Cerca de 40 mil policiais do RJ terão pistolas calibre .40.
CPI das Armas solicitou relatórios sobre armamentos da Polícia Militar.
Thamine Leta Do G1 RJ
A Polícia Militar do Rio vai ceder pistolas calibre .40 para os cerca de 40 mil agentes da corporação. A intenção, segundo o relações públicas da PM, coronel Lima Castro, é controlar os armamentos e evitar desvios de armas e munições, já que cada agente ficará responsável pela pistola e, caso perca a arma, o agente terá que prestar esclarecimentos à corregedoria da Polícia Militar.
“Hoje em dia acontece da seguinte maneira: a pistola usada por um policial hoje, pode ser usada por outro agente amanhã, e por um terceiro policial depois. Agora, a intenção é que cada um tenha a sua e, por isso, cuide com mais zelo da arma. Além disso, caso aconteça a perda do armamento, o responsável precisa prestar declarações à PM”, explicou Lima Castro.
Paióis da PM vão passar por auditoria
De acordo com o relações públicas, a Polícia Militar recebeu quatro ofícios da Comissão da CPI das Armas solicitando informações sobre armamento.“Os comandantes dos batalhões terão até o dia 16 de abril para entregar relatórios sobre a reserva de armamentos. Esses relatórios serão entregues para a comissão”, disse.
Segundo Lima Castro, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte,já havia determinado uma auditoria nos paióis de todas as unidades da corporação. O objetivo é contabilizar a quantidade de munição usada por agentes, armas letais, não letais e coletes.
“Os chefes das reservas de armamentos sempre fizeram relatórios sobre a saída e entrada de armamentos e munições. Esse mesmo trabalho vai continuar, só que vão acontecer mais auditorias”, afirmou Lima Castro. As auditorias deverão acontecer mensalmente.
CPI das armas
A CPI das armas, instalada na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), tem o objetivo de descobrir como armas, munição e explosivos chegam às favelas do Rio. A CPI vai pedir às Forças Armadas, polícias militar e civil, além de bombeiros, os inquéritos sobre o tráfico de arma dentro das corporações.
Em fevereiro, a Polícia Federal do Rio realizou uma megaoperação para prender policiais civis e militares e delegados de polícia suspeitos de ter ligação com traficantes, milícias e máfia dos caça-níqueis e desviar armas para as quadrilhas. Denominada operação Guilhotina, haviam 21 mandados de prisão contra policiais militares.
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