Além dele, outros dois homens estão sendo procurados.
Namorado de rival deve ficar em liberdade até o fim das investigações.
Alícia Uchôa Do G1, no Rio
Tamires faria 16 anos no último dia 25, quando anunciaria noivado (Foto: Reprodução / G1)
A polícia prendeu na manhã desta segunda-feira (27) um bombeiro suspeito de ter participado da morte da estudante Thamires de Paiva Miranda, de 15 anos, assassinada a tiros no último dia 8, depois de uma briga com uma colega de sala de aula, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
“Segundo as testemunhas, ele foi um dos que saíram do carro armados e estaria com o fuzil de onde saíram os disparos que mataram a menina”, contou o delegado Ronald Hurst, da 35ª DP (Campo Grande). O suspeito, que vinha sendo monitorado por agentes, estava em casa e não resistiu à prisão.
De acordo com a polícia, com ele foram encontrados uma pistola, um revólver e um Fiat prata, que teria sido usado no dia do crime.
Dois foragidos
A expectativa agora é que sejam presos ainda dois homens, que seriam o pai e o tio de Ana Paula Paula Alves Souza, de 21 anos, com quem Thamires teria brigado na escola. Um deles é um ex-policial militar.
Entre os suspeitos está ainda Thiago Sacramento Santana, de 24 anos, namorado de Ana Paula, que teria agredido Thamires, depois da confusão, e, mais tarde, trocado socos com o namorado dela.
“Contra ele, já tínhamos até um mandado de prisão. Mas como ele se apresentou à delegacia, prestou depoimento e tem residência fixa, deveremos aguardar o fim das investigações”, explicou Ronald, que tem equipes monitorando o rapaz.
Testemunhas escondidas
Enquanto isso, testemunhas do assassinato da estudante continuam escondidas. Com as investigações ainda em curso, eles temem serem os próximos alvos dos responsáveis, que ainda estão soltos.
Assista, abaixo, ao vídeo exclusivo do G1 com as testemunhas
“Achei melhor me afastar até que a justiça seja feita. Acho que nem vivo mais, minha vida está parada. É difícil ficar longe dos amigos, da família, do meu filho. Estou sofrendo muito. Acordo, leio a bíblia, tá difícil viver”, contou o namorado de Tamires, que seria o alvo dos tiros que a matou.
Segundo ele, que saiu de casa com a família, vizinhos já viram, depois do crime, carros suspeitos sem placa e com película passando pelo local. Barbeiro, de 24 anos, ele parou de trabalhar e tem vivido com ajuda de amigos e parentes. Apesar do medo, no entanto, ele não pediu oficialmente apoio ao Programa de Proteção a Testemunhas da polícia.
'Me arrependo', diz namorado
Quando repassa as cenas que viveu, o namorado de Tamires conta que, ao ver os homens armados, os dois correram e a estudante, ao ser alvejada, o mandou ir embora. “Ela achou que eles não iam matá-la”, diz ele, que admite que, se pudesse voltar atrás, não teria acirrado ainda mais os ânimos da discussão da adolescente com a colega de turma.
“Me arrependo. Se soubesse que ia dar nisso, nem na escola dela teria ido”, conta ele que, na ocasião, foi pedir satisfação da briga com o namorado da colega de turma de Tamires, os dois brigaram e ele o teria feito pedir desculpas à adolescente. O assassinato de Tamires teria sido uma retaliação.
O enterro de Tamires foi marcado pela comoção de cerca de 100 pessoas (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Como foi
Tamires morreu no último dia 8, com tiros de fuzil na porta da casa do namorado, em Campo Grande, na Zona Oeste. O crime teria sido motivado por uma briga em sala de aula, com Ana Paula Alves Souza, de 21 anos, que estaria atrapalhando a aula ao falar no telefone celular e ouvir música.
Depois da aula, a discussão teria continuado fora da escola e a adolescente teria sido agredida por Thiago Sacramento Santana, 24, namorado de Ana Paula. A confusão teria continuado com a chegada do namorado de Tamires, que teria revidado as agressões.
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