Rio - A rebelião que acontece desde o início da tarde deste domingo no Presídio de Magé, na Baixada Fluminense, já deixou um morto. Segundo informações da PM, o morto seria um detento e a causa da morte seria overdose.
Um outro preso, que passou mal, foi levado para um hospital da região. Os detentos estão mantendo reféns quatro agentes penitenciários, um dos quais estaria ferido no braço por estilhaços. A rebelião começou depois que os detentos tentaram uma fuga em massa e foram contidos pelos guardas penitenciários.
Cerca de 30 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM estão no local e já deram prazo para o término da rebelião ou a unidade prisional será invadida.
Além da rebelião, uma "briga" religiosa deixou o clima ainda mais tenso em Magé. O pastor Marcos, que costuma tentar acabar com rebeliões, esteve no local por vontade própria, mas teria sido barrado pela direção da Casa.
O padre André, coordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Católica, teria sido convocado pelo Estado para ir ao local. Com autorização para entrar, o padre tenta negociar com os presos, o que revoltou o pastor.
Segundo Marcos, ele foi destratado pela diretoria do presídio e disse que a atitude foi preconceituosa.
O pastor Marcos falou ainda que os agentes estão amordaçados e amarrados a botijões de gás.
Familiares dos presos se concentram na porta da unidade e pedem a intervenção do governador do Estado, Sérgio Cabral, para que os rebelados não sejam castigados. O comandante do 34º BPM (Magé) também está no local tentando negociar a rendição dos rebelados.
Por telefone, O DIA conseguiu contato com alguns dos internos e ainda falou com dois dos reféns, os agentes penitenciários Alves e Silva. Os dois guardas disseram que estão sem ferimentos, que não foram agredidos ou feridos, mas informaram que a situação é tensa.
Reportagem de Marco Antônio Canosa e Alessandra Horto
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