A guerra do Rio
Policiais Militares do Rio estão sendo utilizados, mesmo em períodos de folga, no combate aos narcotraficantes que, há tempos, dominavam Vila Cruzeiro e Morro do Alemão.
Junto aos Policiais Civis, sem esquecer o importante apoio prestado pelas Forças Armadas e pela Polícia Federal, constituíram-se os efetivos da PMERJ na base da ação do Estado – cujo resultado mereceu manifestações de apoio e admiração por parte de toda a sociedade, em especial pelos moradores das comunidades envolvidas.
A divulgação e exibição, com orgulho, dos símbolos e cores da PMERJ e do BOPE – cujos integrantes foram alçados à categoria de “super-heróis” da sociedade carioca, estabelece novo marco na relação da Polícia com a população e torna evidente a mentira, até então politicamente explorada, de que comunidades sujeitas à opressão do tráfico desejavam a paz representada por políticas de segurança associadas à não realização de operações policiais e à não intervenção do Estado.
A alegria dos moradores liberados da ditadura do crime comprova a mentira dos falsos interlocutores e representantes de comunidades - agora desmascarados.
É importante que a sociedade conheça o esforço por detrás do sucesso alcançado e que passou pelo enfrentamento de enormes dificuldades, pela PMERJ, para disponibilizar, à população, o efetivo policial necessário ao empreendimento realizado.
A medida exigiu, não só o remanejamento, para a atividade operacional, de quase todo o efetivo da atividade de apoio, como, também, a suspensão de férias, licenças regulamentares e folgas devidas aos militares. Tal como ocorreu, quando das enchentes e tragédias naturais do último verão, com os Bombeiros Militares.
Assim, nos momentos de crise, o Estado se vê obrigado a sobrepor seus interesses aos direitos desse grupo de servidores – sem qualquer compensação direta ou indireta. Prevalece o juramento de servir e a entrega total ao serviço.
Nesses casos, que usualmente passam despercebidos quando tudo dá certo, vale reforçar a verdade contida nas palavras atribuídas a São Tomaz de Aquino, no sentido de que “é mais difícil e importante trabalhar, dia-a-dia, pelo próximo que, eventualmente, morrer por ele”. E já ficou provado, por incontáveis atos, que Policiais e Bombeiros, além do trabalho incansável, quando exigido, vão até este derradeiro limite.
*Flávio Bolsonaro é deputado estadual (PP-RJ)
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