quinta-feira, 17 de março de 2011

PM preso no Rio identifica colegas suspeitos de extorquir turistas

Eles abordaram vítimas na Rocinha e pediram dinheiro ao encontrar drogas.
Vítimas foram indiciadas por uso de entorpecentes.

Do Bom Dia Rio

A Polícia Civil investiga um caso de extorsão a dois turistas que, na noite de quarta-feira (16), saíam de uma festa na favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Um cabo da PM foi preso em flagrante e outros três policiais militares suspeitos já foram identificados.

Os dois turistas também vão ser indiciados por uso de entorpecentes. Segundo eles, o táxi em que estavam foi cercado por carros da polícia de onde saíram quatro policiais. Eles encontraram drogas com os estrangeiros e, para não levá-los à delegacia, exigiram dólares.

PMs teriam pedido US$ 5 mil

De acordo com a polícia, os turistas não tinham o dinheiro pedido: US$ 5 mil ou R$ 10 mil. Por isso, foi marcado um novo encontro. Só que os estrangeiros foram acompanhados de agentes da polícia e o PM que estava no local e na hora marcados foi preso em flagrante, com a droga dentro do carro dele.

“Ele foi autuado pelo crime de concussão e também pelo tráfico de entorpecentes porque ele tinha drogas dentro do seu carro e não era para consumo próprio”, explicou a delegada Renata Assis, da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), que suspeita que o taxista que estava com os turistas tenha envolvimento com o caso.

“Os turistas e o PM foram trazidos para a delegacia e aqui ele disse quem eram os outros policiais que estavam com ele. Vamos solicitar ao batalhão que apresente esses três PMs o mais rápido possível para que os turistas possam fazer o reconhecimento antes de viajar”, disse a delegada.

Corregedoria da PM vai apurar

Em nota oficial, a Polícia Militar informou que já determinou que a corregedoria apure o possível envolvimento dos policiais no caso. Se confirmado o crime, eles poderão ser expulsos da corporação.

“Com relação ao fato envolvendo um policial do 23º BPM (Leblon) o comando da Corporação já determinou a Corregedoria que através da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) apure o possível envolvimento de outros integrantes daquela unidade.

Da mesma forma que está auxiliando a Deat na investigação e no atendimento da ocorrência.

Caso seja comprovado o envolvimento de outros policiais militares no crime de extorsão, à semelhança do que já se encontra preso, todos serão submetidos à Conselho Disciplinar e poderão ser expulsos da Corporação.”

G1 - Rio de Janeiro

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