domingo, 25 de outubro de 2009

Traficantes do RJ chegam a penitenciária federal em Campo Grande

G1 > Edição Rio de Janeiro

Dez suspeitos de comandar guerra de facções foram transferidos.
Presídio está 'à disposição' do RJ, diz diretor do Sistema Penitenciário.

Do G1, em São Paulo

 

Os dez traficantes suspeitos de comandar a guerra de facções em favelas no Rio de Janeiro chegaram à penitenciária federal de Campo Grande por volta das 14h30 deste sábado (24), segundo informações do diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Damásio. Eles ficarão isolados por 20 dias.

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A transferência foi autorizada após pedido da Secretaria estadual de Segurança Pública do Rio ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público.

Damásio disse que a penitenciária está "à disposição" do governo do Rio de Janeiro para receber mais detentos, se for necessário. "O Beltrame (secretário de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro) já sabe. Estamos à disposição dele. Temos 37 presos do Rio [na penitenciária de Campo Grande], mas podemos ampliar esse número", afirmou.

As invasões de favelas provocaram guerra entre facções e confrontos com a polícia na última semana. Balanço da Polícia Militar aponta que 39 pessoas foram mortas em confrontos e outras 58 foram presas desde sábado (17), em operações para capturar criminosos envolvidos na invasão ao Morro dos Macacos.

Os presos foram levados em um avião da Polícia Federal que partiu por volta das 11h da base aérea do Galeão, no subúrbio do Rio. O avião pousou em Campo Grande por volta das 13h30 (horário de Brasília). De lá, os traficantes foram levados em comboios ao presídio, que fica a cerca de 12 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul.

Damásio explicou que, de acordo com a legislação, as penitenciárias federais podem abrigar presos por até um ano. No entanto, segundo ele, esse prazo pode ser estendido.

"As penitenciárias federais foram construídas para socorrer os estados quando estão em crise. Não é um local para um preso cumprir 10, 15 anos de pena. (...) [mas] se houver necessidade, o prazo pode ser prorrogado indefinidamente, que é o caso do Fernandinho Beira-Mar", afirma o diretor.

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