quarta-feira, 23 de março de 2011

Polícia do RJ inaugura simulador virtual para treinar agentes

Sala de tomada de decisões foi construída na Acadepol, no Centro.
Polícia Civil e Militar vão fazer uso da tecnologia.

Thamine Leta Do G1 RJ

A Secretaria de Segurança apresentou nesta quarta-feira (23) um simulador que vai auxiliar no treinamento de policiais civis e militares no Rio. A sala, que abriga os três painéis, formando imagens em 360°, fica na Academia de Polícia Civil, no Centro da cidade, e permite que os agentes possam interagir com o simulador.

Simulador vai auxiliar no treinamento de policiais civis e militares (Foto: Thamine Leta/G1)

Simulador vai auxiliar no treinamento de policiais civis e militares (Foto: Thamine Leta/G1)

“É uma sala de tomada de decisões e lá você pode praticar o uso progressivo da força. São apresentados uma série de realidades que os policiais encontram nas ruas. Eles serão testados e treinados para resolver demandas com armas letais e não letais”, explicou o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, que estava acompanhado da Chefe de Polícia Civil, Martha Rocha.

De acordo com Martha Rocha, todos os policiais civis participarão do treinamento. “Todos serão treinados. Hoje saí um ato que obriga a incorporação desta ferramenta em todos os treinamentos que estão em curso”, disse.

Outras duas salas com simuladores estão sendo construídas para que a Polícia Militar também faça uso da tecnologia. O investimento das três salas passou dos R$ 2 milhões. Em fevereiro de 2010, o G1 visitou o primeiro simulador que chegou ao país, em Manaus.

Armas reais podem ser usadas

Ao todo, as salas disponibilizam até 30 cenários com situações diferentes. Os policiais têm à disposição lanterna, para simulações noturnas, bastões, gás de pimenta e dispositivos de eletrochoque. Além disso, os agentes podem treinar com as próprias armas, utilizando fuzil ou pistola. Neste caso, a munição real é substituída por um sistema de ar comprimido e laser para a pontaria.

“É nossa obrigação apresentar ferramentas. Precisamos treinar o uso de armas não letais e agir mediante a vários cenários. As simulações não são feitas no Rio, mas é a realidade que eles enfrentam no dia-a-dia”, afirmou Beltrame.

Reforma em batalhões

O secretário comentou durante apresentação do simulador, que pretende reformar as estruturas dos batalhões da Polícia Militar. “Precisamos avançar, trazer a PM para o século XXI. Não vejo mais necessidade daquela estrutura dos batalhões, com campos de futebol e piscina. Vamos estudar a possibilidade de mudar as estruturas, mudar a arquitetura”, explicou.

Segundo Beltrame, a intenção é fazer com que alguns batalhões funcionem em prédios, com estrutura similar a de uma empresa privada ou de um banco. “As polícias de Los Angeles e Nova York funcionam assim. É um plano de otimizar, vamos estudar a viabilidade de começar pelo Quartel Central da PM”, acrescentou.

G1 - Rio

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