quinta-feira, 3 de maio de 2012

MP-RJ abre inquérito para apurar se presença de PMs em escolas é legal

Desde quarta-feira (2), PMs patrulham dentro 90 colégios.
Até o fim do ano, programa deve ser expandido para a toda a rede estadual.

Do G1, com informações do Jornal Nacional

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu nesta quinta-feira (3) um inquérito para investigar se a presença de policiais militares em escolas estaduais é legal. Desde quarta-feira (2), PMs estão fazendo o patrulhamento dentro de 90 colégios, como mostrou o Jornal Nacional.

A Secretaria estadual de Educação diz que a medida é para prevenir atos de vandalismo e violência. Até o fim do ano, o programa deve ser expandido para todas as 1,3 mil escolas da rede.

A presença dos PMs nas escolas é graças a um convênio firmado entre as secretarias estaduais de Educação e de Segurança e o governo do estado, por meio do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis).

Os PMs trabalham armados, no entorno e pátios das escolas. Eles não podem fazer revistas em alunos, a não ser em casos excepcionais que devem ser autorizados pelos conselhos tutelares, segundo secretário estadual de Educação, Wilson Risolia.

Contra o bullying e a venda de drogas

O objetivo da presença dos PMs nas escolas é, ainda, proteger alunos e professores e impedir o aliciamento de alunos e a venda e o consumo de drogas no entorno da escola, além do bullying. Os policiais podem ainda ajudar na organização do trânsito nos horários de entrada e saída dos alunos.

Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, o convênio com o Proeis se não é o fim do bico do policial é uma alternativa ao trabalho que o PM em geral faz em sua hora de folga, sem qualquer garantia. De acordo com o convênio, a cada oito horas trabalhada o PM ganha R$ 200 se for oficial e R$ 150 se for praça.

“Bico é uma palavra pejorativa que foi tirada do vocabulário por esse convênio, que hoje beneficia mais de cinco mil policiais. Eles hoje trabalham com garantias em suas horas extras, coisa que a perversidade do bico não permitia”, disse Odair de Almeida Lopes Junior, coordenador Proeis.

G1 - Rio de Janeiro

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