Segundo a polícia, motivo foi suspensão das visitas no local.
Delegado informou que colchões foram queimados; ninguém ficou ferido.
Do G1 RJ
Policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foram chamados nesta terça-feira (8) para conter um tumulto entre detentos da carceragem da Polinter de Araruama, na Região dos Lagos do Rio.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, as visitas desta terça foram suspensas por conta da operação Grades Limpas, deflagrada na segunda-feira (7) pelo Ministério Público e pela 1ª Promotoria de Justiça de Araruama, em parceria com a Corregedoria Geral Unificada (CGU) das Polícias. A decisão, segundo a polícia, desagradou os presos que deram início a um princípio de rebelião.
De acordo com o delegado da 118ª DP, Clóvis Souza Moreira, as visitas já foram retomadas no início da tarde desta terça-feira. "Eles (os detentos) começaram arrancar os colchões, colocar fogo nos colchonetes e a gritar. Chamamos o pessoal da Core que nos ajudou a controlar a situação, que agora é tranquila", explicou o delegado. Ainda segundo ele, ninguém ficou ferido.
O delegado da Core, Marcus Castro Nunes, informou que 15 agentes foram de helicóptero para a Polinter de Araruama. Segundo ele, durante a tarde desta terça, os agentes realizam uma varredura na carceragem.
Operação apreende R$ 20 mil
Durante a ação, na segunda-feira (7), foram apreendidos R$ 20 mil e três policiais foram presos suspeitos de cobrar propina em troca de benefícios para os detentos. Segundo o MP-RJ, os promotores ainda encontraram uma pequena quantidade de maconha. Foram cumpridos, ao todo, 10 mandados de prisão temporária expedidos pela Vara Criminal de Araruama.
Celas especiais
Dentro da carceragem, onde foi cumprido o mandado de busca e apreensão, foram descobertas, segundo o MP-RJ, cinco celas especiais que acomodavam uma média de três presos cada uma, enquanto as outras chegavam a receber mais de 30 detentos.
As investigações apontaram ainda que a quadrilha cobrava R$ 3 mil de entrada e uma quantia semanal de R$ 200 de cada preso em troca da permanência nas celas especiais, onde havia regalias como aparelhos de som e de DVD, ar-condicionado e até um videogame de última geração.
MP diz que contabilizou 20 mil preservativos encaixotados
A operação, segundo o MP, descobriu ainda, dentro da carceragem, uma sala especial para visitas íntimas com cama, frigobar e ar-condicionado. Para usá-la, os envolvidos no esquema cobravam R$ 50 por um período de meia hora ou R$ 100 por uma hora. Ao lado dela, nas salas de administração, o MP-RJ afirma que contabilizou cerca de 20 mil preservativos encaixotados.
Além dos policiais presos, a quadrilha era composta por outros oito detentos que também tiveram prisão decretada, segundo o MP-RJ. Destes, sete foram encontrados no local.
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