segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bombeiros do Rio definem proposta para anistia e aumento

Rio - Após reuniões com deputados favoráveis ao movimento grevista no Rio de Janeiro, os bombeiros definiram uma proposta para garantir a anistia administrativa, no âmbito do Estado, e militar, em nível federal, para os 439 oficiais presos na invasão do quartel do Comando Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho.

Eles também definiram valores para o aumento do piso salarial, concessão de vale-transporte e fim das gratificações.

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Bombeiros e deputados se reúnem na Alerj para discutir reivindicações da classe | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Os militares vão apresentar, nesta terça-feira, em reunião com a base governista da Assembleia Legislativa do Rio, uma proposta para adiantar o aumento do salário, previsto para 2014. Ela sugere o piso do soldado em R$ 1.584,00. Além do adiantamento, os bombeiros querem um reajuste de 33,32%, o que deixaria o salário em R$ 2.111,00. De acordo com o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol),o grupo busca um acordo, sem ter que levar a proposta a plenário.

A alternativa seria uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), em âmbito estadual, que teria que ir a votação. "Como o governador

Sérgio Cabral (PMDB) anunciou que queria punir e fez isso logo após o ato dos bombeiros, nós resolvemos usar um instrumento. Se o governo decidir recuar, nós também recuaremos", afirmou Freixo. Segundo ele, o adiantamento de 5,58%, que seria concedido em dezembro mas foi adiantado, não contempla a proposta.

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. O Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu o local e prendeu 439 bombeiros. Eles respondem pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro).

Os bombeiros prosseguem com os protestos, e acamparam em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) até que os detidos começaram a ser libertados, em 10 de junho. Eles não aceitam a proposta de reajuste de 5,58% oferecida pelo Estado e pedem ainda a anistia geral (criminal e administrativa) dos bombeiros presos.

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