por Marcelo Gomes
Assalto ou tentativa de execução?
Quatro bandidos armados de pistola invadiram, na manhã desta terça-feira, a casa do vereador de Magé Genivaldo Ferreira Nogueira, o Batata, no bairro da Barbuda, próximo do Centro do município. Por volta das 8h, os criminosos renderam o caseiro e o obrigaram a abrir o portão. No quintal, eles renderam um policial militar, que trabalha como segurança da residência, e roubaram sua arma e seu celular.
Os bandidos, então, queriam que o caseiro abrisse a porta da casa, mas como ele não tem a chave, não conseguiram. Enquanto isso, num momento de distração dos marginais, o segurança que havia sido rendido conseguiu escapar. Batata, que estava em casa com o filho de 13 anos, acordou com o latido dos cachorros, percebeu a movimentação pelas câmeras de segurança da residência e chamou a polícia.
Como não conseguiram entrar na casa, os criminosos — que estavam num Meriva verde e num Gol azul — fugiram e sequestraram o caseiro, que foi abandonado cerca de uma hora depois no Conjunto Habitacional da Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio.
— Não tenho inimigos e nunca recebi ameaças de morte. Acho que foi uma tentativa de assalto. Sou comerciante e vereador. Devem achar que eu tenho dinheiro — afirmou Batata, acrescentando que ele e o caseiro têm condições de fazer retrato-falado dos bandidos.
O vereador disse ainda que vai reforçar a sua segurança pessoal e a da residência:
— O sistema de câmeras apenas monitora. Mas vou instalar um equipamento que grave as imagens 24 horas por dia. Atualmente eu ando diariamente com dois seguranças. Vou contratar outros.
Batata, o caseiro e o policial militar que foi rendido já prestaram depoimento na 65ª DP (Magé). Para a polícia, há outra linha de investigação além da tentativa de assalto, apesar das declarações do vereador.
— Também trabalhamos com a hipótese de que a intenção era matar o vereador — disse o delegado Carlos Quelotti, da 65 DP (Magé).
O vereador Batata é réu em quatro processos de assassinato na Justiça: do Policial Militar e também vereador de Magé Dejair Corrêa, ocorrido em fevereiro de 2007; do também vereador de Magé Alexandre Augusto Pereira Alcântara, em janeiro de 2003; da então vice-prefeita de Magé Lídia de Almeida Menezes, em junho de 2002; e do jornalista de Magé Mário Coelho da Rocha, o Mariozinho, em agosto de 2001.
Poucos dias após o assassinato de Dejair Corrêa, Batata teve sua prisão decretada pela Justiça. Ele foi preso por policiais do 34º BPM e da 65ª DP (Magé) no dia 13 de fevereiro de 2007, escondido no apartamento da família da então prefeita de Magé, Núbia Cozzolino, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
No entanto, no dia 16 de março daquele ano, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar a favor de Batata, colocando-o em liberdade.
O benefício foi estendido aos outros acusados de envolvimento no crime, que aguardam julgamento em liberdade.
pENA QUE NÃO CONSEGUIRAM MATA-LO
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