segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PMs do caso Rafael Mascarenhas são denunciados pelo MP

Filho de Cissa Guimarães morreu atropelado no dia 20 de julho.
PMs teriam recebido propina do pai do atropelador para o liberarem.

Do G1 RJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (23) que denunciou os policiais militares Marcelo José Leal Martins (3º Sargento) e Marcelo de Souza Bigon (Cabo), lotados no 23º BPM (Leblon), que teriam recebido propina do pai do motorista que atropelou Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, quando andava de skate, no Túnel Acústico, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, no dia 20 de julho.

Os dois PMs foram denunciados por corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de função. Segundo a Promotora de Justiça, caso sejam condenados pelos três crimes, os policiais podem pegar de 3 a 8 anos de prisão.

De acordo com a denúncia os PMs aceitaram, de Roberto Bussamra, pai de Rafael Bussamra, que atropelou Rafael Mascarenhas, oferta de R$ 10 mil para não preservar o local do atropelamento, prestar auxílio à vítima e conduzir o atropelador à delegacia.  Ainda segundo a denúncia, eles saíram do posto de patrulhamento para escoltar o carro do atropelador.

Pela manhã, ainda de acordo com a denúncia, os policiais receberam de R$1 mil como parte do pagamento prometido. Os PMs também teraim apresentado o Termo de Registro de Ocorrência com informação falsa, descrevendo a liberação do carro de Rafael Bussamra sem a constatação de irregularidades.

Missa de um mês

Missa Cissa GuimarãesCissa Guimarães se emocionou na missa de 30
dias da morte de Rafael na sexta-feira
(Foto: Pedro Kirilos/Agencia O Globo)

Cerca de 50 pessoas acompanharam a missa que marcou os 30 dias da morte de Rafael Mascarenhas no final da manhã de sexta-feira (20), no Mosteiro das Irmãs Clarissa, na Gávea, também na Zona Sul da cidade.Nesta segunda-feira (23), acontece outra missa em homenagem a Rafael, em uma igreja dentro da PUC, onde ele estudava.

A delegada responsável pelas investigações do caso, Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), espera terminar o inquérito nesta semana. Ela ainda não definiu se vai indiciar Rafael Bussamra por homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar).

O pai do jovem, o empresário Roberto Bussamra, também pode responder por corrupção ativa ou passiva, já que ele afirmou em depoimento à polícia que pagou propina aos dois PMs que abordaram Rafael.

Os policiais continuam presos na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Os advogados dos PMs negam que seus clientes tenham feito qualquer tipo de negociação com Bussamra.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

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