MARCELO DIAS
Ex-diretor da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o delegado Cláudio Ferraz revelou em depoimento na Corregedoria Interna da Polícia Civil que a quadrilha da qual participava o ex-subchefe de Polícia, Carlos Antônio de Oliveira, teria vazado informações obtidas pelo serviço Disque-Denúncia sobre a Operação Guilhotina, que resultou na prisão do policial
No depoimento prestado anteontem, Cláudio Ferraz conta que um inspetor identificado como Gerhard, da Draco, teria descoberto que o grupo de Carlos Oliveira costumava checar as denúncias recebidas pelo Disque-Denúncia.
De acordo com Ferraz, Gerhard “conseguiu descobrir que o vazamento das informações aconteceu no interior da sede do Disque-Denúncia, visto que essa organização criminosa (a de Oliveira) possuía tentáculos operacionais naquela central de informações”.
Coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges afirmou que a Polícia Civil tem acesso à sua base de dados e que basta estar cadastrado no sistema para conferi-las.
- Não participamos de operações e não temos nada a ver com isso. Posso ter recebido denúncias. A polícia tem livre acesso à nossa base de dados e existe um cadastro aqui. Basta vir aqui e, cadastrado, efetuar o login para ter acesso às nossas informações. Claro que a Chefia de Polícia tem total acesso a tudo - explicou o coordenador, negando haver vazamento de informações no Disque-Denúncia.
Zeca Borges é enfático:
- Não existe nenhum informante aqui dentro. O grosso das investigações do Cláudio Ferraz saiu daqui.
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