Mulher é baleada na Penha e testemunhas acusam policiais civis
Athos Moura
A dométisca Aleandra Rodrigues Moreira, de 35 anos, levou um tiro, na manhã desta sexta-feira, em um posto de gasolina, no Largo do Bicão, na Vila da Penha. O disparo atingiu seu rosto e seu queixo de raspão. Ela foi atendida no Hospital Getúlio Vargas e já foi liberada. De acordo com testemunhas, os tiros teriam sido disparados por policiais civis, da Polinter, que perseguiam um homem em uma moto.
Um dos frentistas, que não quis se identificar, contou que ouviu dois tiros disparos pelos policiais. Aleandra passava pelo posto, com seu filho de três anos no colo. Ela estava indo para a casa dos patrões com a criança e depois a levaria para o colégio. Segundo Aleandra, ela não se recorda do fato. Sua única reação foi correr.
- Eu ouvi o barulho e comecei a correr. Eu só quis abraçar meu filho e pedi a deus para não tirar a minha vida para eu criar ele - contou Aleandra.
O delegado da Polinter, Túlio Pellozi, contou que já abriu uma sindicância para apurar o fato. Segundo ele, seus policiais estavam no meio do fogo cruzado entre bandidos e policiais militares e um de seus agentes deu um tiro para o alto.Pellozi Informou ainda, que as armas dos policiais civis já foram recolhidas para serem analisadas.
O Comandante do 41º BPM (Irajá), tentente-coronel Alexandre Fontenelle negou que PMs de seu batalhão, responsável pelo patrulhamento da área, tenham trocado tiros com bandidos.
O delegado João Dias, da 27ª DP (Vicente de Carvalho), que investiga o caso, contou que assistiu imagens do circuito interno de TV do posto. Dias disse que uma hora antes do fato, um carro da Polícia Civil passou por dentro do posto e no horário próximo ao fato um carro da Polícia Civil passou pela rua.
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