quinta-feira, 31 de março de 2011

Para evitar desvios, PM determina que cada agente terá sua própria arma

Cerca de 40 mil policiais do RJ terão pistolas calibre .40.
CPI das Armas solicitou relatórios sobre armamentos da Polícia Militar.

Thamine Leta Do G1 RJ

A Polícia Militar do Rio vai ceder pistolas calibre .40 para os cerca de 40 mil agentes da corporação. A intenção, segundo o relações públicas da PM, coronel Lima Castro, é controlar os armamentos e evitar desvios de armas e munições, já que cada agente ficará responsável pela pistola e, caso perca a arma, o agente terá que prestar esclarecimentos à corregedoria da Polícia Militar.

“Hoje em dia acontece da seguinte maneira: a pistola usada por um policial hoje, pode ser usada por outro agente amanhã, e por um terceiro policial depois. Agora, a intenção é que cada um tenha a sua e, por isso, cuide com mais zelo da arma. Além disso, caso aconteça a perda do armamento, o responsável precisa prestar declarações à PM”, explicou Lima Castro.

Paióis da PM vão passar por auditoria

De acordo com o relações públicas, a Polícia Militar recebeu quatro ofícios da Comissão da CPI das Armas solicitando informações sobre armamento.“Os comandantes dos batalhões terão até o dia 16 de abril para entregar relatórios sobre a reserva de armamentos. Esses relatórios serão entregues para a comissão”, disse.

Segundo Lima Castro, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte,já havia determinado uma auditoria nos paióis de todas as unidades da corporação. O objetivo é contabilizar a quantidade de munição usada por agentes, armas letais, não letais e coletes.

“Os chefes das reservas de armamentos sempre fizeram relatórios sobre a saída e entrada de armamentos e munições. Esse mesmo trabalho vai continuar, só que vão acontecer mais auditorias”, afirmou Lima Castro. As auditorias deverão acontecer mensalmente.

CPI das armas

A CPI das armas, instalada na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj),  tem o objetivo de descobrir como armas, munição e explosivos chegam às favelas do Rio. A CPI vai pedir às Forças Armadas, polícias militar e civil, além de bombeiros, os inquéritos sobre o tráfico de arma dentro das corporações.

Em fevereiro, a Polícia Federal do Rio realizou uma megaoperação para prender policiais civis e militares e delegados de polícia suspeitos de ter ligação com traficantes, milícias e máfia dos caça-níqueis e desviar armas para as quadrilhas. Denominada operação Guilhotina, haviam 21 mandados de prisão contra policiais militares.

G1 - Rio de Janeiro

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