segunda-feira, 21 de maio de 2012

'Estou abalado, quero justiça', diz prefeito de Mesquita

Rio

O prefeito de Mesquita, Artur Messias, lamentou na tarde desta segunda-feira a morte do policial militar Luciano Salles, que fazia segurança particular para o político. Através de nota, Messias se disse abalado pela violência, justificou o motivo de não querer falar diretamente com a imprensa e pediu justiça.

                          PM morto trabalhava como segurança do prefeito Messias | Foto: Divulgação

PM morto trabalhava como segurança do prefeito Messias | Foto: Divulgação

"Desculpem por não atendê-los, também sou jornalista e sei como as informações são importantes. Estou abalado. Que a questão de segurança pública na Baixada Fluminense também seja prioridade. Quero justiça”, pediu.

Messias explicou ainda em outro trecho que já foi vítima de um sequestro relâmpago, quando saía de casa. "Depois de me jogarem dentro do carro, os bandidos atiraram na direção do meu pai e quase acertaram", contou.

“Honrado policial, com quem eu convivia há mais de sete anos, foi covardemente assassinado. Era um jovem alegre, tranquilo e cheio de sonhos. Não duvido que no mesmo horário, outros assaltos estavam acontecendo no Bairro Vila Emil e em seus arredores. Talvez, em função da troca de plantão do 20º Batalhão da Polícia Militar, localizado tão próximo. Mulheres, pessoas sozinhas a caminho do trabalho, a pé ou de carro têm sido alvo fácil", desabafou.

Enterro acontecerá na terça-feira

O corpo do sargento da PM Luciano do Amaral Salles, de 35 anos, assassinado nesta segunda-feira, em Mesquita, será enterrado nesta terça-feira, às 10h, no cemitério Jardim da Saudade, em Edson Passos, na mesma cidade. O policial era segurança do prefeito do município, Artur Messias, e morreu enquanto esperava o político, na rua Elpídio, no bairro da Vila Emil, também em Mesquita.

Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia

Lotado no 15º BPM (Duque de Caxias), o PM trabalhava como segurança de Messias há sete anos e havia acabado de estacionar seu carro, um Ecosport cinza, em frente à casa do prefeito, quando foi surpreendido por dois homens armados. Ao perceber o assalto, Salles ainda tentou reagir, mas acabou sendo baleado pelos bandidos que conseguiram fugir levando a arma do PM.As imagens das câmeras de segurança instaladas na entrada do local gravaram toda cena. O vídeo mostra quando minutos antes do crime um carro aparece rondando a rua por duas vezes.

Logo depois surgem os dois assaltantes a pé. Um deles abre a porta do motorista e empurra a vítima para fora. Caído no chão o PM ainda é agredido com chutes e ponta pé e depois alvejado por 10 tiros, a maioria na cabeça. Na sequência, os bandidos fogem em direção ao mesmo carro que aparece nas imagens (ainda não identificado) que os aguardava dando cobertura a cerca de 100 metros do local. O crime durou menos de dois minutos.

O PM foi socorrido por policiais do 20º BPM e levado para o Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, mas não resistiu e morreu pouco antes de dar entrada na unidade. O caso está sendo investigado pela 53º DP (Mesquita).

O Dia Online

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