sábado, 24 de julho de 2010

PM que liberou atropelador de Rafael Mascarenhas se apresenta e está preso

Um sargento que também teria recebido propina ainda é aguardado pela corporação

Rio - Marcelo Bigon, o cabo da Polícia Militar que liberou Rafael Bussamra, o jovem que confessou ter atropelado Rafael Mascarenhas na madrugada de terça-feira, no Túnel Acústico, na Gávea, se apresentou no fim da manhã deste sábado no 23º BPM (Leblon). A informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Militar.

"A Polícia Militar informa que o cabo Marcelo Bigon já se encontra em prisão administrativa de 72 horas no 23ºBPM
(Leblon).

Embora haja expectativa de que  o sargento Leal tome a mesma atitude, o Chefe da 1ªDelegacia de Polícia Judiciária Militar, major Bastos, coordena diversas equipes em busca do sargento, diz o comunicado".

Ele teve a prisão administrativa determinada pelo comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, após o pai do motorista, Roberto Bussamra, afirmar em depoimento da delegacia, que pagou R$ 1 mil para que ele e um sargento liberassem o filho após o atropelamento.

"A prisão administrativa tem prazo de 72 horas a partir da apresentação do policial à unidade. Na segunda-feira, quando se encerra o prazo, a Corregedoria Interna da Polícia Militar vai pedir à Auditoria de Justiça Militar que decrete a prisão preventiva dos dois militares".

Na manhã deste sábado, foi negado pelo juiz Alberto Fraga, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio, o pedido de prisão preventiva dos dois policiais militares. A negativa da prisão preventiva não invalida a prisão administrativa determinada pelo comandante da corporação.

O cabo foi encaminhado para o Batalhão Especial Prisional, em Benfica, onde pode ficar até 30 dias preso.O sargento ainda é aguardado na Polícia Militar.

O comandante geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mário Sérgio Duarte, havia pedido na noite de sexta-feira a prisão preventiva dos policiais após tomar conhecimento do depoimento de Roberto Bussamra.

Ainda de acordo com a PM, a Corregedoria da Polícia Militar recebeu da Polícia Civil no fim da tarde de sexta-feira uma cópia do depoimento de Roberto.

Ainda de acordo com a PM, será aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso. Os dois policiais passarão por um conselho de disciplina e deverão ser expulsos da corporação.

O DIA ONLINE - RIO

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