segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cabo do Bope preso por desvio de munição é expulso da corporação

Anúncio foi feito pelo presidente da CPI das Armas, deputado Marcelo Freixo

POR MARIA INEZ MAGALHÃES

Rio - O cabo do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Mauro Lopes Figueiredo, foi expulso da corporação na última sexta-feira, acusado de desvio de armas da Polícia Militar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo presidente da CPI das Armas da Assembleira Legislativa do Rio (Alerj), deputado estadual Marcelo Freixo (PSol).

"O cabo foi expulso da corporação em tempo recorde", comemorou o parlamentar.

Mauro faz parte do grupo de 12 acusados de integrar o bando desarticulado pela Operação Cartucheira, no dia 26 de julho. Segundo a investigação, o cabo desviava munição do arsenal da PM e passava aos traficantes. Ele foi preso no dia 20 de julho e na, na última sexta, transferido do Batalhão Especial Prisional para uma cadeia em Itaboraí.

A denúncia, recebida pelo Juiz Marcelo Alberto Chaves Villas, detalha a participação de cada um dos integrantes do bando. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Policial Militar "desempenha função crucial na organização criminosa".

Junto com o cunhado, Alceli Coelho da Silva Júnior, ainda foragido, Mauro teria participado ao menos de duas negociações de armamentos com o suposto chefe do bando, Paulo Victor Petronilho Sampaio, o Gago. Nessas transações, armas e munições teriam sido trocadas por drogas em morros do Rio de Janeiro como a Mangueira.

Uma das negociações resultou na entrega de 2.400 munições, crime que culminou na prisão em flagrante de Gago e sua companheira Bruna Cristina de Araújo Monteiro, no dia 16 de julho, em Itaboraí. Na ocasião, o Gol de Mauro foi apreendido.

As prisões foram realizadas por agentes da Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (Delearm) da Polícia Federal, que conduziu as investigações.

De acordo com a denúncia, Gago atuava no Complexo do Alemão e, após a ocupação da área por forças de segurança, se estabeleceu em Itaboraí, passando a controlar a remessa e distribuição de drogas aos comparsas daquele município e de São Gonçalo.

Negociações com traficantes

Segundo as investigações, a quadrilha também negociava armas de grosso calibre, munição e drogas como cocaína e crack com traficantes da Baixada Fluminense, da Mangueira e do Complexo do Alemão. A investigação começou a partir de informações sobre crimes cometidos na região de Itaboraí e já havia levado à prisão em flagrante de quatro pessoas e à prisão temporária do policial do Bope.

A partir dos depoimentos e das provas colhidas, foram requeridas as prisões preventivas dos detidos e dos outros envolvidos. No dia 26 de julho, a Delegacia de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (Delearm) e o Gaeco deflagraram a Operação Cartucheira, para desmantelar o restante do bando.

Oito suspeitos foram presos pela PF e agentes do Ministério Público: Luiz Araújo Paiva, Hallan Kardec de Oliveira Angelo, Demerval Fernandes Junior, Luiz Felipe Neves de Souza, Flávio Vinicius Sabino da Silva, Jhonatan de Oliveira Quirino, Bruno Carvalho Gomes Pinto e Renato Muniz da Costa Freire foram presos nos Municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Nova Iguaçu e no Complexo do Alemão.

Também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de munições e três veículos. As Promotorias Criminais de Itaboraí também participaram da operação.

O DIA ONLINE

Um comentário:

  1. SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR É EXPULSO PQ NÃO ACENDEU UMA LUZ

    http://www.youtube.com/watch?v=y2s_EEJi4fc&feature=mfu_in_order&list=UL

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