sábado, 31 de dezembro de 2011

Patrulhamento no réveillon de Copacabana terá mais de 1.500 PMs

Do G1 RJ

Mais de mil e quinhentos policiais militares vão patrulhar a Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, durante a virada de ano. As informações são da Polícia Militar. Ao todo, 1.554 policiais militares e 106 viaturas serão responsáveis por garantir a segurança da festa na praia. Em todo o estado do Rio de Janeiro, 7.200 policiais, de vários batalhões, vão estar de prontidão na virada do ano, número que representa um aumento de 10% a mais no efetivo.

De acordo com a PM, só na Praia de Copacabana, serão usadas 30 torres de observação, com 10 policiais em cada uma. Também haverá policiamento a cavalo e agentes atuando nos bloqueios de trânsito. Alguns policiais militares usarão armas não letais.

Quatro helicópteros vão monitorar o trânsito do alto, junto com a CET-Rio. Também haverá policiamento marítimo em Copacabana, Botafogo e Flamengo, na Zona Sul do Rio, em Niterói, na Região Metropolitana, e em Angra dos Reis, na Costa Verde.

Além do policiamento em Copacabana, 1.400 PMs vão atuar nas comunidades pacificadas da cidade. O policiamento será reforçado na Ilha do Governador, na Praça do Ó e na Praia da Brisa, na Zona Oeste, onde estão previstos shows na virada do ano. A região terá 1.094 policiais responsáveis pelo policiamento.

No Piscinão de Ramos, no subúrbio, serão instaladas seis torres de observação. Duzentos e sessenta policiais farão o patrulhamento a pé na região.

G1 - Rio de Janeiro

Colegas de trabalho fazem "vaquinha" para custear enterro de policial militar

Sem dinheiro para pagar o enterro, a mulher do cabo Leandro Monteiro, assassinado na última terça-feira, teve que recorrer aos companheiros de trabalho dele para conseguir realizar o funeral, no cemitério de Inhaúma. Em entrevista à Record, ela falou sobre sua revolta com a falta de segurança dos policiais militares.

COTURNO CARIOCA

Praia de Copacabana acerta últimos preparativos para festa da virada

Rio

As 11 balsas que serão usadas como base para os fogos de artifício da festa da virada de ano, na Praia de Copacabana, já estão na orla da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. As embarcações estão carregadas com cerca de 20 toneladas de artefatos para o show, que começará à meia-noite e durará 16 minutos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez hoje a última vistoria no palco principal da festa, que está localizado em frente ao tradicional Hotel Copacabana Palace. A festa começa oficialmente às 18h, com apresentações de grupos e artistas como O Rappa, Latino, Beth Carvalho e o DJ francês David Guetta. Pela manhã, já havia música e testes de som.

A festa, que é considerada uma das maiores do mundo, deve reunir 2 milhões de pessoas, entre cariocas e turistas.

“A essência dessa festa de verdade não é o que a prefeitura faz, os artistas que a gente traz, nem os fogos. Mas o que faz dessa festa algo tão especial é essa mistura de cariocas com povos de tantas partes do mundo e de todas as partes do Brasil que vêm aqui e todos viram cariocas e ficam juntos. Isso gera uma fantástica energia na praia”, disse Paes.

A festa deste ano terá como tema a sustentabilidade, em antecipação à Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente marcada para junho na cidade do Rio de Janeiro. O palco será todo reciclado, após o evento, e árvores serão plantadas para compensar a emissão de gases de efeito estufa produzidos pela festa.

A queima de fogos terá seis temas que remetem à Rio+20: energia solar, água, fauna e flora, vento e otimismo. Cada um desses temas terá cores e formas diferenciadas dentro do espetáculo.
O prefeito pediu aos 2 milhões de espectadores que curtam as comemorações com tranquilidade e tenham calma na saída da festa.

Agência Brasil

O DIA ONLINE

Operação Lei Seca será intensificada no réveillon do Rio

Rio 

A Operação Lei Seca, do governo do estado, vai intensificar a fiscalização nas ruas neste final de ano para evitar os excessos de bebida alcoólica e, assim, evitar os altos índices de acidentes de carro provocados pela combinação de álcool e direção.

A operação contará com cerca de 200 agentes até a madrugada da próxima segunda-feira (2), em diversos pontos da capital, principalmente no retorno das festas de réveillon na Praia de Copacabana, Aterro do Flamengo, Piscinão de Ramos e Barra de Guaratiba, locais em que haverá grande concentração de público, devido aos shows ao ar livre.

A estimativa da coordenação da Operação Lei Seca é realizar vistoria em 2 mil veículos no período, com a realização de igual número de testes de bafômetro. De acordo com o coordenador da operação, major Marco Andrade, o que se quer com a intensificação da fiscalização é garantir que as pessoas voltem para casa de uma forma mais segura. “O aumento do número de agentes ampliará nosso raio de ação de conscientização de motoristas, impedindo que dirijam depois de ingerir bebida alcoólica”.

A Operação Lei Seca também está desenvolvendo uma campanha educativa com a instalação de um balão na Praia de Copacabana, perto da avenida Princesa Isabel, onde os moradores e turistas podem fazer um sobrevoo sobre um pequeno trecho da orla. O voo tem a duração média de cinco minutos e é gratuito. Hoje (31), o balão vai funcionar das 18h às 23h30, antes da virada do ano, e das 0h30 às 3h, depois da queima de fogos na praia. Para voar, abasta apenas apresentar um documento de identificação com foto.

Agência Brasil

O DIA ONLINE

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

MP requer prisão temporária de envolvidos na agressão de homem em boate

PM e taxista são acusados de tentar matar o empresário. Policiais que não socorreram a vítima e nem prenderam os agressores tem suspensão solicitada

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) requereu a prisão temporária por 30 dias do capitão da Polícia Militar Alexandre da Silva e do taxista Marcelo da Silva Maia por tentativa de homicídio contra o empresário Rorion Moraes, de 28 anos. Ele foi agredido dentro de uma boate na Ilha do Governador, na madrugada da última sexta-feira.

Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

O empresário Rorion Moraes, levou 16 pontos na cabeça, nove no olho e perdeu seis dentes | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia

De acordo com o requerimento, as imagens mostram Alexandre da Silva e Marcelo da Silva socando e chutando a cabeça de Rorion, mesmo quando ele já estava desmaiado no chão, e ainda desferindo um golpe de cadeira de madeira com ele desacordado. A ação revelou para os promotores que os indiciados assumiram o risco de produzir matar o jovem, sendo assim considerado dolo eventual.

“É importante destacar que as lesões apenas não foram piores e o resultado morte só não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos mesmos, pois frequentadores e seguranças da boate intervieram, forçando a cessação das agressões bárbaras, gratuitas e covardes”, afirmou o titular da 30ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquérito, Sauvei Lai.

Outros PMs envolvidos

O promotor de Justiça também requereu a imposição de medidas cautelares alternativas (como a vedação de manter qualquer tipo de contato com a vítima e as testemunhas de acusação; suspensão do exercício de função pública da Polícia Militar com recolhimento das armas pessoais e da Corporação; e monitoração eletrônica) aos policiais militares Marcio Nunes, Jorge Antonio Sobreira de Paiva, Alessandro Gomes de Souza e Márcio Roberto Cunha Travessa Soares, por prevaricação e omissão de socorro.

O texto do requerimento relata que Marcio Nunes e Jorge Antonio estavam em patrulhamento de rotina e compareceram ao local do crime, mas não socorreram a vítima nem prenderam os agressores. Já Alessandro Gomes e Márcio Roberto, ainda segundo o requerimento, estavam dentro da boate, mas não apartaram a briga, não socorreram a vítima nem prenderam os agressores, conforme depoimento das testemunhas.

Policial aparece em vídeo com joias

Três policiais militares foram presos administrativamente, por 72 horas, sob a suspeita de participarem do espancamento a um jovem na boate Provisório, Ilha do Governador, na madrugada de sexta-feira. Conforme O DIA mostrou sábado, o empresário Rorion Moraes, 28 anos, foi surrado com socos e chutes até desmaiar, e ainda foi atingido por uma cadeirada na cabeça. O caso é investigado pela 37ª DP (Ilha).

Entre os envolvidos está o cabo do 9º BPM (Rocha Miranda) Márcio Roberto Cunha, conhecido como MM. Companheiro da dançarina Mulher Filé, que estava na boate, ele aparece em vídeo na Internet dançando funk, ostentando joias e bebendo vodca. O policial está licenciado por motivo de saúde. Ele não teria agredido a vítima, mas teria presenciado a cena e, mesmo sendo PM, não interferiu.

Além dele, foram presos o cabo Alessandro Gomes de Souza, do 41º BPM (Irajá), e o capitão Alexandre Gualberto da Silva, do 16º BPM (Olaria). O último, junto com o taxista Marcelo da Silva Maia, que depôs nesta segunda-feira, aparece nas imagens do circuito interno da boate agredindo o empresário, diz a polícia.

Segundo Rorion, a briga começou após esbarrão: “Eu e o capitão nos esbarramos, mas achei que não ia virar confusão. Uma hora depois, passei pela mesa dele e o grupo de sete pessoas estava falando de mim. Fui tirar satisfação, mas antes de chegar um amigo me parou. Foi aí que levei o soco”.

O pai da vítima, José de Moraes, conselheiro vice-presidente do Tribunal de Contas do Município, criticou os agressores: “Meu filho poderia ter morrido”. Rorion levou 16 pontos na cabeça, 9 no olho e perdeu 6 dentes. “Foi covardia, mas agradeço a Deus por estar vivo”.

O DIA ONLINE

Operação contra desvio fuzis da Polícia Civil tem 18 presos

Esquema de corrupção dentro dos batalhões para fugir das escalas de trabalho também foi descoberto

POR BRUNO MENEZES

Rio - A operação para combater a quadrilha especializada em apropriação de armas e drogas de criminosos realizada nesta terça-feira tem 18 presos e apenas um foragido. A Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança (SSINTE) realiza a ação, batizada de Herdeiros, na capital, Região Metropolitana e Baixada Fluminense. Os materiais (chamados de "espólio" do tráfico) eram apreendidos em operações clandestinas ou legais.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

A operação contou com a participação de 193 agentes. Entre o material apreendido durante a ação está uma metralhadora, pistolas e munições. Além das armas, carteiras falsas de policiais civis também foram encontradas. Na casa de um dos PMs presos os agentes encontraram R$ 18 mil.

Além da questão das armas, durante as investigações, um esquema de corrupção dentro dos batalhões para fugir das escalas de trabalho também foi descoberto. O subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio, Fábio Galvão, afirmou que "isso ainda vai gerar uma investigação à parte. Um dos menores valores que um policial pagou para ser liberado da escala foi R$ 50. É um 'galo' para sair da escala. Este mesmo PM pagou um valor ainda menor para permanecer fora do horário de trabalho com a arma de serviço".

Oswaldo Praddo / Agência O Dia

O cabo André Luiz Meneses dos Santos, lotado no 41º BPM (Irajá), foi preso em casa | Foto: Oswaldo Praddo / Agência O Dia

Esses policiais levantavam informações sobre a localização de traficantes, armas e drogas. De acordo com as investigações, o material desviado por integrantes do bando, como armas e drogas, eram vendidos a traficantes por "pontes", pessoas que faziam a  ligação entre os policiais corruptos e bandidos. O ex-militar do Exército Asdrubal Bacon Dias Marques Junior, o Juninho, seria um dos principais intermediadores. O destino das armas seria a Favela do Jacarezinho, na Zona Norte.

A Secretaria de Segurança Pública divulgou o áudio de uma ligação onde Juninho aparece negociando armas e explica, de forma sucinta, sua função na quadrilha. O traficante Jorge Luis Fraga, da comunidade do Jacarezinho, conhecido como Russo, Neném ou Narigudo - citado no áudio - é o criminoso foragido.

Os presos são acusados de porte ilegal de armas e tráfico de drogas. Entre eles estaria um funcionário da Câmara de Vereadores de Niterói com uma carteira falsa de policial civil. Ele já foi exonerado. A operação conta com apoio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Confira a lista de todos os presos de acordo com a Secretaria de Segurança:

1 - Marcelo Barbosa Moreira – PM lotado no 18ª BPM (Jacarepaguá)
2 - Ricardo de Oliveira Almeida – PM lotado no 40ª BPM (Campo Grande)
3 - Claudiney Ferreira Gomes – PM lotado no 3º BPM (Méier)
4 - André Luiz Menezes dos Santos – PM lotado no 41º BPM (Irajá)
5 - Adilson Menezes dos Santos – PM lotado no 17º BPM (Ilha do Governador)
6 - Alexandre Araujo da Silva – PM lotado no 16º BPM (Olaria)
7 - Alexander Marcio da Silva Agrassar – PM lotado no 12º BPM (Niterói)
8 - Luiz Neuber da Silva Medeiros – PM lotado no 12º BPM (Niterói)
9 - Elcio Rodrigues de Queiroz – PM lotado no 12º BPM (Niterói)
10 - Jorge Lopes dos Santos – PM lotado no 4º BPM (São Cristóvão)
11 - Eduardo José Miranda Pereira da Silva – PM lotado no 12º BPM (Niterói)
12 - Carlos Alberto Rezende Pereira – Policial Civil lotado na 75ª DP (Rio do Ouro)
13 - Luciano da Silva Magalhães – Policial Civil lotado na 72ª DP (Mutuá)
14 - Asdrubal Bacon Dias Marques Junior – Ex-militar do Exército e conscrito na Polícia Militar
15 - Vanderson Gomes Macedo
16 - Francisco Carlos Teixeira
17 - Alessandro Rodrigues da Silva
18 - David de Moura Florêncio

O 19º mandado de prisão contra Jorge Luiz Bernardes Fraga, o Neném, não foi cumprido. Identificado como traficante da comunidade do Jacarezinho, Neném conseguiu fugir.

O DIA ONLINE

'Matemático' oferecia R$ 20 mil por policial morto

Rio - Alvo principal da polícia do Rio de Janeiro após a prisão de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, ofereceu aos subordinados uma recompensa de R$ 20 mil para quem matar policiais que fazem incursões em seus redutos na Zona Oeste. A informação foi passada por um comparsa do bandido durante um depoimento, ao qual o iG teve acesso, dado à delegacia de Bangu, na Zona Oeste, no ano passado, e foi anexada a um processo contra Matemático que tramita na 2ª Vara Criminal de Bangu do Tribunal de Justiça, desde 2010.

          Foto: Divulgação

                               Foto: Divulgação

A suposta recompensa é uma das muitas características que revela o lado perverso do bandido de 35 anos, e que domina todo o complexo de favelas no bairro de Senador Camará, que reúne as comunidades da Coreia, Rebu, Vila Aliança, Taquaral e Sapo.

Policiais ouvidos pelo iG não descartam que a suposta ordem para matar PMs seja verdadeira. Neste ano, dois PMs que estavam à paisana morreram na estrada do Taquaral mas a polícia não encontrou evidências da participação da quadrilha de Matemático no episódio. O comandante do 14º BPM (Bangu), tenente-coronel Alexandre Fontenelle, no entanto, disse ao iG que Matemático deve se preocupar em não ser preso e não em atirar em policiais.

Desde o início do ano, Matemático vem tentando tomar o controle da Vila Kennedy, também na zona oeste, controlada por um grupo riva. A guerra já provocou a morte de dezenas de pessoas, inclusive inocentes.

O processo da Justiça revela que um dos membros da quadrilha de Matemático, conhecido pelo apelido de Pintado, circula pela favela com um machado e é responsável por cortar os corpos de vítimas do grupo antes de queimá-los. Ele tem ainda um outro "funcionário", chamado de Professor, que tem uma única incumbência: localizar pessoas que estão sendo procuradas pela quadrilha para serem mortas.

Em 2009, dois irmãos tiveram um destino trágico. Um deles estaria tendo um caso com uma mulher de um traficante. Por ordem de Matemático, o rapaz foi agarrado e levado para um campo de futebol onde seria morto. O irmão dele tentou salvá-lo. Ambos foram assassinados e tiveram os corpos queimados.

Matemático herdou o controle dos pontos de venda de drogas do Complexo de Senador Camará após a morte do antigo líder, Róbson André da Silva, o Robinho Pinga, em 2007. Esteve preso em 2009. Em abril daquele ano, recebeu progressão para o regime semiaberto. Saiu da cadeia para trabalhar em uma funerária e não mais voltou. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 3 mil para quem prestar informações que levem a sua captura.

Desespero

A delegada Márcia Julião, da 34ª DP (Bangu), guarda a sete chaves informações sobre o bandido. Ela disse que, há três semanas, a polícia esteve muito perto de pegá-lo e que o traficante se desesperou. "Ele gritou desesperado em um rádio de comunicação para aumentar o reforço na favela", disse.

O comandante do 14º BPM (Bangu) disse que tem fechado o cerco ao traficante. Segundo ele, ao menos três operações são feitas por semana para tentar capturá-lo.

Os bailes funks, que garantiam uma boa fonte de renda para os bandidos, não são realizados há um mês devido a presença de PMs nas favelas. Em quase dois meses do novo comando do batalhão, nove fuzis do bando de Matemático foram apreendidos.

Entretanto, de acordo com Fontenele, o bandido tem adotado estratégias para evitar ser preso. Uma delas foi ter obrigado mototaxistas a atravessar seus veículos nas ruas para dificultar a passagem dos carros da polícia. A outra foi ter mandado os bandidos se esconderem em escolas. Há cerca de um mês, um suspeito armado com um fuzil foi preso em um colégio público na Vila Aliança durante uma fuga.

Márcia Julião afirmou que a quadrilha de Matemático tem como característica ir para o embate com a polícia. Segundo ela, toda vez que há operações policiais, os traficantes são obrigados por Matemático a saírem das casas onde moram.

O lado cruel do bandido contrasta também com o de benfeitor. Criado nas comunidades de Senador Camará, o traficante costuma promover festas com distribuição de presentes no Natal e dia das crianças. Cargas de eletrodomésticos também são roubadas nas imediações e os produtos distribuídos entre os moradores.

Segundo Julião, o bandido também é mulherengo e teria várias amantes na favela. Usaria casas delas para se esconder. Um de seus filhos, um menor de 17 anos, foi preso recentemente em um assalto no bairro de Bangu. Seus dois principais gerentes, os criminosos conhecidos como Peixe e Barriga, encontram-se foragidos.

Matemático circula com vários seguranças. Alguns deles, inclusive, moravam em uma casa construída no quintal da residência do traficante recentemente descoberta. A casa de padrão bastante superior ao da vizinhança tinha uma piscina em construção, aparelhos para musculação, diversos televisores de plasma, computadores e eletrodomésticos.

Guerra na Vila Kennedy

O coronel Fontenele afirma que a guerra promovida por Matemático para tomar o controle da Vila Kennedy cessou em razão do reforço no policiamento, mas ainda haveria alguns confrontos esporádicos. Segundo ele, a favela é considerada estratégica para o bandido porque os seus redutos de Camará têm poucas vias de entrada e de saída, enquanto que a Vila Kennedy margeia a avenida Brasil e é mais exposta.

O oficial revelou ao iG ter certeza de que, com a construção do Centro de Comando e Controle da PM no Complexo da Maré, previsto para começar a funcionar em 2012, traficantes de lá migrem para Senador Camará já que a Maré terá a presença permanente do Bope (Batalhão de Operações Especiais).

O comandante teme, inclusive, que a migração já esteja acontecendo. Há duas semanas, ele afirmou ter achado em Senador Camará uma casa que pertence ao traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P que, atualmente, está à frente das comunidades Vila dos Pinheiros, Vila do João, Timbau e Baixa do Sapateiro. Menor P conseguiu fugir.

Fontenele, inclusive, suspeita que Menor P possa suceder Matemático na administração do tráfico das favelas de Senador Camará. Segundo o oficial, Matemático tem bons contatos com traficantes de outros Estados e de países vizinhos e poderia ficar atuando apenas como "matuto" (fornecedor de drogas). Atualmente, além do Complexo de Camará, o bandido também administraria as bocas de fumo da favela de Acari, na zona norte.

"Se ele continuar se escondendo na favela, ele sabe que certamente será preso", disse o coronel Fontenele.

As informações são dos repórteres Mario Hugo Monken e Bruna Fantti, do IG

O DIA ONLINE

domingo, 11 de dezembro de 2011

Novo treinamento prepara o Batalhão de Choque para a Copa

Herculano Barreto Filho

Um tenente do Batalhão de Choque coloca uma armadura articulada, com proteção e amortecimento, capaz de isolar o impacto de pancadas até de barras de ferro. O tenente-coronel Fábio Souza, o zero-um da tropa, pega um bastão e parte para cima do policial. O teste é feito pelo novo comandante, que assumiu o Choque há dois meses, depois de 15 anos no Bope. O tenente treme. A armadura do combatente do futuro, não.

— Bati com vontade e não quebrou. Parece uma armadura robotizada, mas com mobilidade — aprova Fábio Souza, num rigoroso “teste científico”, na base da força bruta.

Policial posa com a amaradura cedida pelos franceses Foto: Thiago Lontra

Três desses protótipos, feitos com polímero, uma espécie de borracha resistente, e placas de E.V.A., que dá rigidez e resistência, foram doados pela Compagnies Républicaines de Sécurité (CRS), a polícia nacional francesa, que ministrou um curso de duas semanas para os policiais do Choque, ensinando técnicas de gestão em tumultos em grandes eventos. O primeiro passo para formar uma espécie de policial do futuro no Choque foi dado.

O material está servindo de modelo para a fabricação de armaduras, com previsão de entrega até o fim de 2012. De acordo com o Choque, duas empresas abriram licitação para fabricar os trajes, que devem fazer parte do uniforme da tropa na Copa do Mundo. A Secretaria de Segurança (Seseg) informa que “o Estado faz uma tomada de preços para verificar custos, mas não há nada que indique a compra”. Segundo a nota, a negociação prevê a aquisição de pelo menos 1.260 “equipamentos antitumulto”.

O uniforme é próprio para trabalhar em áreas onde haja uma grande concentração de pessoas.

— O objetivo é impulsionar essa tropa para um lugar de destaque na segurança pública — projeta o major Vinicius Carvalho, subcomandante e ex-integrante do Bope, que aceitou o desafio de trabalhar ao lado de Fábio Souza na reformulação do Choque.

O tenente Leonardo Novo completa o trio de caveiras no Choque. O chefe de instrução é o responsável pelos treinamentos da tropa, que estão fazendo com que os policiais adquiram técnicas que antes eram exclusivas da elite da Polícia Militar do Rio.

Um policial do Batalhão de Choque veste a armadura Um policial do Batalhão de Choque veste a armadura Foto: Thiago Lontra / Extra

Na prática, o primeiro desafio do tenente-coronel Fábio Souza foi na ocupação policial na Rocinha. E a tropa surpreendeu. Lá, todo mundo era suspeito. As incansáveis abordagens “a tudo que se movia”, como lembrou o comandante, desestabilizaram o chefão da comunidade. A prisão de Nem foi a missão dada. E cumprida, sob o comando do caveira.

— Tínhamos a informação de que ele estava na Rocinha quatro dias da ocupação. Aí, fechamos o cerco.

No dia anterior à prisão dele, o serviço de inteligência do Choque, em conjunto com a Secretaria de Segurança (Seseg) receberam a informação de que Nem tinha dois planos de fuga: ou sairia num táxi ou numa ambulância, com uma blusa preta e um rabo-de-cavalo.

— Ele (Nem) ficou sem saber o que fazer. Ele ia tentar sair da Rocinha. Senão, ia ser preso lá dentro.

Quando o homem que se identificou como cônsul de Gana se negou a abrir o porta-malas do carro, o tenente Disraeli Gomes ligou pela primeira vez para o comandante.

— Quando ele disse que a placa não era do corpo consular, falei que ele teria que abrir o porta-malas. E determinei: “Vamos levar o carro até a Polícia Federal”. A missão foi cumprida. É guerra — lembra o tenente-coronel.

Casos de Polícia - Extra Online

PM assassinado em Realengo pretendia ser oficial

Raiane Nogueira

O corpo do soldado PM Jeferson Fonseca Chaves, de 30 anos, foi enterrrado há pouco no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, no subúrbio do Rio. O policial foi assassinado na noite de sexta-feira quando chegava de carro em casa, em Realengo.

Policiais militares prestam continência ao soldado Jeferson, no Jardim da Saudade. Foto: Guilherme Pinto

Segundo o tio dele, Jorge Luís Fonseca, Jeferson trabalhava no Batalhão de Choque e pediu transferência para o Regimento de Polícia Montada para ter mais tempo para estudar para a prova de oficiais, e já havia passado na primeira fase.

Recém-casado, o PM também cursava a faculdade de história, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica, na Baixada Fluminense.

Colegas de farda acreditam que ele foi morto porque os bandidos teriam visto a farda em seu carro. Os marginais fugiram sem levar nada.

Casos de Polícia - Extra Online

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Justiça decreta prisão de PMs da UPP da Cidade de Deus

Dois soldados e um recruta são acusados de envolvimento no desaparecimento de morador

POR MAHOMED SAIGG

Rio - A Justiça decretou a prisão dos três policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Cidade de Deus, acusados de espancar e desaparecer com Gilmar da Silva Barreto, de 34 anos. Dono de ferro-velho na comunidade, Gilmar está desaparecido desde a madrugada de terça-feira, quando foi detido pelos PMs por dirigir sem documentos.

Foto: Reprodução

Por estar sem habilitação, Gilmar foi espancado e está desaparecido | Foto: Reprodução

Os soldados Wllisses Resende Nascimento, Maiko Menezes de Azevedo e o recruta Rafael Guimarães Santos estiveram no Hospital Central da Polícia Militar, onde fizeram exame de corpo de delito e seguem para o Batalhão Especial Prisional (BEP).

Corpo na mala

Segundo contou seu irmão de Gilmar, o pedreiro G., 31, em depoimento à Corregedoria da Polícia Militar, os PMs exigiram dinheiro para liberar Gilmar e o veículo. Sem dinheiro, ele foi espancado na frente dele e de outros parentes.

Os policiais disseram que levariam Gilmar para a 32ª DP (Taquara), mas, na última vez que G. viu o irmão, Gilmar estava sendo colocado no porta-malas de um Gol que deixou a Cidade de Deus dirigido por um dos PMs. O carro e Gilmar ainda não foram localizados.

O GPS da viatura dos três soldados da UPP Cidade de Deus registra que a patrulha não saiu da comunidade. O comandante da UPP, capitão Felipe Carvalho, depôs ontem na Corregedoria e entregou as armas dos soldados Wllisses e Maiko — o terceiro policial não foi reconhecido.

Medo da morte

Sem notícias de Gilmar, parentes do dono de ferro-velho na Cidade de Deus abandonaram a comunidade por conta própria, apesar de a Secretaria de Assistência Social dizer que retirou a família do local e já a incluiu no programa de proteção à testemunhas.

“Estamos com muito medo de morrer”, admitiu o pedreiro G., 31 anos.

Ainda segundo ele, eram 2h de terça-feira quando um PM bateu na porta de casa, na Cidade de Deus, e o acordou, dizendo que tinha prendido o irmão, que dirigia sem carteira. “Ele dizia que a gente ia ter que ‘desenrolar’ para não levá-lo pra delegacia”.

“Quando me aproximei da viatura, vi o Gilmar com várias marcas no rosto e algemado no banco de trás. Ele pedia pelo amor de Deus para que eu não deixasse os PMs levá-lo porque o matariam”, revelou G., que convenceu os policiais a deixá-lo ir junto até a delegacia.

G. ainda contou que, pouco à frente, os PMs pararam o carro, na localidade conhecida como Porteira. Voltaram a espancar Gilmar e exigiram R$ 5 mil para liberá-lo. Se o dinheiro não ‘aparecesse’ em 20 minutos, toda a família seria morta.

G. fez ‘vaquinha’ entre vizinhos, mas só conseguiu R$ 300. “Vi os PMs usando pedaço de pau para bater no meu irmão, dentro do porta-malas, antes de saírem”. Gilmar era casado, tinha dois filhos e a mulher está grávida.

O DIA ONLINE

domingo, 4 de dezembro de 2011

Policial é morto em assalto em Oswaldo Cruz

Rio - Um policial civil foi morto na noite deste sábado na frente do filho, de apenas quatro anos

                 Foto: Fernanda Alves / Agência O Dia

                          Foto: Fernanda Alves / Agência O Dia

 
Nilson Monteiro Calmon , lotado na 22ª DP (Penha), estava numa videolocadora na Rua Antonieta, em Oswaldo Cruz, quando quatro homens que estavam em um carro o renderam e pediram seu cordão.

Os bandidos perceberam que ele estava armado e atiraram. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios

O DIA ONLINE

sábado, 3 de dezembro de 2011

Luta por dignidade: PM ferido depende de vaquinha para ter cadeira de rodas

Herculano Barreto Filho

O soldado Alexsandro Fávaro, de 31 anos, era tido como policial exemplar. Um apaixonado no combate ao crime, como os colegas de farda costumam dizer. Há três meses, o combate mudou de terreno. Atingido no pescoço num tiroteio entre policiais da UPP Fallet/Fogueteiro e traficantes no Morro do Fogueteiro, no Rio Comprido, ele faz sessões de fisioterapia no Hospital da Polícia Militar (HPM) para recuperar os movimentos dos membros. E conta com a luta de outros policiais militares.

O PM Fávaro quando ainda estava em atividade: elogios Foto: pablo jacob

Como o major Hélio, que lançou uma campanha no site cfappmerj.org para pedir colaborações de R$ 1, que ajudem na aquisição de uma cadeira de rodas de R$ 2.500, específica para tetraplégicos. “A esposa continua assistindo e apoiando o marido e está impossibilitada de trabalhar, pois o caso dele ainda inspira cuidados”, diz um dos trechos do texto. Segundo o comunicado, a PM não possui a cadeira de rodas e a aquisição pode levar até seis meses. O problema é que o soldado Fávaro terá alta em breve.

O major Hélio não é o único que busca mobilização para ajudar no caso. De acordo com o capitão Felipe Magalhães, comandante da UPP Fallet/Fogueteiro, o grupo de policiais que se formou com Fávaro também faz contribuições para ajudá-lo. Amigo do soldado, o capitão foi instrutor no seu curso de formação. E comandante no período em que Fávaro atuou na UPP.

— Ele era um excelente policial. Adorado por todos, porque era um profissional que sabia a hora de combater, mas também sabia o momento certo para prestar serviço aos moradores.

Na corporação há apenas três anos, Fávaro colecionava prisões e apreensões num caderno recheado por recortes de ocorrências e reportagens policiais. Em março de 2009, quando trabalhava no 12 BPM, em Niterói, e ainda não estava habilitado para usar arma, recebeu um certificado de honra ao mérito por ter “se destacado no combate à criminalidade” por prender um suspeito só com o cassetete.

Outro drama

Em novembro do ano passado, o sargento Heliomar Ribeiro dos Santos Silva, de 36 anos, viu a morte de perto no cruzamento da Avenida dos Democráticos com a Dom Hélder Câmara, no Jacarezinho. Ele estava numa carro do 22 BPM (Maré) quando cruzou por um bonde de 20 homens, com fuzis em carros e motos.

O veículo foi fuzilado e o soldado caiu no chão, baleado. Só saiu de lá com vida porque foi tirado do asfalto por um taxista, que o socorreu no momento em que um ônibus parou na sua frente, impedindo o acesso dos bandidos.

Um ano depois, Heliomar ainda luta para se recuperar das sequelas provocadas pelos tiros, que acertaram a sua nuca, de raspão, o braço e o pé esquerdos. Três vezes por semana, faz fisioterapia para recuperar os movimentos do braço. Perdeu o dedão e caminha com dificuldades, já que não encosta a sola do pé no chão, porque um nervo foi atingido.

A situação financeira da família também não é das melhores, já que Heliomar fazia “bicos” para completar a renda familiar quando estava na ativa. Como não pode dirigir, vendeu o carro, um Fiat Uno antigo.

Morador de Itaboraí, ele desistiu das sessões de fisioterapia mantidas pela PM, em Olaria, no Rio, porque não teria como pagar o deslocamento semanal. Optou pelo tratamento num hospital público, perto de casa. Apesar das dificuldades, ainda acredita que um dia poderá voltar a vestir a farda da Polícia Militar.

— Ele não se conforma, porque estava acostumado a estar na ativa — conta a mulher, a dona de casa Cristiane Santos Silva, de 37 anos.

Mas nada causa revolta em Cristiane. Porque o marido vai poder ver a filha, de 3 anos e 9 meses, crescer. E, de tempos em tempos, ela telefona para o taxista que salvou o seu marido.

— Ligo pra agradecer. Depois de Deus, ele é o meu anjo da guarda, porque salvou o meu marido. Vou agradecer pelo resto da minha vida.

Casos de Polícia - Extra Online

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mulher de Nem é autuada por associação ao tráfico de drogas

POR VANIA CUNHA

Rio - Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi autuada por associação ao tráfico na noite desta sexta-feira, na 15ª DP (Gávea), na Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada pelo delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Discreta e bem diferente da forma com que costumava circular na Rocinha, Danúbia foi levada à 15ª DP | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A mulher do traficante se negou a prestar depoimento depois de ter sido detida durante a tarde, na Rocinha. Os policiais iriam começar a ouvir Danúbia por volta de 19h40, quando o delegado da Polinter Rafael Willis, chegou ao local com diversos inquéritos para basear o interrogatório.

Danúbia foi localizada por volta das 16h desta sexta-feira no interior da favela da Zona Sul do Rio. Chamada de ‘primeira-dama’ ou ‘xerifa’ da comunidade, ela estava em uma casa em cima do salão de beleza da sua cabelereira de confiança, depois de voltar nesta sexta-feira a Rocinha. A ação foi realizada pelo Bope e foi conduzida com a irmã Telma para a 15ª DP.

Mais discreta

Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi localizada por volta das 16h desta sexta-feira no interior da favela da Zona Sul do Rio.

Chamada de ‘primeira-dama’ ou ‘xerifa’ da comunidade, ela estava em uma casa em cima do salão de beleza da sua cabelereira de confiança, depois de voltar nesta sexta-feira a Rocinha. A ação foi realizada pelo Bope e foi conduzida com a irmã Telma para a 15ª DP (Gávea) para prestar depoimento.

Foto: Severino Silva / Agência O Dia

A mulher de Nem foi encontrada em uma casa na favela da Zona Sul | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Ela aceitou de imediato ir para a delegacia prestar depoimento e telefonou para um de seus advogados. O defensor afirmou a Danúbia que ela poderia ir à DP, pois não havia nenhuma acusação contra ela.

A mulher de Nem confirmou a informação de que estava escondida em Pilares, na Zona Norte do Rio. Antes de chegar a 15ª DP, Danúbia foi encaminhada a sede do Bope, onde foi checada sua identidade e verificados os seus antecedentes criminais.

Por volta de 19h40, a mulher do chefe do tráfico da Rocinha começou a ser ouvida na 15ª DP. A demora se deu para que chegasse a unidade policial o delegado da Polinter Rafael Willys, que chegou ao local com diversos inquéritos para basear o interrogatório.

Suspeitas de lavagem de dinheiro

Danúbia já foi investigada devido a suspeitas de lavagem de dinheiro em inquérito da Polinter, na Polícia Civil. Chegou a ser expedido um mandado de prisão contra ela, mas, este acabou sendo revogado. Segundo os policiais, ela usufruía do dinheiro arrecadado com a venda de drogas para ostentar luxo na favela.

Durante investigação da Polinter, conforme o portal iG publicou nesta a duas semanas, escutas revelaram que Nem tinha muitos ciúmes dela. Em 19 de outubro, Danúbia relatou agressão a uma mulher identificada como Gisele:

“Fiquei toda roxa, com olho roxo e tudo”, contou, após admitir que estava de ‘vestido curtinho’ e tinha ficado ‘ruim’ e ‘bêbada’ numa festa. Em outra escuta, feita em 20 de janeiro, Danúbia conta a amiga que brigou com Nem e apanhou dele.

O DIA ONLINE

PMs recebiam até R$ 30 mil para liberar traficantes, diz PF

Rio - A Operação Martelo de Ferro, realizada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), revelou um esquema de propina cobrada por PMs para a liberação de traficantes presos que já chegou a R$ 30 mil.

O esquema envolvia policiais do 7º BPM (São Gonçalo), que usavam até uma tabela de preços que variavam entre R$ 500 e R$ 30 mil. O "pagamento" tinha como objetivo evitar as operações policiais no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, e facilitar a venda de drogas na região.

Até o momento, cinco pessoas já foram presas nesta sexta-feira durante a operação, realizada nas regiões Metropolitana e dos Lagos. Entre os presos estão dois traficantes, dois policiais militares e uma advogada. Participam da ação 410 policiais, sendo 330 federais, por terra, ar e mar, cumprindo 46 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão.

Segundo a PF, dos 46 mandados de prisão expedidos, 22 eram contra PMs. Desses, 18 já estão presos, um morreu e outro está foragido. Entre os envolvidos no esquema de proprina estão dois suspeitos de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, que estão presos. Treze traficantes já estavam presos. A operação foi realizada pelas polícias Civil e Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.

O DIA ONLINE

domingo, 20 de novembro de 2011

Ex-PM morto era acusado de participar de atentado na Região dos Lagos

Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, foi assassinado na noite deste sábado ao ser fuzilado

POR ROBERTA TRINDADE

Rio - O ex-cabo da Polícia Militar, Wellington Vaz de Oliveira, de 38 anos, assassinado na noite deste sábado, é acusado de participação no atentado ao também ex-PM Francisco César Silva de Oliveira, o Chico Bala, de 41 anos, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, em agosto de 2007. Na ocasião, a mulher e o enteado de Chico Bala foram mortos. O outro acusado de envolvimento no crime, José Carlos da Silva, o Tropeço, 42, - que foi expulso da PM em 1999 - fugiu junto com Vaz, que é citado na CPI das milícias como integrante da  Liga da Justiça.

Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Carro de ex-PM apresenta dezenas de marcas de tiros de fuzil | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Wellington foi executado dentro de seu veículo - o Gol preto placa KOM 8476 - em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na noite do último sábado. O crime ocorreu na Rua Maria Lorosa, pouco após Vaz ter saído de uma churrascaria. Ele foi surpreendido por três homens que desceram de uma Kombi e efetuaram cerca de 50 disparos contra seu automóvel.

O chefe do Setor de Inteligência da especializada, comissário José Carlos Guimarães, afirmou que diligências já estão sendo realizadas e que as equipes vão tentar localizar estabelecimentos próximos ao local do crime que possuam sistema de câmeras de vigilância para solicitar as imagens. Familiares da vítima devem prestar depoimento nos próximos dias. Ainda não há suspeitos.

O ex-PM estava foragido da Unidade Prisional (UP) - antigo Batalhão Especial Prisional (BEP) -, em Benfica, na Zona Norte do Rio, há um ano e dois meses. Agentes da Divisão de Homicídios (DH) estão responsáveis pelas investigações.Os dois, que respondiam a um processo por homicídio qualificado, participavam de uma obra para aumentar o muro do presídio e o desaparecimento só foi notado na contagem de presos feita à noite.

Atentado contra Chico Bala

O atentado contra Chico Bala ocorreu no dia 27 de agosto de 2007, quando ele ainda era lotado no 25º BPM (Cabo Frio). O então PM estava no banco do carona, acompanhado pela mulher, que estava ao volante, Maria Cláudia Silva de Oliveira, 31, pelo enteado Yan Coutinho da Silva, 13, e pelo sobrinho, Luan Santos Braga, 19.

Todos estavam dentro do carro passando pela Rua 23, perto do Campo do Cancela, no bairro Balneário. O então sargento foi atingido nas costas, na mão, no ombro e duas vezes no braço. Seu enteado, baleado na cabeça e no braço, não resistiu e morreu ainda no local. Sua mulher, atingida na nuca e na barriga, morreu dois dias depois, no hospital.

Horas após o atentado, o então cabo Vaz foi preso, em companhia do ex-sargento da PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, 40 (expulso em 1992), do ex-PM José Carlos da Silva, o Tropeço, e do inspetor da Polícia Civil André Luiz da Silva Malvar, que era lotado no Instituto Félix Pacheco (IFP) e genro do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, 63. Os quatro - todos indiciados no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias - estavam no interior de um Ford Focus, na altura do KM 30 da Via Lagos, em Araruama.

Com eles havia três fuzis - um AR 15 Colt, calibre 223, um Parafal calibre 7,62 de fabricação argentina, com numeração suprimida, e um Windhan calibre 556, com numeração suprimida e lanterna acoplada ao cano -, cinco pistolas - sendo uma Glock calibre 45, uma Glock .40, uma Taurus 9mm, uma Taurus .40 e uma Taurus PT 92, calibre 9mm -, 44 carregadores, cinco rádios Nextel, três rádio-transmissores, quatro celulares, dois binóculos, quatro toucas ninja, duas lunetas e duas granadas M-9, além de R$ 1.900.

O ex-policial civil também responde pela morte do inspetor da Polícia Civil Félix dos Santos Tostes, em fevereiro de 2007, juntamente com o ex-veredor Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras. Este último foi assassinado em junho de 2009, aos 42 anos. Ao ser preso, minutos após o atentado ao ex-PM Chico Bala, Malvar estava de posse de uma arma que, após perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), constatou-se ser a mesma utilizada no homicídio de Félix.

Colaboraram Bruno Guedes e Helvio Lessa

O DIA ONLINE

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Chefão do tráfico montou verdadeiro 'bunker' na mata

Rio - A mata que cerca a Favela da Rocinha era o grande refúgio do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Além de matar e ocultar corpos de desafetos, aquele foi o local escolhido pelo chefão do pó para esconder seu arsenal e drogas. Há informes de que o traficante também tenha enterrado dinheiro dias antes da ocupação.

Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Policiais do Bope apresentam armas, munição e drogas apreendidas na Rocinha | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia

Desde que entrou na Rocinha, domingo, a polícia já encontrou 174 armas, boa parte delas enterrada no alto da favela. A certeza de que reconstruiria seu ‘império do crime’ era tanta, que o criminoso montou um verdadeiro ‘bunker’ embaixo da favela: uma cisterna foi especialmente construída para abrigar o material.

Durante dois dias, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) vasculharam a mata em busca de armas deixadas para trás pelos bandidos. E, ontem, trocaram os fuzis por pás e picaretas até encontrarem, na localidade Dionéia, um paiol do tráfico: 24 fuzis, uma metralhadora antiaérea ponto 30, sete pistolas, duas granadas, dois lança-rojões e 25 quilos de cocaína, além de cerca de 3 mil projéteis de diversos calibres. Os policiais saíram da mata, carregando o material sobre os ombros, e aos gritos de: ‘caveira’’.

Por volta das 17h, agentes da 39ª DP (Pavuna) localizaram um dos mais bem estruturados esconderijos da quadrilha, na localidade Vila Verde, atrás da UPA da Rocinha. Uma cisterna foi construída com estrutura de concreto, onde estavam escondidos 4 fuzis — um com mira telescópica — 5 pistolas, 14 granadas, munição, 2 placas de cerâmicas para coletes que suportam tiro de fuzil, cocaína e 42 carregadores.

O abrigo tinha cerca de um metro de concreto de espessura e, para apreender o material, policiais precisaram de britadeira da prefeitura para perfurar o cimento. O material estava embalado com plásticos e fitas adesivas.

Além de abrigar o material bélico da quadrilha, a mata era o local usado pelo ‘Bonde Picota’, grupo comandado pelo traficante Miro, braço direito do chefão Nem, que tinha a missão de esquartejar e ocultar os corpos dos inimigos. Eles são apontados pela polícia como os responsáveis pela execução da modelo Luana Rodrigues Souza, 24 anos, e de uma amiga dela. Domingo, a polícia encontrou as armas: dois machados com a inscrição ‘Bonde do Picota’.

Camisas semelhantes à da Polícia Civil em refinaria de pó

Equipes do Bope apreenderam na favela 150 camisas semelhantes às usadas pela Polícia Civil, além de roupas camufladas. Policiais do Bope também recolheram 16 caça-níqueis na Estrada da Gávea.

À tarde, uma moradora avisou ao Bope que uma casa na Rua 2 era usada pelo tráfico como refinaria de cocaína. Lá os policiais apreenderam 90 litros de ácido sulfúrico, 50 litros de éter e 30kg de pó branco que pode ser cocaína ou produto para misturar à droga.

O Bope também chegou a uma casa no Largo do 199 que seria de gerente do Nem conhecido como Xexéo. A polícia apreendeu touca ninja e anotações do tráfico, inclusive escala de plantões de ‘soldados’.

Também morador da Rocinha, Aroldo dos Santos, 31, se entregou nesta segunda-feira à polícia. Condenado por associação para o tráfico, ele estava foragido há 13 anos e foi convencido a se render pela mãe. Ao todo, 8 suspeitos já foram presos desde a ocupação, no domingo.

O DIA ONLINE

Estratégia para fazer Nem delatar maus policiais

Informações em troca de redução da pena, a delação premiada pode ser oferecida ao traficante que comandou a Rocinha

POR ADRIANA CRUZ

Rio - A cúpula da Segurança Pública monta estratégia para convencer o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, a denunciar policiais corruptos. A delação premiada, informações em troca de redução de pena nos processos, é uma das hipóteses que está sendo estudada para ser oferecida ao bandido. Na madrugada de quinta-feira, após ser preso pela Polícia Federal, Nem garantiu aos agentes que boa parte do seus lucros era destinada ao pagamento de propina a maus policiais.

Nem está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó | Foto: Divulgação

“Seria uma oportunidade importante o oferecimento de uma medida judicial para que o Nem contribua com a Justiça e com a polícia. Qualquer tipo de palavra ou assunto que esteja no depoimento será minuciosamente estudado”, declarou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Para discutir a melhor forma de trazer Nem para o lado dos bons policiais, irão se reunir ainda esta semana os corregedores das Polícias Civil e Militar, além da Geral Unificada, e membros do Ministério Público estadual, como o promotor Homero das Neves Freitas Filho. “Temos policiais que prestavam ajuda ao Nem fora da favela e outros dentro. Ele contava com algum serviço de segurança fora do morro”, afirmou Beltrame.

Nesta segunda-feira, os delegados Marcelo Fernandes e Jayme Berbat, da Corregedoria-Geral Unificada (CGU), foram ouvir o depoimento de Nem no presídio de segurança máxima Bangu 1, no Complexo de Gericinó. Porém, o criminoso se recusou a prestar declarações.

Na quinta-feira, agentes da Corregedoria da Polícia Civil tentaram ouvi-lo, em vão. Na véspera, três policiais civis foram presos escoltando bandidos da quadrilha de Nem.

Bandido mais procurado do Rio é preso

Nem foi preso durante operação do Batalhão de Choque, em frente ao Clube Piraquê, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, no início da madrugada desta quinta-feira. O cerco aconteceu quando policiais, nas proximidades de um dos acessos a Rocinha, na Estrada da Gávea, desconfiaram de um veículo.

Após abordagem, os ocupantes do carro afirmaram que eram de um consulado e, diante da insistência dos policiais em revistar o veículo, ofereceram dinheiro aos agentes. Após recusa por parte dos policiais militares, a busca no carro foi feita e Nem foi encontrado dentro do porta-malas de um Corolla preto.

Poucas horas antes, um "bonde" com traficantes, escoltado por três policiais civil, um policial militar reformado e um ex-PM, foi detido próximo ao Jóquei da Gávea, também Zona Sul da cidade. A ação foi conduzida por homens Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Os traficantes presos na ação são: Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, apontado como chefe do tráfico no Morro do São Carlos, no Estácio; Sandro Luis de Paula Amorim, o Peixe, um dos líderes do tráfico na mesma comunidade; Paulo Roberto Lima da Luz, o Paulinho; Varquir Garcia dos Santos, o Carré, e Sandro Oliveira.

O DIA ONLINE

domingo, 13 de novembro de 2011

Balanço final de apreensões na Rocinha tem 15 fuzis e 15 mil munições

Policiais recolheram 60 kg de pasta base de cocaína e acharam 20 pistolas no primeiro dia de ocupação nas duas favelas

Rio - A Secretaria de Segurança Pública divulgou, no início da noite deste domingo, o balanço final do primeiro dia de ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, na Zona Sul do Rio.

De acordo com a pasta, foram apreendidos ao longo do dia 20 pistolas, 15 fuzis, três granadas, uma submetralhadora, duas espingardas, 20 rojões, cerca de 15 mil munições de diversos calibres (fuzis 762 e 556, pistolas 9 mm e 40, e metralhadora ponto 40), sete lunetas, 61 bombas artesanais, 102 carregadores para fuzil e outros 56 de calibres diversos.

Foto: Divulgação

Fuzis foram encontrados na mata da Rocinha | Foto: João Laet / Agência O Dia

Em relação às drogas, foram recolhidas 112 kg de maconha e outros 80 tabletes e 145 trouxinhas do mesmo entorpecente, 60 kg de pasta base de cocaína e outros 14 tabletes da mesma droga.

Como a totalização do material recolhido só foi concluída no fim da tarde, o número de apreensões foi diferente do que o divulgado durante o dia.

Os policiais recolheram também 75 motos e um Toyota Hilux, 17 máquinas caça-níqueis, uma pistola desmontada, uma réplica da mesma arma, um notebook, um Ipod, uma câmera digital, dois rádiotransmissores, uma barraca de camping, uma capa de colete, uma farda do Exército, uma camisa da Polícia Civil, duas centrais clandestinas de TV a cabo, além de material hospitalar que servia para tratar de bandidos baleados.

O DIA ONLINE

Vou apresentar a polícia de verdade ao meu fillho, diz moradora da Rocinha

Paulo Toledo Piza Do G1 RJ

Mototaxis rocinha (Foto: Paulo Pizza/G1)

Prédio do PAC na Rocinha  (Foto: Paulo Piza/G1)

Toda vez que o filho da dona de casa Mirabel dos Santos, de 56 anos, via um traficante armado na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, o garoto de 4 anos apontava e gritava:"Olha a polícia".

Na tarde deste domingo (13), com a favela dominada pelas forças de segurança, o pequeno David enfim descobrirá quem são os verdadeiros policiais.

"Vou esperar ele acordar, dar um banho nele e trazer para apresentar para a polícia de verdade", afirmou. "Quero que ele se acostume desde já com a presença da polícia."

Moradora de um dos apartamentos do conjunto do PAC, ela diz esperar agora que o Estado faça a sua parte na manutenção da ordem da favela. "Aqui sempre foi tranquilo, inclusive com o tráfico. Quero mais é que continue assim", completou.

G1 - Rio de Janeiro

Mais motos e uma Hilux são apreendidas na Rocinha

Rio - No começo da tarde deste domingo, a polícia apreendeu na operação Choque de Paz, na Rocinha, uma caminhonete Toyota Hilux que havia sido roubada e 35 motos abandonadas por traficantes. Os veículos foram encaminhados para o Pátio Legal da Polícia Civil, em Deodoro.

No alto da Rocinha, um pouco mais cedo, foram encontrados 35 carregadores de armas, sendo 19 de G3, 10 de ak47, três de Falcom e um de pistola Glock 45. Além disso, os policiais encontraram 60 tabletes de 1 kg e 26 tabletes de 2 kg de maconha enterrados no mesmo local.

Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Dezenas de motos são apreendidas durante a ação | Foto: Léo Corrêa / Agência O Dia

Já a Tropa de Choque da Polícia Militar encontrou uma mochila enterrada na mata do Arfão, alto do morro do Vidigal, contendo um fuzil 556 com a descrição Bonde do Mestre, sendo que a polícia acredita que o texto se refere traficante Nem, uma pistola 40 milímetros, duas pistolas 9 milímetros, um simulacro de pistola, uma luneta, 14 carregadores, sendo 12 simples e dois alongados, uma granada, um rádio transmissor, uma máquina caça-níquel e uma grande quantidade de munição.

No fim do dia, esse material apreendido será contabilizado. A polícia continua na busca por mais drogas, armas e munição.

O DIA ONLINE

Na Rocinha, polícia encontra casa do traficante Nem

Traficante foi preso no dia 10, tentando fugir da comunidade.
Ele está preso em Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.

Do G1 RJ

Fachada da casa de Nem, na Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)Fachada da casa de Nem, na Rocinha (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Casa do traficante tem piscina e churrasqueira (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Da varanda, traficante conseguia observar toda a favela (Foto: Alexandre Durão/G1)

Casa do Nem (Foto: Alexandre Durão/G1)Vista do alto da favela (Foto: Alexandre Durão/G1)

O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como o chefe do tráfico na Rocinha, foi preso no dia 10 de novembro. Ele está em Bangu 1 e deve ser transferido para um presídio federal, fora do Rio, em breve.

G1 - Rio de Janeiro

Polícia apreende mais de 100 kg de maconha na Rocinha

Mylène Neno Do G1 RJ

Bope apreende mais de 100 kg de maconha escondidos na Rocinha (Foto: Mylène Neno/G1)Mais de 100 quilos da droga estavam enterrados na Rocinha, segundo a polícia (Foto: Mylène Neno/G1)

Cento e doze quilos de maconha foram encontrados por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), neste domingo (13), na Favela da Rocinha. A droga estava dividida em dezenas de tabletes, que estavam enterrados em uma localidade conhecida como Laborioux, no alto do morro.

Além da maconha, os policiais apreenderam 35 carregadores de diferentes armas, que também estavam enterradas.

Ainda na Rocinha, os policiais apreenderam dez morteiros, sendo que quatro estavam carregados e prontos para ser utilizados. A equipe antibomba foi chamada para analisar o material e constatou que os morteiros que não possuíam alto poder de destruição.

Já na Favela do Vidigal, policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) apreenderam diversas armas por volta das 11h30 deste domingo, no alto do morro, na localidade conhecida como Mata do Arvrão. O material foi apresentado no 23º BPM (Leblon), que serve de quartel-general da operação de ocupação da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu.

Foram apreendidos um fuzil 556 M16; três pistolas; doze carregadores simples; dois carregadores alongados; uma granada; uma luneta; um radiotransmissor; um coldre; uma máquina de caça-níquel; e uma mochila com farta munição.

G1 - Rio de Janeiro

Rocinha: Governador Sérgio Cabral agradece a Dilma por apoio na ocupação

O governador Sérgio Cabral cumprimenta o secretário de Segurança José Mariano Beltrame Foto: Marcos Tristão / O Globo

Talita Melo

Assim que chegou ao QG da Ocupação da Rocinha, no 23º BPM (Leblon), o governador Sérgio Cabral ligou para a presidente Dilma Rousseff.

Num telefonema que durou cerca de meia hora, ele comemorou a operação e agradeceu a ela pelo apoio do Ministério da Defesa ao Rio de Janeiro.

 

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Objetivo conquistado, Bandeira hasteada

Cléber Júnior

O Bope acaba de hastear a Bandeira Nacional e a do Estado do Rio de Janeiro, simbolizando a tomada da Favela da Rocinha. O mesmo será feito às 14h na Favela do Vidigal.

Missão cumprida, Bandeira hasteada no alto da Favela da Rocinha. Foto: Cléber Júnior

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Moradores comemoram ocupação

Talita Melo

Moradores da Favela da Rocinha realizam neste momento uma manifestação a favor dos policiais.

O grupo confeccionou camisas e faixas em agradecimento pela ocupação militar.

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Helicópteros da PM lançam panfletos

Cíntia Cruz

Após a ocupação da Rocinha, helicópteros da Polícia Militar sobrevoam a favela lançando panfletos para os moradores. De acordo com a PM, a ação é comum em todas as comunidades que são pacificadas.

Foto: Cléber Júnior

No panfleto, constam telefones úteis para a população, como o Disque-Denúncia e a Ouvidora da PM.

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Bope descobre casa de traficante com piscina, hidromassagem e academia de ginástica

Bruno Gonzalez

Agentes do Bope acabam de descobrir a casa onde vivia o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, na Favela da Rocinha.

No local, havia uma piscina, uma banheira de hidromassagem, equipamentos de ginástica, uma cozinha americana e um imenso aquário na sala.

O traficante estava no grupo de bandidos presos na quarta-feira à tarde, quando tentavam fugir escoltados por policiais.

A policia descobriu a casa de luxo onde o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, morava na Rocinha

O lugar tinha um imenso aquário

O traficante tinha uma academia em casa

Havia também uma banheira de hidromassagem

A casa tem três andares

Peixe estava no grupo de bandidos presos na quarta-feira à tarde

Os traficantes tentava fugir da polícia

A policia descobriu a casa de luxo onde o traficante Sandro Luiz de Paula Amorim, conhecido como Peixe, morava na RocinhaFoto: Bruno Gonzalez / Extra

Casos de Polícia - Extra Online

Rocinha: Bope apreende fuzis de traficantes

Cléber Júnior

Enquanto buscam traficantes, os agentes do Bope vão apreendendo fuzis, metralhadoras e escopetas deixados por traficantes na Favela da Rocinha. Até o momento, apenas um ladrão foi preso pelas forças de ocupação.

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam armas durante ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam armas durante ocupação da Rocinha

Homens do Bope apreenderam 13 armas, sendo 11 fuzis, uma escopeta e uma submetralhadora, além de uma granada, na ocupação da RocinhaFoto: Extra / Fabiano Rocha

Casos de Polícia - Extra Online

sábado, 12 de novembro de 2011

PM que ajudou a prender traficante Nem doa sangue no Rio

Tenente recusou oferta de R$ 1 mihão para liberar traficante.

Oficial e mais 45 PMs foram ao Hemorio fazer doação nesta manhã.

Do RJTV

O tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, que atuou na prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como Nem, chefe do tráfico da favela da Rocinha, recusando uma oferta de propina de R$ 1 milhão, fez um gesto de solidariedade na manhã deste sábado (12). Ele foi ao Hemorio, no Centro do Rio, onde os estoques estão muito baixos, para doar sangue.

O oficial do Batalhão de Choque (BPChoque) estava de folga e aproveitou para ir ao Hemorio com uma turma de mais 45 colegas de farda. O Hemorio fica na Rua Frei Caneca.

Além do tenente, outros voluntários foram doar sangue neste sábado. A doação ajudou a salvar a vida de um rapaz que está internado no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

A cirurgia foi desmarcada quatro vezes por falta de bolsa de sangue. Mas na sexta-feira (11), depois de doações, ele foi operado e passa bem.

Na sexta-feira (11), o tenente e outros policiais do Batalhão de Choque (BPChoque) foram homenageados em uma solenidade com a presença do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

G1 - Rio de Janeiro

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PM que recusou R$ 1 milhão de Nem diz que não fez nada de 'anormal'

Ele tem salário de R$ 3 mil por mês.

Traficante foi encontrado em porta-malas de carro na quinta-feira (10).

Rosanne D'Agostino Do G1 RJ

Policial contou que filhos gostaram de o ver na televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Policial contou que filhos gostaram de o ver na
televisão (Foto: Rosanne D'Agostino)

Pouco mais de R$ 3 mil é o salário do 1º tenente Disraeli Gomes Figueiredo e Silva, 35 anos, policial militar do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro que recusou suborno de R$ 1 milhão ao prender o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico na Favela da Rocinha. “Não tive nenhuma atitude anormal”, afirmou nesta sexta-feira (11) o PM.

Segundo o tenente, o salário não é o que deve mover um policial. “Caráter, valores formam um policial honesto”, disse.

O traficante Nem foi preso na madrugada de quinta-feira (10), enquanto tentava fugir no porta-malas de um carro, em consequência da ação de homens do Batalhão de Choque, que faziam revistas nos acessos à comunidade da Rocinha. Antes da prisão, os homens que o ajudavam chegaram a oferecer R$ 1 milhão de suborno em troca da liberdade de Nem, segundo a polícia.

“Só fiz o meu trabalho, aquilo que sou treinado para fazer, o que acreditava, os valores que meu pai e minha mãe me colocavam desde criança. Acredito que sejam os valores que a maioria da sociedade tem, então não fiz nada demais, não tive nenhuma atitude anormal”, disse o 1º tenente em entrevista no batalhão.

Segundo Gomes, seus três filhos acompanharam tudo pela televisão e tentavam protegê-lo. “Meus filhos fizeram muita brincadeira por conta de ver o pai dentro da televisão, dando tchau, tentando interação, que todo mundo sabe que é impossível, mas no mundo imaginário de uma criança, tudo é possível”, contou.

PM não se considera herói

O PM também diz que não se considera um herói. “Quando aparece um exemplo positivo, o policial fica grato de ter essa oportunidade de mostrar para a sociedade de que a minoria não vence”, disse.

Ao longo de 10 anos e seis meses de corporação, e há dois anos e seis meses no Batalhão de Choque, o PM disse ainda que não pretende ser lembrado apenas por este fato. “Espero que até lá eu não precise lembrar de um gesto de dez anos passados. Espero ter gestos tamanhos para mostrar para eles”, afirmou ele, que apenas que espera que isso sirva de lição no futuro. “Lição de honestidade, honra, de integridade moral.”

Traficante aparece careca e de uniforme em foto tirada em Bangu 1

Na noite de quinta-feira, a Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou a foto de Nem já na penitenciária de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste. Segundo a Seap, ele teve o cabelo raspado e terá que usar uniforme.

Em nota, a Seap informou que o traficante não tem direito a receber visitas e nem a tomar banho de sol, por enquanto. A Seap informou, ainda, que o criminoso está preso em uma cela individual.

G1 - Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prisão de Nem da Rocinha é comemorada por policiais - Casos de Polícia

Extra Online

Policiais do Batalhão de Choque ainda comemoram a prisão do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. Eles conversavam animados enquanto esperavam pela transferência do preso na superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá.

Os policiais comemoram a prisão de Nem Foto: Márcia Foletto / O Globo

A prisão de Nem foi resultado de dez dias de trabalho, nos quais a Favela da Rocinha era monitorada 24 horas por dia. O traficante foi encontrado dentro da mala de um carro, em uma tentativa de fuga, e ainda tentou subornar os policias do Batalhão de Choque que o encontraram.

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