sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Oficiais da PM são presos por roubar cabos de fibra ótica

Gabriela Ferreira

Quadrilha presa

Um dos oficiais que participava da quadrilha de roubo de cabos de fibra ótica. Foto: Berg Silva

Dois oficiais da Polícia Militar foram presos, na madrugada desta sexta-feira, na Praia de Botafogo, acusados de dar cobertura a funcionários de uma concessionária de telefonia que roubavam cabos de telecomunicação.

Os oficiais capitães Lauro Moura Catarino, do Batalhão de Botafogo, e Marcelo Queiróz dos Anjos, do Batalhão de Choque, ambos de 33 anos, foram detidos em flagrante coordenando e dando cobertura ao crime. Nove funcionários terceirizados de uma empresa de telefonia também foram presos.

A quadrilha atuava há cerca nove meses no Flamengo e em Botafogo. De acordo com o delegado responsável pela ação, Alan Luxardo, os funcionários da empresa desligavam o sistema de fiação durante o dia, e à noite retornavam ao local, onde recolhiam os cabos da rede subterrânea.

Eles usavam ainda uma bomba de sucção para retirar água das galerias, e assim e facilitar o serviço. Para não levantar suspeitas, os técnicos usavam equipamentos e uniformes. Cada carga vendida era avaliada em R$ 10 mil. Por mês, o grupo arrecadava cerca de R$ 300 mil com a venda dos fios furtados.

Grupo usava uniformes de empresa de telefonia para não levantar suspeitas. Foto: Berg Silva

A prisão é resultado de uma investigação policial que durou dois meses. A Polícia Civil ainda investiga o destino do material e tenta descobrir os receptadores. Na operação, foram apreendidos um caminhão, duas kombis e dois carros de passeio, usados pelos funcionários da empresa.

Os presos foram autuados por furto qualificado e formação de quadrilha. Na delegacia, a polícia descobriu que um dos funcionários, identificado como Valter Dias Filho, é ex-soldado da Polícia Militar, expulso da corporação por crime contra o funcionalismo público em 1997.

Casos de Polícia: Extra Online

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bandidos usaram arma capaz de derrubar helicóptero em São Conrado

POR LESLIE LEITÃO

Rio - A ação que espalhou medo pelas ruas de São Conrado, sábado, impressionou não só pela audácia dos criminosos, como também pelo armamento pesado que usaram.

Além da grande quantidade de fuzis e granadas à mostra, bandido numa moto segurava metralhadora antiaérea ponto 30 com bipé, capaz de derrubar até helicóptero.

Ontem à noite, 10 dos 11 presos no Hotel Intercontinental foram levados para a Base Aérea do Galeão, de onde foram transferidos para penitenciária de segurança máxima em Porto Velho, capital de Rondônia. Um menor está num abrigo e um adulto, hospitalizado.

Fotos: Agência O Dia

A partir de análises de vídeos e fotos registradas pelas câmeras de circuito interno do hotel e de edifícios vizinhos, agentes da 15ª DP (Gávea) já identificaram a participação de cada um dos bandidos e o tipo de armamento usado. Na delegacia, os agentes filmaram um a um com as roupas que trajavam no momento em que foram encurralados.

“Fizemos a comparação e fomos confirmando quem era quem”, explicou o chefe de investigações da 15ª DP, Alexandre Estelita. A polícia pede a quem tiver informações sobre o restante do bando para entrar em contato com o Disque-Denúncia (2253-1177).

Além de Thiago Shirmmer Caceres, o Pateta ou Leão, mostrado por O DIA ontem tentando embarcar numa van, a 15ª DP já sabe que grupos diferentes foram flagrados em pelo menos três pontos: atacando o motorista de um carro, trocando tiros na Avenida Aquarela do Brasil e andando por um dos condomínios da mesma rua.

Para a polícia, o chefe do bando, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, continua na Favela da Rocinha. Não foi baleado. O secretário de Segurança José Mariano Beltrame, em entrevista à Revista Época, afirmou que sabe o paradeiro do traficante.

“Sei onde está o Nem e até o que tem dentro da casa dele. Não tenho medo de traficante. Mas não posso arriscar a vida dos moradores. Para eu buscar essa pessoa, a sociedade está dispostas a pagar o custo de algumas vidas?”, afirmou.

Foto: Divulgação

Traficantes da Rocinha saíram da van e atacaram motorista num cruzamento. Passageiros de ônibus observaram | Foto: Divulgação

Bandido sai de Niterói e é preso em hospital do Rio

No rastro da investigação do episódio em São Conrado, a 15ª DP acabou prendendo um acusado de assassinato em Niterói, na madrugada de sábado. Luiz Cláudio Oliveira Costa, 32 anos, estava internado no Hospital Souza Aguiar e foi preso. Ele tem ligações com a quadrilha da Favela da Rocinha e, horas antes ao tiroteio, com outros cinco bandidos, teria atirado no estudante Thaian Alves Monteiro, 19, no Fonseca.

O rapaz teria sido capturado na Alameda São Boaventura e levado para o Morro da Boavista, também no Fonseca. Lá, teria levado seis tiros. O autor dos disparos, no entanto, teria baleado a própria perna. “Naquela noite, ele foi levado para a UPA da Rocinha. E é essa ligação entre os bandos que estamos investigando”, explicou a delegada da 15ª DP, Barbara Lomba Bueno.

Luiz Cláudio, preso no hospital, alegou que só foi a Rocinha a passeio e não conhecia ninguém na comunidade, mas ‘acabou sendo vítima de bala perdida’.

O DIA ONLINE - RIO

PM acusado de liberar atropelador do filho de Cissa se diz esquizofrênico

Por Pedro Dantas, estadao.com.br

RIO - Acusado de liberar o atropelador do filho da atriz Cissa Guimarães em troca de propina, o sargento Marcelo Leal, do 23º Batalhão de Polícia Militar do Leblon, alegou que é esquizofrênico em depoimento nesta quinta-feira, 26, à Justiça Militar. Ele negou ter recebido dinheiro do empresário Roberto Bussamra, pai do universitário Rafael Bussamra, de 25 anos, que na madrugada de 20 de julho dirigia o carro que atropelou e matou Rafael Mascarenhas, de 18 anos.

O jovem andava de skate com amigos no Túnel Acústico, na Gávea (zona sul), que estava interditado para obras. Hoje, o sargento e o cabo Marcelo Bigon prestaram depoimento no processo que pode expulsar a dupla da corporação.

O advogado do sargento, Ekner Maia, alegou que o policial ficou dois anos afastado do serviço na década de 90 por uma crise de esquizofrenia e voltou a trabalhar sem passar por nenhuma avaliação médica. Os policiais são acusados de liberar Rafael Bussamra do local do atropelamento em troca de R$ 10 mil.

Os PMs também apresentaram um Termo de Registro de Ocorrência onde descreviam que o Siena preto do atropelador não tinha irregularidades, apesar do imenso amassado, vidros e para-choque quebrados. Os PMs teriam recebido no dia da tragédia R$ 1 mil e acertaram um encontro no dia seguinte para receber o restante. No entanto, o empresário desistiu ao saber que a vítima era filho da atriz e a morte dele repercutia na mídia.

Na segunda-feira, o Ministério Público do Rio, junto à Auditoria de Justiça Militar, denunciou os PMs por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de função. Caso sejam condenados pelos três crimes, os policiais podem pegar de 3 a 8 anos de prisão.

Na semana passada, o Inquérito Policial Militar (IPM) concluiu que o empresário praticou corrupção ativa e o denunciará ao Ministério Público. A delegada titular da 15ª Delegacia de Polícia da Gávea, Bárbara Lomba, deve concluir nos próximos dias o inquérito sobre a morte do filho da atriz. Rafael Bussamra pode ser indiciado por homicídio culposo ou doloso (com a intenção de matar).

MSN Estadão

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Operação na Vila Ideal prende seis traficantes e deixa dois mortos

Athos Moura

DUQUE DE CAXIAS

Traficantes presos na Vila Ideal em Duque de Caxias / Marco Antonio Cavalcanti

Uma operação da Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae) na Vila Ideal, em Duque de Caxias, na manhã desta quarta-feira, prendeu seis traficantes, sendo dois menores de idade, e deixou dois mortos. Entre os que morreram está Neliton Oliveira da Silva, o Bradock, que recentemente apareceu em uma reportagem da TV Globo segurando uma metralhadora ponto trinta.

Os dez policiais que participaram da operação apreenderam quatro metralhadoras, quatro pistolas 9mm, uma apostila ensinando como usar armamentos de grosso calibre, cadernos com contabilidade do tráfico, munições, celulares, rádios transmissores e grande quantidades de crack, maconha, maconha hidropônica, raxixe, cocaína e cheirinho da loló.

Os presos são Leandro Luiz Pereira, de 23 anos, Anderson Gomes do Nascimento, de 21, Jorge Luiz dos Santos Silva, de 18, Maicon Francisco da Silva, de 20, e dois menores de 16 e 17 anos. O segundo morto ainda não foi identificado.

De acordo com o chefe de Polícia do Rio Alan Turnowski, a ação foi montada em cima dos erros dos traficantes. E que agindo dessa forma é possível agir de forma rápida e com poucos homens.

- A sociedade exige que as operações sejam cada vez mais cirúrgicas. Jogamos com os erros deles (traficantes) e assim trabalhamos de forma rápida, com poucos homens. Nessa operação tiramos oito homens de circulação - contou Turnowski.

Casos de Polícia: Extra Online

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PMs que trocaram tiros com bandidos em São Conrado serão premiados

Rio - O comandante do 23º BPM (Leblon), tenente-coronel Rogério Leitão, informou nesta segunda-feira que vai premiar os policiais que se depararam pela primeira vez com o "bonde de traficantes" da Rocinha que saía de um baile funk no Morro do Vidigal.

O comandante da unidade disse que não vai abrir sindicância para apurar se a ação dos PMs foi uma operação não autorizada para prender o chefe do tráfico de drogas da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem.

Ele explicou ainda que não há dúvidas de que os policiais se encontraram por acaso com os bandidos. Não há previsão para operação em busca dos traficantes que fugiram para Rocinha, após o confronto com PMs.

Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia

Entrada do prédio Village São Conrado, que ficou no meio do fogo cruzado | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, se reuniu nesta segunda-feira com o comandante do 23º BPM (Leblon), coronel Rogério Leitão. No encontro, Mário Sérgio prestou apoio aos PMs da unidade e determinou que todos redobrem atenção depois do último sábado, quando cerca de 60 traficantes da Rocinha que saíam de um baile funk no Vidigal levaram pânico aos moradores do bairro. Ao se deparar com policiais, o grupo trocou tiros e invandiu o Hotel InterContinental e fez reféns.

Segundo o comandante-geral, mais homens serão deslocados para a unidade do Leblon. O Disque-Denúncia recebeu até o momento 13 ligações com informações sobre os bandidos que levaram terror aos moradores do bairro. Quem souber sobre o paradeiro dos criminosos pode ligar para o 2253-1177.

Mais cedo, Mário Sérgio Duarte disse que não houve irregularidade na ação dos policiais do 23º BPM (Leblon), que trocaram tiros com bandidos da Rocinha, em São Conrado, no último sábado. "Não houve irregularidade na ação da PM. Até o momento, não chegamos a irregularidade alguma. O que nós temos é uma reação da PM, que foi atrás dos bandidos. Inclusive quatro policiais ficaram feridos no confronto com traficantes", disse Mário Sérgio, em entrevista à Rádio CBN. Dois dias após o episódio, a polícia reforçou a segurança na Avenida Niemeyer e na região.

Segundo o comandante-geral da PM, policiais do 23º BPM faziam um patrulhamento normal nas ruas da cidade, quando se depararam com os criminosos.  "O que se tinha era um alerta geral de viaturas, já que nos fim de semana traficantes passam a se locomover para favelas de mesma facção, muitas vezes para comemorar aniversários. Passamos alertas para os policiais ficarem mais atentos", disse.
>>> GALERIA DE FOTOS: Tiros e pânico em São Conrado

Os condomínios onde bandidos teriam buscado refúgio estão sendo vasculhados. "Não vamos deixar de verificar e checar novas notícias sobre o paredeiro de criminosos e armas", explicou o comandante-geral da PM.  Mário Sérgio informou que traficantes da Rocinha estavam em um baile funk no Morro do Vidigal, na Avenida Niemeyer, também em São Conrado, e ao tentarem voltar se depararam com uma patrulha da PM .

O circuito de TV dos prédios no entorno da Rocinha estão sendo avaliados para saber se o chefe do tráfico de drogas da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, estava no grupo de 60 bandidos que trocou tiros com PMs. Na fuga, 10 criminiosos invadiram o Hotel Intercontinental e fezeram 30 funcionários reféns. O patrulhamento foi reforçado no entorno do hotel.

No último sábado, testemunhas relataram que o chefe do tráfico na Rocinha teria escapado da polícia ao invadir, escoltado por um grupo de traficantes, o condomínio Village São Conrado. O bando rendeu porteiros e vigilantes numa das entradas, na Avenida Aquarela do Brasil, e saiu pelos fundos, na Autoestrada Lagoa-Barra. “Foi uma cena incrível. Com fuzis, pistolas e granadas, eles fizeram uma barreira em torno de um homem, porque outro gritava toda hora: ‘protejam o chefe!’, contou V., 35 anos.

“Quando ouvi o barulho dos tiros, o porteiro interfonou dizendo que os bandidos tinham passado por dentro do condomínio para chegar à autoestrada. Tinha muita munição no chão”, afirmou um engenheiro, de 62 anos.

Empregado de um edifício na Av. Aquarela do Brasil, J. disse que já “cansou” de ver ‘bondes’ passando pela via entre o fim das madrugada de sextas-feiras e o início das manhãs de sábado. “Isso é comum. Todo mundo já viu. Eles passam com armas pesadas em punho em motos, vans, Kombis e até em carros de luxo ”, disse.

Atingido por dois tiros no braço direito, o mecânico A., 40 anos, não consegue tirar da memória os momentos de pavor que enfrentou. “Consertava o motor de um carro na rua quando a guerra começou.

Me joguei no chão, atrás do veículo, mas duas balas me atingiram. Sorte que em pleno tiroteio, um senhor parou o carro com a porta aberta para eu entrar e me levou para o Hospital Miguel Couto. Ele já levava outro homem baleado. Queria reencontrá-lo para agradecer, mas sequer sei o seu nome”, lamentou.

O outro baleado foi o despachante de ônibus Wallace Oliveira, 34 anos, atingido por um tiro de raspão no tórax. Ele se abaixou dentro de uma pequena cabine da Viação Amigos Unidos, que ficou com várias marcas de tiros.

Motorista da Comlurb traumatizado

Abalado, o motorista da Comlurb que ficou no meio do tiroteio entre policiais e bandidos, na manhã de sábado, na Avenida Aquarela do Brasil, pensa em largar a profissão. “Ele está muito traumatizado. Disse que passou a noite acordado e que tem dificuldades em conversar sobre o episódio”, contou um colega.

Para os amigos, o motorista descreveu que, ao ficar no fogo cruzado, saiu abaixado do caminhão de lixo e correu para se proteger em um condomínio. O veículo foi usado como escudo pelos traficantes durante o confronto com os PMs.

No dia seguinte ao confronto, em cada esquina de São Conrado, só havia um assunto: o dia de terror da véspera. “Vi tudo da minha janela do décimo sexto andar. Vestidos com coletes pretos, os bandidos berravam, atiravam para todos os lados e tentavam render motoristas que passavam. Quase não acreditei quando eles entraram no hotel”, disse a moradora Suad Afif, 57 anos, que reside há 25 num prédio próximo ao Intercontinental, e somente no início da tarde saiu de casa para levar seus dois cães para passear.

O DIA ONLINE - RIO

PMs do caso Rafael Mascarenhas são denunciados pelo MP

Filho de Cissa Guimarães morreu atropelado no dia 20 de julho.
PMs teriam recebido propina do pai do atropelador para o liberarem.

Do G1 RJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (23) que denunciou os policiais militares Marcelo José Leal Martins (3º Sargento) e Marcelo de Souza Bigon (Cabo), lotados no 23º BPM (Leblon), que teriam recebido propina do pai do motorista que atropelou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, quando andava de skate, no Túnel Acústico, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, no dia 20 de julho.

Os dois PMs foram denunciados por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de função. Segundo a Promotora de Justiça, caso sejam condenados pelos três crimes, os policiais podem pegar de 3 a 8 anos de prisão.

De acordo com a denúncia os PMs aceitaram, de Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra, que atropelou Rafael Mascarenhas, oferta de R$ 10 mil para não preservar o local do atropelamento, prestar auxílio à vítima e conduzir o atropelador à delegacia.  Ainda segundo a denúncia, eles saíram do posto de patrulhamento para escoltar o carro do atropelador.

Pela manhã, ainda de acordo com a denúncia, os policiais receberam de R$1 mil como parte do pagamento prometido. Os PMs também teraim apresentado o Termo de Registro de Ocorrência com informação falsa, descrevendo a liberação do carro de Rafael Bussamra sem a constatação de irregularidades.

Missa de um mês

Missa Cissa GuimarãesCissa Guimarães se emocionou na missa de 30
dias da morte de Rafael na sexta-feira
(Foto: Pedro Kirilos/Agencia O Globo)

Cerca de 50 pessoas acompanharam a missa que marcou os 30 dias da morte de Rafael Mascarenhas no final da manhã de sexta-feira (20), no Mosteiro das Irmãs Clarissa, na Gávea, também na Zona Sul da cidade.Nesta segunda-feira (23), acontece outra missa em homenagem a Rafael, em uma igreja dentro da PUC, onde ele estudava.

A delegada responsável pelas investigações do caso, Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), espera terminar o inquérito nesta semana. Ela ainda não definiu se vai indiciar Rafael Bussamra por homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar).

O pai do jovem, o empresário Roberto Bussamra, também pode responder por corrupção ativa ou passiva, já que ele afirmou em depoimento à polícia que pagou propina aos dois PMs que abordaram Rafael.

Os policiais continuam presos na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Os advogados dos PMs negam que seus clientes tenham feito qualquer tipo de negociação com Bussamra.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

Acidente com van da Polícia Civil deixa 2 policiais e 2 presos feridos

Segundo testemunhas, van avançou o sinal com a sirene ligada.
Motorista disse que não ouviu sirene porque janelas estavam fechadas.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

Com a força do impacto, a van tombou na pista.Com a força do impacto, a van tombou na pista
(Foto: Jose Jorge da Silva Martins)

Quatro pessoas ficaram feridas, sem gravidade, no acidente envolvendo uma van da Divisão de Capturas da Polícia Civil, que tombou na Avenida das Américas, no início da tarde desta segunda-feira (23), na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, dois detentos e dois policiais estavam no veículo.

Os presos foram levados por outra viatura para o Instituto Médico Legal (IML), onde vão ser examinados. Já os policiais foram encaminhados ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.

O acidente foi na altura do condomínio Pedra de Itaúna. De acordo com testemunhas, um carro de passeio bateu na lateral direita traseira da van da polícia, que atravessou o sinal vermelho com a sirene ligada. O motorista do carro disse que, por estar com os vidros fechados, não ouviu a sirene. Com o impacto, a van rodopiou, tombou e arrastou na pista por alguns metros.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

Tiro que matou menino em Ciep não partiu de fuzis de PMs, diz Polícia Civil

Ao todo, 44 fuzis foram analisados pelo Instituto de Criminalística.
Wesley morreu durante uma aula de Matemática, em Ciep no subúrbio.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

Islane Rodrigues mãe de wesley morto bala perdida em ciep costa barrosIslaine Rodrigues, mãe de Wesley, mostra uma foto
do filho morto dentro de um Ciep
(Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou, na manhã desta segunda-feira (23), que, de acordo com a perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), o tiro que matou o menino Wesley Andrade, em um Ciep em Costa Barros, no subúrbio do Rio, não partiu de nenhum dos 44 fuzis utilizados por policiais militares em uma operação em favelas próximas ao colégio. Wesley, de 11 anos, foi baleado no tórax, na manhã de 16 de julho, durante uma aula de Matemática, no Ciep Rubens Gomes.

Em 16 de agosto, um ato ecumênico lembrou um mês da morte de Wesley. Segundo os organizadores, a manifestação visava pedir mais segurança, principalmente em áreas próximas às escolas.

Construção de muro

No início de agosto, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, descartou a construção de um muro no Ciep Rubens Gomes. A Secretaria municipal de Educação havia divulgado no dia 3 de agosto que estudava a construção do muro no local, mas não informou detalhes sobre o projeto.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

sábado, 21 de agosto de 2010

Imagem de morador mostra ação de criminosos em São Conrado

Um caminhão de lixo foi usado pelos criminosos.
Polícia diz que cerca de 30 pessoas foram feitas reféns em hotel.

Do RJTV

 

Um morador gravou a ação de criminosos na manhã deste sábado (21) em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Um caminhão de lixo foi usado por criminosos, que correram da polícia em direção ao Hotel Intercontinental. Uma mulher morreu. De acordo com a a Secretaria de Segurança Pública do Rio, ela estaria junto com os criminosos.

Os criminosos invadiram o hotel e fizeram, de acordo com o tenente-coronel Lima Castro, cerca de 30 pessoas reféns no hotel. Após negociações com a Polícia Militar, dez suspeitos foram presos.

A PM ainda faz uma varredura no hotel, já que, de acordo com o coronel, há possibilidade de haver algum criminoso dentro do hotel

Você viu o tiroteio? Mande relatos e fotos

Dentro do hotelPoliciais invadem o hotel para resgatar os reféns
(Foto: Reprodução/TV Globo)

Um funcionário do hotel contou que a cozinha do hotel foi invadida por 15 homens armados de fuzil, durante o tiroteio nas ruas do bairro. Uma mulher morreu na troca de tiros.

Invasão de Hotel Frame 4Ônibus foi atingido por disparo durante tiroteio
(Foto: Reprodução/TV Globo)

"Estava trabalhando na cozinha quando aproximadamente 15 homens armados com fuzis invadiram onde eu estava. O gerente pediu que os hóspedes que estavam tomando café da manhã no salão fossem para uma sala, até que tudo fosse resolvido. Agora há pouco o Bope entrou e tirou esses hospedes que estavam nessa sala, e nos mandou vir para a praia e ficar o mais distante possível do hotel”, contou o funcionário Ricardo Borges.

 

Durante o tiroteio o prédio de uma seguradora que fica na Avenida Aquarela do Brasil e um ônibus que passava pelo local foram atingidos por tiros.
Uma moradora de um condomínio que fica na Avenida Aquarela do Brasil viu homens invadindo o condomínio com armas. O porteiro ligou e avisou que havia gente na portaria, para ela não sair de casa. “Estava dormindo quando escutei barulho de tiros. Fui até a janela e vi muitos homens armados correndo. Alguns inclusive passando para dentro do meu condomínio. As pessoas gritavam muito e pediam para ficarem abaixadas”, relatou ela.

Invasão de Hotel Frame 2  Polícia faz buscas na região por criminosos
(Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com testemunhas, muitos tiros foram disparados e houve perseguição.

Motoristas que passavam no local pararam os carros, e passageiros de ônibus desceram dos veículos com medo de balas perdidas.

De acordo com informações preliminares da sala de escuta da Polícia Militar, equipes da PM cruzaram com o grupo armado em São Conrado e iniciaram a troca de tiros. Um policial militar teria sido atingido e foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Disque-Denúncia divulga cartaz de suspeito de assassinato

procurado

Divulgação

Quem tiver informações pode ligar para 2253-1177.

Casos de Polícia: Extra Online

Decretada prisão de assassinos de adolescente morto em ônibus

Letícia Sicsu

Nova Iguaçu

Foram decretadas as prisões temporárias dos acusados de terem matado o adolescente Michael Jackson Ribeiro Martinez, de 16 anos, dentro de um ônibus, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Affonsus Augustus Lomboni dos Anjos, de 19 anos, é acusado de ter discutido com a vítima e de ter chamado o assassino, Carlos Fabiano Lomboni Ramiro, irmão dele, que entrou no ônibus só para matar o menor. Os dois, que são filhos de um policial militar, estão foragidos.

A polícia chegou aos dois por meio de informações do Disque Denúncia (2253-1177). O adolescente foi morto no dia 7 de agosto, depois de ter esbarrado na criança que estava no colo de uma mulher, ao entrar no ônibus.

Casos de Polícia: Extra Online

Polícia afirma que militar teria mandado matar jovem em ônibus

Rio - A Polícia Civil informou, no final da tarde desta quinta-feira, que um militar teria sido o mandante da morte do adolescente Michael Jackson Ribeiro Martinez, de 16 anos, no último dia 7 de agosto. O estudante foi morto após discussão em um ônibus que passava pelo bairro Paraíso, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com o delegado Átila Lafere, da 56ª DP (Comendador Soares), colegas de uma unidade do Exército teriam reconhecido o militar pelas imagens do celular de uma passageira, que mostra o homem que ligou para o susposto irmão matar o rapaz.

Crime ocorreu após desentendimento

Michael Jackon foi morto após uma discussão no interior do ônibus em que viajava, em Nova Iguaçu. Após esbarrar em uma passageira, o estudante e o homem que acompanhava a mulher se desentenderam.

O desconhecido ligou do telefone celular para um comparsa, que embarcou no ônibus, na Rua Joaquim Távora, no mesmo bairro. O criminoso entrou no coletivo, disparou contra o jovem e desapareceu. O pânico foi geral e, aproveitando a confusão, o casal e o criminoso fugiram.

O DIA ONLINE - RIO

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Bope impede que mulher de PM, grávida de 8 meses, se mate

Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia

Mulher de PM efetua disparos dentro de casa e é levada para maternidade | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia

Rio - A mulher de um policial militar, identificada como Andréa, foi impedida de cometer suicídio, na tarde desta terça-feira em Água Santa, na Zona Norte. Policiais do Batalhão de Operações Especias (Bope) fizeram um cerco na casa da mulher, que está grávida de 8 meses.

Ela se escondeu no banheiro de casa, com uma arma do marido e ameaçou se matar. O motivo seria dívidas contraídas pelo policial em nome dela.

A mulher chegou a efetuar disparos com a arma do marido dentro de casa, na Rua Borja Reis. Depois de resgatada por policiais do Bope, ela foi levada para a maternidade Carmela Dutra, no Méier

O DIA ONLINE - RIO

Inquérito não conclui se PMs pediram propina ou se receberam oferta

Inquérito da PM diz que policiais alteraram hora e local da abordagem.
Segundo corregedor, policiais podem pegar até 15 anos de prisão.

Tássia Thum Do G1 RJ

 

As 200 páginas do Inquérito Policial Militar (IPM) não foram suficientes para determinar se os policiais militares pediram propina ou receberam oferta de dinheiro para livrar do flagrante o estudante Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (17) pelo corregedor da Polícia Militar, coronel Ronaldo Menezes.

Rafael Mascarenhas foi atropelado quando andava de skate, no Túnel Acústico, em São Conrado, na Zona Sul da cidade. Na ocasião, o túnel estava fechado para o tráfego de veículos. O caso aconteceu na madrugada de 20 de julho.

O pai de Rafael Bussamra, Roberto, acusa o cabo Marcelo Bigon e o sargento Marcelo Leal, ambos do 23º BPM (Leblon), de exigirem R$ 10 mil para não preservar o local do crime e evitar a prisão em flagrante do filho. De acordo com a Polícia Militar, os dois PMs se recusaram a prestar depoimento à Justiça Militar. No entanto, os advogados dos policiais, afirmam que seus clientes desconhecem qualquer tipo de negociação com Roberto envolvendo dinheiro.

O Inquérito Policial Militar (IPM) foi publicado no Boletim Interno da Polícia Militar nesta terça-feira (17). De acordo com o coronel Ronaldo Menezes, o documento indicou que os PMs praticaram corrupção passiva e outros dois crimes - descumprimento de missão, já que os PMs escoltaram o carro de Rafael Bussamra até uma área que não pertence ao 23º BPM, e por falsidade ideológica. Segundo o inquérito, os policiais alteraram no boletim interno da corporação a hora e o local da abordagem feita a Rafael Bussamra.

"Como os PMs se negaram a prestar informações, o inquérito foi baseado nos dados do GPS dos policiais, assim como nos depoimentos dos outros envolvidos no caso. O inquérito concluiu que houve corrupção. No caso dos PMs, a corrupção foi passiva porque eles receberam o dinheiro. Já o Roberto (Bussamra) foi a parte ativa porque deu o dinheiro", disse o coronel.

Policiais podem ser expusos

O cabo Bigon e o sargento Leal continuam presos na Unidade Prisional da PM, em Benfica, na Zona Norte do Rio. O corregedor da Polícia Militar informou que os policiais podem pegar até 15 anos de prisão pelos três crimes e também correm o risco de serem explulsos da corporação.

O corregedor, coronel Ronaldo Menezes, informou que o Inquérito Militar concluiu que Roberto Bussamra não foi ameaçado pelos PMs, conforme disse em depoimento à delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), responsável pelas investigações do caso que terminou com a morte de Rafael Mascarenhas.

"O inquérito concluiu que ele não foi ameaçado pelos PMs. Pelo GPS do carro da PM podemos perceber que o Roberto Bussamra passou próximo a um quartel da Marinha, em outros lugares públicos e ainda se dirigiu a dois bancos. Se ele se sentisse ameaçado ou com medo, ele teria denunciado. Outro aspecto que foi levado em consideração foi o lapso temporal. O Roberto levou três dias para relatar o pagamento da propina à delegada", comentou Menezes.

Ronaldo Menezes acrescentou que foi instaurado nesta terça-feira um conselho disciplinar, que vai determinar qual será a pena aplicada aos PMs. A expectativa é que resultado seja divulgado em até 40 dias. O inquérito será encaminhado ainda esta semana ao Ministério Público, para que o órgão analise se cabe oferecer denúncia aos dois PMs.

Polícia Civil investiga o atropelamento

O IPM também foi encaminhado para distribuição pela 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público. Roberto Bussamra e os dois PMs podem ser denunciados pelo MP e julgados pela Justiça comum.

A Polícia Civil investiga o atropelamento. A delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), que está à frente das investigações, espera concluir o inquérito até o dia 20 de agosto. O laudo feito no carro de Rafael Bussamra apontou que o veículo estava a aproximadamente 100 km/h no momento do acidente.

O laudo da reconstituição do acidente apontou que Rafael foi arremessado a uma distância de 50 metros ao ser atropelado.
Segundo Bárbara Lomba, o motorista Rafael Bussamra pode ser indiciado pelos crimes de homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar), além de omissão de socorro, fuga e corrupção ativa, caso seja comprovado o pagamento de propina aos dois PMs. Se o jovem for condenado por homicídio doloso, a pena pode chegar a 20 anos.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Policiais viram 'príncipes' de jovens da favela

Baile de gala de debutantes da UPP da Providência deve ser repetido nas outras comunidades pacificadas

POR JOÃO RICARDO GONÇALVES

Rio - Vestidos e maquiagem feitos por profissionais, DJ, valsa e o mais importante: sorrisos sinceros e emocionados. Com príncipes que até bem pouco tempo eram vistos como ameaça de confronto na comunidade — oficiais da PM e até o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame — o primeiro baile de debutantes organizado por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), a do Morro da Providência, não deveu nada a cerimônias particulares e arrancou elogios, na noite de sábado. O sucesso foi tão grande que a PM já admite realizar eventos semelhantes em outras favelas com UPPs.

A festa de 15 jovens para 200 convidados, realizada no Centro Cultural José Bonifácio, na Gamboa, foi idealizada pelo comandante da unidade, o capitão Glauco Shorcht, e financiada por 9 empresas privadas. Ao lado de outros 13 comandantes e subcomandantes de UPPs e de Beltrame, Glauco foi um dos ‘príncipes’ das debutantes, escolhidas em cadastros de programas sociais e por critérios como aproveitamento e frequência escolar.

Ana Carolina se surpreendeu com a performance do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, na hora da valsa:
"Ele até que dançou bem" | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

“Já tinha participado de baile de debutantes como cadete e achava que sabia dançar, mas, nos ensaios, o coreógrafo me mostrou que na verdade eu não sabia nada. Nunca tinha organizado nem festa de aniversário, mas deu tudo certo”, disse o capitão Glauco.

Cada menina levou 10 convidados. Na hora da valsa, o salão principal do evento ficou apertado por causa da presença de muitos fotógrafos e cinegrafistas, alguns estrangeiros.

Nada parecia estragar a felicidade das adolescentes, que foram surpreendidas no dia da celebração com a informação que não dançariam com os soldados da UPP com quem ensaiaram a valsa, e sim, com os oficiais. “Se alguma coisa der errado, a gente que vai ter que conduzí-los”, se divertiu Larissa Gomes, uma das ‘princesas’.

O momento mais importantes da noite aconteceu ao som de ‘Valsa de uma cidade’, tocada pela Banda 190, da PM. O capitão Glauco puxou a fila de ‘príncipes’ acompanhado de Lucimar Cardoso, debutante portadora de necessidades especiais. Beltrame dançou com Ana Carolina da Silva, que mora com 11 parentes na mesma casa, no alto da Providência. “Ele até que dançou bem, não teve nenhum problema”, aprovou a estudante. “Esta festa é um sonho. Meus pais não teriam condições de me proporcionar algo assim”, completou.

Além de comemorar o fato de que moradores de áreas que eram consideradas de risco “poderem voltar a sonhar”, Beltrame disse que a festa trouxe lembranças de sua época de adolescente em Santa Maria (RS). “A nossa diversão eram os bailes da cidade, e os pais ensinavam os filhos a dançar. Já fui ‘príncipe’ pelo menos cinco vezes”, lembrou o secretário.

Depois da primeira dança com os oficiais, as ‘princesas’ da Providência continuaram no salão, ao som de ‘Danúbio Azul’, embaladas por parentes. “A festa está bem melhor do que eu tinha sonhado”, afirmou Maria das Graças, 60 anos, avó da debutante Laila Martins. “Estou gostando de tudo, do lugar, das roupas... Valeu a pena”, disse Laila. Após a valsa, o DJ atacou de músicas dançantes e até funk, ritmo que já embalou bailes patrocinados por traficantes na favela. Na noite de sábado, porém, a pista foi dividida só entre moradores de bem e os novos ‘príncipes’.

Próxima festa já tem lista de espera

Presente na festa, o comandante-geral da PM, Mário Sérgio Duarte, confirmou que pretende levar, no ano que vem, a ideia do baile das debutantes para as outras 11 UPPs já instaladas no Rio. “A polícia vai atuar nessas comunidades como um cimento onde há segregações. Eventos como os de hoje demonstraram isso e serão reproduzidos”, afirmou. Locais, datas e o formato dos eventos, porém, ainda serão estudados.

Segundo o capitão Glauco, que teve a ideia da festa, pelo menos o baile da Providência do ano que vem já está garantido. “Já temos até lista de espera”, diz o policial, que começou a organizar o evento após o fim dos bailes funk patrocinados pelo tráfico que aconteciam na favela.

Jovens de vestidos longos fizeram a festa: evento teve decoração caprichada | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

Até o ano que vem, talvez, mais fotógrafos da própria comunidade podem estar entre os que vão registrar a festa. No evento de sábado, um grupo de cerca de dez jovens fotógrafos amadores que moram na comunidade registraram os momentos mais marcantes da noite.

Eles fazem parte de um projeto da instituição ‘Favela Arte’, coordenado pelo fotógrafo Maurício Hora, 41 anos, primo de um dos três rapazes da favela mortos após serem entregues por militares do Exército a traficantes da comunidade do Morro da Mineira, no Catumbi, em junho de 2008.

O projeto tem apoio do fotógrafo francês J.R. que fez em 2008 a exposição ‘Heroínas’ na favela, na qual rostos de mulheres da comunidade, registrados pelo europeu, foram estampados em algumas casas da área que podiam ser vistas do asfalto.

O DIA ONLINE

domingo, 15 de agosto de 2010

Polícia prende DJ e empresário suspeito de tráfico de drogas

Outro homem também foi preso suspeito de vender ecstasy.
Delegada investiga uso de casas para festas e tráfico.

Do G1 RJ

Dois homens, sendo eles um DJ, foram presos neste domingo (15) suspeitos de tráfico de drogas. O DJ, que também é empresário, foi surpreendido pela polícia durante uma festa de música eletrônica em sua casa, no Lins de Vasconcelos, no subúrbio do Rio.

DJ e empresário resistiu à prisão, durante festa no subúrbioO DJ e empresário resistiu à prisão durante festa no subúrbio (Foto: Guilherme Pinto / EXTRA / Agência O Globo)

De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Adriana Belém, da 28ª DP (Campinho), o DJ tentou resistir à prisão e lutou com os agentes. Na casa dele foram encontrados ecstasy e outras drogas.

Desde a manhã deste domingo (15), policiais percorrem residências de luxo em bairros do subúrbio e da Zona Norte em busca de traficantes. O outro homem também foi preso em casa, no Engenho Novo, na região onde acontece a operação.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bandidos atacam PMs e ferem inocente em Bonsucesso

Athos Moura

TRAFICANTES ATACAM POLÍCIA

Carro com o parabrisas traseiro estilhaçado / Carlos Ivan

Um homem foi atingido por uma bala perdida, na madrugada desta quinta-feira, depois que bandidos atacaram uma viatura do 22º BPM (Maré). Houve troca de tiros e um funcionário de uma empresa de publicidade em ônibus, Fábio Antônio de Alcântara, de 33 anos, levou um tiro de raspão na nuca. Ele foi socorrino no Hospital Getúlio Vargas, na Penha, e apesar do susto passa bem.

Fábio estava em um Celta da empresa que trabalha, junto com Elton da Silva, de 21 anos. Segundo Elton, que ocupava o banco do carona e não se feriu, os dois haviam trabalhado em uma garagem na Zona Norte e seguiam para a sede da empresa, na Barra da Tijuca. O carro que eles estavam teve o parabrisas traseiro estilhaçado e o dianteiro perfurado por três tiros.

De acordo com a Polícia Militar, o confronto teve início instantes depois que os policiais abordaram uma motocicleta em um dos acessos ao Morro do Adeus, na Rua Uranos, em Bonsucesso. Durante a abordagem, os policiais foram suspreendidos pelo ataque de traficantes que haviam saído da Favela de Manguinhos, e seguiam em um carro na direção do Complexo do Alemão. Os policiais não foram atingidos e os bandidos conseguiram fugir. O caso foi registrado na 21DP (Bonsucesso).

Casos de Polícia: Extra Online

domingo, 1 de agosto de 2010

São Paulo: ataques criminosos deixam polícia em alerta

São Paulo - O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estão em alerta após os ataques e incêndios de veículos registrados na madrugada deste domingo na capital paulista. Os quarteis de ambas as corporações foram orientados a ficar em alerta para a possibilidade de novos incidentes, e para indícios da participação de integrantes da organização criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Foto: Tiago Queiroz / Agência Estado

Diversos carros foram incendiados em São Paulo, na madrugada deste domingo | Foto: Tiago Queiroz / Agência Estado

Os incêndios e ataques começaram na manhã de sábado, quando o tenente-coronel Paulo Telhada, comandante da tropa, sofreu uma tentativa de homicídio. Segundo a corporação, ele foi alvo de disparos por volta das 11h, na Zona Norte da capital. Nenhum tiro acertou o oficial.

Por volta das 4h deste domingo, o quartel da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, sofreu um atentado. Segundo informações da PM, dois homens armados estavam em um carro estacionado na rua, quando os policiais começaram a ouvir disparos contra o quartel. Eles se aproximaram dos homens, e houve troca de tiros, que resultou na morte do suspeito, que foi levado para o pronto-socorro de Santana, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Nenhum dos policiais ficou ferido.

O homem de 33 anos, que morreu durante o confronto já tinha passagens pela polícia por roubo e lesão corporal.
Pelo menos dez carros foram incendiados nos bairros Cidade A. E. Carvalho, Vila Carrão, Itaquera, Jardim Lageado, Artur Alvim, Vila Aimoré e Jardim Helena, todos na Zona Leste de São Paulo, na madrugada deste domingo.

As ocorrências foram atendidas pelos Bombeiros. Eles foram encontrados por policiais militares de três batalhões da PM. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirma apenas três carros. Até por volta das 11h, a polícia ainda não sabia a autoria dos ataques. Os carros foram encaminhados para perícia. As investigações ficarão a cargo das Polícias Científica e Civil.

O DIA ONLINE