sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Carro da PM e bancos são atacados no RJ

Da Redação, com BandNews FM noticias@band.com.br

Incidentes ocorreram na zona norte da capital e também em São Gonçalo, na região metropolitana.

Carro da polícia rodoviária foi atacada em Barros Filho / Jadson Marques/ AE

Carro da polícia rodoviária foi atacada em Barros Filho Jadson Marques/ AE

Vários incidentes foram registrado na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana na manhã desta sexta-feira, primeiro dia de greve das polícias civil e militar, além dos bombeiros, deflagrada na noite de ontem. Um carro da PM e duas agências bancárias foram atacadas.

Os ataques aos bancos ocorreram na cidade de São Gonçalo. As agências do Itaú e da Caixa Econômica Federal, localizadas no bairro Paraíso, amanheceram com as vidraças destruídas. Não há informações se os vidros foram atingidos por pedras ou tiros.

Também pela manhã, um carro da Polícia Militar foi atacado a tiros na pista central da avenida Brasil, na altura de Barros Filho, zona norte da capital. Os policiais que estavam no veículo não se feriram. Os autores do ataque conseguiram fugir.

Paralisação

O anúncio da greve gerou reação imediata de alguns órgãos públicos e empresas privadas. A sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e uma universidade particular fecharam as portas na manhã de hoje.

Os grevistas anunciaram que 30% do efetivo continuará trabalhando durante a greve
. Segundo o sindicato da Polícia Civil, apenas chamados emergenciais serão atendidos em delegacias, como homicídios, agressão a mulheres e furto de automóveis.

O bloco carnavalesco mais famoso do Rio, o Cordão da Bola Preta, chegou a cancelar o desfile desta sexta-feira por falta de segurança. Mas a agremiação voltou atrás e resolveu manter o pré-carnaval, na avenida Rio Branco, no Centro.

Greve

A Polícia Civil e Militar do Estado do Rio, assim como os bombeiros, decidiram entrar em greve na madrugada desta sexta-feira, insatisfeitos com o aumento salarial progressivo de 39% aprovado horas antes pela Assembleia Legislativa do Rio.

Após uma assembleia de cinco horas realizada na praça Cinelândia, no centro do Rio, a greve foi aprovada em uma votação entre os cerca de 2.000 oficiais presentes.

Os agentes de segurança também protestam contra a prisão na quinta-feira de um líder sindical dos bombeiros, Benevenuto Daciolo, acusado de querer ampliar a greve a outros Estados e ameaçar o Carnaval.
Protestos

O secretário de Defesa Civil estadual e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, disse nesta quinta-feira mais cedo que se a greve fosse decretada, 14 mil homens do exército garantirão a segurança do estado, enquanto 300 homens da Força Nacional ajudarão os bombeiros. Cerca de 3.500 soldados já estão no controle da segurança na Bahia.

"Liberdade para Daciolo; prendam (o governador do Rio, Sérgio) Cabral", pediam dezenas de folhetos sindicais distribuídos na praça Cinelândia, em meio ao ruído de apitos e cornetas.

Um alto-falante difundia uma mensagem gravada: "população, bombeiros e policiais militares pedem socorro. Alerta à população carioca. Em caso de greve, que a população evite transitar nas ruas da cidade".

Bahia

O protesto soma-se à iniciativa há nove dias da Polícia Militar da Bahia, que provocou uma onda de violência com um saldo de mais de 120 mortos, mais que o dobro da média habitual, sobretudo na capital, Salvador.

Mais de 200 policiais em greve desocuparam nesta quinta-feira a sede da Assembleia Legislativa da Bahia, onde estavam amotinados havia nove dias, e seu líder, Marco Prisco, foi preso. No entanto, os policiais decidiram nesta quinta-feira à noite manter a greve.

A presidente Dilma Rousseff criticou duramente a greve na Bahia e rejeitou uma anistia para aqueles que cometeram atos "contra as pessoas e a ordem pública".

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