terça-feira, 8 de junho de 2010

Justiça condena ex-PM acusado de comandar milícia a 12 anos de prisão

Fabrício Mirra já havia sido condenado e está preso no Paraná.
Outro acusado também foi incluído no processo.

Do G1 RJ

O Ministério Público do Rio conseguiu nesta terça-feira (8) a condenação do acusado de comandar uma milícia da Zona Oeste, o ex-policial militar Fabrício Fernandes Mirra, conhecido como Mirra, a mais 12 anos de prisão em regime fechado, pelo crime de formação de quadrilha armada. A sentença foi dada pelo Juízo da 21ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com o MP, Marcelo Pereira Menigette Paulo, vulgo Pit Bull, outro acusado de comandar uma milícia, foi condenado a dez anos de reclusão.

Em um processo anterior, de 2009, a Vara Criminal de Itaguaí, na Baixada Fluminense, já havia condenado Mirra a oito anos de reclusão em regime fechado. A nova condenação diz respeito ao processo resultante do desmembramento da ação penal referente à operação “Leviatã 2”. Este processo inclui apenas os dois chefes do grupo que estão presos no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Há outro processo contra os demais denunciados pelo MP como integrantes do bando.

“A condenação foi importante no sentido de afastar o comando da milícia da área em que atua pelo maior tempo possível, evitando sua reorganização”, disse o promotor de Justiça Claudio Varela.

A investigação, a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), estendeu-se de março de 2008 a maio de 2009, quando houve a operação. A denúncia, oferecida pela 1ª Central de Inquéritos, diz que uma nova quadrilha foi formada por Mirra, já preso no Complexo de Gericinó, Menigette, então em liberdade, e Alexandre Dantas de Mello Alves, vulgo Dantas, para recuperar antigas áreas de atuação. Mirra e Dantas são ex-policiais militares e Menigette é policial militar.

De acordo com a denúncia, a quadrilha, exerceu o controle das comunidades da Palmeirinha (Guadalupe), Fernão Cardim, Guarda e Águia de Ouro (Del Castilho), mediante emprego de armas de fogo e a prática de crimes como extorsões, homicídios e roubos. E, de acordo com o MP, também estendeu seus domínios às comunidades de Belém-Belém e Rato Molhado (Del Castilho), Malvinas, Boiúna, Estrada do Rio Grande, Cabeça de Porco, Nova Aurora e Jordão (todas em Jacarepaguá), conjunto residencial da Estrada do Rio do Pau (Anchieta) e Morro do Dezoito (Piedade).

G1 - notícias em Rio de Janeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário