Guilherme Amado
Recursos Humanos
A Polícia Militar abriu uma seleção interna para escolher futuros comandantes de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). São procurados capitães e 1º tenentes que tenham interesse de comandar UPPs.
Segundo o texto do anúncio à procura de candidatos, publicado no boletim intero da PM do último dia 18, os oficiais não podem estar respondendo a processos civil ou militar. Eles devem passar também por um processo de entrevistas com psicólogos da corporação e com o futuro comandante do Comando de Polícia Pacificadora, coronel Robson Rodrigues.
As inscrições estão abertas até o dia 25 de junho. Até agora, o posto de comandante da PM era ocupado apenas por policiais indicados internamente. O objetivo do novo critério de seleção seria atender ao grande número de comando de UPPs a ser preenchido.
- O ideal é que sejam pessoas que gostem do que vão fazer - explicou o comandante de uma UPP, que preferiu não se identificar.
Embora o governador Sérgio Cabral tenha anunciado no início deste ano que os comandantes de UPPs, além do salário, receberiam uma gratificação de R$ 1.000, o aumento nunca foi dado.
Além do soldo correspondente à patente de capitão, os comandantes recebem uma gratificação de R$ 500, que, descontado o Imposto de Renda, resulta em R$ 360, apenas R$ 10 a mais do que o salário de capitães de outras unidades operacionais.
Hoje, o cargo de comandante de UPP apresenta a vantagem de dar visibilidade dentro e fora da corporação, com a possibilidade de se mostrar resultados do trabalho com relativa rapidez.
Nos bastidores de uma nomeação para comandar uma pacificadora, porém, muitos capitães temem que o excesso de aparecimentos na imprensa os prejudique frente a oficiais superiores, que se sentiriam desprestigiados com o excesso de foco sobre seus subordinados.
Alguns até têm evitado aparecer na mídia, temendo que suas futuras promoções sejam seguradas por ciúme de outros oficiais.
Mas com certeza será dado. Cabral tem investido e valorizado muito o trabalho dos militares. Hoje a nossa polícia é elogiada em vários países, coisa que não acontecia.
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