Turnowski foi flagrado em escuta conversando com inspetor investigado.
Segundo a PF, ele teria vazado informações da operação ao inspetor.
Do RJTV
A cúpula do Ministério Público terá que analisar se o ex-chefe de Polícia Civil, o delegado Allan Turnowski, vazou ou não informações de uma investigação da Polícia Federal.
Ele foi flagrado em uma escuta telefônica conversando com um inspetor que estava sendo investigado pela Operação Guilhotina. Segundo a Polícia Federal, Turnowski teria vazado informações da operação ao inspetor.
Na semana passada, a Polícia Federal indiciou Alan Turnowski por violação do sigilo funcional e com o agravante de dano à administração pública. A pena seria de até seis anos de prisão.
Nesta segunda-feira (28), o promotor Homero das Neves pediu que o caso fosse encaminhado ao Juizado Especial Criminal, que julga crimes de menor potencial ofensivo. Na opinião do promotor, Alan Turnowski deveria responder pela violação de sigilo, mas sem o agravante do dano à administração pública. Com isso, a pena diminuiria para no máximo dois anos ou prestação de serviços comunitários.
Na quinta-feira (3), o juiz Guilherme Schilling, da 32ª Vara Criminal, encaminhou o caso ao Juizado Especial Criminal. Segundo o juiz, o exame dos autos não é capaz de excluir o dano à administração pública.
Nesta sexta-feira (4), o promotor do Juizado Especial Criminal entendeu que houve o dano à administração pública, com mais um agravante: o fato de Alan Turnoswki ser, na época, o chefe de Polícia Civil. Neste caso, a pena máxima aumentaria para oito anos de prisão.
Como houve a discordância entre dois promotores o caso foi encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes. Caberá ao procurador-geral decidir qual será a posição final do Ministério Público.
O ex-chefe de Polícia Civil nega qualquer acusação de vazamento de informação.
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