Marcos Nunes
O desempenho dos delegados titulares das 20 delegacias especializadas da Polícia Civil está na mira do Diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), delegado Fernando Reis e da Chefia de Polícia. Trimestralmente, a produção de cada unidade será avaliada pelo di$do DGPE. O resultado da produtividade será decisivo para permanência ou não no cargo de delegado titular da unidade.
— A unidade que não atingir suas metas, e não tiver justificativa para isso, terá a titularidade trocada — explicou Fernando Reis.
A atitude é referendada pela Secretaria de Segurança. Empossado no cargo em $, o diretor estabeleceu metas a serem alcançadas pelas especializadas e instituiu uma planilha de desempenho. Em maio, Fernando Reis, fará a primeira avaliação trimestral do ano. Na ocasião, os titulares das especializadas deverão prestar contas da produção de cada unidade
Segundo o diretor do DGPE, as metas estabeleci$não chegam a indicar números mínimos de prisões ou apreensões, mas a produção deverá superar o que foi feito no passado.
— Avaliamos o desempenho das unidades especializadas no ano passado. Certamente, o desempenho das gestões atuais terá que superar o que foi feito anteriormente. O objetivo é o de superar a produtividade —
Redução de homicídios e roubo de carro
Fernando Reis preferiu não dizer se estabeleceu possíveis alvos para serem atingidos por cada uma das especializadas. Ele admitiu, porém, que a redução de homicídios e roubos de veículos estão em seus planos.
— Na verdade, alvos são todas aqueles alcançados pelas especialidades das delegacias. Homicídios, roubos e furtos de veículos sempre são alvos — afirmou.
Segundo o diretor do DGPE, integração é a palavra de ordem para os delegados das especializadas. Ele recomendou que os titulares passem a trocar informações com mais frequência do que atualmente.
— Chamamos isso de investigações em bloco. As ações que disserem respeito a mais de uma unidade especializada devem ser integradas. Se o titular da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), por exemplo, tiver notícia de que uma quadrilha está usando menores para traficar, deverá integrar a informação com o colega da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Logicamente, resguardando os níveis de acesso a essas informações — disse Reis.
Instalações antigas nas especializadas
Instalações antigas e falta de estrutura são alguns dos problemas enfrentados por algumas especializadas. No mês passado, parte do forro do teto do cartório da Delegacia de Defraudações desabou. Não houve feridos, mas policiais chegaram a abandonar o antigo prédio da Polinter, localizado na Rua Silvino Montenegro, na Zona Portuária, onde a Defraudações estava instalada.
Além do desabamento, o subsolo do edifício foi alagado por água e um vazamento de esgoto. Uma máquina de sucção foi utilizada esvaziar o compartimento. Por conta do incidente, a Delegacia de Defraudações foi transferida e já está funcionando no novo prédio da Polinter, próximo ao Hospital do Andaraí.
A previsão é a de que todas delegacias especializadas passem a funcionar na Cidade da Polícia, que será instalada no bairro do Jacaré. A estimativa é a de que as obras sejam concluídas até o fim do ano. Para aumentar o efetivo, a Polícia Civil anunciou a abertura de um concurso com 600 vagas para o cargo de inspetor. As inscrições vão até 29 de março.
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