quinta-feira, 22 de julho de 2010

Policial que liberou carro que matou Rafael tem ficha 'excepcional', diz PM

Segundo a PM, o outro policial que estava junto tem 'comportamento ótimo'.
Os dois foram afastados das ruas e são investigados pela Corregedoria.

Tássia Thum Do G1 RJ

 

As fichas profissionais do sargento e do cabo da Polícia Militar, que liberaram o motorista que atropelou o músico Rafael Mascarenhas, apontam comportamento excepcional e ótimo durante o tempo em que eles estão na corporação. As informações são da assessoria de relações institucionais da PM.

Ainda de acordo com a PM, o sargento ingressou na instituição em 1992, e o cabo iniciou a carreira na PM em 2001.

Os policiais prestaram esclarecimentos à Corregedoria da PM sobre o espisódio durante toda a manhã desta quinta-feira (22). De acordo com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, os PMs voltaram a confirmar as declarações que constavam no boletim de ocorrência entregue à Polícia Civil. O sargento e o cabo foram afastados dos trabalhos nas ruas.

Segundo o coronel Mário Sérgio, a Corregedoria do PM investiga qual teria sido a intenção dos policiais quando liberaram o carro. Ele descartou inicialmente a prisão administrativa dos militares, já que todas as testemunhas do atropelamento de Rafael Mascarenhas já foram ouvidas.

"A prisão administrativa é decretada quando pode existir qualquer tipo de pressão às testemunhas. Nesse caso, todas as testemunhas já foram ouvidas. No entanto, eles podem ter a prisão decretada pela Justiça", explicou Mário Sérgio.

Operação de grande porte será supervisionada

Na tarde desta quinta-feira (22), após uma reunião com 50 comandantes, o coronel Mário Sérgio Duarte declarou que qualquer operação de grande porte da PM terá que ser previamente avisada e autorizada pelo comando geral para que não se repitam erros como na morte do menino Wesley Andrade, de 11 anos, atingido por uma bala perdida numa sala de aula num Ciep, no subúrbio do Rio.

"Anteriormente, essas operações eram avisadas aos comandantes intermediários e comandantes dos batalhões. Cada um tinha que saber das suas responsabilidades e de seus afazares. Agora, qualquer operação que mobilize muitos policiais terá que ser avisada previamente ao comando da PM", explicou o coronel.

Segundo ele, operações de grande porte envolvem de 100 a 150 homens, são planejadas com antecedência e têm objetivos específicos. No caso do menino Wesley, a ação aconteceu num dia da semana, em horário escolar.

O comandante também informou que, a partir de sexta-feira (23), os policiais militares receberão um reforço no Programa de Prevenção ao Desvio de Conduta. O objetivo é evitar falhas como no caso do atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, quando policiais militares liberaram o motorista que confessou ter atingido o jovem no Túnel Acústico, na madrugada de terça-feira (20) e a morte do menino Wesley Andrade, de 11 anos, atingido por uma bala perdida numa sala de aula num Ciep, no subúrbio do Rio.

G1 - notícias em Rio de Janeiro

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