Herculano Barreto Filho
A Polícia Federal prendeu, na manhã de quinta-feira (16), 11 pessoas ligadas ao tráfico de drogas no Morro do São Carlos, no Estácio. Entre elas, o capitão Adjaldo Luis Piedade, acusado de receber cerca de R$ 15 mil por semana pagos pelo tráfico no período em que era comandante da UPP São Carlos.
Segundo a investigação, a propina era paga por um traficante conhecido como Peixe, preso durante a ocupação policial na Rocinha, em novembro do ano passado.
Operação da Polícia Federal prende 11 pessoas ligadas ao tráfico de drogas no Morro do São Carlos, no Estácio. Entre elas, dois policiais militares que trabalharam na UPP Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
O capitão Piedade já havia sido afastado da PM. Antes, ele estava no Departamento Geral de Pessoal (DGP), uma espécie de “geladeira” da PM. O soldado Alexandre Duarte, que também trabalhava na comunidade e foi transferido há três meses para a UPP do Coroa/Fallet/Fogueteiro, também foi preso durante a operação.
— Era um policial que cumpria com as suas obrigações. Mas confiamos no trabalho feito pela Polícia Federal. Mas isso não interfere no nosso trabalho. Vamos continuar com a rotina de combate ao crime. O objetivo da UPP é oferecer segurança à comunidade e seguir o trabalho — disse o capitão Sérgio Stoll, comandante da UPP do Coroa/Fallet/Fogueteiro.
Oito pessoas foragidas
A operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal foi batizada como “Boca Aberta”, em virtude do funcionamento das bocas de fumo, apesar da atuação das unidades de pacificação. Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de prisão. Oito pessoas seguem foragidas.
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