terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Operação prende sub-comandante da PM e mais 12 policiais por extermínio em Goiás

Goiânia - A Polícia Federal (PF) prendeu 13 policiais militares suspeitos de participar de uma organização criminosa acusada de exterminar inocentes em Goiás. A Polícia Militar do estado prendeu ainda mais seis PMs supostamente envolvidos na quadrilha no interior de Goiás.

Dentre os presos na Operação "Sexto Mandamento" está o sub-comandante da PM do estado, o coronel Carlos Cézar Macário. Ele foi exonerado do cargo na manhã desta terça-feira a mando do governador Marconi Perillo.

Os 13 presos são suspeitos de integrar uma quadrilha cuja principal atividade era a prática de homicídios, com a simulação de que as mortes teriam ocorrido em confrontos policiais com as vítimas. No entanto, a PF apurou que as execuções foram praticadas, muitas vezes, contra crianças, adolescentes e mulheres, sem qualquer envolvimento com o crime.

Os suspeitos utilizavam inclusive as viaturas policiais e o horário de serviço para efetuar os crimes e também são acusados de ocultação de cadáver. Além de homicídio, eles serão indiciados por formação de quadrilha, tortura qualificada, tráfico de influência, falsos testemunho, ameaça a autoridades públicas, jornalistas e testemunhas,e ntre outros.

Apesar de não haver mandados de prisão, figuram entre os investigados pela PF um ex-secrtário de Segurança e outro ex-secretário de Fazenda do estado. A acusação seria de tráfico de influência por terem facilitado a promoção dos militares envolvidos na quadrilha.

A PF e a Secretaria de Segurança Pública de Goiás começaram também as buscas por vítimas de abordagens policiais. As vítimas poderão entrar em contato pelo e-mail denuncia.srgo@dpf.gov.br , disponibilizado exclusivamente para receber as denúncias.

A operação recebeu o nome "Sexto Mandamento" devido à ordem de "Não Matarás", presente na Bíblia. Apesar de para o catolicismo romano, o mandamento ser o quinto, a norma de não matar é a sexta recomendação no judaísmo e no catolicismo ortodoxo.

O DIA ONLINE

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