Rio - O último policial procurado pela Operação Alçapão, o Inspetor Jerônimo Pereira Magalhães, o “Magal”, se entregou, na tarde desta quinta-feira, na Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol). Com isso, foi cumprido o último mandado de prisão dos 10 expedidos.
Até esta quinta-feira, haviam sido presos um delegado, cinco policiais civis e um agente do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe). Entre os oficiais capturados, está o ex-delegado da 76ª DP (Niterói) e atualmente na 104ª DP (São José do Vale do Rio Preto), Henrique Faro dos Reis.
Computadores foram apreendidos na operação Alçapão, que cumpriu 29 mandados de busca e apreensão | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
A Operação Alçapão foi deflagrada no dia 1 de junho contra policiais envolvidos em contravenção. O objetivo dos 170 agentes envolvidos era cumprir trotal de dez mandados de prisão, sete deles para policiais civis. Eles também estiveram nas ruas para cumprir 29 mandados de busca e apreensão.
Foram apreendidos documentos em diversos endereços, duas motocicletas de uma empresa de segurança e até uma mala com dinheiro foi encontrada em uma árvore da residência de um dos policiais presos.
As investigações para a Operação Alçapão, que começaram há seis meses, mostram que os procurados recebiam propinas mensais de contraventores - os valores chegavam a receber até R$ 10 mil cada. O grupo foi denunciado por crimes como quadrilha armada, prevaricação e corrupção. A denúncia foi recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo.
"Demos início à investigação após informações do Disque-Denúncia e de informantes nas ruas", disse Gilson Emiliano Soares, corregedor da Polícia Civil. De acordo com a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, o objetivo sempre foi combater a "permissividade dos policiais civis da área de Niterói com o jogo do bicho".
Investigado, ex-presidente da Viradouro não é localizado
Os agentes estiveram na casa do ex-presidente da Viradouro e policial civil, Marcos Lira, em Camboinhas, Niterói. Funcionários do condomínio informaram que Lira não mora mais no local há três meses e teria vendido a casa. Dentro do imóvel, que teria valor de mercado de R$ 1 milhão, os policiais encontraram uma máquina caça-níquel e documentos da Viradouro.
Policiais encontraram máquina de caça-níquel na antiga casa do ex-presidente da Viradouro | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Para evitar o vazamento de informações, fuga de procurados, destruição de documentos e provas, a Polícia Civil só distribuiu os envelopes com o destino dos agentes uma hora antes do começo da operação.
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