sábado, 15 de setembro de 2012

Três policiais militares mortos em 24 horas no Rio

Dois policiais foram baleados na Coroa. Viatura é atacada com coquetel molotov na Rocinha

Por
Alessandra Horto
Angélica Fernandes

Rio - Em 24 horas, três policiais militares foram mortos a tiros na Baixada Fluminense e na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio. Outros dois foram baleados ontem à tarde durante patrulhamento de rotina na UPP da Coroa, no Catumbi, Zona Norte. A polícia operações para tentar prender os bandidos que atiraram nos agentes na Coroa, mas até a noite ninguém tinha sido preso.

Parentes e amigos se despedem do cabo do Bope Paulo Antônio, assassinado a tiro ao reagir a assalto | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Parentes e amigos se despedem do cabo do Bope Paulo Antônio, assassinado a tiro ao reagir a assalto | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

A Polícia Civil já identificou dois suspeitos de terem assassinado o PM Diego Bruno Barbosa Henriques, na Rocinha, quando ele caminhava em uma viela na localidade conhecida como Terreirão, na última quinta-feira. Ronaldo de Azevedo Oliveira da Cunha, 24 anos, e Rafael da Silva de Barros, 18, são procurados pela polícia e possuem mandado de prisão temporária emitido pela Justiça. Ambos já foram presos, cumpriram pena por tráfico de drogas e foram soltos em março.

Ontem, cerca de 40 policiais da Divisão de Homicídios (DH) fizeram operação na Rocinha para localizar os suspeitos, mas eles não foram encontrados. O delegado da DH, Rivaldo Barbosa, declarou ter provas de que os jovens são os autores do crime. Um celular com mensagens sobre a morte do policial teria sido encontrado pelos agentes civis.

A mãe de Rafael, Sirlene Maria da Silva, procurou o filho pela favela acompanhada dos policiais da DH, mas não o encontrou. Ela apelou para que o jovem se entregasse: “Prefiro ver o meu filho preso do que morto. Liga para mim, meu filho. Estou com você”. Segundo Rivaldo Barbosa, quem tiver informações sobre os jovens deve ligar para o Disque Denúncia (2253 1177).

Uma viatura da PM também foi atingida por um coquetel molotov na madrugada de ontem na Rocinha. A Coordenação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) esclareceu que o ataque não está relacionado ao assassinato do PM. A ação seria represália à abordagem feita pelos policiais militares, momentos antes, a participante de festa na favela. Convidados não gostaram da conduta dos militares.

Tiros após homenagem

O sargento do 21º BPM (Meriti) Luiz Alberto Tavares tinha acabado de receber homenagem no batalhão, na noite de sexta-feira, quando foi assassinado por dois homens em uma moto. O corpo dele foi sepultado ontem, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, junto com o do cabo do Bope, Paulo Antônio da Costa, morto ao reagir a assalto em Nova Iguaçu, na quinta-feira.

O comandante do 21º BPM, tenente-coronel Cláudio dos Santos, acredita que o sargento Luiz Alberto foi vítima de execução. “Não foi um assalto porque não levaram nada. O sargento foi atingido por quatro tiros e um deles foi justamente na cabeça

O sargento do Exército Victor Carbutt Porto, 32 anos, foi detido após pegar pistola de Luiz. Segundo o comandante, Victor, chegou ao local antes da polícia e abriu o carro onde o sargento estava morto. “Disse que pegou a arma para ninguém roubar”, contou o comandante.

O Dia Online

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