quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ladrão que matou PM no Centro morreu devido uma hemorragia interna

Rio - A Secretaria de Segurança do Estado divulgou, nesta quinta-feira, o laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) que diz que o o corpo do ladrão que matou o PM Bruno de Castro Ferreira apresentava escoriações atípicas no rosto e na região lombar. O laudo mostra, ainda, que Douglas da Silva, 25, foi atingido por um tiro disparado de cima para baixo. O tiro entrou pela barriga e saiu pelas costas.

O laudo preliminar diz, também, que a causa da morte de Douglas foi uma hemorragia interna provocada por um projétil de arma de fogo. Ainda segundo o documento, o tiro entrou pelo tórax, saiu pelas costas, rompeu o fígado e não havia sinais de tiro dado a curta distância. O laudo definitivo dese sair em seis dias após diligências feitas por policiais da Divisão de Homicídios (DH).

Enterro

O soldado da PM, Bruno de Castro Ferreira, que faria 30 anos nesta quinta-feira, foi enterrado no fim da manhã, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. O comandante da PM, Mário Sérgio Duarte, esteve no cortejo e prestou solidariedade aos familiares do policial morto em serviço, que estava há quatro anos na corporação.

Durante o enterro, os presentes cantaram a música Parabéns para Você. No mesmo momento do sepultamento, a ONG Rio de Paz realizou um manifesto no local da morte do PM, no Centro do Rio. O PM foi morto após uma perseguição a dois ladrões nas ruas do Centro do Rio, nesta quarta-feira. Na ação, um bandido também morreu. O soldado da PM foi morto com tiro na cabeça. O comparsa do criminoso foi preso. A Delegacia de Homicídios (DH) investiga as circunstâncias das mortes.

A ação começou por volta das 15h na Rua Primeiro de Março, onde os soldados Bruno e Daniel, do 13º BPM (Tiradentes), prenderam Osvaldo da Silva Oliveira Jr., 22. Minutos antes, ele roubara com seu cúmplice, que tinha uma pistola 45, dois celulares e o relógio de uma mulher na mesma rua. O bandido armado correu e roubou o celular de um securitário na Rua Nilo Peçanha. Ele foi avistado pelos PMs e perseguido até a esquina da Avenida Rio Branco com Rua Sete de Setembro.

Na Rio Branco, testemunhas disseram que o criminoso se atracou com um pedestre para fazê-lo de escudo, mas ambos caíram no chão e ele atirou no soldado Bruno, que tentava rendê-lo. Sem ferimento aparente de tiro, o ladrão foi levado por outra viatura ao Hospital Souza Aguiar, onde já chegou morto, com tiro na barriga. O policial chegou com vida à mesma unidade, mas teve parada cardíaca e não resistiu.

O delegado Felipe Ettore, da DH, requisitou imagens feitas por fotógrafo do jornal O Estado de São Paulo, onde o bandido, que vestia uniforme semelhante ao da empresa de conservação e limpeza Nova Rio, aparece dominado no chão, algemado, e depois entra andando numa viatura. Houve princípio de linchamento, praticado por pedestres revoltados com a morte do PM, mas ele foi salvo e colocado no carro da polícia.

“Tudo será investigado, mas depende do laudo cadavérico, que sai em dez dias, e de perícias, inclusive na viatura que levou o bandido, para saber como ambos morreram”, afirmou Ettore. A PM vai apurar a morte do soldado. Em nota, afirmou que ‘suposto assaltante recebeu disparo na região abdominal que atingiu órgãos vitais’.

“Foi um pânico total e esse PM acabou morto de forma brutal”, lamentou o comerciante Fernando Brandine, que passava no local no momento da confusão.

O DIA ONLINE - RIO

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