Policiais foram chamados para tentar reconhecer segundo preso.
Os dois suspeitos presos também serão indiciados pelo mesmo crime.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
Os policiais militares presos preventivamente sob suspeita de omissão de socorro ao coordenador do AfroReggae Evandro João da Silva vão responder à Justiça Militar pelo crime de latrocínio. Evandro foi morto no dia 18 de outubro, na Rua do Carmo, Centro do Rio.
Imagens mostram os dois PMs passando pelo local do crime pouco depois do disparo que matou Evandro ser feito. Em seguida, os dois aparecem guardando a jaqueta e os tênis roubados de Evandro.
Além da libertação dos assaltantes, o capitão Dennys Bizarro e o cabo Marcos Oliveira Sales também serão investigados por terem ficado com os pertences roubados e por uma possível omissão de socorro.
O delegado da 1ª DP (Praça Mauá), Luis Duarte, disse que a Justiça Militar pode ainda denunciar o cabo Marcelo por falsa comunicação de crime, porque, supostamente teria feito um retrato falado de Reginaldo da Silva, um dos presos pelo crime, bem diferente da realidade.
Reconhecimento
No início da tarde desta quinta (29), o preso Reginaldo foi reconhecido pelos PMs como um dos homens que eles abordaram na noite do crime. Na quarta, os policiais já haviam reconhecido o outro suspeito preso, Rui Mário, o Romarinho. Em depoimento, os PMs alegaram que liberaram Rui porque ele parecia apenas um morador de rua.
Rui já estava preso desde segunda-feira (26). Reginaldo foi preso na quarta (28), em Itaguaí, Região Metropolitana. O depoimento dos dois é incoerente na questão de quem seria o autor do disparo que matou Evandro. Um acusa o outro.
Segundo a policia, serão feitas novas perícias que podem esclarecer quem atirou. Mas independente do resultado, os dois serão indiciados por latrocínio.
“Desde o momento que os dois estejam de comum acordo para praticar o latrocínio, independente de quem atirou, os dois vão responder pelas penas de 20 a 30 anos, que é o crime de latrocínio”, informou José Luis Duarte.
Além da divergência sobre a autoria do disparo, os suspeitos deram depoimentos diferentes sobre outro ponto. Na terça-feira (27), Rui Mário disse que na madrugada do crime, os policiais pegaram da mão dele os pertences de Evandro.
Na quarta (28), Reginaldo declarou que ele é que jogou no chão a jaqueta e os tênis e que por isso foi liberado pelos policiais.
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