No ano de 1856 que o Imperador Dom Pedro II organizou o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte. Para tal reuniu sob uma mesma administração as diversas seções que até então existiam para o serviço de extinção de fogo nos Arsenais de Guerra e de Marinha, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção. A criação do Corpo Provisório de Bombeiros da Corte consta do Decreto Imperial 1775, de 02 de julho de 1856.
Poucos dias depois, a 26 de julho, foi nomeado Diretor-Geral da Corporação o Major do Corpo de Engenheiros João Baptista de Castro Moraes Antas. No mesmo ano da sua criação, o Corpo de Bombeiros recebeu a primeira bomba a vapor, especialmente destinada aos incêndios à beira-mar e que podia ser usada também para a extinção de fogo a bordo de navios.
O Material de combate compunha-se basicamente de quatro bombas manuais, algumas escadas, baldes de lona, mangueiras e cordas. Os bombeiros tinham como principal característica o porte atlético, além da disposição física aliada a uma coragem destacada e um caráter íntegro.
Somente em 15 de julho de 1880, pelo Decreto nº 7666, foram concedidas aos oficiais da Corporação graduações militares, com o uso das respectivas insígnias. Ao Diretor-Geral foi conferida a patente de Tenente-Coronel, ao ajudante a de major, aos comandantes de seções a de capitão e aos instrutores a de tenente.
Até a promulgação do referido decreto, apesar de militarmente organizado e aquartelado, o Corpo de Bombeiros não era considerado como unidade militar. Seus oficiais não podiam usar insígnias nem mesmo no quartel. E quando concorriam em serviço com outras autoridades militares eram tidos como simples soldados. É somente a partir da publicação deste decreto que começa a verdadeira organização militar da Corporação, confirmada posteriormente no regulamento de 1881.
Com a chegada da República, em 1889, a Corporação passou a se chamar Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e adquiriu nova organização, atingindo um desenvolvimento profissional na capital e adquirindo organização e regulamentos.
Da mesma forma, com a transferência da capital federal para Brasília, a Corporação mais uma vez teve seu nome alterado, passando a se chamar Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara, pelo Decreto-Lei Nº 3752 assinado em 14 de abril de 1960 pelo Governador do Estado.
Nesta altura, o CBERJ contava com 3.500 (três mil e quinhentos) homens, distribuídos por 10 (dez) batalhões, 08 (oito) de incêndio e 02 (dois) de serviços auxiliares. O Estado da Guanabara era dividido na época em 06 (seis) zonas de incêndio.
A partir de 15 de março de 1975, a Corporação altera novamente sua denominação, passando a ser Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, em decorrência da fusão da Guanabara com o antigo Estado do Rio. A partir de então a atribuição da Corporação estendia-se por uma área de mais de 40.000 km2 (quarenta mil quilômetros quadrados). Aos poucos o CBERJ foi assumindo os quartéis de bombeiros que pertenciam à então Polícia Militar do antigo Estado do Rio.
O novo Corpo de Bombeiros foi estruturado através do Decreto-Lei Nº 145, de 26 de julho de 1975, recebendo nova organização básica que estabelecia sua destinação, missões e subordinação.
A partir de 1975, com a área de atuação ampliada vertiginosamente, o CBERJ teve de dividir seu efetivo, viaturas e equipamentos com o interior do Estado. Para ajudar na proteção às comunidades, foi criado o COSCIP (CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO), elaborado pelos oficiais da Corporação e implementado pelo Decreto Nº 897, de 21 de setembro de 1976.
Com este código, pode a Corporação ter uma atuação incisiva na área de prevenção estrutural, tornando obrigatório o cumprimento das normas técnicas contidas no instrumento. Determinava o COSCIP que todas as edificações e instalações contassem com sistemas preventivos de incêndios e disposições contra a disseminação do pânico.
Data daí, também, o início da formação e do aperfeiçoamento dos integrantes do CBERJ com os cursos de Guarda-Vidas, Mergulho no Mar, curso de Combate a Incêndio Florestal, Comunicações, estágios de Contenção Farmacológica de Animais com Dardos, Curso Superior de Bombeiro Militar, Curso de Formação de Oficiais, Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos e Especialistas (CHOAE), Curso de Formação de Sargentos (CFS), Curso de Formação de Cabos (CFC) e Soldados (CFSD).
O Corpo de Bombeiros executa os seguintes serviços à comunidade: além do combate à incêndios, Busca e Salvamento, Socorro de Emergência em Via Pública, Socorro Florestal e Meio-Ambiente, Remoção de Cadáveres, Salvamento Marítimo, Transporte Inter-Hospitalar de Pacientes , Prevenção de Sinistro e Apoio nas ações de Defesa Civil.
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