terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Grupo de extermínio da Baixada tem PM lotado na Civil

Camilo Coelho

Mandado de Prisão

A juíza Elizabeth Machado, da 4 Vara Criminal de Nova Iguaçu, decretou a prisão temporária de um grupo de extermínio que atua em toda a Baixada Fluminense.

E um dos crimes foi cometido à luz do dia. Há duas semanas, o policial militar Wagner Dantas Alegre tentou executar um desafeto com vários tiros de fuzil, às 15h, em uma rua movimentada de Nova Iguaçu. Na ação, Alegre usava a camisa cinza da Polícia Civil — ele estava cedido para a Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (Drae).

Além de Alegre, também estão sendo procurados o ex-fuzileiro naval Albano Pereira Marinho Neto, Victor Pimenta da Silva e o ex-PM Péricles de Castro Alves Bezerra.

Os quatro tentaram matar Carlos Davi Lira do Nascimento porque pensaram que ele estava ajudando a polícia em uma investigação contra o grupo de extermínio. Davi conseguiu fugir e está internado no Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas o pai dele, José Maria do Nascimento Neto, morreu no local.

A mãe e uma irmã de Davi também foram atingidas pelos disparos.

Péricles de Castro Alves Bezerra

Na decisão, a juíza escreveu que os integrantes do grupo são apontados como "exterminadores justiceiros que aterrorizam a comunidade (...) trazem em si sério risco à escorreita investigação dos fatos pela natural intimidação que provocam".

A investigação, feita por policiais da 58 DP (Posse) mostra que o ex-PM Péricles planejou mas não participou do ataque, porque era vizinho de Davi. O crime aconteceu na Rua Denise, bairro Monte Líbano.

Na semana passada, os policiais tentaram cumprir os mandados de prisão, mas não conseguiram. Na Drae, a delegada Márcia Beck informou que o PM Alegre já foi devolvido para a PM. As duas armas que ele usava enquanto esteve na delegacia foram apreendidas e vão passar por perícia.

Caso de Polícia - Extra Online_

Nenhum comentário:

Postar um comentário