São Paulo - O Comando do Exército do Brasil informou em nota neste domingo que foi encontrado o corpo do major Francisco Adolfo Vianna Martins Filho, que estava desaparecido desde o terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira. Com a confirmação, sobe para 15 o número de militares brasileiros mortos no desastre.
O Major Adolfo desempenhava funções de Observador Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Além dos militares, morreram durante o terremoto a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e Luís Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Ainda há três militares desaparecidos.
Os 16 militares feridos que foram trazidos para o Brasil permanecem internados no Hospital Geral de São Paulo. Segundo o Exército, o quadro clínico deles é bom e estável, alguns com condições de receber alta hospitalar. Todos permanecerão internados até o término do período de quarentena, para a realização dos exames complementares.
Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.
O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.
A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.
As informações são do Terra.
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