quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Desarmado, coronel da reserva da PM vira vítima de assalto dentro de ônibus

Paulo Carvalho

Desarmado e misturado a outros dez passageiros que viajavam em um ônibus da viação Pégaso pela Avenida Brasil, na altura de Realengo, na Zona Oeste, na manhã de ontem, o coronel da reserva Júlio César Ramos, de 56 anos, não teve como reagir a ação de dois homens armados que invadiram o coletivo para assaltar.

Do coronel eles levaram um relógio, um celular, um óculos de sol e R$ 250, além de seus documentos. Ele não estava com a carteira da PM. E o fato de não estar armado acabou livrando o oficial de não ser executado pelos bandidos. Desconfiado da aparência do coronel, imaginando ser ele um policial, os assaltantes revistaram apenas o policial.

A ação foi rápida. Os bandidos, segundo o oficial, entraram no coletivo que faz a linha 2636 (Campo Grande - Castelo), junto com uma passageira, na altura da Vila Kennedy. O ônibus vinha de Campo Grande e seguia para o Centro da cidade. Na altura da favela do Fumacê eles anunciaram o assalto.

Armado com um revólver, um bandido ficou parado ao lado do motorista enquanto o outro roubava os pertences dos passageiros como relógios, celulares, dinheiro e bolsas. Do motorista do ônibus nada foi levado. Na altura do bairro de Coelho Neto eles exigiram que o motorista parasse o coletivo e desceram. Policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), que estavam em uma cabine próximo ao conjunto Amarelinho foram avisados e assumiram a ocorrência.

De acordo com depoimentos prestados pelas vítimas na 40ª DP (Honório Gurgel), os bandidos aparentavam ter entre 20 e 30 anos e apenas um estava armado com um revólver. A polícia já requisitou imagens do circuito de câmeras do ônibus para analisar se os bandidos são os mesmos que estão agindo em assaltos a coletivos na região.

Na reserva remunerada, o coronel Júlio César Ramos já comandou batalhões importantes da PM como o 20º BPM (Mesquita), o 35º BPM (Itaboraí) e o 34º BPM (Magé). Em 2009 o oficial foi designado para comandar a Diretoria de Ensino e Instrução (DEI), quando acabou entrando para a reserva. Ele faz parte atualmente do conselho deliberativo da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro (AME). Na delegacia o coronel, que mora em Campo Grande, preferiu não dar declarações sobre o assalto.

Extra Online

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