quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

'Autores serão localizados em breve', diz delegado sobre ataque a policiais

PM baleado na perna direita prestou depoimento na delegacia.
Peritos estão melhorando qualidade das imagens das câmeras.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

Foto: Aluizio Freire / G1

O soldado da PM Davi de Almeida Wanzeler chega à 6ª DP (Cidade Nova) nesta quinta (22) para depor sobre ataque de criminosos sofrido no domingo (17). (Foto: Aluizio Freire / G1)

A polícia já identificou dois veículos Astra pretos, quatro portas, com características semelhantes ao do carro usado pelos criminosos que dispararam contra os policiais militares na Cidade Nova.

O delegado Fernando Reis, titular da 6a DP (Cidade Nova), que nesta quinta-feira (21) ouviu o depoimento do soldado PM Davi de Almeida Wanzeler, baleado na perna direita, acredita que “os autores do crime serão localizados em breve”.

O dois veículos foram identificados em um levantamento de carros roubados, do mesmo modelo, nos últimos 30 dias. O delegado encaminhou ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) as imagens das câmeras que mostram o ataque aos policiais. “Eles estão dando um tratamento usando um software que é capaz de ampliar e melhorar a qualidade das imagens. Isso vai ajudar a identificar melhor o carro e aproximar o rosto dos criminosos”, disse.

Fernando Reis, no entanto, não quis adiantar o teor do depoimento do soldado ou confirmar se ele conseguiu reconhecer os agressores. “Não queremos falar coisas que podem prejudicar as investigações”, justificou. O PM Davi, reclamando de dores, não quis falar ao sair da delegacia. Ele estava sendo escoltado por dois policiais. 

Novas imagens

Novas imagens divulgadas na terça-feira (19) mostram em detalhe o ataque. O sargento Wilson de Carvalho e o soldado Davi estavam no carro da PM, estacionados na descida do Elevado Paulo de Frontin, na altura do Centro de Convenções Sul-America, fazendo patrulhamento de rotina, quando homens passaram atirando em um Astra preto.

As imagens da câmera de segurança mostram a patrulha parada na esquina da rua com as portas abertas, na manhã de domingo (17), enquanto pedestres passam pela calçada. O carro preto usado pelos criminosos aparece em seguida. Ele passa devagar, a menos de um metro dos policiais. Depois, o veículo retorna em menos de um minuto. Dois criminosos armados param e começam a atirar.

O soldado sai da patrulha e atira. Ele cai no chão e corre para se proteger das balas. Um dos criminosos rouba a carabina do policial morto que estava na patrulha. O sargento foi atingido na cabeça e morreu na hora. Já o soldado, que ficou ferido no ombro e na perna, foi levado para o Hospital Central da PM, no Estácio, Zona Norte.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos seria traficante no morro do Fallet, no Rio Comprido, Zona Norte. Na segunda-feira (18), o advogado do suspeito esteve na delegacia e disse que seu cliente não tem nenhuma ligação com o crime e nem com o tráfico no morro do Fallet.

Investigações

Uma das linhas de investigação é de que os criminosos teriam atacado os policiais para vingar a morte do filho do traficante que chefia a venda de drogas no Morro da Fallet. O rapaz de 17 anos foi encontrado morto numa das vielas da comunidade, no início de dezembro.

O pai do jovem morto é Flávio Pedro da Silva, suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas na região. Contra ele há um mandado de prisão. De acordo com policiais, o suspeito é raramente visto na comunidade. O delegado pediu ajuda da população para ajudar a esclarecer o crime.

O Clube de Cabos e Soldados da PM está oferecendo R$ 9 mil de recompensa a quem der informações que levem a prisão dos assassinos do policial. O número do Disque-Denúncia é 2253-1177.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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