domingo, 12 de setembro de 2010

Batalhão da Barra da Tijuca faz fichamento informal no combate a roubo

Guilherme Amado

Fichamento

O esforço pra reduzir o número de roubos de rua nos sinais de trânsito da Barra da Tijuca levou o batalhão e a delegacia do bairro a criarem um sistema de repressão e prevenção ao roubo.

Há 20 dias, policiais do Serviço Reservado (P-2) do 31 BPM (Barra da Tijuca) vêm fotografando ambulantes, jovens e crianças que atuam nos sinais do bairro. A ideia é ter um material para apoiar investigações de eventuais crimes que ocorram sob a luz dos semáforos.

— Dos 113 roubos de rua que tivemos em agosto, 57 foram na Avenida das Américas. Tivemos que concentrar esforços naquela área para reduzir esses índices. O trabalho do Serviço Reservado tem sido essencial — explica o tenente-coronel Antonio Couto, comandante do 31 BPM.

O comandante Antonio Couto, na sala de monitoramento do 31° BPM (Barra da Tijuca) - Foto de Cléber Júnior

Usando os carros da P-2, que têm vidros escurecidos e não possuem o emblema da Polícia Militar, os policiais da área de inteligência fotografam quem atua nos sinais. Tudo com uma pequena câmera, mas de alta resolução.
Banco de dados

Na segunda etapa do trabalho, essas imagens são então repassadas a um banco de dados, que é compartilhado com a 16 DP (Barra). Quando uma vítima procurar a Polícia Civil para registrar alguma ocorrência, essas imagens serão mostradas. Dali, pode sair a identificação de um suspeito.

— A ideia é que isso ajude não só na identificação de possíveis autores do delito, mas também na de pessoas que possam ter testemunhado o ocorrido — afirma o subcomandante do 31 BPM, major Marco Aurélio Santos.

Para dar o pontapé nesse trabalho, a PM se baseou numa prática da delegacia da área. Rafael Willys, titular da 16 DP, tem autuado, desde julho, ambulantes, moradores de rua e outras pessoas que atuem nos sinais da região.

Em ações integradas com a Secretaria municipal de Ordem Pública, 98 pessoas já foram autuadas pelos crimes de pertubação da tranquilidade e exercício ilegal da atividade.

— Isso inibe e reprime a ação desses jovens, grande parte entre 15 e 25 anos — diz o delegado.

Casos de Polícia: Extra Online

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