Eles teriam abordado suspeitos, mas acharam que eram moradores de rua.
Um suspeito, preso na segunda (26), prestou depoimento nesta terça (27).
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
O advogado José Haroldo dos Anjos, que representa o capitão Dênis Bizarro, negou nesta terça-feira (27) que os policiais tenham ficado com o tênis e o casaco do coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, após o crime.
Evandro foi morto no último dia 18 no Centro do Rio.
De acordo com o advogado, os suspeitos, conhecidos como "Romarinho" e "Renge", não estavam com os pertences da vítima quando foram abordados pelos policiais. Os dois foram liberados após afirmarem que eram moradores de rua.
O advogado ressaltou ainda que os policiais encontraram o tênis e o casaco a três metros do local onde os suspeitos foram abordados. Em seguida, eles teriam jogado fora os pertences porque pensaram que eram dos supostos moradores de rua.
Avisados do crime
José Haroldo dos Anjos disse ainda que, ao serem informados de que uma pessoa havia sido baleada, eles retornaram ao local mas não conseguiram localizar a vítima.
Os policiais já haviam informado que não viram a vítima durante buscas realizadas na região.
O advogado ressaltou ainda que vai arrolar como testemunhas o coordenador do AfroReggae, José Júnior, assim como o suspeito preso na segunda.
Suspeito admite crime
O suspeito de matar o coordenador do AfroReggae admitiu, em depoimento prestado nesta terça-feira que participou do crime, mas não foi responsável pelo disparo.
No depoimento, o suspeito admitiu ter sido o primeiro a abordar a vítima, mas disse que o disparo foi feito pelo cúmplice, que ainda está foragido.
O suspeito também contou que entregou a jaqueta roubada nas mãos de um policial e que a arma do crime foi jogada em uma lixeira.
A polícia já convocou os dois PMs que abordaram os assaltantes depois do crime para fazer o reconhecimento do preso.
Prisão do suspeito
O suspeito foi preso na noite de segunda-feira (26). Em nota oficial, a PM informou que o homem, identificado apenas como Rui Mário, conhecido como “Romarinho”, foi localizado por uma equipe do Serviço de Inteligência da corporação, próximo ao local do crime. Ele foi levado para a 1ª DP (Praça Mauá), onde o caso está sendo investigado.
A Polícia agora concentra as buscas no segundo suspeito que teria participado do crime, como mostram as imagens das câmeras de segurança. O retrato falado dele já foi divulgado.
O assalto
O assalto aconteceu na madrugada do dia 18, na Rua do Carmo, no Centro do Rio. Imagens feitas por câmeras de segurança registraram a ação dos criminosos. Na última sexta-feira (23), a juíza Yedda Christina Ching-San Filizzola Assunção, da Auditoria da Justiça Militar do Rio decretou a prisão preventiva de dois PMs acusados de ter omitido socorro à vítima.
O capitão Dênis Bizarro e o cabo Marcos Salles foram levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, no subúrbio, onde devem ficar por pelo menos 25 dias. De acordo com a polícia, eles são acusados, ainda, de ficar com a jaqueta e o tênis roubados da vítima e de permitir a fuga dos assaltantes.
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