terça-feira, 27 de julho de 2010

Homem que teria apanhado de PMs não reconhece agressores

identificação

Márcio AlvesO homem que teria sido espancado por policiais militares ao se negar a pagar propina para ter o carro, com IPVA atrasado, liberado não reconheceu os agressores após ser apresentado a mais de 500 fotos, na tarde desta segunda-feira. A tentativa de identificação foi feita na 4ª Delegacia de Polícia Militar, em Sulacap.

O caso de corrupção envolve dois PMs e foi registrado na 23ª DP (Méier), apesar de ter acontecido, segundo o denunciante, em Vaz Lobo. Dois PMs que estariam próximo ao ponto da abordagem - localizados por GPS - também foram à delegacia, mas não foram reconhecidos pela vítima.

No sábado, o motorista de 27 anos denunciou que fora agredido na noite de sexta-feira por ter se recusado a dar a propina pedida por dois PMs. Também no fim de semana, um vigilante disse que teve o carro rebocado em São João de Meriti, por não querer pagar o suborno exigido por policiais militares para liberar o veículo, cujo IPVA está atrasado.

O laudo do exame de corpo de delito atestou que o homem supostamente agredido em Vaz Lobo está com dificuldades de enxergar com o olho esquerdo.

O caso do vigilante, que não quer ser identificado, aconteceu quando ele seguia com a mãe, de 80 anos, para a casa de uma irmã, em Duque de Caxias, pela Rodovia Presidente Dutra. Ele contou na delegacia que os PMs, depois de calcularem quanto o motorista gastaria com despesas de reboque e com as diárias do depósito, exigiram um propina de R$ 320 para fazer vista grossa.

- Como eu estava muito nervoso, o próprio policial me ajudou a fazer a conta. O valor sugerido era de R$ 320. Expliquei que estava sem dinheiro, e eles apreenderam o veículo, sem me dar qualquer documentação que confirmasse o fato - alegou a vítima.

O vigilante acusa dois policiais do 21º BPM (São João de Meriti). : um tenente, que identificou no registro de ocorrência como Sales, e o cabo Expedito. Na delegacia, segundo a vítima, um inspetor chegou a tentar demovê-la da ideia e lhe perguntou se não tinha medo do que poderia acontecer. O vigilante, no entanto, não quis voltar atrás.

- Ele (o policial) me pediu para pensar duas vezes, porque estava mexendo numa casa de vespa. Eu sei o risco que estou correndo, mas estou indignado e não posso deixar passar - afirmou.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que o comando da 21 BPM já está apurando o caso.

Casos de Polícia: Extra Online

Um comentário:

  1. http://falandoaverdadecomsegadasvianna.wordpress.com/2010/07/12/uma-injustica-que-precisa-ser-corrigida/#comment-211

    O tribunal popular é muito eficaz em sua sentença, resta saber se esta é justa; pois pelo menos moralmente o acusado já cumpre a sentença da desmoralização pública; se for inocente depois, quem se importa?

    ResponderExcluir