituosas para a aquisição de armas e outros ‘espólios de guerra’”.

Neste caso, foram denunciados quatro policiais civis, seis PMs (um deles da reserva) e três traficantes, além de Oliveira e de mais sete pessoas que controlavam serviços como o transporte alternativo, segurança privada, “gatonet” e distribuição de gás e água na Favela Roquete Pinto.

Em um trecho da denúncia, os Promotores de Justiça comentaram também que, em duas operações comandadas pelo ex-Subchefe Operacional da PC, em 2005 e em 2008, parte do grupo apropriou-se de armas e munições, algumas para serem revendidas e outras para o uso próprio.

“Arrego”

Na segunda denúncia, os Promotores da 1ª Central de Inquéritos acusam sete pessoas – sendo três policiais civis e dois PMs – de atuarem em uma quadrilha que “se aproveitava da confiança que lhe era depositada e do local de trabalho (no caso, a Delegacia de Combate às Drogas)” para se apropriar de bens e valores de criminosos.

De acordo com as apurações, os denunciados faziam apreensões em territórios dominados pelo Comando Vermelho e revendiam o material apreendido para integrantes de grupos da facção ADA, liderados pelos traficantes Nem, da Rocinha, e Roupinol, do Morro de São Carlos.

Também de acordo com a denúncia, quatro policiais teriam negociado um “arrego” com os traficantes, recebendo em troca um pagamento mensal de R$ 50 mil para o repasse de informações sobre operações policiais.

Complexo do Alemão

A terceira denúncia apontou o envolvimento de quatro PMs na apropriação de bens de traficantes durante a ocupação do Complexo do Alemão. A prática foi flagrada em gravações telefônicas entre os acusados, realizadas com autorização da Justiça. 

Os envolvidos responderão, genericamente, pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva, entre outros descritos na denúncia, como a acusação de prática de “arrego”, feita por um sargento ao traficante Roupinol e por um PM na prática de agiotagem por utilizar a conta-corrente de terceiros.

Casas de jogos

A quarta denúncia citou o envolvimento de dez PMs, dois policiais civis e mais uma pessoa na prestação de segurança privada, mediante pagamento, em estabelecimentos nos quais eram praticados crimes e contravenções.

Os acusados atuariam, em grupos específicos, em casas de exploração de jogos de azar e caça-níqueis em, pelo menos, três imóveis, localizados em Botafogo, Bonsucesso e Barra de Guaratiba.

À Justiça, eles responderão por formação de quadrilha e corrupção passiva. Neste caso, o MPRJ aguarda, entretanto, a chegada de mais documentos que visam à apuração exata das condutas, localização de casas de jogos e identificação de possíveis policiais que teriam recebido vantagens indevidas para eventuais complementos à denúncia.

O DIA ONLINE

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

PM muda comando de unidades

Extra

O Boletim da PM desta quarta-feira trouxe movimentações nos comandos de batalhões, de Comandos de Políciamento de Área (CPAs), da Academia de Polícia D. João VI, da Diretoria Geral de Pessoal (DGP) e da Diretoria Financeira (DF).

Veja aqui quem saiu e quem assume no lugar:

Quem sai:

Do cargo de comandante do 6º CPA o coronel Paulo Cezar Vieira

Do cargo de comandante do 7º CPA o coronel Luís Antônio Corso da Costa

Do cargo de diretor da DGP o coronel José Vieira de Carvalho Junior

Do cargo de diretor da DF o coronel Rogério Seabra Martins

Do cargo de comandante da Academia D. João VI o coronel Ricardo Quemento Lobasso

Do Cargo de comandante do 10º BPM (Barra do Piraí) a coronel Kátia Neri Nunes Boaventura

Do Cargo de comandante do 11º BPM (Nova Friburgo) o tenente-coronel James de Barros

Do Cargo de comandante do 29º BPM (Itaperuna) o tenente-coronel Alexandre de Souza

Quem assume:

No cargo de comandante do 6º CPA o coronel Luís Antônio Corso da Costa

No cargo de comandante do 7º CPA o coronel José Vieira de Carvalho Junior

No cargo de diretor da DGP o coronel Rogério Seabra Martins

No cargo de diretor da DF o coronel Ricardo Quemento Lobasso

No cargo de comandante da Academia D. João VI a coronel Kátia Neri Nunes Boaventura

No cargo de comandante do 29º BPM (Itaperuna) o tenente-coronel James de Barros

No cargo de comandante do 11º BPM (Nova Friburgo) o tenente-coronel Marcelo Freiman de Souza Ramos

Casos de Polícia - Extra Online

Chefe da Polícia Civil divulga novos nomes que farão parte da cúpula

Rio - A chefe de polícia, delegada Martha Rocha, anunciou, na tarde desta quarta-feira, quatro integrantes da cúpula da polícia que irão trabalhar diretamente com ela.

Para o Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) foi indicado o delegado Ricardo Dominguez .

Para o Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB)  foi indicada a delegada Tércia Amoêdo.

Já o Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) será dirigido pelo delegado João Batista Byron.

A delegada anunciou Márcio Franco de Mendonça  na direção do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Nesta quarta-feira foram indicados os delegados Sérgio Caldas, para a subchefia administrativa, Fernando Veloso, para subchefia operacional, e Luis Zetterman, para a chefia de gabinete. O corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano Soares, foi mantido no cargo.

Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia

Martha Rocha foi anunciada nova chefe da Polícia Civil por Beltrame nesta semana | Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia

Decisão certa

Mais cedo, Martha Rocha afirmou que está certa da decisão que tomou ao manter Gilson Soares, chefe da Corregedoria Interna da instituição, em seu cargo.

"O doutor Gilson tem uma trajetória na área disciplinar, além de capacidade e competência para exercer a função. Acho que ele tem todas as referências para ser o corregedor da gestão de Martha Rocha.

Com muita tranquilidade, acho que tomei a decisão certa em mantê-lo no cargo", afirmou a delegada em entrevista à Rádio CBN, apesar de Soares ter sido o Corregedor da gestão Allan Turnowski, que deixou a chefia da Polícia Civil na segunda-feira, e está sob investigação da Polícia Federal.

Martha Rocha disse ainda que, apesar da manutenção do delegado Gilson Soares, é certo que ela mexerá em outros cargos. De acordo com ela, ainda nesta quinta-feira devem ser anunciados os nomes dos titulares que assumirão o comando das delegacias da Capital, da Baixada, do Interior e das especializadas.

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Martha Rocha é a nova chefe da Polícia Ciivil | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Exoneração de Beltrame

A nova chefa da Polícia Civil comentou ainda as declarações do presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio de Janeiro (Adepol), Wladimir Reale, que pediu a exoneração do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Em nota, Reale se colocou contra o trabalho realizado durante a Operação Guilhotina, desencadeada pela Polícia Federal em parceria com a Secretaria em parceria com o Ministério Público. Para Martha Rocha, no entanto, a postura de Reale não reflete o desejo da maioria dos delegados.

"Tenho estima pelo doutor Reale, e sou associada da Adepol desde 1990. Agora, quero me permitir dizer que eu acho que não era isso que desejavam os delegados. Tanto que o Sindicato dos Delegados de Polícia fez uma manifestação de apoio (a Beltrame) porque interessa aos policiais que as ações respeitem sim todos os níveis de regulamento, mas interessa que se corte na carne.

Eu preferia ter ouvido de Reale que a classe dos delegados apóia toda e qualquer ação que leve a expurgar dos quadros aqueles que não merecem. Eu lamento que Reale não tenha tido essa visão", disse ela.

O DIA ONLINE

Mulheres ganham espaço e cargos estratégicos no escalão da polícia

Martha Rocha assumiu chefia da Polícia Civil do Rio nesta semana.
G1 colheu exemplos de mulheres em posição de chefia em outros 4 estados.

Thamine Leta, Alex Araújo, Flávia Cristini, Bibiana Dionísio e Tahiane Stochero Do G1 RJ, G1 MG, G1 PR e em São Paulo

Martha Rocha é a primeira chefe de polícia do Rio (Foto: Aluízio Freire/ G1)

Martha Rocha é a primeira chefe de polícia
do Rio (Foto: Aluízio Freire/ G1)

O Rio de Janeiro nomeou nesta semana uma mulher para chefiar a Polícia Civil. Uma mulher vai chefiar também as Unidades de Polícia Pacificadora. E o caso delas não é único nas polícias brasileiras. O G1 colheu exemplos em outros quatro estados.

Martha Rocha assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio no lugar de Allan Turnowski, que deixou o cargo após uma operação que investiga denúncias de corrupção na instituição.

Martha é a primeira mulher a ocupar o cargo no Rio. Segundo a Polícia Civil, além de Martha, mais de 35 mulheres assumem o controle de delegacias do estado. Na Polícia Militar, três mulheres comandam batalhões. Além disso, todas as UPPs serão coordenadas por uma figura feminina.

“Acho que é uma mudança mesmo de paradigma. Acho que talvez há cinco anos você não pensasse em ter uma mulher presidente, talvez há cinco anos você não pensasse em ter uma mulher chefe de polícia. Daqui a pouco vai deixar de causar espanto, vai deixar de ser diferente. Quando esse dia chegar vai ser muito bom. Acho que ao longo de nossa carreira estamos nos preparando e nos qualificando para essa situação”, afirmou Martha.

A delegada entrou na Polícia Civil em 1983 e começou sua carreira policial como única mulher no plantão da 14ª DP (Leblon). Ela foi titular ainda de outras cinco delegacias, inaugurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), em Campo Grande, na Zona Oeste, e também esteve à frente da DEAM, no Centro da cidade. Em 1999, Martha ocupou o cargo de subchefe de polícia e atuou como corregedora de polícia.

Martha tem 51 anos, não é casada e não tem filhos. “Não estou nesse cargo porque sou mulher. Ser a primeira mulher aumenta a minha responsabilidade. A Polícia Civil e os meus policiais me recebem muito bem. Não há a menor perspectiva de ter qualquer tipo de resistência”, disse.

Priscilla assumiu recentemente o comando das UPPs (Foto: Analder Lopes / Ascom Seseg)

Priscilla assumiu recentemente o comando das
UPPs (Foto: Analder Lopes / Ascom Seseg)

UPPs do Rio
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio também serão comandadas por uma mulher. A major Pricilla de Oliveira Azevedo vai assumir a coordenadoria-geral de todas as UPPs do Rio. Priscilla, de 33 anos, está na polícia desde os 20 e afirmou que nunca teve problemas por ser mulher.

“Eu nunca tive um único problema por ser mulher. Nem por parte do policial, do morador ou do criminoso. Tudo é uma questão de postura. Se você tem postura, nunca vai colocar sua competência em dúvida", acredita.

Priscilla é a policial mais antiga do projeto das unidades pacificadoras e é responsável pelo comando da unidade do Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Prisicila ficará responsável por normatizar e padronizar as ações das UPPs em todas as 14 unidades já instaladas e nas próximas a serem inauguradas.

“No início da minha carreira eu fui comandada por uma mulher. Ela foi meu espelho, minha referência. Mas sei que a sociedade ainda está caminhando para a igualdade, e eu me sinto com muita responsabilidade”, disse.

Chefe de Polícia Civil de Sergipe (Foto: Polícia Civil de Sergipe/Divulgação)

Chefe de Polícia Civil de Sergipe Katarina Feitosa
Lima Santana(Foto: Marcelle Cristinne/Agência
Sergipe de Notícias/Divulgação)

Sergipe
O Estado de Sergipe também tem desde terça uma mulher no comando de Polícia Civil. Katarina Feitosa Lima Santana, de 37 anos, é delegada há 10 anos e chefiou toda a segurança da capital, Aracaju.

“Eu vejo com naturalidade uma mulher assumir postos-chave e de comando no Brasil. Não é uma questão de competição com os homens, mas de mostrar a nossa capacidade. Temos condição de mandar e de mostrar bons resultados, sim”, diz Katarina, que é casada e tem um filho de 10 anos de idade.

A delegada diz que nunca sofreu preconceito ou foi desrespeitada por subordinados homens. “Acho que para os homens passa a ser algo natural ser comandado por uma mulher. Eles cresceram sendo educados pela mãe, depois têm de respeitar a namorada, a mulher. Nunca houve resistência ao meu comando por ser mulher, muito pelo contrário”, afirma a delegada.

Por ter sido corregedora da Polícia Civil sergipana, Katarina diz que “conhece bem as mazelas da polícia. “Sei bem os problemas que tenho que atacar e que rumo dar à polícia. Vou trabalhar para diminuir ainda mais os índices criminais e conto com o apoio de todos os meus subordinados”, diz.

Coronel Fátima Ramos Dutra de Sorocaba (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Coronel Fátima Ramos Dutra, de Sorocaba
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

São Paulo

O comando da segurança de 79 cidades na região de Sorocaba, no interior de São Paulo, também está nas mãos de uma mulher. A coronel Fátima Ramos Dutra, de 46 anos, chefia 5 mil homens. “A cada dia as mulheres estão sendo mais reconhecidas por seu potencial de liderança. Deixamos de ser apenas responsáveis por posições de apoio, para galgar postos importantes”, diz a coronel.

Para Fátima, que não é casada e nem tem filhos, “as mulheres têm condições de percepção diferentes das dos homens”. “Temos um olhar diferente sobre os fatos, somos mais emotivas e procuramos entender o outro. Acho que pelas próprias características naturais da mulher, temos uma tendência de ouvir mais e refletir antes de tomar uma decisão”, explica a oficial.

Na PM há 61 coronéis e apenas três mulheres. Fátima é uma delas, mas a única que integra o Alto Comando da corporação - um grupo seleto de 26 pessoas que decide os rumos da segurança pública do estado.

“Sou exigente com homens e mulheres da mesma forma. Temos princípios institucionais e legais que devem ser cumpridos. Não tolero nada errado”, afirma a coronel. Ela ingressou na PM paulista como soldado junto com a irmã, que hoje é sargento e trabalha na capital.

Subchefe do Estado Maior de Minas Gerais, coronel Luciene Magalhães de Albuquerque (Foto: Divulgação/Assessoria de comunicação da PMMG)

Subchefe do Estado Maior de Minas Gerais, coronel
Luciene Magalhães de Albuquerque (Foto: Divulgação
/Assessoria de comunicação da PMMG)

Minas Gerais

A subchefe do Estado Maior de Minas Gerais, coronel Luciene Magalhães de Albuquerque, de 48 anos, se dedica há três décadas à Polícia Militar (PM). Em 1981, quando entrou na corporação, fazia parte de uma minoria. Dois anos mais tarde, foi aprovada no concurso para oficial, juntamente com outras quatro mulheres. “Nesta época, era novidade para a instituição, que era 100% masculina”, destacou Luciene.

A coronel afirmou ainda que a entrada das militares humanizou a corporação por causa da habilidade de relacionamento. “A humanização é mais necessária do que a força física, que é adquirida com o tempo”, justificou.

De acordo com Luciene, em 1992, ela comandou uma tropa de 275 homens. Em 2004, comandou o 34º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Neste, entre homens e mulheres, Luciene chefiou 800 pessoas. Precursora naquilo que faz, Luciene foi a primeira mulher a conquistar a patente máxima de coronel em Minas Gerais, seguindo carreira na PM.

A Delegacia de Homicídios de Curitiba será chefiada por Maritza Maíra Haisi (Foto: Arquivo pessoal)

A Delegacia de Homicídios de Curitiba será chefiada
por Maritza Maíra Haisi (Foto: Arquivo pessoal)

Paraná

A Delegacia de Homicídios de Curitiba será chefiada, este ano, por Maritza Maíra Haisi. Ela exerce a profissão há 17 anos e já atuou em várias cidades do Paraná. Antes de assumir como delegada titular a Delegacia de Homicídios da capital, ela era delegada chefe da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava, na região central do Paraná.

Na avaliação de Maritza Haisi, uma mulher assumir o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro abre portas para aquelas que têm intuito de construir carreira na instituição. “É importante para a população saber que não importa ser homem ou mulher”, declarou a delegada. Ela disse ainda que é o início de uma nova era porque ainda é difícil para a mulher galgar cargos de chefia.

Sobre a profissão, Maritza Haisi declara que é fascinante a versatilidade do cargo porque, segundo ela, não se resume a teoria aprendida na Academia e nem ao técnico operacional. “Se eu tivesse uma filha, indicaria a profissão para ela”.

G1 - Rio de Janeiro

Ex-chefe da Polícia Civil do Rio diz que não há provas contra ele

Jornal 'O Globo' diz que testemunha acusa Turnowski de receber propinas.
Ele deve comparecer à Polícia Federal nesta quinta-feira (17), para depor.

Do RJTV

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, negou nesta quinta-feira (17) que recebia propinas de criminosos e afirmou que não há provas contra ele. A acusação foi feita por uma testemunha da Polícia Federal, de acordo com o jornal "O Globo" desta quinta. Turnowski deve comparecer nesta tarde à sede da PF, para prestar novo depoimento.

Na quarta-feira (15), um dia depois do anúncio da saída de Turnowski da chefia de Polícia Civil, a PF do Rio confirmou que pretende ouvi-lo novamente. Na sexta-feira passada (11), Turnowski já havia sido chamado para prestar esclarecimentos nas investigações da Operação Guilhotina.

Em um trecho do depoimento publicado no jornal, a testemunha acusa o ex-chefe de receber R$ 500 mil de uma milícia em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Turnowski questiona o fato de as acusações serem baseadas em uma única testemunha, sem que outras provas embasem a denúncia.

'Cadê as provas?'

“Você tem uma testemunha que é ex-traficante, ex- miliciano, que diz que o chefe de Polícia ganhava R$ 500 mil. Não diz o dia, não diz a hora, não diz quando. Você tem toda uma investigação, você tem grampo, você tem quebra de sigilo, e não se apresenta nada, mantém apenas uma testemunha falando isso.

Cadê as provas? Volto a perguntar, cadê as provas? Vou lá prestar depoimento, estou à disposição sempre para prestar esclarecimento como qualquer cidadão.

A única coisa que eu não entendo é que como de um testemunho de um ex-traficante que vira testemunha, um chefe de Polícia, da noite para o dia, passa de um cara respeitado para um vilão, isso que não entendo, sem prova, sem nada. Isso que está acontecendo comigo pode acontecer com qualquer pessoa da sociedade”, afirmou o delegado.

Camelódromo

A testemunha diz ainda que R$ 100 mil eram pagos a Turnowski para que não fosse combatida a venda de produtos falsos no Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. Em janeiro, o Camelódromo foi fechado numa operação da Polícia Civil e da Receita Federal. Mais de 1.500 boxes foram revistados e agora só estão funcionando os que vendiam mercadorias legais.

“Há sete meses eu botei uma delegada lá com o objetivo simplesmente de acabar com o Camelódromo. Ela fez uma operação, não conseguiu na via penal, conseguiu na via empresarial, e ela conseguiu um fato inédito, nunca tinha acontecido em nenhuma gestão e hoje no Camelódromo não tem pirataria. Acho que isso é a maior prova de que não posso estar com desvio de conduta perante o Camelódromo que mandei terminar", afirmou o ex-chefe.

Segundo a PF, Turnowski foi flagrado em um grampo telefônico alertando um inspetor sobre a investigação da Polícia Federal. O policial foi preso durante a Operação Guilhotina, suspeito de integrar uma milícia em Ramos.

O ex-chefe disse que o telefonema foi para confirmar se o inspetor ia conduzir um preso à delegacia. Ele negou que tenha vazado informações. “Eu não tenho como vazar uma operação que eu desconhecia”, afirmou ele.

De acordo com a Secretaria de Segurança, o secretário José Mariano Beltrame teria pedido a Turnowski providências, porque Beltrame tinha sido informado pela PF de que policiais estavam extorquindo traficantes, no Conjunto de Favelas do Alemão.

Operação Guilhotina

A ação prendeu 38 pessoas, incluindo policiais civis e militares, acusados de envolvimento com milícias, traficantes e máfia dos caça-níqueis. Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe de Polícia Civil, na gestão de Turnowski.

O ex-chefe da Polícia Civil negou que tenha lacrado a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), no domingo (13), por retaliação. Ele alega que estava seguindo a orientação do secretário Beltrame, que declarou ser prioridade, dentro da polícia, resultado com lisura.

Sobre as novas escolhas de Beltrame, Turnowski fez elogios ao secretário. “O secretário é uma pessoa que ninguém pode falar, é uma pessoa do bem, que quer mudar o Rio de Janeiro, tive muito orgulho de trabalhar com ele. Ele saber o que fazer, está conduzindo muito bem a Secretaria de Segurança Pública”, afirmou.

Diário Oficial

A exoneração de Allan foi publicada no DIário Oficial de quarta-feira (16), junto com a nomeação da delegada Martha Rocha para seu lugar . Em entrevista coletiva na terça-feira (15), Martha afirmou que o grande desafio pela frente é lutar pelos bons policiais da instituição.

Perfil
Martha é a primeira mulher a ocupar o cargo e deixa a direção geral da Divisão de Polícias de Atendimento à Mulher (DPAM).

A delegada Martha Rocha entrou na Polícia Civil em 1983. Ela começou sua carreira policial como única mulher no plantão da 14ª DP (Leblon). Martha foi delegada titular da 15ª (Gávea), 12ª DP (Copacabana), 18ª (Praça da Bandeira), 20ª DP (Grajaú) e 37ª (Ilha do Governador).

Ela inaugurou a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), em Campo Grande, na Zona Oeste, e também esteve à frente da DEAM, no Centro da cidade. Em 1999, ela ocupou o cargo de subchefe de polícia. Martha Rocha também já atuou como corregedora de polícia, informou a Secretaria de Segurança.

G1 - Rio de Janeiro

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Operação Guilhotina: Polícia Federal investiga se banda podre matou sargento

Fernando Torres

O inquérito da Operação Guilhotina, que prendeu 20 PMs e dez policiais civis, levantou suspeitas sobre a morte do segundo sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho, de 28 anos.

Supostamente, ele teria reagido à prisão e morrido em confronto com policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), em 30 de junho do ano passado, mas a Polícia Federal encontrou indícios de que o segundo sargento foi morto numa espécie de “acerto de contas” por não ter quitado uma dívida gerada em uma compra de armas desviadas por policiais do Rio de Janeiro.

O Sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho foi morto numa ação do Dcod, num motel na Taquara / Foto: Fabio Rossi / O Globo/1.7.2010

Apontado como traficante internacional de armas, Volber foi morto num motel em Jacarepaguá. Na época, o caso foi registrado como auto de resistência, ou seja, morte em confronto, mas seria, de acordo com a PF, um homicídio. Depois de comprar fuzis desviados de operações, Volber não teria pago aos sócios de farda. A cobrança chegou à bala.

O registro de ocorrência número 902-00110/2010, de 1º de julho de 2010, ao qual o EXTRA teve acesso, foi lavrado por dois policiais: o sargento PM Ivan Jorge Evangelista de Araújo, adido na Dcod, e o inspetor Robson Rodrigues Alves da Costa, da mesma unidade operacional.

Evangelista foi preso na Guilhotina e apontado pela PF como integrante do grupo dos PMs Floriano Jorge Evangelista de Araújo, o Xexa, Wellington Pereira Araújo e Carlos Eduardo Nepomuceno Santos, o Edu ou Nepô, indiciados por terem, segundo a PF, furtado pertecentes de traficantes na ocupação do Complexo do Alemão, em novembro de 2010 — entre os quais, sete pares de tênis.

No dia em que Volber foi morto, os policiais teriam levado todo o dinheiro e armas com maior poder de fogo — fuzis e metralhadoras — que estavam com ele.

Na delegacia, foram apresentadas duas pistolas Glock 380, registradas em nome do militar, dois carregadores, dois cartuchos e dois estojos de munição. Os policiais alegaram que “ao chegarem no local, foram alvo de disparos de arma de fogo, sendo o agressor atingido, vindo a falecer no hospital”.

Titular da Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas da Polícia Federal, o delegado Allan Dias afirmou que o caso de Volber, por se tratar de um homicídio, será compartilhado com a Corregedoria Geral Unificada. Um processo administrativo vai ser instaurado e os policiais envolvidos podem ser expulsos.

De acordo com um dossiê elaborado pela 2 Companhia de Inteligência do Exército (CiaIntlg), Volber Roberto Filho era fornecedor de armas (matuto) para traficantes da facção que domina a Favela da Rocinha e milicianos da Região Metropolitana.

Ele fazia a ponte entre policiais e bandidos, estabelecendo o que o relatório chama de "jogo duplo". À Justiça, ele admitiu que começou a se relacionar com criminosos quando conheceu Paulo César Silva dos Santos, o Linho, morto em 2003.

Informes da 2 CiaIntlg também apontam Volber como um dos executores do plano para a instalação dos explosivos no carro do contraventor Rogério de Andrade. No atentado, ocorrido em 8 de abril de 2010, na Barra, morreu o filho do bicheiro.

Lotado no 21º Batalhão Logístico do Exército (BLog), em Deodoro, ainda fazia segurança para a milícia de Realengo e Magalhães Bastos, na Zona Oeste.

Volber tinha ligação com o matuto Valdenício Antunes Barbosa, o Val ou João Grandão, que foi preso em 1 de novembro de 2007 e responde a processo, na 40ª Vara Criminal da Capital, por tráfico de armas e formação de quadrilha.

O dossiê revela que o segundo sargento "desviava armamento do BLog e chegou a ter 30 fuzis em sua casa, em Padre Miguel, onde fazia manutenção e revenda".

Casos de Polícia - Extra Online

Testemunha da Operação Guilhotina diz que policial do Bope vendeu informações e armas para traficantes

Marcos Nunes

Testemunha que provocou a prisão de 38 pessoas, o informante Magno Carmo Pereira também revelou, ao depor na Polícia Federal (PF), que um "caveira" do Batalhão de Operações Especiais (Bope) vendeu informações e espólio de guerra para as quadrilhas dos traficantes Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, e Rogério Rios Mosqueira, o Rogério Roupinol.

                     

Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha / Foto: Reprodução

O PM teria vendido para o tráfico carregadores de fuzil e pelo menos uma pistola. Ele foi identificado nas declarações da testemunha pelo prenome de Alexandre, e seria cabo ou sargento.

Frequentador da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e ligado ao grupo liderado por Leonardo da Sila Torres, o Trovão, um dos presos na Operação Guilhotina, o policial teria levado o informante à entrada da Rocinha em um Fox prateado.

Em seguida, Magno entrou na favela e vendeu de volta a Nem, como o EXTRA adiantou ontem, a mesma maconha que havia sido apreendida pelo Bope. A carga custou R$ 11 mil. No entanto, em seu depoimento, o informante não revelou a data que a negociação foi concretizada. Esta não teria sido a única vez em que o policial procurou o informante.

A testemunha revelou ainda no depoimento que o PM Alexandre lhe passou uma mochila com documentos, apreendida durante um tiroteio com traficantes, na Rocinha, no dia 12 de agosto de 2009.

Segundo o informante, o PM também teria lhe repassado carregadores de fuzil e uma pistola, encontrados na mata após o tiroteio. A arma é a mesma que Roupinol, nesta ocasião também abrigado na Rocinha, havia comprado por cerca de R$ 7 mil dos policiais do grupo de Trovão e que fora originalmente apreendida no Morro da Coroa no dia 24 de julho de 2009. Pela devolução do material, Nem pagou R$ 10 mil.

Procurado pelo EXTRA, o relações-públicas do Bope, capitão Ivan Blaz, disse que a corporação tomará as providências cabíveis em torno do caso, assim que tiver acesso oficial ao depoimento de Magno.

Casos de Polícia - Extra Online

Estuprador é preso em Xerém

Thamyres Dias

Policiais do 61ª DP (Xerém) prenderam, na noite desta terça-feira, Isaías Correa Mesquita, de 28 anos, acusado de roubo e estupro de menores. Monstro, como é conhecido, estava foragido desde 10 de dezembro do ano passado, quando recebeu um indulto de Natal e não retornou para a prisão.

Isaias Correa Mesquita foi preso em Xerém / Foto: Guilherme Pinto / Extra

Condenado a 7 anos de detenção por roubo e tráfico de drogas, ele foi encontrado graças ao depoimento de uma jovem de 16 anos que afirma ter sido violentada por ele na tarde de ontem. Pelo menos mais uma menina de 17 anos foi atacada por Monstro e há indícios de que ele tenha feito outras vítimas, inclusive crianças.

- Na casa dele nós encontramos três mochilas infantis e um caderno rosa com desenhos feitos, provavelmente, por uma adolescente. A suspeita é que ele guarde uma 'lembrança' de cada vítima - afirma o Comissário de Polícia Eduardo Sampaio, responsável pelas investigações no caso.

Segundo a menor, ela estava no ponto de ônibus quando um homem se aproximou, dizendo estar armado, e ordenou que ela o seguisse. Ao chegar em um local isolado, ele teria violentado a jovem e roubado seu celular. Antes de liberá-la, Monstro ainda mandou que ela tirasse a roupa e lavasse em um córrego para tentar esconder manchas de sangue.

Casos de Polícia - Extra Online

Disque-Denúncia rebate Cláudio Ferraz

Extra

O Disque-Denúncia divulgou nota rebatendo as declarações ex-diretor da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Cláudio Ferraz. O delegado havia afirmado a existência de “tentáculos operacionais” do grupo investigado pela Operação Guilhotina, da Polícia Federal, dentro da central de informações telefônicas.

O coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges, informou que “qualquer pesquisa em nossa base de dados só é permitida quando solicitada oficialmente.

Como responsável direto pela segurança e seriedade de nosso serviço, asseguro que não há a menor possibilidade de nossos colaboradores terem repassado informações que não tenham sido previamente autorizadas. Reiteramos: não existe nenhum informante aqui dentro”.

Cláudio Ferraz revelou em depoimento na Corregedoria Interna da Polícia Civil que a quadrilha da qual participava o ex-subchefe de Polícia, Carlos Antônio de Oliveira, teria vazado informações obtidas pelo serviço Disque-Denúncia sobre a Operação Guilhotina.

No depoimento prestado anteontem, Cláudio Ferraz conta que um inspetor identificado como Gerhard, da Draco, teria descoberto que o grupo de Carlos Oliveira costumava checar as denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia.

De acordo com Ferraz, Gerhard “conseguiu descobrir que o vazamento das informações aconteceu no interior da sede do Disque-Denúncia, visto que essa organização criminosa (a de Oliveira) possuía tentáculos operacionais naquela central de informações”.

Casos de Polícia - Extra Online

Delegado Cláudio Ferraz é alvo de denúncias

Marcos Nunes

O delegado Cláudio Ferraz / Foto: Bruno Gonzalez / Extra

A partir do lançamento do livro “Elite da Tropa 2”, em outubro de 2010, que traz algumas histórias em tom de ficção que deram origem, na vida real, ao desencadeamento da Operação Guilhotina, o co-autor da publicação, delegado Cláudio Ferraz passou a ser alvo de denúncias e boatarias.

Titular da Draco, unidade que atuava em conjunto com a Polícia Federal na investigação em torno de quatro grupos de policiais ligados a traficantes da Rocinha e do São Carlos, Ferraz chegou a ser chamado de traidor.

Na ocasião, teriam sido feitas falsas denúncias, uma delas dizendo que existiria uma filmagem onde um inspetor da Draco apareceria recebendo a quantia de R$ 1 milhão.

Nenhuma das falsas acusações foi provada. As informações constam do depoimento prestado por Ferraz na Corregedoria de Polícia. A unidade está investigando o caso.

Casos de Polícia - Extra Online

Cláudio Ferraz: grupo de subchefe preso checava informações no Disque-Denúncia

MARCELO DIAS

Ex-diretor da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o delegado Cláudio Ferraz revelou em depoimento na Corregedoria Interna da Polícia Civil que a quadrilha da qual participava o ex-subchefe de Polícia, Carlos Antônio de Oliveira, teria vazado informações obtidas pelo serviço Disque-Denúncia sobre a Operação Guilhotina, que resultou na prisão do policial

No depoimento prestado anteontem, Cláudio Ferraz conta que um inspetor identificado como Gerhard, da Draco, teria descoberto que o grupo de Carlos Oliveira costumava checar as denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia.

De acordo com Ferraz, Gerhard “conseguiu descobrir que o vazamento das informações aconteceu no interior da sede do Disque-Denúncia, visto que essa organização criminosa (a de Oliveira) possuía tentáculos operacionais naquela central de informações”.

Coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges afirmou que a Polícia Civil tem acesso à sua base de dados e que basta estar cadastrado no sistema para conferi-las.

- Não participamos de operações e não temos nada a ver com isso. Posso ter recebido denúncias. A polícia tem livre acesso à nossa base de dados e existe um cadastro aqui. Basta vir aqui e, cadastrado, efetuar o login para ter acesso às nossas informações. Claro que a Chefia de Polícia tem total acesso a tudo - explicou o coordenador, negando haver vazamento de informações no Disque-Denúncia.

Zeca Borges é enfático:

- Não existe nenhum informante aqui dentro. O grosso das investigações do Cláudio Ferraz saiu daqui.

Casos de Polícia - Extra Online

Operação Guilhotina: Ferraz diz que Turnowski tentou tirá-lo da Draco várias vezes

Marcos Nunes

O ex-Chefe de Polícia Civíl Allan Turnowski / Foto: Hudson Pontes / O Globo

O ex-chefe de Polícia Civil Alan Turnowski tentou exonerar, por diversas vezes, o delegado Cláudio Ferraz da titularidade da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

O objetivo seria fazer com que Ferraz deixasse a frente das investigações em torno dos quatro grupos de policiais acusados de vender informações e espólio de guerra para traficantes da Rocinha e do São Carlos.

As manobras, no entanto, não teriam dado certo e o trabalho de investigação desencadeou na Operação Guilhotina, que desde a sexta-feira passada já prendeu 38 pessoas.

Em uma das vezes, Turnowski teria oferecido ao delegado a titularidade do Departamento geral de Polícia Técnica. As informações constam do depoimento que Ferraz prestou na Corregedoria de Polícia Civil.

O caso já está sendo investigado pela corregedoria, que deverá intimar o ex-chefe de Polícia Civil nos próximos dias. Procurado, o delegado Ferraz preferiu não comentar o assunto.

Casos de Polícia - Extra Online

Chefe da Polícia Civil anuncia nomes que irão compor nova equipe

Rio - A delegada Martha Rocha, nomeada chefe de Polícia Civil, divulgou, na tarde desta quarta-feira, durante uma entrevista coletiva, alguns nomes que irão compor a sua nova equipe. Para a subchefia administrativa, Martha anunciou Sérgio Caldas. Fernando Velloso ficará na subchefia operacional e o corregedor Gilson Soares permanecerá no cargo.

Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Martha Rocha anunciou os primeiros nomes que formarão a nova equipe da Polícia Ciivil | Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia

Martha Rocha informou, ainda, que a delegada Jéssica Almeida ficará no cargo de diretora da Acadepol e o delegado Luis Zettermann será o chefe de gabinete da nova chefe da Polícia Civil. Na coltiva, ela disse que o que pesou na escolha dos novos nomes foi a competência, experiência e seriedade dos policiais. Nesta quinta-feira, a delegada irá anunciar os nomes da alta cupula da Polícia Civil.

Aos jornalistas, a delegada classificou o novo momento como "gestão Martha Rocha" e que irá fortalecer as delegacias distritais e os projetos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Mais cedo, Martha Rocha já havia adiantado que não pretende manter na cúpula da instituição nomes importantes e de confiança do delegado Allan Turnowski, que deixou o cargo na véspera.
"Ainda não tive oportunidade de conversar com os dois sobre isso. Já fui subordinada aos dois e agradeço seu trabalho", afirmou Martha Rocha em entrevista ao programa RJTV.

Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia

Martha Rocha foi anunciada nova chefe da Polícia Civil por Beltrame | Foto: Alexandre Bum / Agência O Dia

Premiada em meio a crise
Há 28 anos na Polícia Civil, Martha Rocha diz se sentir lisonjeada e premiada com a escolha para o cargo e que reconhece a crise que se instalou na instituição.

"O momento não é de falar, é de trabalhar. Já no início desta manhã eu já conversava com colegas que vão me ajudar nesta tarefa para que possamos unir esforços e apresentar resultados.

O que posso dizer é que a polícia e a população recebem uma chefe que adora trabalhar e é comprometida em apresentar um trabalho eficiente", afirmou a delegada.

Sobre Turnowski, a delegada diz reconhecer seu importante legado para a Polícia Civil e que pretende dar continuidade a importantes projetos inciados sob sua gestão. "Temos que acabar com essa cultura de se acabar com os programas iniciados em gestões anteriores quando se muda uma chefia. Temos que preservar o que é bom. Boas iniciativas que tiveram sucesso serão perpetuadas", garantiu.

Martha Rocha falou ainda sobre o fato de ser a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil no Rio e que acredita que isso aumentará a sua responsabilidade no cargo. "Mas sei que os policiais irão me receber muito bem e que não haverá resistências ou rejeições ao fato de eu ser mulher", completou.

O perfil de Martha Rocha

Até ser convidada para a Chefia de Polícia, Martha Rocha comandava a Divisão de Polícias de Atendimento à Mulher (DPAM). Ela entrou para a instituição como escrivã na década de 80 e, em 1990, fez concurso e se tornou delegada.

Em 92, participou da implantação da Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat) e, no ano seguinte, chegou ao comando do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

Em 1999, foi subchefe de Polícia Civil. Em 2000, como titular da 15ª DP (Gávea), Martha foi responsável pelo inquérito que apurou o caso do ônibus 174, que resultou na morte de uma refém e do sequestrador. Na conclusão da investigação, a delegada indiciou o então comandante do Bope, José Penteado, por homicídio culposo.

Martha também ocupuou a Corregedoria da Polícia Civil. Dentro da instituição, a delegada é conhecida como uma ‘caçadora’ de contraventores. A fama começou depois de um episódio em 1994. Na época, seu chefe de gabinete, o delegado Inaldo Santana, foi preso ao tentar intermediar pagamento de propina de bicheiros ao então corregedor.

O DIA ONLINE

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A Delegada Marta Rocha é a nova chefe da Polícia Civil do Rio

A delegada Marta Rocha é a nova chefe da Polícia Civi do Rio de Janeiro. A decisão foi divulgada na noite desta terça-feira. Marta Rocha irá substituir o delegado Allan Trunowski que pediu demissão nesta manhã. O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, esteve reunido com assessores durante esta tarde para decidir quem ocuparia o cargo.

A saída de Allan Turnowski foi definida em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições". Ainda segundo a Secretaria, Beltrame aproveitou o encontro para agradecer publicamente a dedicação e a fidelidade do delegado Turnowski durante sua gestão.

Beltrame disse ainda que "eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade que é o de fazer do Rio um lugar cada vez mais seguro". Entre os cotados para substituir Turnowski estão os delegados Márcio Franco, Fernando Veloso e Rivaldo Barbosa.

Em nota divulgada nesta terça, Trunowski agradeceu a confiança depositada pelo Secretário Beltrame e por Sérgio Cabral. No texto, o delegado disse ainda que teve uma "conversa franca" com Beltrame antes de tomar a decisão. Por fim, Turnowski considera que sucessor poderá levar a Polícia "a outro patamar".

O ex-chefe da Polícia Civil disse, ainda, que tem certeza que esta é a melhor decisão para o momento. Turnowski disse, ainda, que tem certeza que esta é a melhor decisão para o momento.

Entenda a guerra na polícia

Um dia após determinar devassa na Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos e Especiais (Draco-IE), o então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, apresentou nesta segunda-feira documentos que, segundo ele, apontam para indícios de irregularidades cometidas pelo delegado Cláudio Ferraz e policiais de sua equipe.

Durante a inspeção na especializada, agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil localizaram dois registros com a mesma numeração. Também foram recolhidas seis armas que estariam sem autos de apreensão.

Foto: João Laet / Agência O Dia

Alan Turnowski sai da antiga sede da Polinter | Foto: João Laet / Agência O Dia

Turnowski também apresentou carta anônima, que teria sido deixada na portaria de seu prédio no fim de semana, com acusações de corrupção envolvendo a Draco. As denúncias acirraram o clima de guerra na Polícia Civil, iniciada sexta-feira após a Operação Guilhotina.

Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da instituição e braço direito de Turnowski, suspeito de negociar armas apreendidas com traficantes e de ligação com milícias.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O delegado titular da Draco, Claudio Ferraz, acompanhou a varredura | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A devassa na Draco começou nesta segunda-feira às 8h. Denúncias feitas por Turnowski sugerem que agentes da Draco estariam envolvidos em esquema de fraudes e extorsão contra empresários e prefeituras de Rio das Ostras, Magé e São Gonçalo para não levar inquéritos adiante. Um desses procedimentos refere-se a uma investigação de possível fraude em licitação na prefeitura de Rio das Ostras.

“As suspeitas são de que inquéritos estavam sendo arquivados por alguma vantagem indevida, ou seja, propina”, afirmou Turnowski, que vai pedir ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) informações sobre as licitações.

O inquérito aberto em agosto de 2008 para apurar a possível fraude foi arquivado dois dias depois. Os dois documentos que tratam do assunto têm o mesmo número e são originais. Apenas um estava no inquérito, o outro foi entregue a Turnowski.

Turnowski nega ação de represália

O então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, negou que a devassa na Draco seja uma represália contra Ferraz, que admitiu ter colaborado nas investigações da Operação Guilhotina. “Dei contribuições à Polícia Federal, sim.

A Secretaria de Segurança sabia. Tinha o total conhecimento desse fato. Mas não tenho o que falar. Isso é uma questão do chefe de Polícia. Ele deve ter lá os seus motivos para agir dessa forma”, disse Ferraz.

Turnowski rebateu: “Se fosse represália, teria que ser com a Polícia Federal, que foi quem prendeu os policiais. Essa é a apenas a primeira das delegacias que serão vasculhadas. Eu farei a limpeza”.

Em seguida, afirmou que exoneraria Ferraz se ele ainda fosse subordinado à Polícia Civil. Semana passada, a Draco passou para a esfera da Secretaria de Segurança, e o delegado foi escolhido para coordenar a área de Contra-Inteligência.

Corregedor da Polícia Civil, Gilson Emiliano disse que tem 30 dias para concluir as investigações. De manhã, especulou-se que R$ 50 mil haviam sido apreendidos na gaveta de um agente da Draco, o que foi desmentido pelo corregedor. “Se estivesse na minha gaveta, ficaria muito feliz”, ironizou Ferraz.

A Prefeitura de Rio das Ostras negou envolvimento em propina. Já as de Magé e São Gonçalo só vão se pronunciar após notificadas oficialmente. Em novembro, dossiê com denúncias de extorsões praticadas pela Draco chegou a ser entregue pelo próprio Turnowski ao secretário de Segurança.

O DIA ONLINE

Operação prende sub-comandante da PM e mais 12 policiais por extermínio em Goiás

Goiânia - A Polícia Federal (PF) prendeu 13 policiais militares suspeitos de participar de uma organização criminosa acusada de exterminar inocentes em Goiás. A Polícia Militar do estado prendeu ainda mais seis PMs supostamente envolvidos na quadrilha no interior de Goiás.

Dentre os presos na Operação "Sexto Mandamento" está o sub-comandante da PM do estado, o coronel Carlos Cézar Macário. Ele foi exonerado do cargo na manhã desta terça-feira a mando do governador Marconi Perillo.

Os 13 presos são suspeitos de integrar uma quadrilha cuja principal atividade era a prática de homicídios, com a simulação de que as mortes teriam ocorrido em confrontos policiais com as vítimas. No entanto, a PF apurou que as execuções foram praticadas, muitas vezes, contra crianças, adolescentes e mulheres, sem qualquer envolvimento com o crime.

Os suspeitos utilizavam inclusive as viaturas policiais e o horário de serviço para efetuar os crimes e também são acusados de ocultação de cadáver. Além de homicídio, eles serão indiciados por formação de quadrilha, tortura qualificada, tráfico de influência, falsos testemunho, ameaça a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas,e ntre outros.

Apesar de não haver mandados de prisão, figuram entre os investigados pela PF um ex-secrtário de Segurança e outro ex-secretário de Fazenda do estado. A acusação seria de tráfico de influência por terem facilitado a promoção dos militares envolvidos na quadrilha.

A PF e a Secretaria de Segurança Pública de Goiás começaram também as buscas por vítimas de abordagens policiais. As vítimas poderão entrar em contato pelo e-mail denuncia.srgo@dpf.gov.br , disponibilizado exclusivamente para receber as denúncias.

A operação recebeu o nome "Sexto Mandamento" devido à ordem de "Não Matarás", presente na Bíblia. Apesar de para o catolicismo romano, o mandamento ser o quinto, a norma de não matar é a sexta recomendação no judaísmo e no catolicismo ortodoxo.

O DIA ONLINE

Turnowski deixa o cargo de chefe de Polícia Civil do Rio

Na sexta-feira, seu ex-braço direito foi preso na Operação Guilhotina.
Segundo secretaria, não há previsão de quando será divulgado substituto.

Do G1 RJ

           Allan Turnowski mostra documentos apontando irregularidades na Draco (Foto: Aluízio Freire / G1)

Ex-chefe de Polícia Civil do RJ Allan Turnowski
(Foto: Aluízio Freire / G1)

A Secretaria estadual de Segurança divulgou nota oficial nesta terça-feira (15) em que comunica que Allan Turnowski deixou o cargo de chefe de Polícia Civil do Rio.

A Secretaria de Segurança não informou quando o nome do substituto será anunciado. Turnowski também divulgou nota oficial em seguida, em que agradece pela oportunidade de ter comandado a Polícia Civil.

A saída de Turnowski acontece dias após a Operação Guilhotina, na qual foram presos 30 policiais militares ou civis, que ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais, negociando material de apreensão e até dando proteção a criminosos.

Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, ex-braço direito de Allan Turnowski. O então chefe de Polícia Civil chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos na sexta-feira (11) passada.

Draco

A Delegacia de Repressão contra o Crime Organizado (Draco) do Rio amanheceu fechada pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira (15), no Centro da cidade.

Na segunda-feira (14), primeiro dia em que a delegacia passou a ficar subordinada diretamente à Secretaria de Segurança, e não mais à Polícia Civil, Allan Turnowski entregou à Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol), documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades na Draco, e comprometeriam o delegado Cláudio Ferraz e um inspetor.

Ferraz ajudou na Operação Guilhotina, que prendeu o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da Polícia Civil, que respondia na hierarquia apenas a Turnowski.

Veja a íntegra da nota da secretaria

Governo do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Segurança
Coordenadoria de Comunicação Social

Após uma longa conversa na manhã desta terça-feira com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o Chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, deixou o cargo após os dois concluírem que esta seria a decisão mais adequada para preservar o bom funcionamento das instituições.

O secretário aproveita a ocasião para agradecer publicamente a dedicação e a fidelidade do delegado Turnowski durante sua gestão.

Em um ano e dez meses de trabalho no comando da Polícia Civil, Allan implantou projetos que contribuíram para a redução da criminalidade no Estado.

Neste período, a Polícia Civil ganhou uma delegacia exclusiva para investigação de homicídios; aprimorou o atendimento nas delegacias distritais através do Dedic; fez prisões importantes contra a milícia; reduziu em taxas inéditas o roubo de veículos no Estado; além de melhorar a produtividade das delegacias quanto ao número de inquéritos relatados com autoria.

O secretário gostaria de reforçar que eventuais mudanças na equipe não vão prejudicar o compromisso assumido com a sociedade que é o de fazer do Rio um lugar cada vez mais seguro.

Veja a íntegra da carta de Allan Turnowski

NOTA À IMPRENSA

À população do Rio, aos meus colegas de trabalho, aos meus amigos,

venho a público agradecer ao Governador Sérgio Cabral e ao Secretário de Segurança José Mariano Beltrame pela oportunidade de comandar minha instituição por quase dois anos.

Hoje de manhã deixei o cargo de Chefe de Polícia após uma conversa franca e aberta com o Secretário Beltrame. Tenho certeza que esta é a melhor decisão para o momento.

Posso garantir que foi um período de aprendizado, de conquistas, de amadurecimento e também de realizações profissionais. Deixo para meu sucessor uma série de iniciativas estruturantes que podem elevar a Polícia Civil a outro patamar .

Agradeço também o apoio de meus familiares, que sacrificaram horas de convívio e atenção.

Um abraço a todos.

Allan Turnowski

G1 - Rio de Janeiro

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Policiais e traficantes negociavam por SMS

Fernando Torres

 

Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), em operação no Morro da Coroa / Foto: Pablo Jacob / Extra

Os policiais militares adidos, ou seja, “emprestados” pela PM a unidades da Polícia Civil, como a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) e a Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), caíram na teia de monitoramentos telefônicos da PF a partir da troca de mensagens SMS — torpedos de celular — com os traficantes de drogas Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas na Favela da Rocinha, em São Conrado, e Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, que era chefe do tráfico no São Carlos, morro do Estácio, e morreu em confronto.

Segundo o relatório de investigação da PF, os inspetores da Polícia Civil Leonardo da Silva Torres, o Trovão; Flávio de Brito Meister, o Master; e Jorge do Prado Ramos, o Steve; e o cabo PM Aldo Leonardo Premoli Ferrari, o Léo Ferrari, ex-integrantes de unidades operacionais especializadas, vendiam informações sobre a movimentação da polícia e negociavam armas apreendidas em operações.

O elo de negociação do grupo com os traficantes era Magno Pereira do Carmomas. O monitoramento comprovou também a relação direta entre os policiais e os chefões. Em 2 de setembro de 2009, às vésperas de uma operação da Federal para prender Roupinol, o bandido foi avisado, via torpedo, que deveria fugir da favela ou se esconder na comunidade.

Magno foi identificado na Operação Paralelo 22, da Delegacia da Polícia Federal de Macaé. Preso, em 27 de agosto de 2010, passou a ser réu-colaborador na investigação.

De acordo com a PF, Torres Trovão dialogava, via SMS, com Nem e Roupinol, semanalmente, para vazar aos bandidos qualquer movimentação policial que tivesse ligação com o negócio da dupla. Com ou sem operação nas favelas, sua equipe recebia R$ 100 mil por mês dos traficantes.

Extra Online

Delegado da Draco se diz constrangido com ação da Corregedoria de Polícia

Rio - Titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o delegado Claúdio Ferraz diz estar constrangido com a devassa que está sendo realizada na unidade pela Corregedoria da Polícia Civil, na manhã desta segunda-feira.

A delegacia foi fechada no domingo a pedido do chefe de Polícia Civil, Alan Turnowski, que diz ter recebido denúncias de que policiais ali lotados estariam recebendo dinheiro para arquivar inquéritos a respeito de fraudes em licitações de empresários e prefeituras fluminenses.

"Ele (Turnowski) deve ter lá os seus motivos para estar agindo desta forma. Eu não tenho o que falar, mas é claro que é um constrangimento", afirmou Ferraz, ao deixar o prédio da unidade.

Apesar de ter ficado cerca de quatro horas no local junto com o corregedor de polícia, Gilson Emiliano Soares, Ferraz disse que não foi à delegacia por causa do episódio.

Ferraz ironizou ainda a informação de que a equipe da Corregedoria teria encontrado R$ 50 mil em uma gaveta da Draco - "Se fosse na minha gaveta eu ia gostar muito", disse ele -, mas não comentou a respeito das informações de que haveriam dois fuzis e duas escopetas, além de uma pistola, sem registro, na delegacia.

O DIA ONLINE

Chefe de Polícia Civil do RJ diz que encontrou irregularidades na Draco

A Delegacia de Combate ao Crime Organizado passa por uma devassa.
Uma das suspeitas é uma investigação que foi suspensa em 2 dias.

Aluizio Freire Do G1 RJ

                 Allan Turnowski mostra documentos apontando irregularidades na Draco (Foto: Aluízio Freire / G1)

Allan Turnowski mostra documentos apontando
irregularidades na Draco (Foto: Aluízio Freire / G1)

O chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, entregou à Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol), na tarde desta segunda-feira (14), documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades na Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), comprometendo o titular da especializada, delegado Cláudio Ferraz, e um inspetor. A unidade, que passa por uma devassa da corregedoria, continua interditada.

De acordo com Allan, um dos procedimentos suspeitos, aberto para investigar desvio de licitação na Prefeitura de Rios das Ostras, em 2008, foi arquivado dois dias depois com a justificativa de falta de provas. Segundo o chefe de Polícia, o documento foi entregue em sua residência nesta manhã.

As denúncias foram deixadas na portaria da casa de Allan Turnowski com uma carta anônima relatando as várias irregularidades em procedimentos da Draco, entre elas, supostas extorsões contra prefeituras.

A assessoria de imprensa da prefeitura de Rio das Ostras informou, por meio de nota, que a procuradoria do município nega qualquer envolvimento da cidade no suposto esquema de corrupção relacionado à Draco.

Allan Turnowski comunicou também ao corregedor Gilson Emiliano Soares que foram encontradas seis armas na delegacia, entre pistolas, revólveres e escopetas, sem o devido registro de apreensão.

Outra situação que ele considerou suspeita foi o arquivamento de um procedimento de escuta que investigava recebimento de propinas por agentes da delegacia. Em todos os documentos, segundo o chefe da Polícia Civil, constam as assinaturas do delegado Cláudio Ferraz.

Corregedor acha procedimento "estranho"

O corregedor Gilson Emiliano disse que é "estranho" que um documento de investigação seja aberto para apurar irregularidades e, em seguida, arquivado com o mesmo número, quando, em geral, é emitido um outro processo para encerrar a movimentação.

O corregedor designou uma delegada para que continue o trabalho de análise de possíveis irregularidades em inquéritos instaurados pela delegacia.  O delegado Cláudio Ferraz estaria prestes a assumir a Subsecretaria de Contra Informação, órgão ligado à Secretaria de

Segurança Pública e a qual a Draco passa a ser subordinada, conforme resolução publicada no Diário Oficial do dia 9 de fevereiro. 
O chefe de Polícia Civil analisou o comportamento do delegado como se ele não fosse mais o titular da especializada. Ou seja, não estaria mais trabalhando como seu subordinado.

"Se estivesse na Polícia Civil, tendo um RO (Registro de Ocorrência) de instauração de inquérito como também um de arquivamento do mesmo fato, numa mudança repentina, além de denúncias de recebimento de vantagens, com fortes indícios de problemas aqui na Draco, evidentemente que eu o exoneraria", disse.

Delegado da Draco diz que "é constrangedor"

"É constrangedor", resumiu o delegado Claudio Ferraz, sobre o fato de a Draco, que comanda, ter sido lacrada pela chefia de Polícia Civil. Em entrevista ao RJTV, o chefe de polícia, Allan Turnowski já havia afirmado haver documentos originais, com a assinatura de Ferraz, que reforçam denúncias de favorecimento a empresas e prefeituras com suspeitas de fraudes em licitações no estado do Rio.

"Eu não tenho o que falar. Ele [Allan Turnowski] tem seus motivos pra fazer essa questão [lacrar a Draco]. Mas é claro que é um constrangimento", afirmou, ao deixar o prédio da unidade.

Apesar de ter ficado cerca de quatro horas no local, junto com o corregedor de polícia, Gilson Emiliano Soares, Ferraz disse que não foi à delegacia por causa do episódio.

"Não sei de apreensões, documentos... Sei que os acessos da delegacia estão proibidos. Eu estou aqui na delegacia para resolver outro assunto, que não tem total ligação com essa busca", reiterou ele, que negou ter alguma rivalidade com Turnowski.

Turnowski justificou sua decisão de lacrar a Draco na entrevista ao RJTV: “No fim de semana, empresários fizeram uma denúncia de que, na Draco, existiriam problemas com a lei de licitação, envolvendo desvio de conduta de policiais”, afirmou. “Então, para preservar a busca desses documentos, a Draco foi lacrada e, nesta segunda, foram encontrados dois documentos originais, com o mesmo número, e com a assinatura do delegado e do inspetor. Por isso, a denúncia passa a ter um valor muito maior”, acrescentou.

G1 – Rio de Janeiro