domingo, 11 de abril de 2010

Empresa de cigarros Souza Cruz deve patrocinar UPP do Tabajaras

Guilherme Amado

R$ 1,7 milhão

Apertados 30 metros quadrados são a estrutura à disposição dos 120 policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Ladeira dos Tabajaras e do Morro dos Cabritos, em Copacabana.

Sem água, alojamentos e com poucos banheiros, a estrutura precária pode melhorar com uma parceria da Secretaria estadual de Segurança e a empresa Souza Cruz, que deve patrocinar pelo menos parte do projeto de R$ 1,7 milhão para a construção da sede da UPP.

Divulgação
Reprodução de como deverá ser o prédio da UPP do Tabajaras

Inaugurada há três meses, a UPP do Tabajaras deverá ser a terceira a ter seu prédio de funcionamento construído com recursos da iniciativa privada.

A primeira foi a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que patrocinará a construçãoo da sede na Cidade de Deus. A ideia de parceria com o setor privado surgiu em conversas do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, com empresários.

— O setor privado possui uma rapidez maior, porque não depende de licitações. O Estado tem limites legais que fazem a obra demorar — explicou Beltrame.

Caso dê certo, a parceria permitirá a aposentadoria dos dois contêineres em que funcionam hoje a UPP. A estrutura limita o trabalho e põe em risco os policiais, que ficam em um ponto vulnerável.

— Um dos contêineres é a parte administrativa da UPP, o outro é onde funcionam os banheiros. Não existe espaço, por exemplo, para o policial que mora no interior do estado e precisa parar alguns minutos para descansar — reclamou um soldado.

A relação entre a Souza Cruz e a secretaria de Segurança ficou mais próxima diante da repressão que a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas tem feito a quadrilhas que ameaçavam caminhões de entrega da empresa na Zona Norte.

Caso a companhia decida bancar a obra, a estimativa é que o trabalho dure seis meses.

Com dois andares, estacionamento e auditório, o espaço ficará num terreno público, a cem metros de onde hoje funcionam os acanhados e precários contêineres do Tabajaras.

Caso de Polícia: Extra Online

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