Marcos Nunes - Extra; Ruben Berta - O Globo; G1; CBN
RIO - A Polícia Civil está realizando, na manhã desta quarta-feira, uma operação para cumprir 17 mandados de prisão contra uma quadrilha que teria entre os integrantes jovens de classe média alta que atuam em Niterói, na Região dos Lagos e no Norte Fluminense. Até agora, doze pessoas já foram presas.
A maioria dos investigados são jovens de classe média alta que participam de um esquema de compra e venda de drogas em boates e festas. A quadrilha seria especializada em traficar maconha hidropônica e crack. Segundo a polícia, também há mandados de prisão expedidos contra alguns DJs que tocavam nos eventos.
Em uma casa no bairro Alto da Praia Brava, em Búzios, foi preso Pedro Cerqueira Madalena, o Gordo, apontado como o responsável por negociar a vinda da droga do Paraguai. Com contatos em festas e boates, Gordo e outras duas pessoas de Búzios vendiam a drogas para outros distribuidores. A polícia estima que eles vendiam cerca de 100 quilos de maconha por mês.
Já em uma outra casa, com vista para a praia de Búzios e aluguel estimado em R$ 3 mil, foram presos Daniel Navarreti, o Daniel Beicinho, e Diego Krause, o Cara de Macaco. No local, foram apreendidos nove celulares, um notebook, agenda telefônica, anotações, uma lancha, uma motocicleta e um carro, além de R$ 843 e uma nota de US$ 100. Os policiais também encontraram números de contas de dois bancos diferentes e passagens de ônibus do Rio de Janeiro, São Paulo e Búzios. Segundo a polícia, os fornecedores de drogas se hospedavam na residência.
Em Icaraí, no município de Niterói, foram presos o DJ Marcelo Fróes e o irmão dele André Fróes. Na casa de Marcelo, a polícia encontrou cerca de dez quilos de maconha. Sérgio Paloma Torres, o Serginho do Turano, foi preso em Macaé. De acordo com a polícia, ele era um dos principais integrantes da quadrilha. Os policiais continuam a procura de três homens, chamados Valter, Leandro e Vitor, que seriam os principais fornecedores de crack e maconha do grupo.
A investigação durou quatro meses. Setores de inteligência das polícias Civil nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul colaboraram com a polícia fluminense.
A Operação Consórcio é uma ação conjunta da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, com as polícias Civil e Militar, e com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público no Rio de Janeiro.
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