Bombeiros e policiais militares serão encaminhados para unidades prisionais das suas respectivas corporações
Rio - O Governo do Estado do Rio de Janeiro informou que vai solicitar à Justiça a transferência de policiais e bombeiros militares presos. O pedido, justificado pelo fim das ameaças à manutenção da ordem pública, será feito na manhã desta quarta-feira. Os oficiais estão no presídio Bangu 1 e seriam encaminhados para unidades prisionais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, onde continuarão a cumprir prisão preventiva.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Erir da Costa Filho, e o Secretário de Estado de Defesa Civil e Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Sérgio Simões, entregarão as solicitações nesta quarta-feira à juíza Ana Paula Penna Barros.
Em ato realizado no domingo, manifestantes pediram libertação de miltares presos | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
Ao todo, 11 militares estão presos na penitenciária da Zona Oeste do Rio. São 10 policiais militares, além do cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo.
Na noite desta segunda-feira bombeiros e policiais militares resolveram suspender a greve iniciada na madrugada da última sexta-feira. A decisão foi tomada em assembleia realizada na Lapa, no Centro do Rio. Os militares decidiram que a paralisação está suspensa até o fim do Carnaval, quando será realizada uma nova assembleia, para decidir os rumos do movimento.
Reivindicações não atendidas
A greve foi deflagrada na última quinta-feira, quando os líderes do movimento garantiam que cruzariam os braços caso algum item da sua pauta de reinvindicações não fosse atendido pelo governo. Eles pedem a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso no fim da noite de quarta-feira, auxílio-transporte e alimentação de R$ 350, piso salarial de R$ 3.500 e jornada de 40 horas semanais.
Mais cedo, a Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira, por 60 votos a um (duas abstenções e sete faltosos), o projeto de lei que concede 38,81% de aumento aos 122.640 servidores da Segurança Pública, que será quitado em fevereiro de 2013.
No sábado, segundo dia da greve decretada pelo Corpo de Bombeiros e polícias Militar e Civil, esta última decidiu suspender sua participação no movimento. O Governo do Rio continuou o processo de punição aos grevistas militares, que já somam 188 presos ou detidos, sendo 171 bombeiros e 17 PMs, desde sexta-feira.
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